NAPSTER DO PONTO DE VISTA DOS MÚSICOS (discurso Courtney Love)

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NAPSTER DO PONTO DE VISTA DOS MÚSICOS

http://goo.gl/8IkpNT

(Discurso de Courtney Love)

Este é uma transcrição do discurso de Courtney Love no Digital Hollywood online entertainment conference (Conferência de Entretenimento Online Hollywood Digital), em Nova York, 16/Maio/2000. (tradução: Derneval R.R. Cunha - com permissão da cantora - Infelizmente, não tive saco para traduzir tudo, se alguém estiver afim, me manda o resto e eu encaixo, coloco seu nome, etc).

Por favor, encaminhe a todos os músicos que você conhece. http://www.hole.com/speech/index.html http://www.stormy-mondays.com/home/courtney.htm http://www.anybodylisten.com/courtney_love.htm

Hoje eu quero falar sobre pirataria e música. O que é pirataria? Pirataria é o ato de roubar o trabalho de um artista sem nenhuma intenção de pagar por ele. Eu não estou falando sobre software do tipo Napster.

Estou falando sobre contratos com grandes selos de gravadoras.

Eu quero começar com uma história sobre bandas de rock e companhias gravadoras, e fazer alguma matemática de contrato de gravadora:

Esta história é sobre uma banda super-procurada que consegue um grande negócio com 20% de royaties e um milhão de dólares de adiantamento. (Nenhuma banda super-procurada conseguiu 20% do bruto, mas tudo bem). Esta é minha matemática "engraçada" baseada em alguma realidade e vou qualifica-la falando que tenho certeza ser melhor do que a matemática provida por Edgar Bronfman Jr. [O presidente e executivo chefe da companhia Seagram, que é dona da Polygram].

O que acontece com aquele milhão de dólares?

Eles gastam metade para gravar seu álbum. Isto deixa a banda com US$ 500.000,00. Pagam também 100.000,00 ao seu empresário pela comissão de 20%. Cada um paga $25,000 para o seu advogado e gerente de negócios.

Isto deixa $350,000 para serem divididos entre os quatro membros da banda. Pagam $170,000 em impostos, ficam $180,000. That comes out to $45,000 per person.

São $45,000 para durar um ano até que o disco seja lançado.

A gravação (disco ou CD) é um grande sucesso e vende um milhão de cópias. (Como uma banda super-procurada vende um milhão de cópias no seu início é outro papo completamente diferente, mas é baseado em quaisquer conhecimentos de aula de moral e cívica que temos sobre cartéis. Colocado de forma simples, as leis anti-truste neste país (obs: EUA) são basicamente uma piada, protegendo a nós apenas o suficiente para não ter de renomear nosso serviço de estacionamento para Phillip Morris National Park Service.) Então, esta banda lança mais dois singles e faz dois vídeos. Os dois vídeos custam um milhão de dólares para fazer e 50% dos custos de produção do vídeo são recuperados dos royalties da banda.

A banda consegue $200,000 de suporte para tourné, que é 100 % recuperável.

A companhia (gravadora) gasta $300,000 em promoção de rádio independente. Você tem que pagar promoção independente para por sua produção no rádio; promoção independente é um sistema onde as companhias de gravação usam usam testas de ferro de forma que podem fingir não saber que as estações de rádio -- o sistema de rádio unificado -- estão recebendo dinheiro para tocar seus discos.

Toda essa promoção é cobrada (paga) pela banda.

Já que o adiantamento de um milhão de dólares original é recuperável, a banda deve $2 milhões para a companhia gravadora.

Se todos os milhões de discos são vendidos ao preço total sem descontos ou "record clubs" (espécie de promoção), a banda ganha $2 million em royalties, já que os 20% significam lucro de $2 num disco (ou CD).

Dois milhões de dólares em royalties menos $2 milhões em despesas recuperáveis é igual à ... zero!

Quanto é que a companhia de discos faz (de grana)?

Eles lucraram $11 milhões.

Custa $500,000 para manufaturar os CDs e eles adiantaram $1 milhão para a banda. Mais 1 milhão em custos de vídeo, $300,000 em promoção de rádio e $200,000 ajuda de custo para tournée.

A companhia também pagou $750,000 em royalties relativos a publicação de músicas.

Eles gastaram $2.2 milhões em marketing. É na maior parte propaganda de varejo, mas o marketing também paga por aqueles posters enormes da Marilyn Manson no Times Square e os camelôs que dirigem em vãs dando camisetas e bonés Black Korn. Sem mencionar as viagens para lugares de sucesso, dinheiro para gorjetas para todos e banho de sol.

Adiciona tudo isso e a gravadora gastou $4.4 milhões.

De forma que o lucro é $6.6 milhões; a banda poderia muito bem estar trabalhando numa (loja de posto de gasolina) 7-Eleven.

Claro, eles se divertiram muito. Ouvindo a si próprios no rádio, vendendo discos, pegando novos fans e estar na TV é maravilhoso, mas agora a banda não tem dinheiro o bastante para pagar o aluguel e ninguém tem crédito.

Pior de tudo, após tudo isso, a banda não é dona de nenhum nada do que produziu ... eles podem pagar a hipoteca pela vida inteira mas nunca serão donos da casa. Como eu disse: Reduzindo as fatias. Nossa imprensa diz, "ooooh, pobres estrelas de rock, eles tiveram uma ótima viagem. Fodam-se por abrir a boca"; mas eu digo que este diálogo é imperativo. E a imprensa cínica, que está mais fascinada com a fama do que a maioria das celebridades, precisa se reacostumar com seus sistemas de valores.

Quando você olha na parte de direitos autorais de um CD, ele diz copyright 1976 Atlantic Records ou copyright 1996 RCA Records. Quando você olha num livro, então, ele dirá alguma coisa como copyright 1999 Susan Faludi, ou David Foster Wallace (autores de livros americanos). Autores possuem seus livros e licenciam eles para as editoras. Quando o contrato termina, os escritores pegam os seus livros de volta. Mas as gravadoras possuem nossos direitos autorais para sempre.

O sistema é armado de forma que quase ninguém é pago.

A RIAA (Recording Industry Association of America)

No último Novembro, um assistante de congresso chamado Mitch Glazier, com suporte da RIAA, adicionou uma "emenda técnica" para uma lei que define música gravada como "trabalho contratado" dentro do Ato de Copyright 1978.

Ele fez isso depois que todas audiências para a lei estavam acabadas. Quando os artistas descobriram já era muito tarde. A lei ja'estava a caminho para a Casa Branca para a assinatura do presidente.

Aquela mudança sutil na lei de copyright irá adicionar bilhões de dólares para o banco da companhia nos próximos anos - bilhões que deveriam, de forma justa, serem pagos para artistas. Um "trabalho contratado" é agora propriedade eterna da companhia gravadora.

Dentro da (legislação) 1978 Copyright Act, os artistas podiam reclamar seus copyrights no seu trabalho após 35 anos. Se você escreveu e lançou "Everybody Hurts," você pelo menos pega de volta seu legado após 35 years. Mas agora, por causa deste estúpido e sutil pequeno sacana, "Everybody Hurts" nunca será devolvido a sua família, e pode ser vendido pela maior oferta.

Através dos anos, as companhias gravadoras tem tentado colocar cláusulas de "trabalho contratado" nos seus contratos e o "trabalho contratado" do Sr. Glazier apenas "codificava" uma prática normal da indústria. Mas as leis de copyright não identificavam gravações de som como sendo eligíveis de serem chamadas "trabalhos contratados," de forma que aqueles contratos não significavam nada. Até agora.

Escrever e gravar "Hey Jude" é agora o mesmo que escrever um livro impresso em língua inglesa, escrevendo testes padrões, traduzindo uma novela de uma língua para outra ou fazendo um map. Estes são os tipos de coisas endereçados na legislação de "trabalho contratado". E fazer um teste padrão é um trabalho contratado. Não é fazer uma gravação.

Então um assistente substancialmente alterou uma lei de grande importãncia quando apenas ele tinha a autoridade para fazer aas correções de ortografia. Não é o que aprendi sobre como o governo funciona na minha aula de moral e cívica do meu colegial.

Três meses depois, RIAA contratou o Sr. Glazier para virar seu lobbysta chefe num salário que era obviamente muito maior do que o que tinha quando era revisor de texto.

A RIAA tenta argumentar que esta mudança era necessária por causa de uma questão dentro da lei que era lobby dos musicos. Esta cláusula previne alguém de registrar o nome de alguém famoso como endereço na Web sem a permissão daquela pessoa. É jóia. Eu possuo meu nome e deveria ser capaz de fazer o que quiser com meu nome. Mas a lei também criou uma exceção que também permite que uma companhia tome o nome de uma pessoa para endereço na web quando você grava o seu album de "trabalho contratado". Como disse: "poda a participação".

Embora eu nunca tenha encontrado com qualquer um na companhia gravadora que "acreditasse na internet", eles tem tentado cobrir a retaguarda segurando os direitos digitais de todo mundo. Não que eles saibam o que fazer com eles. Vá para um site de banda de propriedade de um grande selo (fonográfico). Me dê um dólar por cada vez que você ver um irritante símbolo "em construção". Eu costumava encher o saco da Geffen (quando era um selo) para fazer um trabalho melhor. Eu fui totalmente ignorada por dois anos, até que consegui meu nome de volta. As Goo Goo Dolls estão lutando para ganhar o controle do seu nome domínio da Warner para a banda.

Orrin Hatch, letrista e senador republicano pelo Utah, parece ser a única pessoa na Casa (Branca?) com um ponto de vista similar e que "isto nunca teria acontecido se Sonny Bono estivesse vivo". Por acaso, qual lei que você acha que a indústria fonográfica usará para esta emenda?

O The Record Company Redefinition Act? Não. The Music Copyright Act? Não. The Work for Hire Authorship Act? Não. (Obs: São algumas leis referentes a autorias e direitos autorais)

Que tal o the Satellite Home Viewing Act of 1999? (Lei referente ao uso de televisão via satélite, aquele troço de parabólica)

Roubando nossas reversões de copyright no escuro da noite enquanto ninguém estava olhando, sem audiências, é pirataria.

É pirataria quando o RIAA faz lobby para mudar a lei de falência para faze-la mais difícil para os músicos eles próprios declararem falência.

Alguns músicos tem declarado falência para se livrar de maus contratos. TLC declarou falência após eles terem recebido menos de 2% dos 175 milhões faturados pela venda dos seus LPs. Isto foi 40 vêzes menos que o lucro que foi dividido entre seu gerenciamento, produção e companhias gravadoras.

Toni Braxton também declarou falência em 1998. Ela vendeu CDs no valor de $188 milhões, mas estava quebrada por conta de um terrível contrato de gravação que pagou a ela menos do que 35 centavos por álbum. Falência pode ser o único recurso contra um contrato realmente ruim e o RIAA quer tirá-lo.

Os artistas querem acreditar que nós podemos fazer montes de dinheiro se somos bem sucedidos. Mas há centenas de histórias sobre artistas com 60 ou 70 anos, que estão quebrados porque eles não fizeram um tostão de seus sucessos. E o sucesso real ainda é um grande tiro para um novo artista, hoje. Dos 32.000 lançamentos a cada ano, apenas 250 vendem mais de 10.000 cópias. E menos de 30 vão ganhar o disco de Platina.

As quatro maiores corporações de de gravadoras custeiam a RIAA. Estas companhias são ricas e obviamente bem representadas. Artistas de gravadoras e músicos não tem realmente o dinheiro para competir.Os 273.000 músicos empregados nos EUA fazem cerca de US$30.000 por ano. Apenas 15 % dos membros da American Federation of Musicians trabalham regularmente em música.

Mas a indústria de música é um negócio de 40 bilhões de dólares/ano. Um terço deste total vem dos EUA. As vendas anuais de cassetes, CDs e vídeos são maiores do que o produto nacional de 80 países. Os americanos tém maiores tocadores de CD, rádios e VCRs do que nós temos banheiras.

Histórias após histórias são ditas a respeito de artistas -- alguns deles nos seus 60 ou 70 anos de idade, alguns deles autores de canções bem sucedidas que todos nós gostamos, usamos e cantamos -- vivendo em total pobreza, nunca tendo sido pagos nada. Nem tendo acesso a sindicatos ou seguradora de saúde.Artistas que geraram bilhões de dólares para uma indústria morrem na miséria e sem assistência.

E eles não são atores ou participantes. Eles são os verdadeiros donos, originadores e executantes de suas composições originais.

Isto é pirataria.

Tecnologia não é pirataria.

Esta opinião é uma que eu ainda não formulei totalmente, de forma que quando falo sobre Napster no agora, por favor entenda que não estou totalmente informada. Eu serei a primeira da fila a arquivar uma ação de classe (processo) para proteger meus direitos autorais se o Napster ou mesmo se o mais avançado Gnutella não trabalhar conosco para nos proteger. Estou do lado do (bateirista do Metálica) Lars Ulrich, em outras palavras, e sinto mal mesmo por ele não saber como condensar seu problema para um pedaço de som que pareça mais razoável do que o que vi hoje.

Eu também penso que o Metallica tem recebido preocupações demais. É um anti-artista, por uma razão. Um artista. fala alto e o artista fica pro escanteio: corte de participação. Não fica acima da sua estação, garoto. Não é pirataria quando garotos trocam música através da internet usando Napster ou Gnutella ou Freenet ou ou iMesh ou irradiando seus CDs num My.MP3.com ou armário de música MyPlay.com. É pirataria quando aqueles caras cujas companhias fazem arranjos com advogados de carteis e cabeças de gravadoras de forma que eles possam ser "amigos de grandes selos" e não de artistas.

Artistas de gravadoras tem essencialmente dado suas músicas gratuitamente pelo velho sistema, de forma que a tecnologia que expõe a música para uma audiência maior só pode ser uma boa coisa. Porque estas companhias não estão criando alguma paz?

Houve um bilhão de downloads de música o ano passado, mas as vendas de música estão subindo. Cadê a evidência que aqueles downloads estão afetando os negócios. Aqueles downloads estão criando mais demanda. Porque as companhias gravadoras não estão embraçando esta grande oportunidade. Porque não estão tentando conversar com os garotos que estão passando as compilações de músicas para entender como são eles? Por que a RIAA está processando as companhias que estão estimulando esta nova demanda? Qual o ponto de perseguir pessoas que estão trocando MP3 de som horríve? Grana! Dinheiro que eles não tém intenção de passar para a gente os escritores que fazem seus lucros.

Neste ponto, de qualquer forma, os gênios "colecionadores de gravações" que usam Napster não tem uma seleção (de músicas) do que é mais contemporânea ou jóia, a não ser que seja alguém que curta (som) tecno. Muito difícil (achar) quaisquer fans do REM de antes de 1982 REM, nenhum punk dos anos 60, até mesmo o the Alan Parsons Project estava pouco representado quando tentei achar alguns camaradas no Napster. Na maioria, eram espertos de faculdade sem muita imaginação. Talvez seja a demografia que importa -- e neste aspecto, My Bloody Valentine e Bert Jansch não irão se ferrar, por enquanto. Ainda há tempo para negociar. Destruindo acesso tradicional

Em algum lugar do caminho, as companhias gravadoras descobriram que é mais lucrativo controlar o sistema de distribuição do que nutrir artistas. E já que as companhias não tem qualquer competição real, artistas não tem outro lugar para ir. As companhias gravadoras controlam a promoção e o marketing; apenas elas tem a capacidade de conseguir grande tocação de rádio, e conseguir gravações nas grandes lojas do comércio. Este poder as colocou acima dos artistas e da audiência. Eles são donos da plantação.

Ser o guardador da porteira era o lugar mais lucrativo, mas agora estamos num mundo meio sem porteiras. A internet permite a artistas se comunicarem diretamente com suas audiências; nós não temos que depender somente de um sistema ineficiente onde as gravadoras promovem nossos discos no rádio, imprensa ou no varejo e então sentam esperando os fans descobrirem sobre nossa música.

As companhias gravadoras não entendema a intimidade entre artistas e seus fans. Eles põem as gravações no rádio e compram alguma propaganda esperando pelo melhor. A distribuição digital dá acesso instantâneo à música para todos, no mundo inteiro. E os filtros estão substituindo os "guardas da porteira". Num mundo onde nós podemos pegar qualquer coisa que quisermos, quando quisermos, como uma companhia cria valores? Através da filtragem. Num mundo sem fricção, a única fricção que as pessoas valorizam é editar. Um filtro tem valor quando entende as necessidades tanto dos artistas quanto do público. Novas companhias deveriam ser o fio condutor entre os músicos e seus fans.

Nesse exato momento, a única maneira pela qual se pode conseguir música é desovando $17. Num mundo onde música custa um níquel, um artista pode "vender" 100 milhões de cópias ao invés de um milhão.

O presente sistema impede artistas de encontrar uma platéia por que ele tem muitas deficiências: promoção de rádio limitada, pouco espaço de mostra nas lojas e um limitado número de lugares no jogo da companhia gravadora. O mundo digital não tem tais deficiências. Há incontáveis formas de se atingir uma audiência. Rádio deixou de ser o único lugar onde se escuta uma canção. E pequenas lojas de discos não são o único lugar onde se compra um novo CD.

Tô saindo fora

Agora os artistas têm opções. Nós não temos mais que trabalhar com os grandes selos (gravadoras), porque a economia digital está criando novas formas de distribuir e comerciar música. E os gratuitos entre nós não vão. Isto significa que a classe de escravos, a qual represento, tem que encontrar novas formas de conseguir nossos acordos. Isto realmente não importava mais do que antes e é por isso que nós todos continuamos. Eu quero que o meu caso de contrato de sete anos pela lei trabalhista da California (obs: nos EUA cada estado pode ter sua legislação específica)signifique algo para outros artistas. (A Universal Records está me processando por que minha contratação já venceu, mas eles dizem que um contrato de gravação não é um contrato pessoal; por que a indústria de gravação -- pessoas que, como comentamos, são excelentes lobistas, conseguindo como eles conseguiram, um empregado para tirar a permissão de Don Henley ou Tom Petty de dar os copyrights para as suas famílias -- na Califórnia, em 1987, fizeram um lobby para passar um adendo que nulificava os contratos de gravação como contratos pessoais, coisa assim, tipo, como se.. parece.. e E novamente, no meio da noite, conseguiram).

É por isso que estou interessado em fazer isso com uma espad entre os dentes (obs: com toda força). Eu espero ser ignorada ou ostracizada após essa ação. Eu espero que o tratamento que você está vendo Lars Ulrich pegar agora irá quadruplicar para mim. Maneiro. Pelo menos servirei um objetivo. Sou uma artista e boa artista, creio, mas não sou aquela artista que tem que tocar todo o tempo e então tem que se ferrar. Talvez minha preguiça e força auto-destrutiva vão finalmente compensar e servir a comunidade que desesperadamente precisa disso. Eles não podem me torturar como fizeram com Lucinda Williams.

Vocês, dot-comunistas engraçados. Juntem sua merda juntos, seus chatos repulsivos VCs

Eu quero trabalhar com gente que acredita em música, arte e paixão. E eu sou apenas o topo do iceberg. Estou deixando o sistema de grandes gravadoras e há centenas de artistas que irão me seguir. Há uma oportunidade inacreditável para indústrias que ousarem fazer isso direito.

Como alguém pode defender o sistema atual quando ele falha em entregar a música para tantos fans potenciais? Que espera de si mesmo uma "taxa de 5% de sucesso por ano"? O Status Quo nos dá uma cultura chat. Numa sociedade de mais de 300 milhões de pessoas, apenas 30 novos artistas por ano vendem um milhão de discos. Por qualquer medida, é uma grande falha.

Talvez cada fan irá gastar menos dinheiro, mas talvez cada artista terá uma melhor chance de fazer um ganho. Talvez nossa cultura irá ficar mais interessante que aquela de agora, propriedade da Time Warner. Eu não sou maluca. Pergunte a si mesmo, tem algum de vocês de alguma forma conectados aos meios de comunicação da Time Warner? Eu penso que há um monte de "sim"s para esta pergunta e eu teria que dizer que neste caso o presidente McKinley realmente falhou em acabou com os trustes. Talvez nós possamos remediar isso agora.

Artistas irão fazer aquele compromisso se isso significa que nós podemos nos conectar com milhões de fans ao invés das centenas de milhares que temos agora. Especialmente se nós perdermos toda aquela droga que vem com o sucesso dentro do sistema atual. Eu estou disposta, nesse exato momento, a deixar metade daquelas pegadinhas -- foda-se todas aquelas pegadinhas -- na porta para ter um experiência de artista pura. Eles acossam nos com pegadinhas para nos calar. Desta forma quando dizemos "cortadores de participação!" você pode apontar para minha jaqueta gratuita e dizer "cale a boca pop star".

Aqui, pode levar minhas calças Prada. Foda-se. Deixem-nos fazer nosso trabalho. E aqueles de nós viciados em celebridade po não terem mais nada, (esses) irão se apagar. E aqueles de nós viciados em celebridade por que isto existe terão que achar um jeito de viver mais puro, melhor.

Desde que eu estive basicamente dando minha música de graça pelo velho sistema, não estou com medo de sem fio ou arquivos MP3 ou quaisquer outras ameaças aos meus direitos. Qualquer coisa que me faça minha música mais disponível para mais pessoas é ótimo. Arquivos MP3 soam ruim, mas um album bem feito soa jóia. E eu não me incomodo o que alguém diz sobre gravações digitais. Neste ponto elas são boas para música disco mas tente escutar um tom quente de guitarra numa delas. Elas fedem para o que eu faço.

As companhias gravadoras estão apavoradas de qualquer coisaq que perturba seu controle de distribuição. (Por) isto é que eles insistiram que os CDs fossem vendidos em caixas longas (desperdício incrível) de 6-por-12 polegadas, apenas por que ninguém pensou que você poderia mudar as latas na loja de discos.

Não vamos chamar os grandes selos de "selos". Vamos chama-los pelos seus nomes reais: Eles são os distribuidores. Eles são os únicos distribuidores e eles existem por conta da escassez. Artistas pagam 95% do que quer que nós façamos para os guarda-porteiras por estarmos acostumados a usar guarda-porteiras para conseguir que nossa música seja ouvida. Por que eles tem um sistema e por que quando eles decidem gastar dinheiro o bastante -- todo ele recuperável, todo ele possuído por mim -- eles podem ocasionalmente empurrar coisas através desse sistema, dependendo de vários fatores arbitrários.

O sistema de filtragem das corporações, que é o sistema que trouxe (na minha humilde opinião -- da Courtney Love) a você uma peça de lixo como "Mambo No.5" e não deixou você ouvir o disco brilhante ou o novo disco interessante do Sleater Kinney, obviamente não tem um bom gosto. Mas nós nunca pagamos os grandes selos/distribuidores pelo bom gosto. Eles nunca foram como Yahoo e providenciaram um serviço de filtro.

Haviam muitos fatores que fizeram um distribuidor decidir empurrar um disco através do sistema:

O quão poderoso é a administração?

A quem se deve um favor?

Qual primo do promotor independente é o baterista?

Que parte do ano fiscal a companhia está pondo no disco?

É a taxa de royalty para o artista tão obscenamente ruim que é quase 100% de lucro ao invés de apenas 95%, isto é roubo?

Quanto espaço de estocagem(lixo?) está disponível este ano?

Foi a gravação um sucesso na Europa então há uma pressão da corporação para faze-la trabalhar?

Irá a banda ferrar com sua carreira para tocar shows gratuitos para as estações de rádio?

Será que a canção do artista irá soar parecido o bastante com a (canção) de alguém que irá tocar nas estações de rádio só por ela preenche o "som do mês"?

Será que o artista conseguiu colocar a canção na trilha sonora de um filme de forma que a produtora irá pagar pelo vídeo?

Estes fatores afetam as decisões que vão dentro do sistema. Não o gosto do público. Todas essas coisas estão ficando erradicadas agora. Elas se foram ou estão indo embora. Nós não precisamos dos guarda-porteiras. Simplesmente não precisamos.

E se eles não vão fazer por mim o que eu posso fazer por mim mesmo com meu Webmistress de 19 anos no meu próprio Web site, então eles precisam (é) sair fora do meu caminho.(Eu vou) permitir que milhões de pessoas conseguir minha música por nada se eles querem e quem sabe eles serão legais o bastante para deixa uma gorjeta se gostarem.

Eu preciso da velharia. Eu ainda preciso de um produtor na criação de uma gravação, eu ainda preciso de aparecer no rádio (coisa que custa um monte de dinheiro), eu ainda preciso de espaço venda para CDs, eu preciso de prover uma oportunidade para que pessoas sem computadores compre o hardware que eu faça. Eu ainda preciso de um monte deste material, mas eu posso pegar isso de uma joint venture com uma companhia que sirva como conduto e conheça seu lugar. Servir o artista e servir o público: este é o seu lugar.

Equidade para os artistas

Uma nova companhia que de aos artistas uma real equidade em seu trabalho pode tomar o mundo, chutar o pau da barraca e fazer um monte de dinheiro. Nós somos inspirados pela forma como as pessoas são pagas na nova economia. Muitos artistas visuais e designers de hardware tem a posse real de seu trabalho.

Eu tenho uma sobrinha de 14 anos. Ela costumava querer ser uma rock star. Antes disso queria ser atriz. Há seis meses, o que vc pensa que ela quer ser quando crescer? Qual a carreira mais gloriosa e emancipadora? Claro, ela quer ser uma Web designer. É um negócio tão glamuroso!

Quando vocês fazem negócios com artistas, você tem que levar em conta uma forma diferente de ver as coisas. Nós queremos ser tratados com o respeito que os Web designers tem agora. Nós não somos trabalhadores da Intel de Portland (USA) usando aquelas roupas de estivadores que querem saber como "trabalhar