Passeio de Final de Ano (15/16) - Alto Douro e Percurso Torguiano

VIAGEM DE FIM DE ANO LETIVO 2015/2016 – ALTO DOURO- PERCURSO TORGUIANO

Coincidindo com as comemorações do 10º. Aniversário da Universidade Sénior do Rotary de S. João da Madeira, realizou-se, nos dias 17 e 18 deste mês de Junho, a viagem/passeio que, este ano, culminou com os trabalhos desenvolvidos na Aula de Português e Jornalismo com base nos NOVOS CONTOS DA MONTANHA, da autoria do célebre Escritor e Médico, Miguel Torga, cujo nome de batismo Adolfo Correia da Rocha, foi adotado o pseudónimo MIGUEL TORGA.

S. Martinho de Anta e Douro

Com partida de S. João da Madeira, frente à nossa Universidade, o grupo constituído por 51 elementos, entre alunos, familiares e a Diretora Drª. Susana, bem como o Prof. Celestino Pinheiro, tendo-se efetuado a primeira e breve paragem na Cidade de Vila Real, donde seguimos para Sabrosa, com visita demorada ao ESPAÇO MIGUEL TORGA, na freguesia da S. Martinho de Anta, terra natal do grande mestre da escrita. Ali pudemos ver, admirar e recolher preciosos contributos, quer pela síntese na apresentação feita pelo Diretor do Espaço, Dr. Luís Sequeira, quer pela exposição que preenche as diferentes salas e ainda pelos detalhes do muito bem concebido Documentário, produzido para a RTP por João Roque.

Antes da partida para almoço, com o grupo repartido por piquenique no Santuário da Senhora da Azinheira e restaurante na Quinta do Barroco, foi possível contemplar, no centro da freguesia, quer a igreja onde o escritor foi batizado, quer o que resta do famoso negrilho, árvore centenária e de enorme tronco, da família das ulmáceas, também conhecidas por olmeiro, olmo, mosqueiro, etc., árvore que secou pouco tempo depois da morte do escritor em 17 de Janeiro de 1997.

A parte da tarde foi extraordinariamente bem preenchida e diversificada: primeiro uma paragem na aldeia vinhateira de Provesende, famosa por ter sido ali que desenvolveu, com eficácia, o combate à Filoxera, inseto oriundo da América do Norte que dizimou as vinhas, particularmente na denominada Região do Douro, simultaneamente rica em património classificado como Património da Humanidade, tal como boa parte das vinhas do Douro, cujas paisagens de rara beleza estão intrinsecamente ligadas.

O dia ainda tinha para oferecer uma viagem deslumbrante no Rio Douro, com partida no Pinhão e descida até à Régua, onde jantamos em grupo e pernoitamos.

S. Leonardo de Galafura e Lamego

O 2º.dia proporcionou-nos um momento de rara e deslumbrante beleza, ou, como o poema geológico de Torga em o Diário XII: A beleza absoluta. Com partida da Régua, subimos até ao Miradouro de S. Leonardo, na povoação de Galafura - no perímetro do Douro Vinhateiro que justificou a classificação de Património da Humanidade -, situado a cerca de 640 m de altitude desfrutando de uma paisagem em redor e com o Rio Douro caminhando entre as encostas, fazendo jus à referência noutro poema do escritor dizendo que dali se contempla o Douro Sublimado; o prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. E acrescenta: não é um panorama que os olhos contemplam: É UM EXCESSO DA NATURAZA.

No regresso a casa, ainda passamos por Lamego, tendo o grupo almoçado ali. Por mera e feliz coincidência estava a decorrer a FEIRA MEDIEVAL, cujo tema principal era AS CORTES DE LAMEGO.

Tudo tinha decorrido de forma que se pode considerar irrepreensível, mas eis que o entusiamo para vermos o jogo da seleção de todos nós foi “severamente” perturbado com uma inesperada avaria do autocarro, próximo de Vouzela, situação só resolvida com substituição do mesmo, operação que nos atrasou cerca de uma hora e meia, episódio que no final permitiu que todos chegassem a tempo da meia frustração, futebolisticamente falando. No estrito plano da Viagem, podemos dizer que foi um sucesso, em todos os planos: organização, coordenação, itinerário, pontos de interesse e ambiente dentro do grupo. Parabéns à Sénior.

Jorge Almeida (Aluno)