Laços. O tema dos laços tem inúmeras variantes, na mitologia e na iconografia, como imagem de enlaçamento ou como forma de arte ornamental sob a figura de entrelaçados, laçarias, nós, fitas, cordões, ligamentos, redes e látegos. No sentido mais geral, representam a ideia de ligar. Parece que, assim como o contemporâneo - na versão existencialista - sente-se "jogado" no mundo, o primitivo e o homem das culturas orientais e astrobiológicas sentia-se "ligado" ao mundo, ao criador, à ordem e à sociedade a que pertencia. - O fim último do ser humano é libertar-se das ligaduras. Também na filosofia grega aparece o motivo: na caverna de Platão, os homens se encontram retidos por cadeias que os impedem de mover-se (República, VII). Segundo Plotino, a alma "depois de sua queda acha-se aprisionada, está em cadeias... mas voltando-se para /o reino de/ os pensamentos, liberta-se de suas ligaduras" (Ennéadas, IV, 8). (Cirlot, 2005)
Laços. Simbolizam frequentemente o poderio soberano ou judiciário; designam o poder de atar e desatar. Mas, em outros contextos, podem ser também símbolo dos compromissos contraídos espontaneamente. (lexikon, 1997)
CIRLOT, Juan-Eduardo. Dicionário de Símbolos. Tradução de Rubens Eduardo Ferreira Frias. São Paulo: Centauro, 2005.
LEXIKON, Herder. Dicionário de Símbolos. Trad. Erlon José Paschoal. São Paulo: Cultrix, 1997.