Três frases inspiradoras de Clarice Lispector
1. "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada. Porque no fundo, a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro."
2. "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."
3. "Amar é se sentir inteiro quando o outro parte."
Clarice Lispector, nascida em 10 de dezembro de 1920, foi uma renomada escritora e jornalista brasileira, considerada uma das vozes mais originais e influentes da literatura do século XX. A sua obra é caracterizada por uma prosa intensa, introspetiva e profundamente reflexiva sobre a condição humana.
Nascida na Ucrânia, Clarice emigrou para o Brasil com apenas um ano de idade, devido a conflitos políticos. Cresceu no Recife e, mais tarde, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou direito e se formou. Trabalhou como advogada, mas foi na literatura que encontrou a sua verdadeira vocação.
Clarice Lispector estreou na literatura com o romance "Perto do Coração Selvagem" (1943), que lhe rendeu grande reconhecimento. Desde então, publicou diversos romances, contos, crônicas e ensaios que exploram as complexidades da existência humana, a identidade, a solidão, a liberdade e as relações interpessoais.
A sua escrita é marcada por uma linguagem poética e uma profunda investigação psicológica. Clarice tinha o talento de explorar os pensamentos e as emoções mais subtis dos seus personagens, mergulhando nas camadas mais profundas da psique humana. A sua prosa muitas vezes desafia as estruturas tradicionais da narrativa, levando os leitores a questionarem as próprias convenções literárias.
Entre as suas obras mais conhecidas, destacam-se "A Paixão Segundo G.H." (1964), "A Hora da Estrela" (1977) e "Água-Viva" (1973). Nestes livros, Clarice explora temas existenciais com uma linguagem introspetiva e poética, convidando os leitores a mergulharem nas suas próprias reflexões sobre a vida e a morte, a solidão e a busca por significado.
Além da sua escrita notável, Clarice Lispector também se destacou como jornalista. Trabalhou em periódicos importantes, como o Jornal do Brasil, onde escreveu colunas e crônicas que abordavam desde questões quotidianas até reflexões filosóficas. O seu estilo único e a sua perspicácia fizeram dela uma das mais respeitadas cronistas da sua época.
A literatura de Clarice Lispector transcendeu fronteiras geográficas e culturais, sendo traduzida para diversos idiomas e conquistando leitores em todo o mundo. A sua escrita profunda e emocionalmente poderosa tocou a sensibilidade de muitos, inspirando gerações de escritores e leitores com a sua abordagem única da experiência humana.
Infelizmente, Clarice Lispector faleceu precocemente em 9 de dezembro de 1977, aos 56 anos. No entanto, o seu legado literário permanece vivo e a sua obra continua a influenciar e encantar leitores até os dias atuais. Clarice Lispector deixou um impacto indelével na literatura brasileira e continua a ser reconhecida como uma das maiores escritoras do século XX.
Autora do sumário biográfico
Fernanda R-Mesquita