barata08

https://sites.google.com/site/barataeletricafanzine/ Blog do Fanzine Índice Números Anteriores email; drrcunha@yahoo.com.br

____                  _          ______ _      _        _   |  _ \                | |        |  ____| |    | |      (_)  | |_) | __ _ _ __ __ _| |_ __ _  | |__  | | ___| |_ _ __ _  ___ __ _   |  _ < / _` | '__/ _` | __/ _` | |  __| | |/ _ \ __| '__| |/ __/ _` |  | |_) | (_| | | | (_| | || (_| | | |____| |  __/ |_| |  | | (_| (_| |  |____/ \__,_|_|  \__,_|\__\__,_| |______|_|\___|\__|_|  |_|\___\__,_|                                                                                                                                                                          BARATA ELETRICA, numero 8                         Sao Paulo, 20 de dezembro, 1995                           ---------------------------------------------------------------------------                                Creditos:                         --------  Este jornal foi escrito por Derneval R. R. da Cunha  Com as devidas excecoes, toda a redacao e' minha. Esta' liberada a copia (obvio) em formato eletronico, mas se trechos forem usados em outras  publicacoes, por favor incluam de onde tiraram e quem escreveu.   DISTRIBUICAO LIBERADA PARA TODOS, desde que mantido o copyright e a gratu-  idade. O E-zine e' gratis e nao pode ser vendido (senao vou querer minha parte).   Para  contatos (mas nao para receber o e-zine) escrevam para:    rodrigde@spider.usp.br (liberaram para divulgacao) informatica-jb da esquina-das-listas@dcc.unicamp.br ou: wu100@fim.uni-erlangen.de  Correio comum:  Caixa Postal 4502 CEP 01061-970 Sao Paulo - SP BRAZIL  Numeros anteriores:      ftp://ftp.eff.org/pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica     gopher://gopher.eff.org/11/Publications/CuD/Barata_Eletrica     http://www.eff.org/pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica                                  NO BRASIL:  http://www.inf.ufsc.br/ufsc/cultura/barata.html ftp://ftp.ufba.br/pub/barata_eletrica  MIRRORS - da Electronic Frontier Foundation onde se pode achar o BE /pub/Publications/CuD.    UNITED STATES:   etext.archive.umich.edu in /pub/CuD/Barata_Eletrica ftp.eff.org in /pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica aql.gatech.edu in /pub/eff/cud/Barata_Eletrica world.std.com in /src/wuarchive/doc/EFF/Publications/CuD/Barata_Eletrica uceng.uc.edu in /pub/wuarchive/doc/EFF/Publications/CuD/Barata_Eletrica wuarchive.wustl.edu in /doc/EFF/Publications/CuD/Barata_Eletrica   EUROPE: nic.funet.fi in /pub/doc/cud/Barata_Eletrica                   (Finland) (or /mirror/ftp.eff.org/pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica) ftp.warwick.ac.uk in /pub/cud/Barata_Eletrica  (United Kingdom)   JAPAN:  ftp.glocom.ac.jp in /mirror/ftp.eff.org/Publications/CuD/Barata_Eletrica  www.rcac.tdi.co.jp in /pub/mirror/CuD/Barata_Eletrica                                                     OBS: Para quem nao esta' acostumado com arquivos de extensao .gz: Na hora de fazer o ftp, digite binary + enter, depois digite o nome do arquivo sem a  extensao .gz Existe um descompactador no ftp.unicamp.br, oak.oakland.edu ou em  qualquer mirror da Simtel, no subdiretorio:  /SimTel/msdos/compress/gzip124.zip to expand it before you can use it. Uma vez descompactado o arquivo GZIP.EXE, a sintaxe seria:                            "A>gzip -d arquivo.gz  No  caso,  voce  teria que trazer os  arquivos  be.??.gz  para  o  ambiente DOS com o nome alterado para algo parecido com  be??.gz,  para isso funcionar.                                     NO BRASIL:                http://www.inf.ufsc.br/ufsc/cultura/barata.html   ==========================================================================                                                    ULTIMO RECURSO, para quem nao conseguir acessar a Internet de forma direta,  mande carta (nao exagere, o pessoal e' gente fina, mas nao e' escravo,  nao  esquecam aqueles encantamentos como "please" , "por favor" e "obrigado"):   drren@conex.com.br wjqs@di.ufpe.br aessilva@carpa.ciagri.usp.br dms@embratel.net.br clevers@music.pucrs.br rgurgel@eabdf.br invergra@turing.ncc.ufrn.br   CREDITOS II :  Sem  palavras  para  agradecer ao pessoal que se ofereceu  para  ajudar  na  distribuicao   do   E-zine, como os voluntarios acima citados,  e   outros,  como o sluz@ufba.br (Sergio do ftp.ufba.br), e o delucca do www.inf.ufsc.br q.  talvez estao arriscando a ira dos superiores, ao disponibilizar para  o   resto  dos  brasileiros  este material. Muito  obrigado.  Espero  continuar  agradando.  A propria existencia desse pessoal e' um sinal para mim de  que  vale a pena continuar escrevendo, enquanto puder fazer isso). Valeu  tambem  o Leandro do Zine Alternetive, que me entrevistou.   OBSERVACAO: Alguns mails colocados eu coloquei sem o username (praticamente  a  maioria)  por  levar  em  conta que  nem  todo  mundo  quer  passar  por  colaborador  do  BE. Aqueles que quiserem assumir a carta, mandem  um  mail  para mim e numa proxima edicao eu coloco.                                   INTRODUCAO:                                 ===========       Oi,  gente. O numero 8 demorou. Quase nao sai.  Sinceramente.  Provas,  problemas financeiros e de habitacao. Sem falar em problemas medicos.Serio. Isso em final de curso. O que a gente nao faz pelos fas. De ferias, to  com  um pouco mais de tempo, da' pra pensar em fazer algumas coisas. Como pensar  na reuniao de  hackers.      To virando noticia. Apareci na TV, na Super Interessante, numa entrevis p. Radio Eldorado AM .. so' falta o  Jo^ Soares. Um dia, quem sabe? Um amigo me chamou de Anti-hacker, por gana de ficar famoso. Mas tenho que  divulgar minha mensagem. So' assim chego  la'. E quero  fazer o pessoal no Brasil se reunir, trocar ideias, aprender em conjunto. Fazer uma Hacker Conference no pais.      Falando nisso, recebi e-mail de Recife. Nada mais nada menos do que  o primeiro rato de computador pego fazendo break-in. Nao me deu permissao pra usar a carta dele e respeitei. Parece que a captura dele foi bem mais  ela- borada. Ou pelo menos e' o que fala. De acordo com ele, a VEJA publicou uma versao inteligivel, porem fantasiosa, da coisa. Nao falou do acesso root  e umas coisas mais. Fiquei contente em saber que pelo menos o  e-zine  chegou ate' la'. Dei para ele o direito de escrever se defendendo, ele recusou.      Mas mudando de assunto: e o Sivam? Sei la'. Tenho uma opiniao  formada  sobre  esse escandalo. E nao vou comentar. E' coisa do governo. Falando  em  governo, tem um otimo texto do Henry David Thoreau:           "The mass  of  men serve  the  state thus,  not  as  men           mainly, but as machines,  with their bodies.   They are  the           standing army, and the  militia, jailers, constables,  posse           comitatus, etc.   In most  cases there is  no free  exercise           whatever of the judgement  or of the  moral sense; but  they           put themselves on a  level with wood  and earth and  stones;           and wooden men can perhaps  be manufactured that will  serve           the purpose as well.  Such command no more respect than  men           of straw or  a lump of  dirt.   They have the  same sort  of           worth only as horses and dogs.   Yet such as these even  are           commonly  esteemed   good   citizens.      Others--as   most           legislators,   politicians,    lawyers,    ministers,    and           office-holders--serve the  state chiefly  with their  heads;           and, as the rarely make any moral distinctions, they are  as           likely to serve the devil, without intending it, as God.   A           very few--as  heroes, patriots,  martyrs, reformers  in  the           great sense, and men--serve the state with their consciences           also, and so necessarily  resist it for  the most part;  and           they are commonly treated as enemies by it."    Sem duvida um pensamento radical. A todos voces, um feliz Natal.                                     INDICE:                                   =======                 INTRODUCAO               BATALHA PELA MENTE               A REDE - O FILME E SUAS METAFORAS               CAOS COMPUTER CLUB               HACKING CHIPS ON CELULAR PHONES               UNAUTHORIZED ACCESS - O DOCUMENTARIO               THE  BULGARIAN AND SOVIET VIRUS FACTORIES               CARTAS - DICAS                  BIBLIOGRAFIA  ---------------------------------------------------------------------------                               BATALHA PELA MENTE                             ==================   E'  uma  coisa dificil de explicar. Quando voce  consegue  entender..  fica  dificil  aceitar. Sua vida muda. A cabeca gira. E o mundo da'  voltas.  Mas  existe. Como e' muito complicado, vamos por partes (Jack The Ripper).      Como  definir  o que e' a realidade? Vamos analizar em  um  nivel  bem  basico:  se voce esta' lendo este texto, esta' usando os olhos,  certo?  Se  esta' lendo no micro, esta' tambem usando o teclado, caso contrario pode ou  nao estar usando as maos. Pode sentir pelo tato que esta' ou nao  segurando  o texto. Mas tem um detalhe a mais. O texto esta' em portugues e voce  sabe  ler. E esta' curioso sobre o conteudo. Por isso continua lendo. Se concorda  ou  nao  concorda, e' indiferente. Talvez o meu texto consiga  prender  sua  atencao ate' o final. Talvez voce tenha um compromisso e deixe o texto para  mais tarde. Em outras palavras, nao e' algo importante. De qualquer  forma,  uma  coisa voce tem razoavel certeza. Este texto existe. Nao e' produto  da  sua imaginacao.      Vamos supor que o papel que contem este texto desapareca. Seu irmao ou  irma  pegou.  Pior,  formataram  o disquete. E  sua  conta  Internet  esta'  bloqueada. Para piorar o quadro, ninguem nunca ouviu falar do e-zine Barata  Eletrica. Nem seus amigos se lembram de ter ouvido voce comentar sobre este  zine. Pronto. Voce nao tem como saber se este artigo aqui nao faz parte  de  sua  imaginacao. Daqui a algum tempo, talvez ele nao faca diferenca,  ficou  perdido em algum canto esquecido da memoria.       Vamos  agora  pegar uma noticia na TV. A TV, como voce  sabe,  e'  uma  caixinha  de  Pandora.  Pode-se escolher o canal que  se  quer  assistir  e  dependendo  do horario, ouvir e ver as noticias. Mas o que aparece la'  nao  e' necessariamente o que esta' acontecendo agora. O que esta' la' e'  fruto  de  um  esforco  em equipe, onde um sujeito, o reporter, foi  ao  local  do  acontecimento,  junto com um cameraman, eles juntos filmaram um  evento,  a  fita  foi  editada,  enviada para a estacao de TV,  para  ser  transmitida,  apos  um anuncio por outro reporter, que e' o chamado "ancora" da  estacao.  Nao  e'  um sujeito que por telepatia sabe a noticia e relata  ao  publico.  Dependendo  da reportagem, se composta de duas testemunhas, voce escuta  as  duas testemunhas. Vamos transportar isso para algo mais simples.      Se  voce escuta uma fofoca, voce esta' ouvindo o relato de uma  pessoa  que te contou uma parte da noticia. Qualquer duvida, voce fara' questao  de  escutar  a outra pessoa envolvida. E' uma noticia, mas como e' contada  por  outra  pessoa que pode ou nao ter interesse na coisa, talvez tenha  contado  errado,  talvez   sei la'. Ao contrario da TV, fofoca e' uma  coisa  que  a  gente sempre duvida. Todo mundo sabe que "quem tem conto aumenta um conto".   Mas vamos voltar ao lance da nocao do mundo real.      Uma  pessoa presa numa cadeira de rodas, um paraplegico, daqueles  que  so' pode ficar na frente da televisao, mas pode ouvir e falar, mas nao  tem  telefone. A nocao de mundo que o cara tem esta' entre quatro paredes.  Toda  a informacao nova dela depende das pessoas que o visitam. Se a gente coloca  o cara num hospital, a realidade dele e' dormir, acordar, comer, e um  nada  qualquer o resto do tempo. Numa ilha deserta, sem ninguem, talvez nem isso.       Okay.  Ta' muito metaforico, isso. Vou colocar uns fatos.  Existe  uma  experiencia  famosa, feita no MIT, sei la' quanto tempo atras.  Na  colecao  "Biblioteca  Cientifica  LIFE", livro de Psicologia, da' pra  se  checar  a  informacao.  Sintetizando, alguns voluntarios foram colocados em  salas  de  isolamento  total. Nao se ouvia nada, nao se via nada,  ninguem  conversava  com os caras. Alguns dos estudantes aguentaram as 24 horas do  experimento.  Na  saida  da  sala, alguns teste. Um dos caras ficou  um  tempao  tentando  equilibrar um cigarro em cima de uma mesa. E'. Um cigarro. Nao, o cara  nao  tinha puxado um fumo ou ficado bebado durante a experiencia.       A  conclusao a que os caras chegaram e' que .. comer,  beber,  dormir,  respirar,  nao  e'  so' o bastante pra viver. As  pessoas  precisam  de  um  "input",  uma  entrada de informacoes constante, diariamente.  Quando  voce  anda  na  rua,  existem centenas de informacoes  que  sao  analizadas  pelo  cerebro:  seu nariz interpreta cheiros, sua pele sente o contato da  roupa,  ha'  barulhos que compoem o seu ambiente. Quando nao existe  este  "input",  voce  degenera.  A  NASA,  quando  treina  seus  astronautas  para  viagens  espaciais  tambem inclui esse tipo de experiencia de isolamento. A  pessoa,  desprovida  por  longos periodos de inatividade ou ausencia  de  sensacoes,  alucina, da mesma forma que uma pessoa numa sessao de LSD.      Okay.  Vamos  voltar ao cotidiano. As pessoas precisam  esse  impulso,  essas  sensacoes, vem de fora da pessoa, nao de dentro. O ambiente  em  que  voce  influencia sua cabeca. Todo mundo pode acreditar no que  quiser,  mas  seus  pensamentos,  suas lembrancas, sao formadas em parte de  coisas  cuja  importancia  o  cerebro  aprendeu a ignorar. Isso  da'  muito  material  de  discussao,  mas o fato onde quero chegar e' que a maior parte  das  pessoas  nao se da' conta dessa quantidade de informacao porque ela e' manipulada  a  nivel do inconsciente. Se voce sente um cheiro que nao gosta, o cerebro  te  avisa  para  voce  poder  tomar uma decisao e sair  longe  do  cheiro  (por  exemplo). Na verdade, no caso especifico do olfato, essa sensacao so'  dura  30 segundos, depois tende a desaparecer.       Como disse, isso acontece a nivel inconsciente. A mesma coisa acontece  a  nivel  de imagem e de som. Se voce reagisse a todo tipo de imagem  e  de  som,  ir  a  um concerto de rock ou assistir TV era  impossivel.  Isso  so'  acontece porque o cerebro fica "indiferente" a um grande numero de imagens.  Alias, aquilo que voce pensa que e' um filme, sao fotos expostas a razao de  24  quadros por segundo. O cerebro consegue "ver" cada uma das  fotos,  mas  acaba  so' analisando as diferencas, o que da' uma sensacao  de  movimento.       A nivel psicologico, o cerebro nao e' so' dividido entre o  consciente  racional  e  o  inconsciente. Existe tambem uma terceira parte,  que  e'  o  produto da nossa interacao com o meio ambiente e sociedade. Por exemplo: eu  gosto daquela pessoa. Entao ao ve-la, automaticamente sorrio e falo  alguma  coisa  boa. Nao e' algo exatamente automatico ou treinado, mas e' um  gesto  aprendido e ensaiado. Se a pessoa esta' com a cara amarrada, nosso  cerebro  analisa a informacao. Por isso emite uma resposta como: " esta tudo  bem?",  mesmo que a pessoa nao comente nada.      Interessante, ne'? Quer  um pouco mais? Se voce se veste de forma errada, vamos supor que  tem  uma  coisa nas suas costas. As pessoas talvez nao falem nada, mas voce  vai  sentir algo errado. Entendeu o principio da coisa? Isso e' voce respondendo  a um estimulo inconsciente. Mas num jogo de futebol, por exemplo, existe  o  drible,  antes  de chegar no gol. O atacante faz todo um jogo  para  que  o  goleiro  pense  que  a bola vai chegar num lugar  diferente.  Estimula  uma  reacao  do goleiro, que pula num lugar diferente. A isso pode se chamar  de  varios  nomes,  mas  estou  colocando  como  exemplo  de  "manipulacao   do  inconsciente".      Uma  forma  de  analisar esse lance, e'  observar  comerciais  de  TV.  Ninguem  chega pra voce e fala que cigarro e' bom. Mesmo fumantes  vao  lhe  dizer  isso,  embora o vicio seja uma coisa dificil de largar.  Mas  o  que  mostra uma propaganda de cigarro, por exemplo. Gente com um sorriso  enorme  no  rosto. Situacoes parasidiacas, mulheres maravilhosas,  sorridentes,  em  lugares como praias, gente embaixo d'agua, etc coisas que a grande  maioria  de nos, que trabalha das nove as cinco ou estuda, nao pode fazer. E aqui  e  ali,  as  cores da marca de cigarro. Mas veja bem: isso  nao  acontece  uma  unica  vez.  E'  repetido N vezes. A maioria das  pessoas  nem  repara  nos  detalhes de um comercial. Mas o corpo, este sonha com um descanso longe  do  escritorio que tem o ar condicionado quebrado. E talvez a pessoa sonhe  com  uma  mulher  com  metade  do corpo dquela  manequim.  Como  disse,  e'  uma  tentacao, mas nao e' uma unica vez que o comercial passa. Sao muitas  vezes  e .. opa! A pausa para comerciais comeca exatamente naquele minuto X em que  a  acao  se  desenrola  no filme. E'. Entao, o  comercial  e'  passado  num  instante em que, teoricamente seus olhos deveriam estar bem abertos.      Voce pensa que e' so' na televisao que isto acontece? Na, na, na, nao.  Isso acontece em revistas. Alias, o preco que voce paga por uma revista  em  banca nao e' o que sustenta o trabalho de se fazer a dita. Sao os anuncios.  Algumas  revistas  sao  metade anuncio, o texto e' uma forma  de  chamar  a  atencao para os produtos a venda. E de certa forma, o sujeito acaba tomando  conhecimento dos artigos expostos. Sim. Nao precisa que todo mundo ao mesmo  tempo  preste  atencao.  Basta  que as revendas  saibam  da  existencia  do  produto. Se as revendas compram, nao importa que o fulano que le a  revista  compre.  No  momento em que ele decidir ir na loja e  digamos,  comprar  um  tenis  qualquer, o que saiu na revista esta' com preco mais caro e  mais  a  vista,  exatamente porque o dono da loja comprou de alguem e quer  ver  uma  grana p. garantir o dia-a-dia dele.      Nao e' so' isso. Junto com a propaganda do Tenis, existe uma  tematica  associada.  Entao  o sujeito que compra o tenis, que por  exemplo,  o  Mike  Tyson  diz  que usa, por um jogo mental, se sente importante  quando  ve  o  comercial  na  TV. Por exemplo. Os amigos, que nao tem grana p.  comprar  o  tenis, ficam com inveja, porque nao podem ter a mesma sensacao. O comercial  e' uma lembranca clara "voce e' pobre". Existem comerciais que se dao conta  disso  e  colocam  que "nao e' o produto que e' caro,  e'  voce  que  ganha  pouco", e por ai' vai. As empresas de propaganda trabalham com segmentos de  mercado  e ganham rios de dinheiro, exatamente porque sabem fazer  batalhas  em  que  conquistam  o comprador, de  forma  consciente  ou  subconsciente.  Facilitam  a venda de um produto. Fazem com que o sujeito redefina  todo  o  seu modo de vestir, num movimento chamado "moda" e se sinta inadequado  sem  ela.  Nao  que  sempre tenham sucesso fazendo isso. Claro  que  as  pessoas  gostam de um comercial bem-feito. Ele foi feito para despertar uma simpatia  por um produto. Tudo bem que a loira que anuncie aquela bebida na vida real  nao  saiba nem como assoar o nariz em publico (o ideal e' pedir  licenca  e  assoar  no  banheiro, por falar nisso). Na propaganda ela e'  a  imagem  da  tentacao  que  o  anunciante quer que o produto tenha.      Isso acontece a nivel de filmes, tambem. Todos os jornais falam mal da  CIA, por exemplo. Mas filme de espionagem e' algo sempre excitante, tem  um  mocinho e um bandido. E o bandido e' feio, cospe no chao, come criancinhas,  etc.. As pessoas tendem a acreditar na ideia de que existe um bem e um mal.  Procuram gente para assumir estes papeis. Pois bem, o cinema pode manipular  de  forma  a tornar determinada imagem mais cosmetica. Antes da  guerra  do  Vietna,  pululavam  filmes de guerra. Porque? Porque volta e meia,  os  EUA  entravam  em guerra ou mand(av)am seus fuzileiros navais pra algum lugar. E  nao e' facil convencer alguem a mandar seu filho de 18 anos para ir morrer,  num  lugar  sei  la' onde. Ah, sim. Os filmes costumam  ter  cenas  em  que  aparece  uma mulher, enfermeira, oficial ou coisa que o valha, para que  as  mocas  que  vao assistir a fita nao se sintam ignoradas. Pode ser  ate'  um  filme  como  Spartacus (do Stanley Kubrick). Tem uma historia de  amor.  Ou  Rambo  II,  a  vinganca. Talvez por isso nao se faca filme  de  guerra,  no  Brasil, entre outras razoes. Guerrear quem?      Aonde eu quero chegar com tudo isso? Nao quero chegar muito longe.  Se  voce  leu ate' aqui e' sinal de que consegui prender a sua atencao.  Alguma  coisa  voce  absorveu. Provavelmente, cedo ou tarde isso vai voltar  a  sua  cabeca e sera' objeto de divagacao, quem sabe. E' ai' que eu queria chegar.                        A REDE - O FILME E SUAS METAFORAS                      =================================  Aqueles que tiveram sorte me viram falando na TV no jornal do SBT, dando um  opiniao  sobre  o filme "A REDE", em cartaz na cidade de Sao Paulo.  E'  um  daqueles casos em que o roteirista parece ter trabalhado em algum jornal do  tipo "Noticias Populares". O filme, que tem ate' uma pagina na Web, carrega  uma  mensagem muito simples: voce pode ser vitimado pelos hackers se  mexer  com  software  "proibido". Tem gente muito melhor do que eu  enumerando  os  erros  do filme, mas e' essa a mensagem basica. Tudo no filme e'  exagerado  ao  extremo para construir um personagem, um simulacro de pessoa que  deixa  de  existir, por acao de um grupo de gente que ela nunca viu na  vida,  mas  que  detem o acesso a uma "porta dos fundos" de um software de  vigilancia.  Pra  encurtar  a  historia:  a menina e'  especialista  em  virus,  bugs  e  problemas  que pintam em programas recem-lancados no mercado  (pelo  visto,  so'  pra  programas p. computadores Macintosh). No dia em que  ela  sai  de  ferias, mandam um programa p. ela que tem um cavalo-de-troia ou que  acessa  uma porta-dos-fundos do sistema mais comum de vigilancia (tipo firewall  ou  trip-wire)  em  uso.  O cara que enviou o disquete morre  num  acidente  de  aviao,  cujo sistema de navegacao foi adulterado. Primeira  manipulacao  de  computador. La' no lugar onde ela veraneia, no ultimo dia, conhece um  cara  que na verdade e' pertencente ao grupo responsavel pelo programa.      Pinta  uma  cena  digna de novela da Globo e depois dessa, ela ta' num  hospital  sem os documentos, vai voltar pros EUA e comeca a  descobrir  que  nao  existe  mais. Ou melhor, ate' existe, mas outra pessoa tomou  o  lugar  dela. E a identidade que sobrou e' de alguem condenado por roubo,  trafico,  prostituicao,  etc..  Ai', a unica pessoa que sabe quem ela e', e'  um  ex- namorado.  Que ajuda-a com roupas e o basico para recomecar a procurar  sua  identidade, ja' que a casa dela foi vendida. Atraves do amigo, a mae  dela,  que sofre de amnesia senil, e' transferida para outro lugar. O amigo, sofre  um  problema  medico, e' internado, recebe o medicamento  errado  e  morre.  Presa,  teria que assumir a identidade falsa p. ter chance num  julgamento,  ou seria julgada como louca, alem de estelionataria e prostituta.      Ela  descobre ao longo do crime que existe uma organizacao  criminosa,  especie de "milicia" que esta' tentando se apoderar do poder atraves  desse  software,  que  seria  tudo aquilo que a midia  propagandeou  que  o  SATAN  permite  fazer,  dar acesso ilimitado a qualquer computador. Roda  em  MAC,  inclusive.  E e' essa milicia, representada pelo cara que paquerou-a    nas  ferias, que a persegue no filme inteiro. No final das contas, ela  recupera  a identidade, ao invadir um computador do governo e colocando nele um virus  que apaga tudo.   O  filme tem umas sacadas interessantes, cativa. Mas o tempo todo  esbarra  em  montes de coisas que nao tem nada a ver com a realidade. Mesmo la'  nos  EUA, nao e' tao facil mexer com a identidade de uma pessoa. Porem, pode ser  interessante criar um tipo de acao onde isso seja possivel para  justificar  aquilo que o governo americano costuma fazer com aqueles que sao  suspeitos  de  mexer com computadores do governo. O Chris Googans, da revista  Phrack,  deixou  bem  claro  no  seu  discurso,  no  congresso  de  Hackers  la'  na  Inglaterra. "Nao facam acesso ilegal nos EUA". Existem leis severas e mesmo  que o cara nao saia preso, com certeza vai ser vigiado pelo resto da  vida.  Qualquer  pessoa  suspeita de mexer com acesso ilegal e' vigiado  ate'  que  cometa algum crime. Ai' os caras enviam tudo, ate' helicoptero, equipes  de  SWAT  na  casa do sujeito. E'. Nao e' exagero. Claro que de  vez  em  quase  sempre,  a pessoa "suspeita" de hacking tem catorze anos. Gente mais  velha  sabe  como evitar ser descoberta e nao se mete a fazer besteiras. So'  para  se ter uma ideia, ha' muita, mas muita gente que duvida que o Mitnick  seja  responsavel  pelo  break-in no computador do Shimamura. Mas isso  e'  outra  historia.      Bem verdade que la' existe facilidade de acesso aos dados de  qualquer  um.  E'  quase  tao facil quanto comprar um CDROM.  So'  que  CDROM's,  por  exemplo  nao  sao apagaveis. Nao existe um software que  "grave  um  CDROM"   se  o  drive for apenas de leitura de CDROM, que e' o que acontece  com  os  drives  multimidia  atualmente vendidos. Durante um tempo foi  estocado  em  varios sites da rede, um software que prometia isso, mas era um  cavalo-de- troia  que  destruia  o disco rigido de quem pensasse  que  poderia  gravar  coisas  em  CDs.  Da  mesma forma, existe o  mito  de  que  hackers  possam  "brincar"  com  a  identidade  alheia. Besteira.  Consultar  sim,  isso  e'  possivel.  Alterar, so' as autoridades competentes. Talvez hajam  casos  em  que  atraves  de propina, isso seja possivel. Engano  de  identidade,  sim.  Existe gente que ja' cumpriu pena por que foi confundida com outra  pessoa.  Mas isso sao outros quinhentos.      E'  possivel isso acontecer aqui no Brasil, as pessoas saberem tudo  a  seu respeito? Claro que e'. A pessoa que tem uma faxineira que vem uma  vez  por   semana  simplesmente  "confia"  toda  a  sua  privacidade  a   alguem  desconhecido.  Ficou famoso o ano passado as historias de "faxineiras"  que  eram  ladras. E em caso de sequestro isso tambem acontece. Essa  coleta  de  informacoes   nao  e'  feita  por  computador.  Cursos  de   detetive   por  correspondencia  ensinam como isso e' feito. Basta entrar numa  agencia  de  correios  e telegrafos. E existem conversas com pretexto, atraves  do  qual  voce  motiva  a pessoa a revelar coisas importantes  atraves  de  perguntas  muito  sutis.  Os "hackers" chamam isso de Engenharia Social,  mas  e'  uma  forma  sutil  de interrogatorio. Quer saber dos  problemas  financeiros  do  fulano? Pergunta que que ele acha de comprar tal aparelho de som ou equipar  seu  computador  com  um  multi-midia. Quer perguntar p.  sua  amiga  se  o  namorado dela e' bom de cama, mas nao tem intimidade p. tanto? Comenta  com  uma   terceira  pessoa,  na  frente  dela,  que  o  sujeito   parece   meio  inexperiente  ou  "desajeitado". Logico, se voce pergunta isso num  IRC,  a  coisa fica mais complexa. Tem muita gente que nao se controla e ate' revela  ate'  o  que  a gente nao pergunta. E obvio,  existem  muitos,  mas  muitos  truques para se avaliar uma pessoa.      E' possivel a pessoal "tomar" sua identidade? E' meio estranho  pensar  que alguem consiga fazer qualquer coisa com os bancos de dados que  existem  sobre  o cidadao. O cadastro da pessoa fisica, vulgo CPF, era  inicialmente  (se  nao  me engano) para movimentacoes financeiras  somente.  Embutido  no  numero do CPF existe uma formula matematica que permite avaliar se o numero  e'  mesmo da pessoa. So' que ja' houve escandalos com politicos tendo  mais  de  tres  numeros de CPF. De acordo com reportagem da Folha  de  Sao  Paulo  (6/11/95,  1-8), existem 7 milhoes de pessoas com o mesmo nome,  3  milhoes  tem  o mesmo nome e data de nascimento, 2 milhoes ainda nasceram  no  mesmo  municipio, 42.200 se chamam Maria Jose' da Silva, 28.900 Maria Aparecida da  Silva, 21.200 Jose' Carlos da Silva, etc.. Meu nome, que e'  D-E-R-N-E-V-A- L,  nao  Demerval ou Denerval, tem varios na minha  cidade,  inclusive  com  sobrenome  semelhante (Aqui em Sao Paulo, e' relativamente incomum,  quando  tirei minha carteira de trabalho, o sujeito me falou que D-E-R-neval era  o  primeiro  que  conhecia, em 28 anos de Ministerio do  Trabalho),  isso  por  exemplo.  Ja'  ouvi  falar do caso de um sujeito que  criou  um  cartao  de  credito  com o nome de um milionario e usou como se fosse seu.  Foi  preso.  Existem  tambem  casos  de  criminosos  que ao  matar  a  vitima,  usam  os  documentos  dela  como  se fossem seus. Ja' ouvi falar  de  gente  que  foi  atropelada  por policiais e que foi despojada de todos os documentos  antes  de  ser  entregue  no Pronto-Socorro. Se  morresse,  seria  enterrado  como  indigente.  Desapareceria,  em outras palavras, mas a familia  procurou  em  tempo. Houve o caso famoso tambem de um sujeito, no Rio Grande do Sul,  que  viajou sem avisar e a mae reconheceu o cadaver de outra pessoa como seu. Na  verdade,  o cara tinha deixado um bilhete, que caiu no chao, foi varrido  e  iniciou  a historia toda. Custou uma nota preta para desfazer.  Virou  ate'   "Caso Especial" da Globo.      Aqui no Brasil, quando alguem nasce, normalmente recebe um atestado de  batismo, em alguma Igreja, e' registrado em Cartorio, num livro com paginas  numeradas  e que nao pode ser rasurado ou alterado. Tem  tantos  documentos  que nem vale a pena comentar. A prefeitura de Sao Paulo por exemplo, estava  lancando  uma  carteirinha de identificacao p. estudante  primario.  Tem  a  carteirinha  da UNE, da UBES, tem o titulo de eleitor, etc.  Nenhum  desses  servicos e' informatizado ainda. Sao papeis. Existe ou existia em Sao Paulo  durante  a  ditadura  (pode ter acabado) uma praca  onde  o  sujeito  podia  "encomendar"  para "despachantes", todo um conjunto de  documentos  falsos,  por preco modico. Alias, com jeitinho, ate' alguns anos atras, era possivel  "comprar"  carteira de motorista falsa no Rio de Janeiro.  O  funcionalismo  publico  e'  mal  pago e o trabalho e' feito de forma  arcaica.  Tanto  que  existe  a possibilidade de obter anulacao de casamento quando existe  "erro  de pessoa".      Ta', isso nao responde se alguem poderia realizar na vida real, aquilo  que  foi feito no filme. Que que acontece quando sua carteira  e'  roubada?  Voce  tem que imediatamente produzir um boletim de ocorrencia na  delegacia  mais  proxima.  Se  tiver um cartao de credito,  telefonar  para  o  numero  indicado quando voce assinou os documentos e cancelar o(s) cartoes. O mesmo  e'  valido para taloes de cheque. O boletim de ocorrencia deve  ser  levado  para  o  banco  para sustar o pagamento dos cheques. Depois  e'  comecar  o  processo  de  reconstruir seus documentos. Leva tempo. Ja'  ouvi  falar  de  gente que foi roubada no centro de Sao Paulo e que pode "recomprar" os seus  documentos, perguntando pra Deus e o mundo perto do local do assalto se  os  mesmos nao haviam sido encontrados. O desespero faz o milagre.        Fazer as coisas On-line, isso so' no filme. Existe o SERPRO,   Servico  Federal  de  Processamento  de  Dados  em  Sao  Paulo,  que  centraliza  as  informacoes.  Existe  um processo de modernizacao em  andamento,  mas  essa  centralizacao significa atender milhares de micros. Num sistema tao  lento,  qualquer consulta leva tempo.       O que funciona On-line sao informacoes bancarias. O que torna o sigilo  bancario algo essencial. Quando voce usa um cartao de credito, ele pode ser  copiado   por   um  funcionario.  Existem   "fabricas"   clandestinas   que  confeccionam  cartoes  de credito falsos, mas identicos em quase  todos  os  detalhes,  ao cartao original. Isso foi materia de televisao ha' nao  muito  tempo.  Houve um escandalo, em 94, acho, quando uma empresa  que  fabricava  cartoes eletronicos tinha um grupo de funcionarios corruptos fazendo copias  dos mesmos. Da' medo de entregar o cartao de credito para alguem. Mas  isso  nao e' tudo. A pessoa, quando compra algo com o cartao de credito paga  uma  fatura.  Isso  fica  registrado. Nos EUA esse registro  e'  usado  para  se  avaliar  alguem, num emprego. La' todo mundo usa cartoes de credito. Se  as  pessoas  sabem o que voce compra, sabem a sua personalidade,  sabem  quando  voce atrasa suas contas, sabem quanto voce ganha. Quando voce escreve, aqui  no  Brasil, no verso do talao de cheques, onde voce mora (coisa que ja'  me  falaram  ser  uma frescura sem fundamento legal, teoricamente o  numero  do  telefone  e  R.G.  seriam suficientes  p.  identificacao)  esta'  liberando  informacao  a seu respeito. Afinal, com o RG, o CPF (que fica no  talao  de  cheques)  e  o endereco, ja' se pode fazer muita coisa. O ideal  e'  sempre  comprar   usando  dinheiro  vivo  e  se  recusar  a  comprar   com   cheque  principalmente se pedirem o endereco no verso do talao. Por mais "coisa  de  pobre"  que  isso possa parecer. Com gente sendo morta por nao  entregar  a  senha  do  cartao eletronico, tambem pode ser inteligente nao  sair  com  o  dito. Mas e o uso "fraudulento" dos seus dados?      Um exemplo que ja' soube foi o caso de uma ex-namorada de um  sujeito.  Ela  sabia  que o cara estava dia tal, hora tal, no apartamento  dele.  Com  outra  garota  nova.  Encomendou  um jantar  completo  no  Golden  Room  do  Copacabana  Palace a ser entregue la'. Entregou o RG do cara  p.  legalizar  a compra. Legal, ne'? O sujeito nao tinha tanto dinheiro assim.      Outro  exemplo  e' entregar o numero de telefone p. qualquer  um.  Tem  gente  que fica sabendo e coloca um desenho de um ser humano de  quatro  no  chao,  com  os dizeres: "Quase um Martini. Em qualquer  hora,  em  qualquer  lugar,  com qualquer um". Ta' certo que revista erotica, hoje,  nao  aceita  mais  "anuncios eroticos" sem um pseudonimo e caixa postal, mais  xerox  de  documentos e comprovacao de aluguel de caixa postal, senao eu iria  colocar  outra  forma de usar o endereco de outra pessoa. Motel e' outro exemplo  de  lugar que se preocupa com o anonimato das pessoas. Voce entrega a  carteira  de identidade para alugar um quarto. Mas vamos voltar a Internet.      Uma coisa que costuma pintar as vezes, tanto no IRC quanto no  correio  eletronico,  nao sao apenas as pessoas que sabem muito a seu respeito.  Ja'  falei  sobre isso num artigo anterior. Obvio, se voce frequentemente  envia  cartas p. o grupo Usenet tal, tal e tal, pessoas que frequentam tais grupos  ja'  tem  uma ideia do seu gosto. E' possivel checar via programa  ou  ate'  melhor,  via e-mail, conseguir uma relacao de cada pessoa que posta  cartas  para  newsgroups.  Isso  sao dados que podem ser  usados  para  compor  uma  identidade virtual da pessoa. O Sysop do lugar onde voce tem conta internet  pode  fazer  uma  estatistica de quais programas voce acessa e  por  quanto  tempo. A pessoa tem a ver com os Newsgroups e listas de discussao nas quais  esta' inscrito ou se corresponde.      Claro  que a pessoa com quem voce se corresponde no IRC,  naquele  tao  falado  "namoro eletronico" pode nao ser o mesmo que voce acha que e'.  Tem  muita  gente  que usa pseudonimos (nickname) de sexo diferente  de  vez  em  quando,  para  experimentar  ou  ate' mesmo casos  de  criar  um  grupo  de  discussao  com varios nicknames dos dois sexos, para atrair outras  pessoas  para a discussao. Existem formas de se esconder a identidade real (endereco  e-mail).  E  ha' varios subterfugios para se enganar a pessoa com  quem  se  fala.  E' preciso ser hacker para se saber isso? Nao, qualquer  pessoa  que  fuca muito, pergunta e se informa, acaba sabendo. Uma piada muito comum  e'  a  do  sujeito que comeca a receber correspondencias de uma menina  que  se  assina "gatinha dengosa". Essa e' do tempo em que o Video-texto comecou.  O  sujeito  comecava  a  se corresponder com um cara, falando  o  diabo.  "Sou  loira,  olhos  azuis,  mas  me  acho  muito  feia",  "Gosto  de  lidar  com  computadores", "Odeio gente que so' sabe falar de futebol", "Suas cartas me  ajudam  muito  a  compreender o assunto", "Imagino  voce  lindo,  quero  te  conhecer".  Esse  tipo de correspondencia. E isso e' um  cara  enrolando  o  outro. Um dia um  sujeito veio pedir p. passar na frente dele, para  usar o  terminal,  na epoca comum em grandes shoppings, como o Eldorado  (cheio  de  fila  tambem). O motivo? Ver a cartinha que a "namorada eletronica"  deixou  para  ele.  Eu  mesmo ja' parei de contabilizar o  numero  de  pessoas  que  aparece  do nada, e quer trocar correspondencia.       Uma vez mantive correspondencia com uma. Mas tinha certeza razoavel da  identidade  "feminina".  Pedi  a uma amiga minha p.  ler  as  cartas  dela.  Costuma  funcionar.  Uma  mulher  sabe quando e'  outra  mulher  que  esta'  escrevendo.  Tambem sabe quando a mulher ta' enrolando ou falando a  serio.  Quando  se tem um pouco de idade, pode-se saber quando outra  pessoa  esta'  enrolando ou falando a serio. Por isso, tem correspondencias que para  mim,  sao  exercicio  de  enrolacao,  nada  do  que  falo  e'  1)  objetivo,   2)  informativo,  3)  serio, 4) inteligente. Correspondencia a  serio,  depende  muito  da pessoa. Existe namoro eletronico, isso existe. Conheco gente  que  ja'  se encontrou no IRC, que nem aconteceu no Globo Reporter e na  (argh!)  novela  da Globo. Existe um newsgroup para isso, o alt.romance, se  nao  me  engano.  Uma menina que postou anuncio de namoro la' recebeu cerca  de  400  propostas.  Deve  ser bom p. levantar o moral de alguem. Ou para  encher  a  caixa postal de uma pessoa com junk-mail. Ah, sim. Fazer uma carta falsa e'  um  dos  truques mais simples da Internet. E' uma das  razoes  pelas  quais  gente  importante, tipo o presidente dos EUA tem uma especie de codigo  que  vai  no subject: para identificacao. Se voce mandar um fake-mail  para  ele  como  se fosse uma pessoa da familia dele, sem o codigo, a  correspondencia  sera' ignorada.      Mas ha' algumas formas de ter seus dados devassados, atraves da  rede.  Varias mensagens que estao aparecendo no newsgroup Sci.crypt e  Comp.risks,  alertam  para o fato de que o Win95 e' um paraiso para "crackers". Nao  vou  colocar  a  lista,  mesmo porque posso fazer depois um artigo  em  cima  do  assunto,  mas  alem do "espiao" que mencionei em artigo anterior  (que  ja'  abre um leque de possibilidades), existem bugs no sistemas de acesso a rede  Internet do sistema operacional que permitem a alguem de fora invadir o seu  micro enquanto voce usa a rede.      Bill Gates, no seu livro "A Estrada do Futuro", coloca bem claro o que  ele  pensa do assunto: "Seu micro de bolso sera' capaz de registrar  audio,  hora,  lugar e ate' video de tudo o que acontecer com voce. Sera' capaz  de  gravar  cada  palavra  que  disser e cada palavra dita  a  voce,  bem  como  temperatura   corporal,  pressao  sanguinea,  pressao  barometrica  e   uma  variedade  de  outros dados sobre o ambiente ao seu redor. Sera'  capaz  de  controlar  todas as suas interacoes com a estrada (de informacoes) -  todos  os  comandos que voce emitir, as mensagens que enviar e as pessoas para  as  quais voce ligar ou que ligarem para voce". Em outras palavras, como  disse  a Barbara Gancia do jornal Folha de Sao Paulo "George Orwell e' pinto perto  de  Bill Gates. Existe uma versao mais completa na revista Veja  de  18/11.  Mas  o fato e' que: se alguem roubar seu micro de bolso? Se alguem  xerocar  os dados do seu micro de bolso? Se alguem alterar os dados do seu micro  de  bolso? Ai' sim, nesse futuro, "The Net" se torna mais real. O livro  "1984"   tambem.       Finalizando: o filme e' um bom thriller. Emociona, aquela coisa  toda,  as  cenas  de acao sao interessantes. Mas em termos de vida  real,  e'  uma  historia  da  carochinha.  Tudo  bem  que  a  pessoa  corre  riscos  a  sua  privacidade, usando a Internet. Mas isso sao riscos para os quais a  pessoa  poderia estar preparada para enfrentar, se tivesse um pouco mais de cabeca,  e nao fizesse algumas besteiras. Nao e' porque alguem consegue uma conta na  Internet que ira' ter toda a sua vida devassada e sujeita ao tipo de  coisa  que acontece nos filmes. Isso pode acontecer independente de se ter ou  nao  uma conta Internet.  Pode ser que se  for  encontrada na conta um  software  "estranho",  tipo Satan ou coisa do genero, haja algum tipo de  perseguicao  por  causa  do  Sysop.  Mas  quem e' inteligente,  nao  mexe  com  isso  no  computador dos outros. E' so'.                                          CAOS COMPUTER CLUB                             ==================   Quando fui na Europa, fiz questao de ir conhecer esse pessoal. Sao uma  das  mais  antigas associacoes de tarados por micro da Europa, com vario  grupos  em  cidades  famosas da Alemanha. Se reunem todas  as  tercas-feiras,  para  discutir  sobre seguranca informatica, novos avancos em telecomunicacoes  e  computadores,  de  forma  geral. Na verdade, os tempos  de  "cracking"  ja'  ficaram  para  tras e o grupo virou uma coisa ja' do  Sistema,  ajudando  a  empresas como instituicoes bancarias a desenvolver sistemas mais seguros  e  dificeis  de serem "crackeados". Sao muito melhores do que gente saindo  da  Universidade,  pelo  simples  fato de que fazem isso por  prazer,  nao  por  obrigacao.       Eles  publicam um folhetim, o "Datenschleuder - das  wissenschaftliche  Fachblatt  fuer  Datenresende".  Ou Datenschleuder  sozinho.  Catapulta  de  dados,  para  quem  nao  sabe alemao. Na verdade, o  inicio  do  grupo  foi  interessante.  Comecou em Berlim, dividida em duas, com um monte de  grupos  "alternativos"  pela defesa do meio-ambiente, contra intervencao  americana  na  America  Latina,  etc. Havia muitos grupos de  acao  e  muita  imprensa  alternativa.  Eles  comecaram  a publicar alguns artigos  sobre  Hacking  e  seguranca  de  dados, coisa bem trivial. Depois que um artigo  atingiu  uma  revista  de grande porte, eles foram tao procurados que praticamente  foram  obrigados a iniciar a publicacao do seu zine. O interesse pelo assunto  era  muito  grande.  Como um grupo, discutiam virus  de  computador,  break-ins,  fraude  telefonica, etc. Eles receberam muita  publicidade,  principalmente  quando  provaram a possibilidade de manipular o sistema bancario  da  epoca  para  conseguir  dinheiro. Essa valeria a pena escrever um artigo,  mas  p.  simplificar, eles nao desviaram dinheiro, fizeram uma manipulacao  bancaria  semelhante as que eram feitas no tempo do "Open Market". Com a diferenca de  que eles nao tinham o capital que investiram. Era algo que podia ser  feito  eletronicamente  e  bastante  simples.  Apesar  das  boas  intencoes  e  da  divulgacao  que  fizeram  a imprensa, a policia insistiu  em  vasculhar  os  escritorios da mocada.       Outra  foi a invasao de um computador da NASA. Essa foi um pouco  mais  ousada.  Nao existe so' a rede Internet. Existem redes de computadores  que  trocam  dados  entre  si,  atraves de modem, que  nao  sao  acessiveis  via  Internet.  A Internet comecou com uma rede de computadores que deveria  ser  forte  o  bastante  p.  suportar a perda de  varios  elos  da  corrente  de  comunicacao.   A  FIDONET  e'  outro  exemplo  de  rede   de   computadores  interligados,  que  ate'  alcanca a Internet, mas que  tem  o  seu  proprio  trafego   de  mensagens.  Da  mesma  forma,  grandes  empresas   que   usam  computadores  tem seus proprios sistemas de mensagens e coneccoes,  algumas  vezes  usam  coneccoes proprias. A NASA tem a sua rede de  computadores,  a  DECnet. Mas como toda a rede, sempre  exite  um  elo mais fraco.  No  caso,  era  um computador fora dos EUA. O pessoal do CCC conseguiu o acesso  a  um  deles e usou este computador para colocar um cavalo-de-troia no  computador  americano.  O  mais interessante e' que atraves  do  cavalo-de-troia,  eles  podiam nao so' criar suas proprias contas no computador da NASA, mas usar o  mesmo  sem  serem descobertos. Acabaram aparecendo  quando  um  funcionario  desconfiou  e  resolveu  fazer  uma  estatistica  do  uso  da  maquina   em  determinado  momento.  E  descobriu que, embora  ninguem  estivesse  usando  programas  em quantidade o bastante, X por cento da capacidade  da  maquina  estava  sendo  usado.  O pessoal do CCC resolveu contar a  imprensa  o  que  tinham  feito, como uma forma de garantia de que ninguem ia aparecer  morto  ou coisa do genero. Vale lembrar que havia tropas americanas em  quantidade  na Alemanha, naquela epoca e isso seria visto como crime de espionagem. Mas  o uso nao foi malevolo, nao houve destruicao de dados ou venda posterior de  segredos.      Outra  coisa  foi aquilo que foi descrito no livro "Cuckoo's  Egg"  do  Clifford  Stoll. Um hacker alemao, conhecido do grupo, resolveu  usar  seus  conhecimentos  para  vasculhar computadores americanos de defesa  e  vender  essas informacoes    para os sovieticos. Apareceu morto  em  circunstancias  misteriosas.  Muito  misteriosas. A "filial" do CCC em Hamburgo  vende  uma  copia  dos papeis relatando o encontro do cadaver. Provavelmente ainda  vou  escrever sobre o caso.      Mas  tudo  isso  sao aguas passadas. Hoje, o CCC nao  se  envolve  com  ilegalidades de qualquer especie. As vezes, recebem telefonemas,  relatando   "fiz  isso la'", etc. Mas os participantes das  reunioes  semanais,  sempre  regadas  a  "Mehrwegflaschen"  de Coca-cola (coca-cola  de  litro),  bebida  predileta da mocada, sao algo impressionante. De vez em quando parece luta- livre,  gente  pega gente pelo pescoco, literalmente, mas  na  camaradagem.  Uma pseudo-agressividade. Fiquei impressionado de descobrir que quando  vao  a  congressos de Informatica, em cada palestra, um membro e' escalado  para  fazer  um resumo da coisa, que e' depois arquivado para uso no  fanzine  ou  sei  la', consulta posterior. Conversei com varios integrantes e o  pessoal  tem as origens mais variadas possiveis: o Andy e' estudante de  jornalismo,  mas  tem  gente de Eletrtecnica, ate' Economia e  Administracao.  Gente  de  varias idades. Tinha umas vinte pessoas, no dia em que fui la', isso porque  o pessoal estava de ferias e alguns tinham viajado. A grande preocupacao do  grupo  e'  a  midia,  que insiste em entrevista-los  como  uma  especie  de  "tecno-rebeldes".  Recusaram  uma aparicao na MTV  exatamente  p.  prevenir  este  tipo  de  enfoque.  Eles tem que preservar a  imagem  atual,  de  que  "hacking" pode ser mais uma ajuda do que uma ameaca para a sociedade.  Eles  tem uma pagina WWW, se nao me engano no URL http://www.artcom.de/ccc.  Entre outras coisas, o CCC e' um clube voltado para o avanco do trafico de  dados. Antes da Internet se tornar uma possibilidade ate' mesmos uma possi- bilidade para a maioria, eles ja' trabalhavam em intercomunicacao de BBSES, como forma de ligar  grupos pacifistas e em defesa do verde, coisa que hoje  e' conhecida como Greennet. Isso foi durante a guerra do golfo. Mais que um  club de hacking, era uma forma de difundir uma tecnologia improvisada,  que  hoje  e' o "ultimo grito da moda". Os modens eram feitos por estudantes  de  eletronica.   Jens, por exemplo: Durante a guerra ele ouviu noticias  sobre  uma  BBS onde alguns ativistas se encontravam. Ficou interessado e  comprou  seu  primeiro modem, para discutir com o grupo formas de melhorar o  mundo.       Quando a guerra na ex-Yugoslavia comecou um grupo viajou para la' para  la'  e  a  ideia era colocar os ativistas em  contato  atraves  de  correio  eletronico. So' que para isso seria necessario instalar BBSes e elas teriam  dificuldades para se comunicar umas com as outras. Ficou estabelecido entao  que  o  grupo faria ligacoes interurbanas de Bielefeld para  cada  uma  das  BBSes  para garantir o contato entre elas. Esta sendo montada agora uma  em  Sarajevo, mas esbarra edificuldades como falta de  eletricidade  e o   fato  de   que  as  pessoas  nao  compreendem,  acham  que  existem  coisas  mais  importantes  do que fazer teleconferencia no meio de bomba caindo.  Mas  os  resultados  estao  aparecendo, sob forma de ajuda as equipes de  socorro  e  apoio, que sao organizadas desta forma, alem de ajudar na busca de parentes  separados pelo combate. Vale lembrar que nao existe comunicacao  telefonica  entre  a  Servia  e a Croacia, e esse e' tambem um  meio  de  organizar  as  equipes  de  ajuda, de primeiros socorros e colocar  grupos  pacifistas  em  contato.        Parte desse esforco esta' detalhado no "Zagreb Diary" de Wam Kat.  Ele  dirigia um BBS em Zagreb, e durante tres anos a cada numero de dias enviava  trechos  descrevendo sua luta para manter o network funcionando. Uma  amiga  minha me informou que o sistema de comunicacao ficou tao bom que o  pessoal  em  luta  resolveu  acabar com ele. Nao tive muitos detalhes  e  ainda  nao  cheguei no final do diario p. saber. Mas pela leitura do primeiro ano,  nao  so' foi um sucesso, mas que se manteve em pe' apesar das bombas e do resto.       Nem  todo mundo esta' voltado para o lado tecnico de  hacking,  nessas  horas,  alguns veem isso mais como uma forma de ajudar o proximo, um  passo  em  direcao  a um mundo sem diferencas etnicas. A Alemanha  esteve  durante  muito tempo dividida e esses jovens do CCC de Bielefeld estao voltados para  ajudar Servios e Croatas senao a acabar, pelo menos aliviar ou diminuir  os  sofrimentos causados pela guerra.  (OBS:  Este  artigo e' meio datado. Comecei a produzi-lo durante  agosto  e  setembro. Com os ultimos acontecimentos, a parte da guerra na ex-Yugoslavia  perdeu  um  pouco  a atualidade, ja' que pode a  paz  finalmente  pode  ter  chegado)   HACKING  CHIPS  ON  CELLULAR  PHONES IS THE LATEST  THING  IN  THE  DIGITAL  ================================UNDERGROUND================================                                 ===========  by John Markoff   In Silicon Valley, each new technology gives rise to a new generation of  hackers. Consider the cellular telephone. The land-based telephone  system was originally the playground for a small group of hardy  adventurers who believed mastery of telephone technology was an end in  itself. Free phone calls weren't the goal of the first phone phreaks.  The challenge was to understand the system.  The philosophy of these phone hackers: Push the machines as far as they  would go.  Little has changed. Meet V.T. and N.M., the nation's most clever  cellular phone phreaks. (Names here are obscured because, as with many  hackers, V.T. and N.M.'s deeds inhabit a legal gray area.) The original  phone phreaks thought of themselves as "telecommunications hobbyists"   who explored the nooks and crannies of the nation's telephone network -  not for profit, but for intellectual challenge. For a new generation of  mobile phone hackers, the cellular revolution offers rich new veins to  mine.   V.T. is a young scientist at a prestigious government laboratory. He has  long hair and his choice in garb frequently tends toward Patagonia. He  is generally regarded as a computer hacker with few equals. N.M. is a  self-taught hacker who lives and works in Silicon Valley. He has  mastered the intricacies of Unix and DOS. Unusually persistent, he spent  almost an entire year picking apart his cellular phone just to see how  it works.   What V.T. and N.M. discovered last year is that cellular phones are  really just computers - network terminals - linked together by a  gigantic cellular network. They also realized that just like other  computers, cellular phones are programmable.   Programmable! In a hacker's mind that means there is no reason to limit  a cellular phone to the paltry choice of functions offered by its  manufacturer. That means that cellular phones can be hacked! They can be  dissected and disassembled and put back together in remarkable new ways.  Optimized!   Cellular phones aren't the first consumer appliances to be cracked open  and augmented in ways their designers never conceived. Cars, for  example, are no longer the sole province of mechanics. This is the  information age: Modern automobiles have dozens of tiny microprocessors.  Each one is a computer; each one can be reprogrammed. Hot rodding cars  today doesn't mean throwing in a new carburetor; it means rewriting the  software governing the car's fuel injection system.   This is the reality science fiction writers William Gibson and Bruce  Sterling had in mind when they created cyberpunk: Any technology, no  matter how advanced, almost immediately falls to the level of the  street. Here in Silicon Valley, there are hundreds of others like V.T.  and N. M. who squeeze into the crannies of any new technology, bending  it to new and more exotic uses.   On a recent afternoon, V.T. sits at a conference room table in a San  Francisco highrise. In his hand is an OKI 900 cellular phone. It nestles  comfortably in his palm as his fingers dance across the keyboard.  Suddenly, the tiny back-lit screen flashes a message: "Good Timing!"   Good Timing? This is a whimsical welcome message left hidden in the  phone's software by the manufacturer's programmers. V.T. has entered the  phone's software sub-basement - a command area normally reserved for  technicians. This is where the phone can be reprogrammed; a control  point from which the phone can be directed to do new and cooler things.  It is hidden by a simple undocumented password.   How did V.T. get the password, or even know one was required? It didn't  even take sophisticated social engineering - the phone phreak's term for  gaining secret engineering data by fooling unwitting employees into  thinking they are talking to an official phone company technician.  Rather, all he did was order the technical manual, which told him he  needed special codes to enter the software basement. V.T. then called  the cellular phone maker's technical support hotline. "They said 'sorry  about that,' and asked for a fax number.   A couple of minutes later we had the codes," he recalls with a faint  grin.   V.T.'s fingers continue darting across the keys - he is issuing commands  built into the phone by the original programmers. These commands are not  found in the phone's user manual. Suddenly, voices emerge from the  phone's ear piece. The first is that of a salesman getting his messages  >from a voice mail system. V.T. shifts frequencies. Another voice. A  woman giving her boss directions to his next appointment.   What's going on here? V.T. and N.M. have discovered that every cellular  phone possesses a secret mode that turns it into a powerful cellular  scanner.   That's just the beginning. Using a special program called a  "disassembler," V.T. has read-out the OKI's software, revealing more  than 90 secret commands for controlling the phone.  That's how the two hackers found the undocumented features that turn the  phone into a scanner. Best of all, the manufacturer has included a  simple interface that makes it possible to control the phone with a  standard personal computer.   A personal computer! The most programmable of a hacker's tools! That  means that what appears to be a simple telephone can be easily  transformed into a powerful machine that can do things its designers  never dreamed of!  V.T. and N.M. have also discovered that the OKI's 64-Kbyte ROM - a  standard off-the-shelf chip that stores the phone's software - has more  than 20 Kbytes of free space. Plenty of room to add special features,  just like hot rodding the electronics of a late-model car. Not only do  the hackers use the software that is already there, but they can add  some of their own as well. And for a good programmer, 20 Kbytes is a lot  of room to work with.  It is worth noting that V.T. and N.M. are not interested in getting free  phone calls. There are dozens of other ways to accomplish that, as an  anonymous young pirate recently demonstrated by stealing the electronic  serial number from a San Diego roadside emergency box and then racking  up thousands of phone calls before the scam was discovered. (Such a  serial number allowed the clever hacker to create a phone that the phone  network thought was somewhere on a pole by the side of the freeway.)   It's also possible to wander to street corners in any borough in New  York City and find a code dude - street slang for someone who illegally  pirates telephone codes - who will give you 15 minutes of phone time to  any corner of the world for $10. These "dudes" find illegally gathered  charge card numbers and then resell them on the street until telephone  security catches on. The tip-off: often an unusually large number of  calls to Ecuador or France emmanating from one particular street corner.   Then again, it's possible for you to join the code hackers who write  telephone software that automatically finds codes to be stolen. Or you  can buy a hot ROM - one that contains magic security information  identifying you as a paying customer. Either way, your actions would be  untraceable by the phone company's interwoven security databases.   But free phone calls are not what V.T. and N.M. are about. "It's so  boring," says V.T. "If you're going to do something illegal, you might  as well do something interesting."    So what's tempting? N.M. has hooked his portable PC and his cellular  phone together. He watches the laptop's screen, which is drawing a map  of each cellular phone call currently being placed in our cell - a term  for the area covered by one broadcast unit in the cellular phone  network. The network can easily query each cellular phone as to its  current location. When phones travel from one cell to the next - as they  tend to do in a car - information is passed on in the form of hidden  code married to the phone transmission. Since N.M. knows where each  local cell is, he can display the approximate geographic locations of  each phone that is currently active.   But for that tracking scheme to work, the user must be on the phone. it  would take only a few days of hacking to extend the software on N.M.'s  PC to do an even more intriguing monitoring task: Why not pirate the  data from the cellular network's paging channel (a special frequency  that cellular networks use to communicate administrative information to  cellular phones) and use it to follow car phones through the networks?  Each time there is a hand-off from one cell to the next, that fact could  be recorded on the screen of the PC - making it possible to track users  regardless of whether or not they are on the phone.   Of course this is highly illegal, but N.M. muses that the capability is  something that might be extremely valuable to law enforcement agencies -  and all at a cost far below the exotic systems they now use.   Hooking a cellular phone to a personal computer offers other  surveillance possibilities as well. V.T. and N.M. have considered  writing software to monitor particular phone numbers. They could easily  design a program that turns the OKI 900 on when calls are originated  >from a specific number, or when specific numbers are called. A simple  voice-activated recorder could then tape the call. And, of course, a  reprogrammed phone could automatically decode touch-tone passwords -  making it easy to steal credit card numbers and voice-mail codes.   Then there's the vampire phone. Why not, suggests V.T., take advantage  of a cellular phone's radio frequency leakage - inevitable low-power  radio emissions - to build a phone that, with the press of a few  buttons, could scan the RF spectrum for the victim's electronic serial  number. You'd have to be pretty close to the target phone to pick up the  RF, but once you have the identity codes, a reprogrammed phone becomes  digitally indistinguishable from the original. This is the type of phone  fraud that keeps federal investigators up at night.  Or how about the ultimate hacker's spoof? V.T. has carefully studied  phone company billing procedures and found many examples of inaccurate  bills. Why not monitor somebody's calls and then anonymously send the  person a corrected version of their bill: "According to our records...."   Of course, such software hacks are probably highly illegal, and  authorities seem to be catching on. The Electronic Communi-cations  Privacy Act of 1986 makes it a federal crime to eavesdrop on cellular  phone calls. More recently, Congress passed another law forbidding the  manufacture of cellular scanners. While they may not be manufacturers,  both N.M. and V.T. realize that their beautifully crafted phones are  probably illegal.   For now, their goals are more modest. V.T., for example, would like to  be able to have several phones with the same phone number. Not a  problem, as it turns out. Although federal law requires that electronic  serial numbers be hidden in specially protected memory locations, V.T.  and N.M. have figured out how to pry the OKI's ESN out and write  software so that they can replace it with their own number.   V.T. and N.M.'s explorations into the soul of the OKI 900 have left them  with a great deal of admiration for OKI's programmers. "I don't know  what they were thinking, but they had a good time," V.T. said, "This  phone was clearly built by hackers."   The one thing V.T. and N.M. haven't decided is whether or not they  should tell OKI about the bugs - and the possibilities - they've found  in the phone's software.===    *************************************************************************** ********************* Wired InfoBot Copyright Notice ********************** *************************************************************************** ************ All material retrieved from the Wired InfoBot is ************* ***************** Copyright 1993 Wired, Rights Reserved. ****************** ***************************************************************************   Requesting information from the Wired InfoBot (other than the help file)   indicates your acceptance of the following terms and conditions:            (1) These articles and the contents thereof may be reposted, remailed,       or redistributed to any publicly accessible electronic forum provi-       ded that this notice remains attached and intact.                      (2) These articles may not under any circumstances be resold or redis-       tributed for compensation without prior written agreement of Wired.    (3) Wired keeps an archive of all electronic address of those requesting       information from the Wired InfoBot. An electronic mailing list will       be compiled from this archive.  This list may from time to time be       used by the staff of Wired Online Services for the purpose of dis-       tributing information deemed relevant to Wired's online readers.        If you wish to have your name removed from this mailing list,       please notify us by sending an electronic mail message to       infoman@wired.com.     If you have any questions about these terms, or would like information   about licensing materials from Wired, please contact us via telephone   (+1.415.904.0660), fax (+1.415.904.0669), or email (info@wired.com). *************************************************************************** **************************** G*E*T**W*I*R*E*D*! ***************************  Copyright (c) 1993 Wired Magazine                      UNAUTHORIZED ACCESS - O DOCUMENTARIO                    ====================================  E' talvez o primeiro documentario serio sobre a comunidade hacker. O  unico  defeito e' a duracao do mesmo. So' trinta minutos. Recebeu otimas  criticas  das autoridades no assunto. Nao tinha nem como nao receber  esses  elogios: Mais da metade estao  no  filme. Nele e' possivel se tomar  contato  com  a  maioria  dos expoentes da cultura. Como por exemplo, conhecer a familia  de  um menino de 13 anos, que recebeu a visita do servico secreto americano,  e  sua versao para o fato de ter conseguido escapar a prisao. ( "Definitivamente minha idade. Tinha o fato de que eu so' queria o acesso,  nao os dados, nao destrui nada. Minha idade, definitivamente minha idade ..  pegava   mal  mandar  prender  um  garoto  de  13  anos  por  acusacao   de  espionagem..por essa e outras eles resolveram suspender as acusacoes..") Muito legal ver os pais  explicando  o que pensavam do filho ter invadido o  sistema  responsavel,  entre  outras  coisas,  pela  fabricacao  de  ogivas  nucleares.       Outro lance interessante sao cenas mostrando acessos ilegais e coisas  do genero, inclusive algo do qual nao ouvia falar ha tempos: Trashing. Isso  e'  basicamente vasculhar lixo de grandes empresas em busca de  codigos  ou  numeros de telefones, senhas e coisas do genero. Merece destaque tambem  os  hackers  com imunidade para haquear, pois tem a funcao de  dedurar  colegas  que se dediquem a invasao de sistemas. Do lado europeu, fotos e depoimentos  do Congresso de Hackers na  Holanda. O Caos Computer Club tambem aparece, e  fala de uma parte da atividade hacker que nao aparece muito na imprensa:  a  criacao de um network para ajudar os grupos de ajuda na Iugoslavia assolada  pela  guerra, ou como alta tecnologia pode ser usada para ajudar de  formas  que ninguem pensaria.  Tem muito sobre o o que e o porque da atividade hacking, mas nao o como. De  qualquer  forma, trata-se de algo bem mais realista do que  qualquer  coisa  nos   jornais,   revistas  ou  televisao.  Existe   um  URL   dedicado   ao  documentario,   no  http://www.bianca.com/bump/ua.html,  onde  tambem   tem  informacoes  sobre como conseguir o dito.                  UNAUTHORIZED ACCESS - O DOCUMENTARIO               ====================================  E' talvez o primeiro documentario serio sobre a comunidade hacker. O  unico  defeito e' a duracao do mesmo. So' trinta minutos. Recebeu otimas  criticas  das autoridades no assunto. Nao tinha nem como nao receber  esses  elogios: Mais da metade estao  no  filme. Nele e' possivel se tomar  contato  com  a  maioria  dos expoentes da cultura. Como por exemplo, conhecer a familia  de  um menino de 13 anos, que recebeu a visita do servico secreto americano,  e  sua versao para o fato de ter conseguido escapar a prisao. ( "Definitivamente minha idade. Tinha o fato de que eu so' queria o acesso,  nao os dados, nao destrui nada. Minha idade, definitivamente minha idade ..  pegava   mal  mandar  prender  um  garoto  de  13  anos  por  acusacao   de  espionagem..por essa e outras eles resolveram suspender as acusacoes..") Muito legal ver os pais  explicando  o que pensavam do filho ter invadido o  sistema  responsavel,  entre  outras  coisas,  pela  fabricacao  de  ogivas  nucleares.       Outro lance interessante sao cenas mostrando acessos ilegais e coisas  do genero, inclusive algo do qual nao ouvia falar ha tempos: Trashing. Isso  e'  basicamente vasculhar lixo de grandes empresas em busca de  codigos  ou  numeros de telefones, senhas e coisas do genero. Merece destaque tambem  os  hackers  com imunidade para haquear, pois tem a funcao de  dedurar  colegas  que se dediquem a invasao de sistemas. Do lado europeu, fotos e depoimentos  do Congresso de Hackers na  Holanda. O Caos Computer Club tambem aparece, e  fala de uma parte da atividade hacker que nao aparece muito na imprensa:  a  criacao de um network para ajudar os grupos de ajuda na Iugoslavia assolada  pela  guerra, ou como alta tecnologia pode ser usada para ajudar de  formas  que ninguem pensaria.  Tem muito sobre o o que e o porque da atividade hacking, mas nao o como. De  qualquer  forma, trata-se de algo bem mais realista do que  qualquer  coisa  nos   jornais,   revistas  ou  televisao.  Existe   um  URL   dedicado   ao  documentario,   no  http://www.bianca.com/bump/ua.html,  onde  tambem   tem  informacoes  sobre como conseguir o dito.                      THE BULGARIAN AND SOVIET VIRUS FACTORIES                  ========================================                           Vesselin Bontchev, Director                       Laboratory of Computer Virology               Bulgarian Academy of Sciences, Sofia, Bulgaria     0) Abstract ===========   It is now well known that Bulgaria is leader in computer virus production and the USSR is following closely. This paper tries to answer the main questions: Who makes viruses there, What viruses are made, and Why this is done. It also underlines the impact of this process on the West, as well as on the national software industry.   1) How the story began ======================   Just three years ago there were no computer viruses in Bulgaria. After all, these were things that can happen only in the capitalist countries. They were first mentioned in the April issue of the Bulgarian computer magazine "Komputar za vas" ("Computer for you") [KV88] in a paper, translated from the German magazine "Chip" [Chip]. Soon after that, the same Bulgarian magazine published an article [KV89]], explaining why computer viruses cannot be dangerous. The arguments presented were, in general, correct, but the author had completely missed the fact that the majority of PC users are not experienced programmers.   A few months later, in the fall of the same year, two men came in the editor's office of the magazine and claimed that they have found a computer virus. Careful examination showed that it was the VIENNA virus.   At that time the computer virus was a completely new idea for us. To make a computer program, whose performance resembles a live being, is able to replicate and to move from computer to computer even against the will of the user, seemed extremely exciting.   The fact that "it can be done" and that even "it had been done"  spread in our country like wildfire. Soon hackers obtained a copy of the virus and began to hack it. It was noticed that the program contains no "black magic" and that it was even quite sloppily written. Soon new, home--made and improved versions appeared. Some of them were produced just by assembling the disassembly of the virus using a better optimizing assembler. Some were optimized by hand. As a result, now there are several versions of this virus, that were created in Bulgaria --- versions with infective lengths of 627, 623, 622, 435, 367, 353 and even 348 bytes. The virus has been made almost two times shorter (its original infective length is 648 bytes) without any loss of functionality.   This virus was the first case. Soon after that, we were "visited" by the CASCADE and the PING PONG viruses. The later was the first boot--sector virus and proved that this special area, present on every diskette can be used as a virus carrier, too. All these three viruses were probably imported with illegal copies of pirated programs.   2) Who, What & Why. ===================   2.1) The first Bulgarian virus. -------------------------------   At that time both known viruses that infected files ( VIENNA and CASCADE) infected only COM files. This made me believe that the infection of EXE files was much more difficult. Unfortunately, I made the mistake by telling my opinion to a friend of mine. Let's call him "V.B." for privacy reasons.(1) [(1) These are the initials of his true name. It will be the same with the other virus writers that I shall mention. Please note, that while I have the same initials (and even his full name resembles mine), we are two different persons.] The challenge was taken immediately and soon after that I received a simple virus that was able to infect only EXE files. It is now known to the world under the name of OLD YANKEE. The reason for this is that when the virus infects a new file, it plays the "Yankee Doodle" melody.   The virus itself was quite trivial. Its only feature was its ability to infect EXE files. The author of this virus even distributed its source code (or, more exactly, the source code of the program that releases it). Nevertheless, the virus did not spread very widely and even had not been modified a lot. Only a few sites reported to be infected by it. Probably the reason for this was the fact, that the virus was non--resident and that it infected files only on the current drive. So the only possibility to get infected by it was to copy an infected file from one computer to another.   When the puzzle of creating a virus which is able to infect EXE files was solved, V.B. lost his interest in this field and didn't write any other viruses. As far as I know, he currently works in real--time signal processing.   2.2) The T.P. case. -------------------   The second Bulgarian virus--writer, T.P., caused much more trouble. When he first heard the idea about aself--replicating program, he was  very interested, decided to writehis own virus, and he succeeded. Then he tried to implement a virus protection scheme and succeeded again. The next move was to improve his virus to bypass his own virus protection, then to improve the virus protection and so on. That is why there are currently about 50 different versions of his viruses.   Unfortunately, several of them (about a dozen) were quite "successful." They spread world--wide. There are reports about them from all countries of the former Eastern block, as well as from the USA and West Europe.   Earlier versions of these TP viruses are known under the name VACSINA, because they contain such a string. In fact, this is the name of the virus author's virus protection program. It is implemented as a device driver with this name. The virus merely tries to open a file with this name, which means "Hey, it's me, let me pass."    The latest versions of the virus are best known under the name YANKEE DOODLE, because they play this tune. The conditions on which the tune is played are different with the different versions of the virus --- for instance when the user tries to reboot the system, or when the system timer reaches 5 p.m.   All TP viruses are strictly non--destructive. Their author payed particular attention not to destroy any data. For instance, the virus does not infect EXE files for which the true file length and the length of the loadable part as it is present in the EXE header, are not equal. As far as I know, no other virus that is able to infect EXE files works this way.   Also, the virus does not try to bypass the resident programs that have intercepted INT 13h, therefore it takes the risk to be detected by most virus activities monitoring software. The author of the virus obviously could circumvent it --- for instance it uses a clever technique, now known as "interrupt tracing" to bypass all programs that have hooked INT 21h. The only reason for not bypassing INT 13h as well, is that this would also bypass all disk casheing programs, thus it could cause damage.   Of course, the fact that the virus is not intentionally destructive does not mean that it does not cause any damage. There are several reports of incompatibilities with other software; or of panicking users, that have formatted their disks; or, at least, damage caused by time loss, denial of computer services, or expenses removing the virus. It is well known, that "there ain't no such thing as a good virus."   The TP viruses were not spread intentionally; the cause could be called "criminal negligence." The computer used by T.P. to develope his viruses was also shared by several other people. This is common practice in Bulgaria, where not everyone can have a really "personal" computer to work with. T.P. warned the other users that he is writing viruses, but at this time computer viruses were a completely new idea, so nobody took the warning seriously. Since T.P. didn't bother to clean up after himself, these users got, of course, infected. Unintentionally, they spread the infection further.   When asked about the reason of writing viruses, T.P. replied that he did this in order to try several new ideas; to better learn the operating system and several programming tricks. He is not interested in this field any more --- he has stopped writing viruses about two years ago.   2.3) The Dark Avenger. ----------------------   In the spring of 1989 a new virus appeared in Bulgaria. It was obviously "home--made" and just to remove any doubts about it, there was a string in it, saying "This program was written in the city of Sofia (C) 1988-89 Dark Avenger."    The virus was incredibly infectious --- when it was in memory, it was sufficient to copy or just to open a file to get it infected. When the user felt that there is a virus in his/her system and, without booting from a non--infected write--protected system diskette, ran an anti--virus program which wasn't aware of this new virus, he usually got all his/her executable files infected.   The idea of infecting a file when it is opened was new and really "successful." Now such viruses are called "fast infectors." This strategy helped the virus to spread world-- wide. There are reports from all European countries, from the USA, the USSR, even from Thailand and Mongolia.   On the top of this, the virus was very dangerously destructive. On each 16th run of an infected program, it overwrote a sector on a random place of the disk, thus possibly destroying the file or directory that contained this sector. The contents of the overwritten sector was the first 512 bytes of the virus body, so even after the system has been cleaned up, there were files, containing a string "Eddie lives...somewhere in time!" This was causing much more damage than if the virus was just formatting the hard disk, since the destruction was very unnoticable and when the user eventually discovered it, his backups probably already contained corrupted data.   Soon after that, other clever viruses began to appear. Almost all of them were very destructive. Several contained completely new ideas. Now this person (we still cannot identify him exactly) is believed to be the author of the following viruses:   DARK AVENGER, V2000 (two variants), V2100 (two variants), 651, DIAMOND (two variants), NOMENKLATURA, 512 (six variants), 800, 1226, PROUD, EVIL, PHOENIX, ANTHRAX, LEECH...     Dark Avenger has several times attacked some anti--virus researchers personally. The V2000/V2100 viruses claim to be written by "Vesselin Bontchev" and in fact hang the computer when any program, containing this string is run. A slightly modified variant of V2100 (V2100-B) has been used to trojanize version 66 of John McAfee's package VIRUSCAN.   There are reports that Dark Avenger has called several bulletin board systems in Europe and has uploaded there viruses. The reports come from the UK, Sweden, the Netherlands, Greece... Sometimes the viruses uploaded there are unknown in Bulgaria (NOMENKLATURA,ANTHRAX). But they are obviously made in our country --- they contain messages in Cyrillic. Sometimes Dark Avenger uploads a Trojan program that spreads the virus --- not just an infected program. This makes the detection of the source of infection more difficult.   One particular case is when he has uploaded a file called UScan, which, when run, claims to be the "universal virus scanner," written by Vesselin Bontchev. Even the person who has uploaded it, has logged under the name "Vesselin Bontchev." In fact, the program just infected all scanned files with the ANTHRAX virus.   While the other Bulgarian virus writers seem to be just irresponsible or with childish mentality, the Dark Avenger can be classified as a  "technopath." He is a regular user of several Bulgarian bulletin board systems, so one can easily exchange e-mail messages with him. When asked why his viruses are destructive, he replied that "destroying data is a pleasure" and that he "just loves to destroy other people's work."   Unfortunately, no measures can be taken against him in Bulgaria. Since there is no law for information protection, his activities are not illegal there. He can be easily caught by tapping the phones of the BBSes that he uses, but the law enforcement authorities cannot take such measures, since there is no evidence of illegal activities. Alas, he knows this perfectly.   2.4) Lubo & Ian. ----------------   Some of the Dark Avenger's viruses proved to be very "successful" and caused real epidemics. That is why they were often imitated by other virus writers, that had no imagination to design their own virus, but were jealous of Dark Avenger's fame. So they just disassembled his viruses (usually the first one) and used parts of it --- sometimes without even understanding their purpose. Such is the case with the MURPHY viruses.   According to a string in them, they are written by "Lubo & Ian, USM Laboratory, Sofia." These people do exist and they have used their real names. "Lubo" has even been several times interviewed by newspaper's reporters.   They claim that the virus was written for vengeance. They have done some important work for their boss and the latter refused to pay them. That is why they developed te virus in one night and released it. The fact that the virus will spread outside the laboratory just didn't come to their minds. However, this does not explain the developing of the other versions of the same virus (there are at least four variants). Nevertheless, it proves one more time that it is better (and safer, too) to pay the good programmers well...   Besides MURPHY, these two virus writers have created another virus, called SENTINEL (5 variants). The only unusual thing with this virus is that it is written in a high--level programming language (Turbo PASCAL), but is not an overwriting or a companion virus as most HLL viruses are. It is able to infect COM and EXE files by appending itself to them and by preserving their full functionality. It is also memory resident, hides the file length increase when the user issues the DIR command, and even mutates.   2.5) The virus writer from Plovdiv. -----------------------------------   This man, P.D., claimed that he has written viruses "for fun" and only "for himself" and that he "never releases them." Unfortunately, at least two of them have "escaped" by accident. These are the ANTI- PASCAL605 and the TERROR viruses. Especially the latter is extremely virulent and caused a large epidemic in Bulgaria.   P.D. was very sorry for that and submitted examples of all his viruses to the anti--virus researchers so that the respective anti--virus programs be developed --- just in case some of these viruses escapes too. These viruses turned out to be quite a few, ranging from extremely stupid to very sophisticated. Here are some of them:   XBOOT, ANTIPASCAL (5 variants), TINY (11 variants), MINIMAL-45, TERROR, DARK LORD, NINA, GERGANA, HAPPY NEW YEAR (2 variants), INT 13.   P.D. claims that the DARK LORD virus (a minor TERROR variant) is not written by him. The TINY family has nothing to do with the Danish TINY virus (the 163--byte variant of the KENNEDY virus), and, as well as the MINIMAL-45 virus, are written with the only purpose to make the shortest virus in the world.   Now P.D. is not writing viruses any more --- because "it is so easy, that it is not interesting," according to his own words. He is currently writing anti--virus programs --- and rather good ones.   2.6) The two guys from Varna. -----------------------------   They are two pupils (V.P. and S.K.) from the Mathematical High School in Varna (a town on the Black Sea). They have developed several viruses and continue to do so, producing more and more sophisticated ones. Furthermore, they intentionally spread their viruses, usually releasing them on the school's computers or in the Technical University in Varna. When asked why they write and release viruses, they reply "because it's so interesting!"    The viruses written by them are: MG (5 variants), SHAKE (5 variants), DIR and DIR II. All of them are memory resident and infect files when the DIR command is performed.   The last one is an extremely virulent and sophisticated virus --- as sophisticated, as THE NUMBER OF THE BEAST. It is also a completely new type of virus --- it infects nether boot sectors, nor files. Instead, it infects the file system as a whole, changing the information in the directory entries, so that each file seems to begin with the virus.   There is a counter of the number of infected systems in the virus body. There is evidence that V.P. and S.K. collect infected files, copy the contents of the counter and then draw curves of the spread of infection, checking the normal distribution law. They are doing this "for fun."   2.7) W.T.'s case. -----------------   W.T. is a virus writer from Sofia, who has written two viruses --- WWT (2 variants) and DARTH VADER (4 variants). According to his own words, he has done so to test a new idea and to gain access to the Virus eXchange BBS (see below).   The new idea consisted of a virus (DARTH VADER) that does not increase file lengths, because it searches for unused holes, filled with zeros, and writes itself there. Also, the virus does not perform any write operations. Instead, it just waits for a COM file to be written to by DOS and modifies the file's image in memory just before the write operation is performed.   W.T. does not write viruses any more, but he is still extremely interested in this field. He is collecting sophisticated viruses and disassembles them, looking for clever ideas.   2.8) The Naughty Hacker. ------------------------   This virus writer, M.H., is a pupil and also lives in Sofia. He has written several viruses, most of which contain the string "Naughty Hacker" in their body. All of them are non-- destructive, but contain different video effects --- from display desynchronization to a bouncing ball.   Currently, at least 8 different variants are isolated, but it is believed that even more exist and are spread in the wild. Also, it is believed that M.H. continues to produce viruses. As usual, he is doing so "because it is interesting" and "for fun."   He is also the author of three simple boot sector viruses (BOOTHORSE and two others that are still unnamed).   2.9) Other known virus writers. -------------------------------   The persons listed above are the major Bulgarian virus producers. However, they are not alone. Several other people in Bulgaria have written at least one virus (sometimes more). In fact, making a virus is currently considered there a kind of sport, or a practical joke, or means of self--establishment.   Some of these virus writers have supplied their creations directly to the anti--virus researchers, as if they are waiting for a reward. This happens quite often --- probably they expect that the anti--virus researcher, as the best qualified person, will evaluate their creation better. Sometimes the fact that their virus becomes known, is described, and is included in the best anti--virus programs is sufficient for these people and they don't bother to really spread their virus in the wild. So, probably the main reason for these people to produce viruses is the seek of glory, fame, and self--establishment.   Such known Bulgarian virus writers (with the respective names of their viruses given in parentheses) are V.D. from Pleven (MICRO-128), A.S. and R.D. from Mihajlovgrad (V123), I.D. from Trojan (MUTANT, V127, V270x), K.D. from Tutrakan (BOYS, WARRIER, WARRIOR, DREAM), and others.   2.10) Unknown Bulgarian virus writers. --------------------------------------   Of course, there are also other virus writers, that are not known to the author of this paper. Sometimes it is possible to determine the town where the viruses were developed --- usually due to an appropriate string in the virus body, or because the virus wasn't found elsewhere. Some of the viruses are very simple, others are quite sophisticated. Here are examples of such viruses.     - The KAMIKAZE virus has been detected only in the Institute of   Mathematics at the Bulgarian Academy of Sciences, Sofia and is   probably made there;   - The RAT virus, made in Sofia, as it is written in its body;   - The VFSI (HAPPY DAY) virus has been developed in the Higher   Institute of Finances and Economics in Svishtov (a small town on the   Danube) by an unknown programmer;   - The DESTRUCTOR virus, probably made in Plovdiv, where it has been   first detected;   - The PARITY virus, probably written in the Technical University,   Sofia, since it has not been detected elsewhere;   - The TONY file and boot sector viruses, probably created in Plovdiv   where they have been first detected;   - The ETC virus, detected only in Sofia;   - The 1963 virus, a quite sophisticated one, probably made in the   Sofia University;   - The JUSTICE virus.   2.11) The Virus eXchange BBS. -----------------------------   About a year ago, the virus writing in Bulgaria entered a new phase. The virus writers began to organize themselves. The first step was the creation of a specialized bulletin board system (BBS), dedicated to virus exchange. The Virus eXchange BBS.   It's system operator (SysOp), T.T. is a student of computer science in the Sofia University. He has established the BBS in his own home. On this BBS, there are two major kinds of files --- anti--virus programs and viruses. The anti--virus programs can be downloaded freely.   In order to get access to the virus area, one has to upload there a new virus. However, anyone who uploads a new virus, gets access to the whole virus collection. S/He could then download every virus that is already available, or even all of them. No questions are asked --- for instance for what reason s/he might need these viruses.   Furthermore, the SysOp takes no steps to verify the identity of his users. They are allowed to use fake names and are even encouraged to do so. Dark Avenger and W.T., between them are, the most active users, but there are also names like George Bush from New York, Saddam Hussein from Baghdad, Ozzy Ozburn and others.   Since this BBS has already a large collection of computer viruses (about 300), it is quite difficult to find a new virus for it. If one wants badly to get access to the virus area, it is much simpler to write a new virus, instead of trying to find a new one. That is exactly what W.T. did. Therefore, this BBS encourages virus writing.   Furthermore, on this BBS there are all kinds of viruses --- some of them as 1260, V2P6Z, FLIP, WHALE are considered as extremely dangerous, since they are using several new ideas and clever tricks, which makes them very difficult to be recognized and removed from the infected files. And the Virus eXchange BBS policy makes all these viruses freely available to any hacker that bothers to download them. This will, undoubtedly, lead to the creation of more and more such "difficult" viruses in the near future.   The free availability of live viruses has already given its bitter fruits. It helped to viruses created far away from Bulgaria and not widely spread, to cause epidemics in our country. Such was the case of the DATALOCK virus. It has been created in California, USA and uploaded to the Virus eXchange BBS. A few weeks later it was detected in the Technical University, Sofia. Probably one of the users of the BBS had downloaded it from there and spread it "for fun." In the similar way the INTERNAL, TYPO and 1575 viruses entered our country.   But the free availability of known live viruses is not the most dangerous thing. After all, since they are already known, there already exist programs to detect and probably to remove them. Much more dangerous is the free availability on this BBS of virus source code! Indeed, original source code or well commented virus disassemblies of several viruses are freely available on the Virus eXchange BBS --- just as any other live virus. To name a few, there are:   DARK AVENGER, OLD YANKEE, DIAMOND, AMSTRAD, HYMN, MLTI830, MURPHY, MAGNITOGORSK, ICELANDIC, MIX1, STONED, JERUSALEM, DATACRIME, BURGER, ARMAGEDON, OROPAX, DARTH VADER, NAUGHTY HACKER, 512, VIENNA, 4096, FISH#6, PING PONG, BLACK JEC, WWT, MG, TSD, BOOTHORSE, BAD BOY, LEECH...   Most of them are perfectly assemblable sources.   The publishing of virus source code has proven to be the most dangerous thing in this field. The VIENNA, JERUSALEM, CASCADE and AMSTRAD viruses are the best examples. Their source code has been made publicly available, which led to the creation of scores of new variants of these viruses. The known variants of only these four viruses are about 20 % of all known viruses, which means more than a  hundred variants. One can imagine the consequences of making publicly available the source code of all the viruses listed above. In less than a year we probably will be submerged by thousands new variants...   In fact, this process has already begun. The HIV, MIGRAM, KAMASYA, CEMETERY and ANTICHRIST viruses have been obviously created by someone who had access to the source of the MURPHY virus. The ENIGMA virus is clearly based on the OLD YANKEE code. There have been reports about infections with these viruses in one Italian school and an Italian virus writer, known as Cracker Jack is a user of Virus eXchange...   The damage caused by this BBS alone to the rest of the world is big enough. But this is not all. Since possession of "viral knowledge"  (i.e., live viruses, virus source code) has always tempted hackers and since the legitimate anti--virus researchers usually exchange such things only between themselves and in a very restricted manner, it is not surprising that similar "virus boards" began to pop up around the world. There are currently such BBSes in the USA, Germany, Italy, Sweden, Czechoslovakia, the UK and the Soviet Union. Stopping their activities is very difficult in legal terms, because the possession, storage or willful downloading of computer viruses usually is not considered as a criminal offence. And it shouldn't be --- otherwise the anti--virus researchers themselves will not have a way to exchange virus samples to work with.   The creation of a virus--oriented BBS, the system operator of which supported the writing, spreading and exchanging of virus code didn't go unnoticed in Bulgaria. Almost all virus writers have obtained a modem (a not very easy thing in Bulgaria) and contacted it. Afterwards, they began to contact each other by means of electronic messages on this BBS. They have even created a specialized local conference (local for Bulgaria), in order to keep in touch and to exchange ideas how to write clever viruses. Therefore, they began to organize themselves --- a thing that cannot be said about the anti--virus research community in all countries... {a continuar} arquivo: bulgarian.factory.doc Origem: info.cert.org   subdiretorio pub/virus-l/docs                              CARTAS - DICAS                            ==============  CARTAS   Subject: Oracao a "Sao Megabyte"  Bem, pessoal... essa apareceu numa lojinha na Rua Santa Ifigenia, em  Sao Paulo.      Oracao a Sao Megabyte      File nosso que esta' no HD Backupeados sejam vossos bytes Venha ao DOS o vosso prompt Seja feito o vosso restore assim em Rede como em disco O bit nosso de cada tecla gravai hoje Atualizai os nossos arquivos Assim como nos atualizamos os nossos equipamentos Mas nao nos deixeis cair a rede e Ativai-nos o poderoso no-break Pois vossa e' a CPU e a memoria Para todo o processamento HIGH MEM   Subject: Re: Irc   submeta informatica-jb On Mon, 20 Nov 1995, RICARDO Sant'Ana wrote:  > submeta informatica-jb >  >   Ola >  >    recentemente eu li algo sobre Irc aqui nesta lista e tenho uma duvida ...  > eu uso Unix, e realmente e' necessario um programa para eu me conectar Ircs ?? > Se nao, como eu faco para me conectar a um Irc...se eu nao me engano, Irc sao > servidores que podem ser acessados via telnet, portanto, quais seriam os endere > cos ?? >  >   Obrigado, Spanish_eyes >   Oi!  V nao precisa mesmo instalar o irc p/ v, por telnet eu sei que da certo,  mas nao me lembro mais como fazer, porque e' muito ruim!! O lag (demora  p/ vir as respostas) e' tao grande que fica impossivel conversar! Entao  eu acho que e' muito mais negocio v instalar um, principalmente porqeu ai  v pode usar uns scripts p/ fazer uns aliases! Quebra um galhao! V tb pode  entrar por bbs. Eu conheco duas aqui no brasil que tem esse servico. Uma  e' a jacare = telnet jacare.secom.ufpa.br, e a outra e' a ururau =  bbs.uenf.br. Mas tb e' bem lento!!!  T+  Subject: Re: Irc - qual o login ???   submeta informatica-jb On Thu, 23 Nov 1995 ????????@????.???.br wrote: > > v pode usar uns scripts p/ fazer uns aliases! Quebra um galhao! V tb pode  > > entrar por bbs. Eu conheco duas aqui no brasil que tem esse servico. Uma   > > e' a jacare = telnet jacare.secom.ufpa.br, e a outra e' a ururau =  > > bbs.uenf.br. Mas tb e' bem lento!!! >  > Eu li sua mensagem na lista e me interessei so que voce esqueceu de dizer  > qual o login e a passwd, please mande-os 8-). >   Oi!  Desculpa por ter esquecido, ai vai: bbs.uenf.br --> login: bbs  nao pede password, e vem as instrucoes na tela p/ se cadastrar (nao paga  nada), ai e'so colocar os seus dados, nome, e-mail, username, a sua  password, etc.  jacare.secom.ufpa.br --> login: bbs   password: bbs  o resto e'igual ao da uenf!  Eu tb achei alguns enderecos p/ acessar via telnet: telnet sci.dixie.edu (6677) ou(7766)  telnet skywarrior.ecn.uoknor.edu (6677)  telnet intruder.ecn.uoknor.edu (6677)  telnet skyraider.ecn.uoknor.edu (6677)  telnet wildcat.ecn.uoknor.edu (6677)  T+ {Nome e email editados}   OBSERVACAO: A pagina http://www.tucows.com tem uma lista de programas muito  interessantes, inclusive o mIRC, facilimo de instalar e otimo p. IRC.  Para quem nao quiser suar lendo o manual, os unicos comandos realmente importan- tes sao:     /list     /join       ex:  /join brasil        /part   ex: /part brasil     /help   Usando o mIRC, o negocio e' instalar, teclar cntrl-e, escolher um SERVER (depois voce descobre o que e') prencher seus dados (quer ser quem? Bill Clinton? Michael Jackson?) e teclar Alt-c. Depois  /list e /join . No inicio, nao precisa falar, se nao quiser. O mundo do IRC permite cada coisa incrivel, inclusive a transferencia de arquivos.  -----------------------------------------------------------------------  From: Rafael Jorge Csura Szendrodi  Subject: Como desinfectar um computador contaminado      submeta virus, informatica-jb          Ola pessoal,          Venho por esta dar algumas dicas de como proceder a descontami- nacao de um computador contaminado por virus.      1 - Tenha sempre a mao um disquete de boot e um disquete com um antivirus, todos os dois PROTEGIDOS PARA A ESCRITA, somente assim se  evitara eles sejam contaminados acidentalmente.      2 - Ligue o computador e sete na BIOS para ele dar boot primeiro  pelo drive A, somente assim se tera garantia de que o virus nao ira  se instalar na memoria do computador.      3 - Apos o boot, insira o disquete com antivirus e carregue o  mesmo no computador. Como primeira acao, recomendo que voce escaneie uma vez somente para reportar a existencia de virus, assim se sabera  quais os arquivos contaminados e quais as providencias a tomar.      4 - Apos anotar ou imprimir os nomes dos arquivos, sete a acao  para desinfeccao automatica, e volte a escanear o computador. Porem  alguns virus como o FREDDY KRUEGER nao sao passiveis de desinfeccao,  ai o jeito e deletar os arquivos (AUTOMATIC DELETION).      5 - Se nao houver mensagens reportando virus, entao tente usar  seu computador normalmente, se voltar a ocorrer problemas, suspeite  de um virus novo (UM VIRUS NOVO NAO E INDENTIFICAVEL PELOS ANTIVIRUS,  A NAO SER QUE ELE SEJA UMA VARIANTE DE UM VIRUS CONHECIDO) e ai o  jeito mesmo e FORMATAR O HD E TODOS OS DISQUETES QUE TENHAM PASSADO  PELO COMPUTADOR CONTAMINADO.      6 - Espero ter dado uma ajuda para os novatos em virus.        Subject: Nasce mais um B... na Internet      submeta virus, informatica-jb          Venho  por esta protestar contra a invasao a minha vida particular  por  um dos assinantes desta lista, um palhaco b... que nem sei quem e pois  nao  se  identificou,  nem  teve  coragem  suficiente  para  entrar  em  contato  diretamente comigo.     O sujeito viu a minha assinatura eletronica que todos voces ja conhecem  "VIRUS MAKER", que e o apelido que tenho aqui na minerva devido a um  falso  virus  que  fiz  no Borland 7.0 para assustar os usuarios  desta  rede  que  teimam em nao escanear os disquetes que trazem para ca. Como a maioria  dos  assinantes  das listas da unicamp tem QI (quociente de inteligencia)  alto,  viu que estava entre aspas e era so um apelido, a ameba, porem, que tem  QI  (quociente  de  ignorancia) alto, achou, ou quiz achar, que eu  faco  virus  mesmo  e  desencavou, nao sei onde, os telefones do trabalho do meu  pai  e  telefonou  para ele, que nem estava mais la, mas em reunio de diretores  do  clube onde ele e filiado, nao sei como conseguiu o telefone de la, e  falou  que  a  policia  poderia  me prender por fazer virus,  ou  que  eu  ia  ser  processado, e outras M... do genero.     Sobre esse cretino, que nao e homem o suficiente para entrar em contato  direto comigo, so tenho a dizer que e mesmo um palhaco B...,e se a carapuca  servir,  logo logo ele vai botar o chapeu de palhaco para fora,  para  todo  mundo ver.     Aqui na rede minerva todos sabem que sou virus collector  (colecionador  de virus) e que coleciono virus apenas para fins de pesquisa (realmente  me  considero um virusmaniaco, pois sou gamado em descobrir como funcionam tais  programas   que  parecem  ate  seres  vivos,  alguns  chegam  ate   a   ter  caracteristicas   mutantes  como  nos  animais),  porem  nunca   contaminei  propositalmente  as  redes  onde possuo conta, nem os  disquestes  de  meus  amigos, nem nada. Sou ate util a rede como uma das poucas pessoas, se nao a  unica,  que  se da ao trabalho de escanear os HDs da rede  todos  os  dias.  Tenho inclusive testemunhas para provar isso.     Para  terminar,  tenho  a dizer que nao e crime  nem  colecionar  virus  (desde  que voce nao contamine os computadores das outras pessoas)  nem  se  assinar com o apelido "VIRUS MAKER", portanto se algum cretino voltar a seu  intrometer na minha vida particular ou na de meus parentes, que se  prepare  para  responder  NA  JUSTICA  por isso, ou seja,  o  palhaco  vai  ter  que  telefonar para o advogado dele tambem.          Agradeco  desde  ja  a atencao dispensada pelos  demais  assinantes  da  esquina-das-listas (listas virus e informatica-jb).      Forte abraco - ??????                           ?????? ????? ????? ?????????            "VIRUS MAKER" - Virus Collector              Ranking atual:  Makers = 0 -> Isto quer dizer de so                               coleciono virus, nao os faco.                                          Virus ou variantes = 9                              Codigos-fonte de virus = 27  COMENTARIO DO EDITOR: Ja'  vi  esse filme antes. Toda a minha solidariedade ao  individuo  acima.  Posso  acrescentar  que  na  legislacao  atual,  nao  existe  nada  contra:  colecionar  virus  de  computador,  fazer  virus  de  computador,  infectar  computadores com virus de computador. So' que isso nao livra as pessoas que  fazem  isso de serem perseguidas. A "patrulha ideologica" e' uma  constante  aqui no Brasil. E' preciso tomar cuidado. Ja' escrevi sobre isso no  Barata  Eletrica. Lembrem-se sempre: na legislacao brasileira, cabe ao reu provar a  inocencia. Se voce for preso, ha' chances que vao tentar te incriminar  com  alguma  coisa,  so' para nao perder a moral. Paranoia de vez em  quando  e'  bom.    ------------------------------------------------------------------------------ submeta informatica-jb   > Alguem por acaso teria a lista de provedores de internet que saiu na  > Internet World brasileira de outubro??  > Ariadne >          Oi, ???????!          A lista e' essa aqui:  Banco Rural - (011)64-4987               (021)533-3008  BBS Magic Operator - (071)533-4445                      (071)351-1615  BBS Unikey - (021)571-7701  Celtec - (021)512-1144  Centroin - (021)556-1524  Conex - (051)226-4808  DGLNet - (0192)32-9696          (011)837-7163  Dialdata - (011)829-4731  Embratel - 07821278 (gratuito)  GSI/IBM - (011)545-3022           (0800)214646  Horizontes BBS - (031)286-3420                  (031)286-2000 (dados)  Ibase - (021)286-4467  Inside (IIS) - (021)537-0028  Internet Now - (011)887-1319  Mandic - (011)870-0888  NutecNet - (051)800-2227 (gratuito)            (011)505-5728            (051)225-7311  RioLink - (021)268-0717  SohoNet/Origin - (011)547-2656  STI - (011)884-2446 (dados)  Unisys - (011)525-8199  Viatel - (011)533-4005  #-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-          Qualquer informacao adicional, mande um Mail p/ mim que eu respondo.          []'s {Nome e email do autor editados}        Subject: Barata Eletrica !!!           Cara.. DEMAIS !!! So esta palavra significa o que i o seu FANZINE !!!                  P A R A B E N S !!!                                []'s...                                   ????? ????                              Ribeirao Preto, SP, Brazil                Subject:       barata eletrica                   Prezado Derneval             Cara eu gostei muito dos seis numeros do Barata que peguei na      internet, por isso estou te mandando este mail implorando mais      publicacoes, com este ou com qualquer nome que voce colocar, pois nao      importando o nivel de envolvimento ou conhecimento de computadores,      voce conseguiu publicar um retrato de cada um de nos.              Cordialmente ????????.                                    ???????? ?????? ????????                           IF - IBCCF          UFRJ                           Sistemas Complexos, CAOS                             To: Derneval R R da Cunha  Subject: Re: your mail  Fala Mestre !!! HAU !!!!!  E como vao as coisas com o BE ?...E por falar em Dr.Byte e zines...valeu  o artigo...!!!  Realmente...precisamos nos reunir e definir alumas coisas...O que for  possivel pra gente ajudar com a reuniao de Hackers no Brasil...estamos  ai...!! E novos artigos estao chegando...publicamos uma parte do BE...o glossario  sobre a palavra hacker...Parece que o pessoal gostou..! :)  Mas depois a gente combina melhor...Parece que vai pintar o 1. encontro  de usuarios do IRON BBS aqui na Baixada...pode ser uma oportunidade...valeu! Por enquanto eh so...Inte+  | Waldemir Cambiucci                                               |  | e-mail: waldemir@larc.usp.br                                     | |         waldemir.cambiucci@iron.brasil.net                       |   From: Derneval R R da Cunha  Subject: Projeto "Hacker Crackdown" - Adendum   submeta hackers  Repetindo aviso:  uns tempos atras tinha o projeto de traduzir o  Hacker Crackdown. Fazer uma traducao meio mixuruca, mas legivel (pra  nenhuma editora aproveitar em cima) e lancar nas BBSes e ftps da vida.  Mandei carta pro Bruce Sterling e ele falou que acha a ideia otima, que  posso fazer, nos moldes da versao que esta' disponivel em rede, ou seja,  nao posso cobrar (nem tinha pensado nisso) pelo lance.          A ideia que desenvolvi e' mais ou menos essa: dividir a versao  que ta' disponivel em n lugares na rede, em formato texto-Ascii, mas em  arquivos de x paginas. E distribuir essas paginas para usuarios na rede  que se interessarem em participar. A gente junta as paginas, bota o nome  de todo mundo no topo e envia pela rede a quem pedir, coloca em BBSes,  etc. O basico da ideia e' esse. Sei que ja' botei essa ideia antes na  rede, mas por varias razoes nao fui adiante. Se o pessoal estiver afins,  m e mande cartas e eu mando paginas p. pessoa traduzir. Nao precisa ser  uma excelente traducao, nem mesmo boa, mas  inteligivel.  E ia facilitar  p. pessoal da lista se inteirar do que e' ser fucador e talvez nao  repetir os mesmos erros do pessoal la' nos s EUA.         Quem estiver afim de participar e' so' dar um toque. Se na sua  area voce tem gente que pode participar, mas nao tem acesso a rede, avise  e fique com um numero maior de paginas ou um capitulo inteiro, se for o  caso. Quem me mandar mail sobre isso, coloque no subject: livro hacker,  assim salvo a carta num folder separado. Quem quiser saber que raio de  livro e' esse, procure no ftp.eff.org, subdiretorio  pub/Publications/Bruce.Sterling/Hacker_Crackdown ou coisa do genero.  ADENDO         Ah, sim. A pessoa pode especificar o numero de paginas que pode  traduzir, nao tenham vergonha de dizer que so' podem traduzir uma ou  duas paginas por falta de tempo.  Se se propor a dez paginas de cada  vez, anda  mais rapido. Sem um prazo especifico, mas tambem sem  pagamento. E'  algo p. ficar na historia e botar seu nome na lista de tradutores. Daqui a alguns dias mando as primeiras p.  rede. Inte'.  sig. Derneval R. R. da Cunha  OBSERVACAO:  Sei  que  to repetindo a carta, mas ainda ha'  vagas  p.  quem  quiser participar.   From: "Guilherme K. Ramos"   Subject: Re: NormalMOO  submeta hackers   Singulares Leitores,    Estou participando a todos dessa lista que o NormalMOO (um Multi_Users   Dimension Object Oriented) esta' com suas portas abertas. Um MOO e' uma   especie de talker (viva a iniciativa do talker de Lord Morpheus!) com   mais recursos. Os recursos que eu digo sao: aprender programacao   brincando. Outro dia li nesta lista que um garoto se dizia hacker pois na   infancia desmontava brinquedos. Nos MOOs isso e' perfeitamente possivel   desmontar os brinquedos que existem la' (claro que nenhum kid de $player   vai poder alterar as permissoes de um brinquedo que nao e' dele).   Desmontar eu entendo por tirar um raio-x do brinquedo sem estragar   (comando @list