RETROSPECTIVA(r):  CONTINUAÇÃO DE "COMO COMEÇAR UMA CENA HACKER"

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RETROSPECTIVA(r):

CONTINUAÇÃO DE "COMO COMEÇAR UMA CENA HACKER"

http://migre.me/oUxR7

Derneval R.R. Cunha

Muita gente me pergunta hoje como é que não fiquei rico com a Internet ou como estão as coisas. Normalmente são pessoas que já perderam o contato com o fanzine faz tempo. E reconheço, é difícil ler tudo o que escrevo. É muita coisa. Mas, resumindo:

Após aquilo que descrevi como sendo o início do Barata Elétrica, muita coisa aconteceu. Os historeadores de plantão vão me perdoar a ausência de datas e de nomes. As datas estão em emails, guardados a 7 chaves, esperando o dia em que vou fazer um trabalho acadêmico sobre o assunto (falta só orientador). Os nomes e nicks eu vou guardar também por quê já vi que aparecer no Barata Elétrica tanto pode ser uma boa como uma muito ruim. A pessoa fica marcada como hacker ou como cracker. E o que é pior, usa meu nome como propaganda. "Sou amigo do Derneval" como se isso fosse algo incrível (e de repente até é). Então vamos aos eventos:

Minha vida pessoal se misturou com a do Fanzine, coisa horrível. No início de 97, um carinha apareceu querendo continuar onde eu tinha parado, com aquela coisa de reunir uns carinhas de São Paulo para montar a base para um encontro maior, regional e depois um encontro de Hackers tipo os de Amsterdam ou de Nova York. Parecia sincero, veio com um papo de que queria montar encontros em São Paulo e começou a reunir uns indivíduos. Até concordei em aparecer. A maioria dos caras eram colegas de trabalho dele. Era um aproveitador, com lábia, mas nada de hacking na cabeça, só me dei conta disso bem depois. Até hoje ele coloca meu nome na página comercial dele como se fosse um troféu e fôssemos amigos ou tivessemos alguma forma de contato (alguns amigos meus, que tem menos experiência de vida, confiam nesse cara até hoje, vide o caso da novela de Roque Santeiro). Deletei o cara da minha lista e agora tanto o nick quanto o nome dele são palavrão.

Mas com minha ajuda (recomendei para muita gente) os encontros em São Paulo viraram uma realidade. Claro que hoje tem vários e váriados tipos de profissionais se encontrando via internet ou em bares. Mas na época não tinha nada do gênero e vários programadores e aficcionados só tinham vida social nesses encontros de sábado a noite. As vezes vinham até 30 a 40 pessoas. Eram pessoas que traziam pessoas que traziam pessoas. A internet não era uma coisa tão difundida quanto hoje. Era uma minoria. Dentro dessa minoria estavam os caras que participavam dos encontros de São Paulo, perto da USP. Isso, por volta de julho de 97 em diante (faz alguns anos que isso terminou, é bom frisar). Era o ano em que poderia até ter ido pros EUA e criado algo como o Yahoo ou o Cadê aqui no Brasil, mas preferi ir para a Pós-graduação. Ao mesmo tempo terminei meu curso na USP, fiquei desempregado e também tive que mudar de endereço. E mais ou menos a época em que a Linuxsp começou com os encontros de linuxeiros e também que as revistas começaram a distribuir CDs de Linux da Conectiva, (altamente invadível, na época).

Naquele ano de 97 houve também o encontro de Hackers em Nova York, o BEYOND HOPE e em Amsterdã, o HIP, HACKIN IN PROGRESS, já descrito em números anteriores do fanzine, vide URL:  http://www1.webng.com/curupira/hip97.htm . Eu me xingo até hoje por não ter participado, mas como contei acima, estava aguardando uma vaga de emprego. A revista Super-Interessante não se interessou em financiar minha ida para Amsterdã, então cortei todo o papo com a imprensa. Mal sabia eu que imprensa brasileira é assim mesmo: ninguém paga por reportagem. As reportagens quase sempre são cópias de assuntos que fazem sucesso lá fora ou então são divulgação de produtos em forma de notícia. Eles não iriam pagar nem um centavo para que eu fosse até lá cobrir o evento, mas adorariam ler o que eu escrevesse sobre o assunto.

Cancelei a idéia e fui me concentrar no meu mestrado. Resolvi também parar de ajudar repórteres. Um que era amigo e virou diretor de revista me ofereceu uma vaga de colunista, mas acredita: me deu um número de telefone onde a secretária sempre informava "ele não está na sala no momento, tem um número de telefone para retornar a ligação". Não importava a hora do dia em que ligasse(*). Nada de email detalhando o quanto eu ia receber para escrever a coluna. Outra revista me ofereceu grana, mas queria pagar só depois que a(s) reportagem(ns) saísse(m) nas bancas. Queriam que eu contasse tudinho tudinho (coisas que talvez colocassem amigos em dificuldades) para (noventa dias) depois (quem sabe) me pagar R$50,00 ou R$100,00. Se eu chegar num ônibus em São Paulo, com roupa de rato de praia e falar:  "Gente: não vi aqui para assaltar nem roubar ninguém: sou apenas um jovem desesperado por que minha avozinha, coitada, está lá na minha casa de praia, em Angra dos Reis, triste, desesperada, desconsolada por quê quebrou uma peça do Jet-ski dela! E tem que importar de Miami a reposição. Eu pediria a vocês uma modesta contribuição, vale qualquer coisa, Vale-transporte, Vale-cargo-público, ticket-refeição, por favor, ajudem a minha avó a voltar de novo a usar o Jet-ski dela".. se eu fizer isso nos ônibus de São Paulo, é capaz que em 1 ou 2 dias acumulo bem mais do que R$50,00 ou R$100,00 e olha que paulista está difícil de abrir a carteira.

Quantos repórteres não me procuraram para reportagens e aparecer na televisão? Só de televisão recusei pelo menos umas 4 ou 5 ofertas, incluindo web-TV. Uma me procurou falando que a coisa era específica comigo. Depois de 20 minutos de conversa, me pediu para levar junto também um  "hacker do mal" para se contrapor a mim. A TVUSP eu até concordei em ajudar a fazer um documentário sobre o assunto, que ficou muuiiito bom. O resultado mais interessante (da minha recusa em ajudar jornalista) foi uma da Revista GALILEU. Nem me dei ao trabalho de falar mal da reportagem do cara no fanzine, seria propaganda. O sujeito se baseou no canal Discovery para se informar sobre o assunto. E como escrevia mal. Contei uns 20 ou 30 erros, desde erro de digitação simples (errou meu nome e o de outros sujeitos) até erros conceituais (gozado é que vários trechos da reportagem foram repetidos em livros vagabundos sobre "hackers" e minha tagline "eu acesso, logo existo" foi comentada sem receber o crédito). Claro que toda essa  falta de ajuda teve uma resposta a altura: fazem a história da internet brasileira e não tocam nunca na existência do fanzine. Tem reportagem sobre hacker, nem mencionam, na maioria das vezes.

Outro tipo de pedido de ajuda foram de pessoas querendo dicas sobre hackers para escrever livros. Algumas para melhorarem a capacidade de trabalho. Poderia fazer um livro com os diferentes tipos de email que tinham como objetivo me perguntar como se invadia sistemas, zerava a conta de telefone ou "quero ser hacker, me ensina". Não sei como o pessoal pode me achar capaz de fazer esse tipo de coisa. Pela lógica, seria dar bandeira, o mesmo que sair na rua com uma camiseta  "sou assaltante, me prenda". Mas todo dia chegava email. Durante um tempo fiz um email com auto-responder: a pessoa mandava o email para lá, já recebia automaticamente uma resposta educada, falando que eu não fazia isso. Pagar pela ajuda, acho que só uma pessoa falou nisso..

Mas, voltando ao assunto.. houve um ano em que aquilo que a Mídia poderia chamar de "Movimento Hacker" (coisa meio fantasiosa, de certa forma) estava efervescente. Com o Windows 95 era bastante fácil o acesso à internet. Os CDs de instalação com o Internet Explorer poupavam o sujeito de ficar aprendendo sobre o computador dele, coisa que era quase um ritual de iniciação. O cavalo de tróia  "Back Orifice" ainda não era a mania que virou mais tarde, com todo mundo mandando "presentes de grego" possibilitando invasões de micro que usavam Win95. A revista Internet World publicou um conjunto de reportagens sobre insegurança informática, que (junto com material meu, foram reunidas em livro por um cara que nem sequer deu o nome dos autores) detalhando quase todas as dicas para as inseguranças do Windows95, o sistema operacional que montes de caras como eu se recusaram a aprender a usar, durante bastante tempo. As reportagens ficaram desatualizadas em pouco tempo. Mas tanto aqui como em outros lugares do País, as palavras de ordem para qualquer imbecil era "nukar", "mailbomb", "Denial of Service",  "Trojan", "lamer". As pessoas que entendiam isso se denominavam "hackers". A lista  "hackers" da Unicamp foi pro saco. Era quase a primeira em número de assinantes. Detalhe: houve época em que um terço deles era de email  "gov.br". Vai saber por quê.. (eu até sei, mas fica pro livro).

A pior e a melhor parte foi um encontro da Faculdade de Comunicação da UFBA, em Salvador. Detalhei isso no fanzine, disponível no URL  http://www1.webng.com/curupira/combah.htm . Muitas palestras foram interessantes e esse foi o lado bom, a melhor parte. A parte que foi ruim foi a palestra da representante do UOL, uma palestra da Marion Strecker, a toda-poderosa do UOL, na época um portal muito bom que permitia ler jornal tipo Folha de São Paulo e outras revistas de graça. A menina dos olhos do UOL era um estudo do público leitor do UOL. A Marion terminou a palestra comentando que tipos de funcionários a empresa queria. Isso eu nunca vou me esquecer, queria ter gravado em fita cassete.

 "Nós do UOL queremos alguém com:

Coisa inspiradora de se ouvir quando se é estudante de comunicação como a maioria dos presentes. Só que o UOL tinha aberto uma vaga para redator, mais ou menos um mês e meio antes. Inscrição On-line. A minha grande chance: espero ela, a grande chefe do UOL terminar sua palestra e pergunto, na frente de todo mundo por que é que eu, que tenho todas as qualidades ali descritas como essenciais para o UOL, por que eles abriram um processo on-line de inscrição e além de não me escolheram não me enviaram o resultado. Fui educado e não fiz isso. Acabei optando por deixar para perguntar na saída. A única resposta foi "é, eles deviam ter enviado um email pelo menos". Também aproveitei para perguntar se o conteúdo do UOL ia continuar gratuito e batata: segunda-feira seguinte já estavam restringindo para quem era assinante.

Com a explosão da internet no Brasil, as opções se restringiram um pouco. Em pouco tempo, o conhecimento de Unix deixou de ser um diferencial, passou a ser desnecessário. Os "manuais" de vandalismo eletrônico que incluíram isso fizeram um monte de palermas estudarem isso a toa. A toa por que quem estuda UNIX a sério não se liga em vandalismo eletrônico. Tem muita coisa para estudar para se ficar pensando em ferrar com a vida dos outros. Quem estuda pouco não acha graça em nada. O ambiente Windows por outro lado, nem é preciso comentar. E o fato é que muita gente comprou livro que ficou encostado na estante. Serviu só para mostrar pro amigo. As salas de Chat aprenderam rapidinho a fechar suas portas pros vândalos.

O fanzine Barata Elétrica deixou de ser o único. Vários outros começaram, como o Alternetive (ainda em funcionamento até hoje, veja minha entrevista pro autor no URL http://www.ufsm.br/alternet/zine/be.html continua lá), o Hack.br (baseado no Barata), o Technoráculo, o Mundi, o Dr.Byte, Infotime, Uivo, etc.. (tem uma lista no http://www1.webng.com/curupira/barata9.html . Se eu parar para escrever faço um livro só com o material que eu tenho. Em todo o Brasil o Barata Elétrica foi praga, incluindo nas BBSes onde também foi o primeiro fanzine. Chato é que não falava quase nada do ambiente mais comum de transmissão, que eram as BBSes (isso até a internet tomar conta). Quanto a ezines hackers, putz! O único que me lembro ter gostado foi o Nethack. Coloquei uma relação deles em http://www1.webng.com/curupira/new.htm mas nem tentei ir muito fundo na descrição desses fanzines, daria um livro, um monte deles era cópia uns dos outros, ficou para outro dia. O Axur 05 foi o grande concorrente em popularidade. Falavam mal do meu fanzine pra caramba. Editaram pouco, cerca de 4 exemplares. No último moderaram o tom, a gente fez as pazes e qualquer dia conto o resto (ou vc pode ler em http://www1.webng.com/curupira/hackpoa22.html ).

Tendo começado o mestrado na USP, foram tempos difíceis.

Sofri perseguições. Como por exemplo, um cara que já tinha conseguido meses de suspensão, várias reclamações por comportamento agressivo entre outras. Queria uma briga comigo, não topei. Para tentar me forçar, espalhou e tentou convencer gente que eu era capaz de alterar a nota dele no sistema de notas da USP. Até que gostaria de ter essa capacidade. Teria terminado meu curso mais cedo, teria entrado na Pós-graduação quando era algo quase automático, receber bolsa de Pós, entre outras facilidades. A sorte (dele) é que a coisa não deu em nada. O pessoal de informática da USP, salvo exceções que não estão no topo da hierarquia, não gosta da minha pessoa. Talvez por conta da primeira vez que apareci numa reportagem de jornal como "hacker", no jornal Estado de São Paulo, 26 de abril de 96. Shimamura prendendo o Mitnick. Me ferrei nessa. O Carlos Graieb me colocou como o  "hacker mais conhecido do Brasil". Mas "hacker" no contexto da reportagem seria alguém que invade sistemas. Teve funcionário que entendeu tão errado que repete por aí que eu tinha sido preso. E a lenda se espalhou. Se houvesse jeito de comprovar algo contra mim, não manteriam meu email rodrigde@usp.br quando entrei na Pós.

O segundo pior episódio desse preconceito foi um sujeito que chegou a trabalhar comigo num lugar uns 6 meses. Conseguiu ser Root legalmente, cuidava da segurança de um laboratório de computação. Fora da USP, digamos. Parecia ser alguém competente e responsável. E até era, só que ficou paranóico de tanto ler sobre segurança informática. Uma dia decidiu que ia fazer um ftp site com fanzines hacker e pediu minha ajuda. Sem avisar, tentei fazer um upload de uma pá de zines para o local. Não tinha seção de "incoming". Desisti de jogar os arquivos dentro do site. No dia seguinte ele me mandou email dizendo que eu tinha tentado invadir o site dele! Até que ele foi competente. Quis me ouvir primeiro. A bronca que eu dei no telefone foi memorável, tanto em volume quanto em razões e ele foi muito decente em ouvir até o fim. Por que eu nunca seria capaz de fazer isso, danificar o trabalho de outra pessoa e óbvio dos óbvios também não usaria meu próprio nick durante o processo, etc, etc.. O Derneval que faz o fanzine Barata Elétrica não pode fazer isso. Foi uma situação difícil de segurar. Isso aconteceu com um cara que trabalhou comigo. Minha conclusão é que serviço de segurança informática realmente deixa qualquer um paranóico e que a pessoa fica procurando chifre em urubu se não tomar cuidado. Olhando desse ângulo, coitado do pessoal da USP que ficou vigiando minha vida na internet pensando que um dia iam comprovar que sou perigoso.. tanto trabalho em vão. Eu não posso atirar a primeira pedra nesse assunto de paranóia. Se bem que paranóia é quando você *imagina* uma perseguição. Meu caso é de ver minha conta internet travada por motivos estúpidos ou sem motivo nenhum e uma grande lista de "coincidências" e outras coisas estranhas, muito estranhas.

Uma vez telefonei para um pessoal lá no RS. Disse que não podia ir por falta de carona. Três dias depois recebi oferta de carona exatamente para Porto Alegre, via email. Alguém tinha colocado meu email num serviço de caronas via internet! Detalhe: a pessoa com quem falei jurou que não tinha falado isso para ninguém, mas que ela mesma já tinha checado seu telefone para grampo e detectado que podia estar grampeado. Nunca soube quem foi. Outra foi o aparecimento de uma menina pedindo para usar o micro no meu lugar de trabalho. Assistiu Shrek? Lembra da princesa? Se a menina vestisse igual, iam falar que saiu da tela. Inclusive fazia cafuné. E .. também queria ser hacker. Aí a dúvida: eu tinha anunciado para meio mundo que estava escrevendo um livro sobre hackers. Não foi a única loira. Teve outra, ambas com algo em comum: eram parecidas com a foto de um poster que eu tinha na parede do meu quarto. Qualquer dia vou colocar anúncio vendendo para o pessoal que acredita em simpatia: basta colocar este poster numa parede voltada para a janela que dá de frente para outro apartamento e aparece uma igual na sua vida.

O que não quer dizer que ser conhecido como hacker dá sorte com as mulheres. Namorei uma garota por cerca de 4 anos. Acabou, dois anos depois quis me encontrar com ela de novo. Ela ficou adiando até que um dia me mandou uma carta por correio normal: não queria me dar seu email por que tinha medo de hackers. Duas bebedeiras depois fui falar com ela e até descobri que usava Internet Explorer e Outlook como mailer. Coitada. As melhores portas de entrada para vírus de computador e outros códigos maliciosos. Como é que é a canção mesmo? "É, nessa minha casa tem goteira.. pinga ni mim.. pinga ni mim."

A parte boa da coisa de ser famoso é poder ir em qualquer lugar e fazer amizades quase instãntaneas com gente legal. Ou encontrar ao vivo gente que já conheci de nome, on-line. Foi assim com o criador do manual de violação de telefones. Eu estava com uma camiseta do fanzine numa discoteca e o cara me descobriu. Em Salvador também foi assim. Conheci um sujeito de MG que tinha sua própria turma de fuçadores em MG. Outra estava vendo um cara estudando no ônibus, conversei, depois de um tempo perguntei, o cara quase engasgou. É legal ver essa reação (positiva) das pessoas. O chato é quando voltam com aquela velha pergunta: "me ensina a ser hacker"? Ou pior, querem tirar foto junto comigo. Normalmente dá azar e a amizade acaba ou diminui drasticamente em pouco tempo. A pessoa arma uma situação constrangedora onde eu topo tirar a foto e pouco tempo depois descubro que era armação. Teve um caso em que continuei falando com a pessoa, mas perdi o contato. Noutro caso, o sujeito armou uma viagem só para conseguir o feito. Tirar foto é algo que pode até ser inocente, mas o quê o cara faz com ela? Fazer propaganda pros colegas que me conhece? Tô fora. Exceções até existem mas são poucas. Minha orientadora, por exemplo.

A luta agora é tentar fazer um doutorado, já que estou terminando o mestrado, com a dissertação "Entre Gabeira e Guevara: Notas sobre os escritos da Luta Armada". Era para ser sobre a vida na clandestinidade, coisa explorada no documentário de Patrícia Moran, "Clandestinos", vide a mostra de documentários "É tudo verdade" http://www.kinoforum.org/php/kino_docs/ficha.php?op=show&index=7581 . Nem cheguei a assistir, mas a sinopse fala a idéia que eu tinha quando comecei. Sim, claro que minha preferência inicial seria usando o tema hackers, mas como não fiz a graduação nem o mestrado em áreas de informática, ficou meio difícil. E não sei se vou poder fazer doutorado usando o tema de segurança informática. Como minha formação não é de sociólogo (para fazer algo na área de Antropologia é necessário) analisar a turma também está meio fora, depende muito do orientador. Até tive uma oferta de orientação, mas para fazer em 2 anos. Ainda estou pensando. O tema hackers me é muito caro, mas nem tudo na vida é como a gente quer, vamos ver, os dados estão rolando.

(*) Não existe coisa mais nojenta do que ter que "caçar" a pessoa via telefone. Muito difícil eu fazer isso, principalmente pra jornalista.

entação, mas para fazer em 2 anos. Ainda estou pensando. O tema hackers me é muito caro, mas nem tudo na vida é como a gente quer, vamos ver, os dados estão rolando.

(*) Não existe coisa mais nojenta do que ter que "caçar" a pessoa via telefone. Muito difícil eu fazer isso, principalmente pra jornalista.