Caduceu. Vara entrelaçada com duas serpentes, que na parte superior tem duas pequenas asas ou um elmo alado. Sua origem se explica racional e historicamente pela suposta intervenção de Mercúrio diante de duas serpentes que lutavam, as quais se enroscavam em sua vara. Os romanos utilizaram o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta; o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as asas, a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados. O caduceu é na atualidade a insígnia do bispo católico ucraniano. Do ponto de vista dos elementos, o caduceu representa sua integração, correspondendo a vara à terra, as asas ao ar, as serpentes à água e ao fogo (movimento ondulante da onda e da chama). Do ponto de vista esotérico, a vara do caduceu corresponde ao eixo do mundo e suas serpentes aludem à força Kundalini que, segundo os ensinos tântricos, permanece adormecida e enroscada sobre si mesma na base da coluna vertebral (símbolo da faculdade evolutiva da energia pura). Segundo Schneider, os dois S formados pelas serpentes correspondem à doença e à convalescença. A organização por exata simetria bilateral expressa o equilíbrio ativo, de forças adversárias que se contrapõem para dar lugar a uma forma estática e superior. (Cirlot, 2005)
Observação: A vara de Esculápio, símbolo da medicina, é frequentemente confundido com o símbolo do Caduceu.
CIRLOT, Juan-Eduardo. Dicionário de Símbolos. Tradução de Rubens Eduardo Ferreira Frias. São Paulo: Centauro, 2005.