Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira
No passado dia 19, pelas 21h30, foi representada a peça de teatro, um beco sem saída, escrita e ensaiada pela aula de Teatro da Universidade Sénior de São João da Madeira, na Casa da Criatividade, a mais moderna sala de espectáculos da cidade.
O espectáculo, da autoria da nossa querida e talentosa professora da disciplina de Teatro, foi uma evocação dos festivais da canção dos anos sessenta e setenta. A Candidinha, com a sua voz estridente, o Pai Tirano, que sonhava ter uma boa vida à custa da sua filha, e as mulheres que iam obrigar os maridos a falar a cantar, já que, até aí, só gostavam de ouvir rádio.
Estava a nossa poetisa inspirada a fazer versos de amor, e as outras a concordarem com o seu estado emocional, bem como uma outra, que dizia estar assolapada, ameaçando atirar-se para o chão, quando aparece um salvador que lhe oferece os braços, que ela recusa de imediato.
0 enredo prossegue, com alguém a cantar “eu vi um passarinho” e alguém que se queixava de ouvir ranho a subir e a descer pela garganta. E o choro a ganhar velocidade e ganhar um caudal de lágrimas? Onde é que já ouviram isto?
Nas cenas finais, canta-se o “Sobe sobe, balão sobe”. A Candidinha recusa-se a cantar, mas vai cantando, e o seu Paizinho vê a vida andar para trás, lamentando-se de que nem uma simples telefonia (com fios), vai poder comprar.
Por fim somos informados da lista dos finalistas do festival: uma dessas finalistas acabava de ser consagrada em Paris, com o 1º lugar, cantada por um tal SERAFIM CID, que estava afónico nesse memorável dia.
Há coisas que não lembram nem ao diabo...
Até breve
Serafim Almeida