Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira
Bem vindos. Bom ano letivo!
A nossa Tuna resolveu dar um arzinho da sua graça, antes de ir de férias, dando especial atenção às crianças. Nos dias 12 e 14 de julho a Tuna foi à Escola do Parque, e às escolas dos Ribeiros e Parrinho, neste caso no Parque do rio Ul. A receção foi calorosa e não faltou animação, sempre sob a batuta do nosso maestro Filipe Oliveira. Fizemos também uma surtida à Praça Luís Ribeiro, distribuindo música e abraços. As senhoras tiveram direito à "Linda donzela" (ondas do Douro), os homens à "Afonsina" e as crianças a "Brincar à Felicidade". Por fim cantamos " o abraço ", música de Valdemar Sequeira, letra da nossa Laura Pinto.
Foi uma despedida animada. Até setembro!
Na Praça Luís Ribeiro
Vai um abraço?
Na Escola do Parque
No Parque do Rio Ul, com as crianças dos Ribeiros e do Parrinho.
Com o ano letivo a chegar ao fim, várias foram as atividades levadas a cabo na Universidade Sénior do Rotary. Depois do sarau, realizado ainda em maio, e da presença na Cidade no Jardim, alunos e professores realizaram mais quatro atividades, que envolveram, de diferentes formas, boa parte da comunidade educativa.
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Exposição de trabalhos
No dia 30 de junho, para fechar o ano letivo em beleza, os alunos e professores das turmas de Pintura e Artes Manuais juntaram os seus melhores trabalhos e expuseram-nos na sala de Exposições da Biblioteca Municipal. Uma vez que a Universidade desenvolveu, ao longo do ano, várias atividades subordinadas ao tema genérico “BERÇO”, nomeadamente no apoio a jovens mães, foi também este um dos temas em que incidiu a criação artística, particularmente na turma de Artes Manuais, das professoras Adelaide Ferreira e Alice Amaral. A exposição congrega ainda trabalhos das turmas de Pintura, dos professores Mónica Coutinho e Jorge Miguel.
Na inauguração, além da vintena de autores de trabalhos e respetivos professores, estiveram presentes muitos amigos e alguns convidados, nomeadamente os presidentes da Câmara Jorge Sequeira, e as vereadoras Irene Guimarães e Paula Gaio e o representante da Junta de Freguesia, Artur Nunes, que puderam apreciar a qualidade da exposição, em que se aplica uma grande diversidade de técnicas, tanto na área da pintura, como das artes manuais. No uso da palavra, o presidente da Câmara elogiou o trabalho desenvolvido na Universidade Sénior e referiu vários apostas feitas pela Câmara, na área cultural, nomeadamente na valorização do trabalho da Biblioteca. A diretora da Universidade, Susana Silva, agradeceu à Câmara Municipal e à Biblioteca, em especial à Dra. Carla Relva, por cederem o espaço para a exposição, uma vez que este é um grande incentivo para os alunos, que, assim, passam a ter uma meta a atingir no final do ano.
A Exposição mantém-se aberta ao público durante todo o mês de julho.
As marchas e o passeio anual
Além desta exposição, outras atividades devem ser referidas. Assim, no dia 15 de junho, a turma de folclore participou nas marchas e no arraial de Santo António, promovido pela Creche Albino Dias Garcia, atuando entre a capela de Santo António, a Praça e a Rua Alão de Morais. Nas marchas de S. João, integradas nas Festas da Cidade, a participação foi ainda mais ampla: três dezenas de alunos e professores de várias disciplinas organizaram-se para desfilar no cortejo, numa atuação muito elogiada por todos, não só pelo acerto da apresentação, mas também por ter sido a primeira vez que a Universidade Sénior participou nas marchas. Nos dias 17 e 18 de junho, realizou-se o habitual passeio anual, desta vez às Portas do Ródão e Nordeste Alentejano, passando por Vila Velha de Ródão, Belver, Nisa, Alpalhão, Flor da Rosa e Crato e Ponte de Sor. Foi um passeio muito agradável, abrangendo uma zona do país com grandes motivos de atração, do ponto de vista histórico, etnográfico e paisagístico.
Balanço do ano e “programa de férias”
Neste primeiro ano pós-pandémico, o balanço do trabalho da Universidade Sénior é fortemente positivo: muitos dos antigos alunos regressaram à atividade letiva e já se viram muitas caras novas nas aulas das 21 disciplinas lecionadas. Estamos certos que a tendência de crescimento se manterá no próximo ano, porque cada vez existe uma maior consciência da importância do envelhecimento ativo, tanto ao nível físico como intelectual. E para frequentar a Universidade Sénior, basta uma coisa: vontade de conviver e de aprender. Uma nota final: embora as aulas tenham terminado, vamos continuar com atividades da Tuna fora da Universidade, bem como com caminhadas. Às terças e quintas feiras, pelas 14.30, encontramo-nos nas instalações da Universidade, para apanhar o TUS, que é mesmo à porta, e seguir para o destino das caminhadas.
Votos de Boas Férias a todos.
Português e Jornalismo
Ano letivo de 2022/2023
Por: Jorge Rui Oliveira
O ano letivo de 2022/2023 da Universidade Sénior/Rotary de S. João da Madeira está a terminar e sem pretender ser exaustivo, podemos concluir que a Disciplina de Português e Jornalismo mais uma vez foi um êxito, considerando até o número de presenças por aula, com uma frequência igual ao período pré-pandemia.
E é com imensa satisfação que chegamos a esta fase do ano totalmente realizados por termos integrado uma turma liderada pelo Prof. Celestino Pinheiro que prendeu a nossa atenção, desde a primeira aula, em Outubro.
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Por outro lado, depois de quase três anos de grande perturbação com várias interrupções das aulas devido ao maldito vírus, o ano letivo que agora termina decorreu dentro da maior normalidade.
Por sugestão do Prof. Celestino, a metodologia seguida para a Disciplina de Português e Jornalismo foi diferente dos anos anteriores. Assim, e com o aplauso de todos os alunos, foi decidido fazermos uma abordagem a vários autores de língua portuguesa, começando exatamente por D. Dinis que é considerado um dos primeiros poetas da nossa língua, tendo ficado conhecido como o poeta trovador. No estudo de cada autor, analisámos a história da sua vida, percurso literário e procedemos à leitura de textos respigados das obras mais representativas.
E, foi assim, que ao longo de nove meses falámos da vida e das obras de D. Dinis, Fernão Lopes, Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Garcia de Resende, Luís Vaz de Camões, Fernão Mendes Pinto e terminamos da melhor forma com Pero Vaz de Caminha e a leitura de enxertos da sua célebre carta enviada ao Rei D. Manuel I, por ocasião do descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares Cabral. A leitura desta carta foi muito interessante pois permitiu-nos acompanhar de forma pormenorizada a descrição com que Pero Vaz de Caminha informou El-Rei, desde os costumes e hábitos alimentares dos nativos até à particularidade de descrever como não estavam vestidos, isto é, ao dizer que “sem qualquer vergonha aquela gente exibia suas vergonhas”, tanto os homens como as moças.
Para cada autor, foram reservadas duas ou três aulas. Entretanto, e como é óbvio, Luís de Camões teve um tratamento especial ou não fosse ele o maior poeta de sempre da nossa literatura e, por conseguinte, foram várias semanas a falar deste escritor. Por outro lado, o Prof. Celestino, mesmo antes de lermos alguns textos de “Os Lusíadas “, quis falar sobre a estrutura e como foi construída esta obra épica, para melhor compreendermos os seus dez cantos. Para além de “Os Lusíadas”, houve também tempo para se abordar alguns dos magníficos sonetos de Camões.
O Prof. Celestino, para um estudo mais aprofundado das obras de vários autores, suportou-se de vários vídeos estabelecendo assim uma dinâmica com a turma e proporcionando uma maior intervenção por parte dos alunos.
A próxima aula, que será a última deste ano letivo, servirá para se fazer o balanço do ano e vão ser trocadas ideias para o programa do próximo ano.
Para acabar e em nome de todos os alunos, um agradecimento ao Prof. Celestino Pinheiro que, semanalmente às Quintas Feiras, reserva tempo para partilhar connosco os seus muitos conhecimentos, que nesta fase da vida são muito importantes para mantermos ativo o nosso intelecto.
Jorge Rui Oliveira
Junho de 2023
Por: Maria José
Partimos de Santa Maria da Feira, pelas 9 horas do dia 17 de junho de 2023, num confortável autocarro, com destino à primeira paragem desta aventura: Portas do Ródão, em Vila Velha de Ródão.
Aí nos esperava um barco de razoável dimensão, ancorado numa praia fluvial da margem direita do rio Tejo, para um belo passeio, entre poderosas escarpas, rasgadas pelo rio. O primeiro destino era o Monumento Natural das Portas do Ródão, património da Unesco. O almoço foi servido a bordo durante a navegação. (Para ler todo o texto, clique na seta à direita)
Dirigimo-nos, seguidamente, para a vila de Belver, também situada na margem direita do rio, mas bastantes quilómetros a jusante. Em Belver visitamos o Museu do Sabão, único do país, e ficamos a saber que os habitantes desta vila foram pioneiros nesse fabrico, porque a zona era farta em olival e a principal matéria prima do sabão era a borra de azeite.
Atravessamos de novo o Tejo, para a margem esquerda, passando por Gavião, e dirigimo-nos à Vila de Nisa, onde visitamos o Museu do Bordado e da Olaria Pedrada, artes de grande beleza e engenho. Passamos, também, pela típica Rua de Santa Maria, calcetada a barro e mármore, reproduzindo motivos figurativos da olaria pedrada e coberta de panais com variadas cores, dando à rua um efeito invulgar. Seguimos então para o nosso alojamento, o Hotel Monte Filipe, em Alpalhão, onde jantamos.
Segundo dia
Após o pequeno almoço, a viagem rumou a sul, ao Crato, a Terras de S. Nuno de Santa Maria, o Santo Condestável. A primeira paragem foi no Mosteiro de Flor da Rosa, monumento do século XIV, fundado em 1356 e mandado construir por D. Álvaro Gonçalves Pereira, primeiro Prior do Crato e pai de D. Nuno Álvares Pereira, que ali se encontra sepultado.
Seguimos viagem até Alter do Chão, vila associada à criação e preservação cavalo de raça lusitana. Aqui almoçamos, num espaço de inspiração equestre.
Já no regresso, ainda passamos por Ponte de Sor, com paragem junto aos Jardins da Ribeira de Sor.
Continuamos a viagem, com destino a casa, revivendo o companheirismo, a boa disposição, o interesse pelo conhecimento e o encanto das paisagens que fomos observando. Venha o próximo passeio!
Entre os dias 7 e 11 de junho, com interrupção no dia 8, devido à chuva, a nossa Universidade esteve presente no stand 53 da "Cidade No Jardim". Obrigado a todos os que nos visitaram. E foram muitos!
“A gente vai continuar.”
A Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira realizou, no passado dia 28 de maio, o seu sarau anual, oportunidade para os alunos e professores mostrarem algum do trabalho realizado durante o ano.
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O espetáculo decorreu nos Paços da Cultura e iniciou-se com um pequeno filme, “Começar a vida”, alusivo à forma como as crianças interagem com o mundo e com os adultos. O espetáculo teve como fio condutor vários diálogos entre uma criança e a sua avó, abordando diversos temas como a importância do envelhecimento ativo, as diferenças entre o passado e o presente e algumas tradições locais. Pelo meio, foi projetada uma apresentação das 21 turmas que, este ano, funcionaram na Universidade. Seguidamente, a Tuna interpretou a canção “Brincar à Felicidade” e o DóRéMix, cantado com outras crianças presentes na sala e, finalmente “Os meninos do Huambo”. Entraram, depois, em palco os elementos do grupo de teatro, interpretando vários momentos humorísticos, intercalados com atuações das turmas de Danças de Salão e de Folclore.
O momento final do Sarau consistiu na projeção de um filme representando o percurso dos alunos e a sua entrada na Universidade, acompanhado da interpretação da canção de Jorge Palma “A gente vai continuar”.
Este sarau foi enquadrado na iniciativa “Somos Nós”, promovida pela Câmara Municipal e destinada a dar uma oportunidade às coletividades locais para se apresentarem à comunidade sanjoanense. Neste caso, tratou-se de um claro sinal de vitalidade de uma instituição que marca fortemente a vida cultural da cidade e abre oportunidades aos seniores sanjoanenses de continuarem a valorizar-se e a serem elementos ativos da sociedade.
No final, a professora Susana Silva, diretora da Universidade, agradeceu a colaboração dos alunos e professores que ajudaram a pôr de pé esta iniciativa. O mote da canção de Jorge Palma será, certamente, um bom lema para o prosseguimento da atividade da Universidade, “Enquanto houver estrada pra andar / A gente vai continuar.”
Uma oportunidade para nos encontrarmos, para rever muito do que fizemos, para nos darmos a conhecer e para lançarmos raízes para o próximo ano, que será ainda mais positivo do que este.
Depois de intenso trabalho de preparação da terra por parte do Sr. Isidro e do Sr. Melo, juntaram-se as vontades para dar início à plantação da nossa horta e do nosso jardim. Aproveitamos essa junção de vontades para limpar também algumas zonas dos espaços ajardinados e arborizados à volta do edifício. Quanto à horta, concentramo-nos no mais necessário às nossas cozinheiras da Sopa Solidária: curgetes, espinafres, alhos franceses, nabos e abóboras. Na parte do jardim, plantamos azáleas e hortênsias. Algumas plantas e sementes foram oferecidas pela Câmara Municipal. Agora vamos ver se a persistência dos hortelãos, a qualidade da terra e dos fertilizantes, a chuva, o Sol, a Lua... ajudam aquelas plantinhas a vingarem e a crescerem. Sim, porque ter uma horta não é só enterrar umas raízes e umas sementes...
Obrigado a todos os que colaboraram.
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As palavras de agradecimento aos presentes vieram, em primeiro lugar, do seu filho, Pedro Magalhães dos Santos, organizador do convívio. Depois, na altura das intervenções, o Dr. Adão Cruz justificou o uso do discurso em verso em vez da prosa, porque, em anterior homenagem, o Dr. Magalhães dos Santos emocionara-se muito com os discursos que lhe dirigiram. Por isso, os irmãos Eva Cruz - Adão Cruz dedicaram ao homenageado um conjunto de quadras bem humoradas, a condizer com o caráter do aniversariante.
Mais tarde, compareceu na sala a Tuna da Universidade Sénior, dirigida pelo maestro Filipe Oliveira, que desafiou o Dr. Magalhães dos Santos a participar em dois dos seus números preferidos, coisa que ele fez com inteira competência e entusiasmo, “…a Santa Catarina, perlim perlim pé pé…” e “Oh Afonso!”. Pelas mãos da Drª Susana Silva e em nome da Tuna da Universidade, foi-lhe oferecida, como prenda, com uma "boina" e a capa azul do reportório da Tuna, assinada pelos colegas tunantes e pelo Maestro. Seguiram-se os “Parabéns a você”, com bolo, brinde e tudo! Entretanto, chegou a vez dos amigos vila-realenses, os criadores do “Quim Zé”, que, no Liceu, evidenciou os dotes que foi desenvolvendo ao longo da vida. Foram estes amigos que, no final, se reuniram à sua volta para, na voz de Alfredo Branco, trazerem o grande abraço de Vila Real, a evocar as tertúlias dos “Pyjamantes” e outras aventuras.
Antes do brinde, palavras do homenageado, grato e feliz por ter à sua volta tantos amigos, e desejando que, daqui a um ano, todos se possam reencontrar, para mais um aniversário.
Homem da cultura em toda a plenitude da expressão - literatura, teatro, música… - Magalhães dos Santos deixa uma marca indelével nas duas terras onde fez a maior parte da vida: Vila Real, onde nasceu e estudou, e S. João da Madeira, onde viveu e continua a viver. Com papel decisivo no grupo de Teatro da Oliva, animador de inúmeras palestras sobre temas literários e linguísticos, fundador do Grupo Cultura Viva, professor na Universidade Sénior e membro do seu Coro e da sua Tuna, atleta esforçado, autor de livros e de crónicas jornalísticas, autêntica enciclopédia linguística, animador das redes sociais com investigações inusitadas, é difícil falar de Magalhães dos Santos sem esquecer alguma coisa. E ainda há o proverbial “Quim, o Bom”, da carta que chegou ao destino sem indicação da rua.
Num espaço da sala, expunham-se alguns escritos, folhetos de palestras, livros autografados, elementos de um espólio reunido por Jorge Araújo, num trabalho de grande mérito para a preservação do espólio literário de Magalhães dos Santos.
Celestino Pinheiro
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Por Jorge Rui Oliveira. Para ler, clique AQUI
"Assim vai a vida..." E vai bem, não nos podemos queixar. E o nosso Anim'arte contribuiu para que fosse ainda melhor, na impecável representação de ontem à noite. Aparte a frustração de não termos podido provar as imaginosas e exóticas iguarias que passaram pelo palco, foi uma noite variada e bem passada, com ternurentas confidências amorosas, uma aula prática para quem não percebe nada da poda, lições de terapia familiar e mais algumas preciosidades da vida que assim vai. Enorme aplauso para os atores, em particular para o Serafim Almeida, um ausente sempre presente, para encenadora Drª Cristina Marques e para o técnico José Nuno Lima. Foi uma atuação brilhante, a confirmar os créditos do grupo.
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Dia 29 de março - 21.30 - Paços da Cultura
Assim vai a vida… com a falta de tempo a justificar as relações humanas superficiais e frágeis, o olhar desatento sobre o que nos rodeia, a desatenção sobre o que é importante! Tudo isto será apresentado e representado com o humor que caracteriza o Anim’Arte.
LER MAIOR
O projeto "Ler maior" é uma iniciativa enquadrada no Plano Nacional de Leitura 2017-2027 e destina-se a incentivar a leitura e a escrita por parte da população sénior. Esta semana, tivemos duas colaborações que pode ler, clicando em:
Pelo senhor José Pinho, a convite do professor Daniel Neto
Visita da professora Marta, da Universidade de Aveiro - Março de 2023
Depois de dois anos de interrupção, o Carnaval das Escolas voltou este ano e contou, como habitualmente, com a participação da nossa Universidade. Desta vez, fomos representados por um grupo de belas e garbosas baianas. A nossa diretora Susana explica a forma como se preparou e como decorreu a nossa participação:
Os nossos agradecimentos às professoras de Artes Manuais Laidinha e Alice Amaral e às alunas da turma de Artes Manuais, que ajudaram a fazer estas lindas toilettes e que, mesmo não participando no cortejo, se prontificaram na confeção dos fatos.
A Universidade Sénior tem orgulho de ser como é, pelos professores e pelos alunos que tem. Um agradecimento especial ao nosso fotógrafo, que tirou o melhor de nós. Obrigada "Queridas Baianas". A nossa Universidade Sénior foi muito bem representada, mais uma vez! PARABÉNS. Estiveram "TODAS" impecáveisas, 24 Baianas muito bailadoras. Gostei mesmo. LINDAS.
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Por: Jorge Rui Oliveira
Após dois anos de interrupção, devido ao maldito bichinho que mandou toda a gente para casa, foi com alegria que a Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira voltou a organizar o tradicional almoço de Natal. No dia 11 deste mês, alunos, professores e familiares da Universidade Sénior, reuniram-se no restaurante Fénix para um convívio de que já tinha muitas saudades. Cerca de 130 pessoas, durante mais de três horas, conviveram, comeram, beberam e divertiram-se pois a Direção da Universidade para além da degustação, brindou-nos com um alegre programa alusivo à época de Natal.
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Após um excelente creme de legumes e uns rojões para comer e repetir, acompanhados de um bom vinho alentejano, fez-se um intervalo para receber o Pai Natal que vinha com o saco cheio de prendas, entre brinquedos e livros, para oferecer às crianças mais pequeninas que estavam presentes.
Após as sobremesas e o indispensável café, foi com alegria que assistimos a um variado programa de animação em que participaram alunos e professores da Instituição.
O grupo de teatro da Universidade interpretou a peça “Uma ida ao cinema”. Uma assistência muito barulhenta, com diálogos permanentes a perturbar o filme e que, com medo do leão, acabou por fugir antes do fim do espetáculo.
O maestro Filipe Oliveira mostrou-nos um grupo de “jovens” alunos que estão a dar os primeiros passos na educação musical recorrendo ao som de folhas de papel de jornal que são abanadas, amarrotadas ou rasgadas, produzindo os sons das notas musicais que os alunos estão a aprender.
De seguida tivemos a oportunidade de assistir à tuna, superiormente dirigida pelo maestro Filipe, que interpretou algumas canções alusivas ao Natal, algumas delas inéditas e que prenderam toda a comunidade presente. Como já é habitual, o maestro Filipe convidou todos os presentes a interagir com a tuna o que provocou um ambiente de boa disposição com toda a gente a cantar.
No final, a Presidente do Rotary Clube de S. João da Madeira, Drª Inês Reis, numa alocução dirigida aos presentes, congratulou-se pela forma divertida como decorreu este convívio, ela própria dizendo que saía dali “com a alma cheia” por constatar que esta comunidade sénior surpreende pela forma positiva com encara esta fase da vida.
No final, a Diretora da Universidade, Drª Susana Silva, agradeceu a todos os que marcaram presença, aproveitando para transmitir votos um Bom Natal, extensivos a todos familiares.
De salientar que no final, o Rotary efetuou a recolha de ofertas para serem entregues a uma jovem com graves carências financeiras que está a frequentar a Academia de Música.
Jorge Rui Oliveira
12 de Dezembro de 2022
O projeto “Berço” é uma iniciativa das professoras e alunas da disciplina de Trabalhos Manuais da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira. O seu objetivo é o de apoiar jovens mães de famílias carenciadas, de forma a proporcionar-lhe as melhores condições nos primeiros tempos de vida dos seus filhos. Assim, periodicamente, em articulação com a Rede Social concelhia, serão escolhidas futuras mães que reúnam as condições indicadas.
A equipa promotora vai confecionando e recolhendo produtos do enxoval do bebé, desde produtos de higiene pós-natal, a roupas de corpo e de berço, e equipamentos.
A entrega do primeiro enxoval está prevista para o dia 9 de dezembro. A partir daí, iniciar-se-á a recolha de produtos para outro enxoval.
A escolha deste projeto por parte da Universidade Sénior tem também um valor simbólico: os mais velhos procurando ajudar a geração que agora chega ao mundo, de forma a deixar-lhe uma “herança” promissora de um futuro melhor.
Quem quiser contribuir para este projeto, pode fazer as entregas na Universidade Sénior, durante as tardes de segunda a quinta-feira. Por sua vez, a aula de Trabalhos Manuais decorre às terças-feiras, a partir das 14.30.
No âmbito da comemoração do Dia dos Direitos Humanos recebemos, dia 9 de dezembro de 2022, a tuna da Universidade Sénior de S. João da Madeira. Direitos humanos, educação, inclusão e equidade para a pluralidade - narrativa de uma epopeia utópica a construir por todos e cada um de nós.
Visionamento do filme
Il Vangelo secondo Matteo
A aula de Novo Testamento do dia 3 foi diferente: em vez da “preleção” do professor, o aumentado auditório agradavelmente se dispôs para ver este filme de 1964 do conceituado realizador Pier Paolo Pasolini.
No estudo que se está a fazer sobre o primeiro Evangelho, mais do que se justificava esta sessão: o filme segue textualmente este evangelho, embora os planos cinematográfico e textual não sejam, naturalmente, coincidentes.
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O facto de ser um filme a preto e branco realça um realismo lírico ao serviço da mensagem que Pasolini, um marxista, ateu e anticlerical, pretende apresentar: Jesus não é uma figura melíflua, um soporífero para a “alma” dos crentes; é alguém que agita e mexe bem por dentro quem dele de aproxima.
E para ajudar a “enfrentar” este choque com a figura de Jesus, tão difusamente impregnada na cultura e na religiosidade vigente, o professor começou por referir a epístola de Lúcio Lêntulo, um texto medieval do século XIII, que, pretensamente, pretende apresentar a aparência física de Jesus. Para isso, utilizou a versão inserta na última obra de Frederico Lourenço, Evangelhos Apócrifos, editada em Outubro passado.
A atenção do auditório estava tão presa ao desenrolar do filme que quase não se deu conta que o tempo estava esgotado e ainda faltava a parte final: o “processo de Jesus”, que se retomou na aula seguinte, 10 de Novembro.
Em suma, uma muito enriquecedora, diferente e positiva forma de abordar o Evangelho de Mateus.
A Maria José Pinho, de viva voz, explicitou o seu testemunho: “Fiquei encantada. A cena inicial, quase sem palavras, emocionou-me profundamente. Todo o filme é uma poesia. E a banda sonora que o realizador escolheu é extremamente adequada, realçando a mensagem que as imagens transmitem”.
Por: Jorge Rui Oliveira
As aulas “O Mundo da Bíblia” da Universidade Sénior/Rotary de S. João da Madeira no ano letivo de 2022/2023, têm incidido sobre o Evangelhos de S. Mateus. Aproveitando o tema, o Prof. Alberto Osório achou por bem, e os alunos agradeceram, exibir o filme de Pier Paolo Pasolini, “O Evangelho Segundo S. Mateus”.
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No sentido de termos mais alguma informação sobre este clássico do cinema, como local onde se passaram as cenas e o motivo por que levou um ateu confesso a avançar com a sua realização, fizemos algumas pesquisas. Diga-se já que nas várias consultas, encontrei alguns pormenores não coincidentes relativamente ao que se passou em Assis. Contudo procurei seguir a informação mais consensual.
Estávamos no ano de 1963 e o Papa João XXIII deslocara-se a Assis para se reunir com grupos de pessoas ligadas às mais diversas atividades e quadrantes políticos para refletir sobre o cristianismo, à luz do Concílio Vaticano II e também porque acabara de ser publicada a Encíclica Pacem In Terris. Alguns historiadores consultados afirmam que Pier Paolo Pasoloni teria sido convidado para integrar estes grupos de reflexão mas declinado o convite, outros contudo, dizem que nunca foi convidado. Uma coisa é certa. Pasolini nessa altura encontrava-se hospedado num hotel em Assis e foi abordado pelo Padre Rossi, seu amigo, que tinha participado nessas reflexões dizendo-lhe que perdera uma boa oportunidade de estar com o Papa e receber a sua bênção, embora sabendo que Pasolini era ateu, anticlerical, comunista e assumidamente homossexual. Em resposta, Pasolini confidenciou ao seu amigo que tinha encontrado na mesa de cabeceira do quarto do hotel um livrinho com os textos dos evangelhos e que ficara fascinado pelo Evangelho segundo S. Mateus e que o seu próximo filme seria uma adaptação desses textos, pois achou-os maravilhosos.
Regressado a Roma, contatou um padre amigo, Andrea Carraro, falou-lhe na intenção de fazer o filme e convidou-o para o acompanhar numa deslocação a Israel e à Jordânia, pois queria tomar contato com os locais por onde Cristo passou a maior parte da sua vida. Durante a sua estada na Terra Santa, Pasolini percorreu minuciosamente todos os locais referidos no Evangelho Segundo S. Mateus. Entretanto, a seu pedido, juntaram-se três técnicos da Empresa de Alfredo Bini, que iria produzir o filme. Terminada a visita, Pasolini regressou a Itália e fixou-se no Sul do País, Sicília, Calabria e Basilicata, procurando e construindo um cenário o mais fiel possível ao que viu na Palestina, tendo confidenciado ao Padre que o acompanhou, “não sou crente, sou marxista, mas não quero fazer um filme para ofender a vossa fé”. Entretanto, convidou os residentes locais a participar no filme nas diversas personagens e, afastando-se dos cânones da altura, entregou o papel de Jesus Cristo a um jovem catalão, de 20 anos, anarquista/comunista, Enrique Irazoqui. A própria Mãe de Jesus, já em idade avançada, foi representada pela Mãe de Pasolini, Susanna Pasolini.
Concluída a realização do filme em 1964, Pasolini escreveu a um amigo dizendo:
“Não acredito em Cristo como filho de Deus, porque não sou crente — pelo menos não conscientemente. Mas creio que Cristo é divino. Eu acredito que é e n’Ele a humanidade é tão amável e tão ideal que ultrapassa os limites comuns de um ser humano”.
A estreia do filme teve lugar no Festival de Veneza em 1964 e conquistado o Prémio Especial do Júri. Entretanto, o filme foi objeto de escândalo e censura pela hierarquia católica e grande parte de praticantes mais conservadores.
Foi estreado em Portugal em 1966 no meio de muito polémica vinda de alguns católicos mais conservadores.
Os tempos mudam e na passagem dos 50 anos do filme, em 2014, O Evangelho Segundo S. Mateus recebeu o “perdão” oficial da Igreja. L’Osservatore Romano, órgão oficial da Santa Sé, define-o como “uma das melhores obras cinematográficas sobre Jesus”.
O filme de Pasolini encontra-se no arquivo da Filmoteca Vaticana há vários anos. Numa revisão do material, o filme mostrou sinais de perda de luminosidade e intensidade das imagens, razão pela qual se tomou a decisão de digitalizá-lo.
Pier Paolo Pasolini foi um intelectual muito versátil, pois além de realizar cerca de 30 filmes, editou livros de poesia e teatro tendo sido galardoado com os mais diversos prémios cinematográficos.
Morreu assassinado em 1975, na região de Lácio (Itália) aos 53 anos.
27 de Novembro de 2022
Jorge Rui Oliveira
Por: Rosa Ramos
Vi este filme não como descrição representativa do verdadeiro Cristo, segundo o Evangelho de São Mateus. O cineasta tem espírito marxista e anti clerical e faz uma leitura com os seus pensamentos, interpretando o Evangelho de São Mateus segundo a sua crença.
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Verifica-se que tem alguns conhecimentos do Cristianismo, mas, deturpados pela formação adquirida pelos seus ideais revolucionários e contacta pessoal sem formação artística, amadores ou pessoas do povo.
Os figurantes interpretam o Evangelho de S. Mateus de uma forma fria, indiferente e até severa. Esta interpretação mostra os ideais “Marxista e Ateu” do cineasta, que projeta um Cristo sem ternura, nem suavidade, mas pelo contrário, com ideias revolucionárias.
No entanto, o Evangelho de Mateus, descreve um Cristo, sereno e compassivo, que se deixa morrer pela paz e pelo Amor incondicional à humanidade.
(Clique, para ler)
No passado dia 8 de novembro, alunos e professores da Universidade Sénior reuniram-se nas instalações da instituição para festejar o regresso à normalidade da vida académica, com duas celebrações que há muito fazem parte da sua tradição: o Magusto de S. Martinho e a Receção ao caloiro.
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Com o salão devidamente emoldurado de alunos, o primeiro ato foi a receção ao caloiro, com a realização de divertidos jogos que ajudaram a “quebrar o gelo” e a estabelecer relações de proximidade entre pessoas que, em muitos casos, ainda não se conheciam. Os novos alunos fizeram também um “juramento”, responsabilizando-se pelo cumprimento de regras básicas da vivência académica.
Num segundo momento, foi instalada no meio da sala uma mesa com iguarias e bebidas trazidas pelos alunos e as inevitáveis castanhas assadas confecionadas pela equipa da cozinha. Comeu-se, bebeu-se e pôs-se a conversa em dia, enquanto se saboreavam as iguarias disponíveis. A Diretora da Universidade, Susana Silva, aproveitou para saudar os presentes e dar algumas informações sobre o funcionamento da Universidade, nomeadamente o regime de frequências das várias disciplinas, lembrando que os alunos podem frequentar as disciplinas que desejarem, bastando, para isso, inscreverem-se nelas. Aproveitou, ainda, para apresentar alguns professores presentes e também a equipa de cozinha que é responsável pela confeção da Sopa Solidária que, diariamente, é levada a casa de pessoas necessitadas.
Já depois do final, os mais persistentes ainda deram um pezinho de dança e uns toques de bandolim, para encerrar em beleza estas renascidas tradições. No Natal devemos reencontrar-nos todos!
(Álbum fotográfico, no facebook da Universidade)
Jorge Rui Oliveira
Foi com imensa satisfação que assistimos à reabertura das aulas para o ano letivo de 2022/2023 por parte da Universidade Sénior/Rotary de S. João da Madeira, permitindo-nos o reencontro de “velhos” Amigos e a descoberta de novas amizades com a entrada de mais alunos.
Depois de dois anos de grande perturbação que originou suspensões temporárias das aulas devido à pandemia do Covi19, esperamos que este seja um ano que decorra dentro da normalidade.
A aula de Português e Jornalismo vai continuar a ser orientada pelo Prof. Celestino Pinheiro, como tem vindo a fazer com todo o brilho nos últimos anos. E avaliar pelo número de alunos que começaram a frequentar esta disciplina perspetiva-se, desde já, que iremos ter uma média igual ou mesmo superior à dos anos que precederam a pandemia.
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Relativamente à metodologia que vai ser seguida para o ano corrente, ela difere da que temos vindo a praticar nesta disciplina. Assim, em vez adotarmos um livro que era lido e interpretado ao longo do ano, como aconteceu com obras de muitos autores Portugueses, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, José Saramago, Aquilino Ribeiro, Fernando Namora, Ferreira de Castro, Miguel Torga, João da Silva Correia e muitos outros, o Prof. Celestino Pinheiro sugeriu e teve o apoio de toda a turma, que este ano iríamos fazer uma abordagem aos vários autores da nossa literatura, desde os tempos medievais. Por isso, decidiu-se começar por aquele que é considerado um dos primeiros poetas portugueses, o Rei D. Dinis. Nas duas primeiras aulas o Prof. Celestino fez uma breve introdução ao reinado de D. Dinis, o primeiro Rei de Portugal realmente culto e alfabetizado, realçando a grande preocupação deste monarca no apoio à poesia trovadoresca, ele próprio poeta trovador. Através de vídeo tivemos a oportunidade de ouvir alguns poemas da autoria de D. Dinis em galaico-português, percursor da língua portuguesa.
Seguir-se-ão outros autores, sobre os quais vamos ter a oportunidade de conhecer melhor as sua vidas e as suas obras, como: Fernão Lopes, Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Garcia de Resende, Sá de Miranda, Pero Vaz de Caminha e muitos outros não esquecendo como é óbvio o nosso Grande Camões.
E assim está desde já lançado com antecedência o programa deste ano letivo para as aulas de Português e Jornalismo.
Fazemos votos para seja um ano de excelente convívio e que saiamos daqui mais enriquecidos nos nossos conhecimentos, pois este é também um desígnio da nossa Universidade ao contribuir para fazer mais feliz e útil a Comunidade Sénior que frequenta a nossa Instituição.
Jorge Rui Oliveira
A Tuna da Universidade Sénior fez a abertura da sessão da tarde do III Ciclo de Conferências de Gerontologia de S. João da Madeira, promovido pela Câmara Municipal e realizado no no auditório dos Paços da Cultura, no dia 13 de outubro.
Conforme explicado pelo maestro Filipe Oliveira, as três composições versaram temas ligados à infância - "Quero ser como o Sol, "Banana" e "Criança" - todos eles muito aplaudidos pela assistência.
Um grupo de alunos e professores da nossa Universidade participou, no passado dia 2 de outubro, no espetáculo do Cor(p)o Metropolitano, que decorreu em Espinho.
Os nossos participantes incorporaram o espetáculo em que se juntaram coros de 17 municípios da Área Metropolitana do Porto. Este é um coro polifónico e intermunicipal, composto por grupos amadores dos municípios da AMP, que conta com cerca de 350 pessoas, com idades entre os 9 e os 90 anos. Um coro composto por diversas comunidades que através da voz provocam um olhar sobre todo este território pelos seus caminhos, da serra até ao mar.
Assim, nossas vozes e os nossos instrumentos ajudaram a dar mais brilho a uma noite a todos os títulos memorável. Parabéns.
A Reunião Geral de Alunos que realizamos hoje, 19/089/2022, enche-nos de esperança e de otimismo. A sala cheia, o reencontro com pessoas que já não víamos há uns meses, as caras novas e o interesse manifestado são sinais de que começamos bem e que vamos continuar ainda melhor.
Obrigado a todos os que compareceram. As inscrições continuam abertas. Todos serão bem vindos.
Bom ano letivo de 2022/23.
Bem vindos. Bom ano letivo!
No passado dia 2 de julho, a nossa Universidade Sénior colocou no palco dos Paços da Cultura o seu Sarau Anual. Esta iniciativa, com larga tradição na instituição, integrou-se, tal como o anterior, realizado em 2019, na iniciativa camarária “Somos nós”. As causas da interrupção todos as conhecemos.
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O espetáculo começou com um grupo de mulheres que escolhiam um lugar para fazer um pic-nic, debaixo de uma frondosa árvore, tendo o Parque do rio Ul como pano de fundo. A partir daí, o grupo de teatro Anim’arte foi recebendo, de forma mais ou menos amigável, os vários intervenientes na ação: um grupo de representantes da disciplina de Português e jornalismo que vieram falar dos contos lidos ao longo do ano; o grupo de Folclore, com danças portuguesas tradicionais, o grupo de Dança, com danças latinas e, a terminar, a Tuna, na sua máxima força. Este ano, conforme explicado pelo maestro Filipe Oliveira, os números interpretados pela Tuna subordinavam-se ao tema “A criança”, fugindo, assim, ao reportório tradicional do grupo. E, a celebrar esse tema, a Matilde, de 11 anos, aluna de oboé da Academia de Música, passou a integrar a Tuna, orgulhosa do chapéu azul-turquesa que lhe foi colocado pela diretora da Universidade. A leitura do texto de Eugénio de Andrade, “Em louvor das crianças”, sublinhou a beleza das composições interpretadas.
A apresentação dos grupos foi, várias vezes, interrompida por incidentes teatrais … rivalidades, ciumeiras, conflitos de género, tentativas quase-policiais de engavetar aquela gente quase toda, mas tudo acabou bem, com o público a amnistiar supostos delitos cometidos ao longo da noite. E teve boas razões para isso, porque a sala estava a abarrotar e o serão decorreu de forma agradável e divertida, esconjurando os dois passados anos de privações.
No final, a diretora da Universidade, Susana Silva, agradeceu às entidades e pessoas que proporcionaram e se empenharam nesta realização: autarquia, alunos, professores e amigos em geral. As suas palavras emocionadas não esqueceram as duas alunas desaparecidas no último ano, para as quais pediu uma sentida salva de palmas. Mesmo a terminar, foram entregues aos professores presentes os diplomas assinados pelos alunos de cada disciplina.
E assim terminou este pic-nic em forma de Sarau. Ou terá sido um Sarau em forma de pic-nic?
Turma de Português e Jornalismo
Durante a cerimónia de transmissão de mandatos do Rotary Club de S. João da Madeira, em que Inês Queirós Reis foi empossada como presidente, ocorreu um momento particularmente tocante para a nossa Universidade.
O orador-surpresa da noite foi o jornalista aposentado Joaquim Queirós, rotário de longa data, orgulhoso pelo facto de ver a sua neta assumir a presidência, até porque a incentivara, desde muito nova, a ingressar, nas organizações juvenis Interact e Rotaract de Matosinhos.
Durante o seu discurso, aproveitou para evocar alguns momentos da sua experiência no movimento rotário, nomeadamente a sua participação na fundação das universidades seniores de Rotary. E, exatamente para vincar essa ligação, ofereceu um conjunto de obras de sua autoria à Universidade Senior do Rotary Club de S. João da Madeira.
A direção da Universidade agradece encarecidamente este gesto e sublinha a multiplicidade de significados que ele envolve.
Obrigado companheiro Joaquim Queirós. Os seus livros ficarão na nossa Biblioteca, para serem lidos e saboreados pelos nossos alunos.
Este ano, na disciplina de Estudo da Bíblia demos a volta ao Novo Testamento, que compreende os quatro Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as Cartas de S. Paulo. O Novo Testamento trata do relacionamento de Deus com a humanidade. Os Evangelhos contam a história de Jesus, com várias vertentes, segundo cada um dos evangelistas e estabelecemos a comparação entre estes relativamente aos mesmos temas. Assim, enquanto para Mateus Jesus era o Messias, o Salvador, para Marcos Jesus era o servo de Deus e se Lucas mostra o lado humano de Jesus, João mostra o seu lado divino. João complementa os outros três e apresenta versões que não aparecem nestes.
Foram umas aulas bem interessantes, que nos levaram a aprofundar, o nosso conhecimento nesta área, leccionadas por um excelente professor que, além de explicar tudo muito bem, ainda nos ia tirando as dúvidas que fossem surgindo.
Laura Pinto
Por: Jorge Rui Oliveira
Ainda com alguma perturbação que se verificou no início do ano letivo de 2021/2022, bem como no princípio do segundo período, motivada pela pandemia Covid19, podemos dizer que, apesar desses constrangimentos, as aulas de Português e Jornalismo da Universidade Sénior/Rotary de S. João da Madeira atingiram os objetivos previstos.
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Por sugestão do Prof. Celestino Pinheiro, este ano foi decidido alterar a metodologia para as leituras. Assim, em vez de adotarmos um livro que seria lido e interpretado até ao fim, como era habitual, optou-se por lermos textos de contos ou romances, de diversos autores de expressão portuguesa.
Começamos por ler os contos "Sempre é uma companhia" e “O fogo e as cinzas”, de Manuel da Fonseca, extraído do livro com o mesmo nome.
De seguida, o autor selecionado foi Mário de Carvalho, de quem lemos os textos de ficção a “Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho”, com as tropas árabes no século XII a tentar conquistar Lisboa e a enfrentar a PSP, e “Famílias Desavindas”, que nos fala de uma família de médicos do Porto, que embirravam com os semáforos, regulados a pedais, à frente do seu consultório e, por isso, não aceitavam ordens de ninguém para poderem ou não atravessar a rua.
E, alargando os horizontes do universo da Língua Portuguesa, fomos ao encontro do escritor moçambicano, Mia Couto,de quem lemos o conto “A Palmeira de Nguézi”.
Ao livro “Luuanda”, de Luandino Vieira, fomos buscar o conto “Estória da Galinha e do Ovo”. A galinha Cabíri teve o atrevimento de ir pôr o ovo no quintal da vizinha, tendo, por isso, criado um grande imbróglio. E, para se saber a quem pertencia o dito ovo, foi necessário consultar muitas autoridades, desde Vovó Zefa, Sô Zé da Quitanga, empregado de notário, um sargento, o Padre Júlio e muitos outros. E a solução encontrada foi surpreendente.
A paragem seguinte foi em Cabo-Verde, onde lemos textos do romance “Chiquinho”, de Baltazar Lopes da Silva, que aborda temas da vida e da cultura cabo-verdianas.
E já com o ano letivo muito avançado, foi a vez para nos deliciarmos com as leituras das crónicas de José Rodrigues Miguéis. Foram lidas as crónicas “O Viajante Clandestino”, “Arroz do Céu” e “Gente da 3ª Classe”. Esta última, uma narrativa através da qual o autor, num registo autobiográfico, nos dá a conhecer a viagem para os Estados Unidos, com escala em Inglaterra, e os diálogos que foi ouvindo em viagem, por emigrantes carregados de sonhos com o eldorado americano, mas também já a pensar no regresso com muitos dólares amealhados.
E, para terminar o ano, nada melhor do que lermos o escritor sanjoanense João da Silva Correia. E foi do livro “Farândola” que selecionamos o conto “A Guerrilha de Fundões”, através do qual soubemos que D. Álvaro criava porcos holandeses, que foram confundidos com os soldados franceses do General Soult e, como tal, abatidos sem dó nem piedade.
E assim foi o ano da disciplina de Português e Jornalismo na nossa Universidade. Podemos concluir que foi um ano muito positivo e que, em termos de frequência, o número de alunos já se aproximou dos anos da pré-pandemia. O Prof. Celestino, na última aula, lançou um repto para sugestões sobre o método a seguir para o próximo ano, tendo inclusivamente distribuído um inquérito para saber a opinião dos alunos.
Já agora, como curiosidade, no Sarau da Universidade Sénior que teve lugar no dia 2 de Julho nos Paços da Cultura e que correu muito bem e com sala cheia, a disciplina de Português e Jornalismo também se fez representar através do Prof. Celestino Pinheiro e dos alunos Jorge Rui Oliveira e Carlos Alberto Brandão, que, em palco, resumiram o ano da nossa disciplina.
5 de Julho de 2022
Jorge Rui Oliveira
Decorreu, no passado dia 24 de junho, na Biblioteca Municipal de S. João da Madeira, a cerimónia de inauguração da Exposição Final dos Alunos de Pintura / Desenho / Manualidades, da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira.
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Esta Exposição, cuja realização foi anulada nos dois anos anteriores, devido à pandemia, representou, para alunos e professores dessas disciplinas, uma vitória da persistência e do gosto pela criação artística. Significativamente, a Exposição recebeu o nome “RECOMEÇAR”, porque os danos deixados pela interrupção forçada convocam ao regresso de todos aqueles que tiveram que abandonar a atividade criativa.
Com esses condicionalismos, alunos e docentes optaram por expor algum do trabalho realizado durante este ano e ainda produções de anos anteriores, que resultassem do gosto pessoal de cada um dos alunos.
As dezenas de trabalhos expostos incluem, na área da Pintura, o óleo e o acrílico e, na área das Manualidades, aplicação de técnicas mistas sobre tecido, em toalhas, sacos, naperons, passepartouts e candeeiros.
A cerimónia de inauguração contou com a presença do senhor presidente da Câmara, das vereadoras Irene Guimarães e Paula Gaio, da presidente da Assembleia Municipal Clara Reis e Carla Relva, representante da Biblioteca Municipal, tradicional casa de acolhimento das exposições da Universidade Sénior. No percurso pelas obras expostas, todas elas de grande qualidade, era visível a alegria dos alunos participantes e dos docentes Mónica Coutinho, Jorge Miguel e Adelaide Ferreira, a cuja persistência se deve este trabalho. No rosto de todos lia-se um sentimento de Esperança, para que a Universidade Sénior continue a ser o alfobre de artistas que tem sido ao longo da sua história. A exposição continua patente ao público até ao dia 8 de julho.
Um grupo de excursionistas da Universidade Sénior, amantes do espetáculo, deslocou-se, no dia 8 de julho, ao Porto para ver a peça “Monólogos da Vacina”, de João Baião, em cena no Coliseu da cidade invicta.
Após uma viagem tranquila e uma caminhada entre o parque de autocarros e o Coliseu, foi com alguma expectativa que o grupo entrou na sala, para ver, além de João Baião, os atores Cristina Oliveira, Susana Cacela, Mané Ribeiro, Telmo Miranda e oito bailarinos. A peça é cómica e divertida, com muito “picante” à mistura, e boa disposição a rodos.
Mas tudo acaba. Às 00.15 era hora de voltar a casa, o que aconteceu à O1.10 do dia 9 de julho. Terá sido, talvez, a última atividade da Universidade Sénior este ano letivo. Ao menos, acabamos às gargalhadas, para mitigar os tempos sorumbáticos que vivemos. Até ao próximo ano!
O Coro e a Tuna da nossa Universidade participaram, no passado dia 14 de maio, no “Concerto em Honra de Nossa Senhora da Saúde” promovido pelo Centro Social e Paroquial de Fornos. Essa participação consistiu na inclusão das vozes no acompanhamento de peças executadas pela Banda de Música de Arrifana, também dirigida pelo nosso maestro Filipe Oliveira. No concerto participaram, ainda, os coros da Paróquia de Fornos.
Estava previsto e cumpriu-se, apesar dos contratempos de última hora. O nosso Anim’Arte, grupo de teatro da Universidade Sénior, tinha encontro marcado com a Arte de Talma, no passado dia 19 de abril, nos Paços da Cultura.
E, à hora marcada, mais minuto, menos minuto, lá estavam os doze magníficos em cima do palco, à espera de um autocarro, (ou será autucarro?) que nunca mais vinha, nem veio. De um lado, Marias, Engrácias e outras loquazes senhoras, achacadas a doenças e, do outro, um grupo de homens linguarudos à procura de novidades, produto que não abundava por aquelas bandas.
Entre originais receitas para tapar buracos na parede, com comprimidos esmagados, e fórmulas mágicas para lavar pratos à custa das lambidelas dos gatos, também houve tempo para cantar uns fados, dizer umas larachas e, sobretudo, rir e conviver.
A professora Cristina Marques, alma mater do Anim'Arte e atriz de última hora, em substituição de Susana Silva, não escondia a sua emoção ao encerrar o espetáculo, porque ele representava mais uma vitória da energia e da vontade deste grupo de jovens seniores, amantes da vida e do Teatro.
No final, em dia de despedida de uma grande senhora do Teatro, uma salva de palmas para Eunice Muñoz, cuja imagem encheu o palco e as almas.
O “autucarro” não chegou e ainda bem, porque, se tivesse chegado, teríamos perdido uma hora de puro divertimento.
Obrigado Anim’Arte.
A pretexto de idas para consultas, atrasos de motoristas e “freimas” várias, põe-se a conversa em dia, numa paragem de autocarro.
A Universidade Sénior participou, mais uma vez, na Peregrinação Poética do festival Poesia à Mesa, que se realiza anualmente nesta nossa cidade de S. João da Madeira. Num palco colocado na esplanada dos Paços da Cultura, a briosa atuação dos nossos amantes de poesia centrou-se na leitura de vários textos da poetisa angolana Alda Lara. A concluir a apresentação o nosso amigo Manuel Luís Almeida brindou o público com uma portentosa interpretação de “Mãe Negra”, a partir da versão musicada por Paulo de Carvalho.
Como sublinhou Paulo Condessa, um dos organizadores do festival, “este é um grupo que já faz parte da tradição da peregrinação poética, portanto é com muita alegria que os voltamos a ver aqui, após estes dois anos de interrupção pandémica.” E foi, também, com muita alegria, que o nosso grupo de poesia fez o melhor que pôde, para dignificar a obra da poetisa Alda Lara.
Conheça aqui a biografia da poetisa ALDA LARA.
Texto e fotos: António Luís Costa
Não foi pela oferta e demanda do dinheiro que 21 alunos da Universidade Sénior de São João da Madeira se deslocaram, em visita, à Agência do Banco de Portugal, instalada na Praça da Liberdade da cidade do Porto. A crise do sub-prime, as energias limpas e a grave crise internacional também não estiveram nas suas preocupações, apesar de estas serem bem reais. Os motivos foram mais comezinhos: o que faz e para que serve um banco central; a sua relação com a banca comercial de cada estado membro; onde lavrar o protesto de quaisquer anomalias que o cidadão ache pertinente fazer; onde se faz a impressão e manufatura de notas e moedas; como proceder quando nos chegam às mãos notas falsas; etc. etc. etc. Depois desta aula prática rematada com um momento para café e sumos, passamos à sala-museu onde se encontram relíquias que o tempo as tornou obsoletas.
Apesar de uma busca incansável e atenta em todas as salas por onde a delegação passou, não foram encontrados euros ou qualquer centeno(!) que fosse, nesta agência da cidade do Porto.
(Esta visita foi uma oferta da Câmara de SJM, que disponibilizou um autocarro para o efeito)
No interior das instalações.
Foto de grupo
No início de março de 2022, realizou-se uma campanha de recolha de bens para o povo ucraniano. Para o efeito, foram colocados pontos de recolha nas escolas dos Agrupamentos de escolas, onde foram depositados os bens indicados pelas organizações que faziam a ligação com a Ucrânia. A iniciativa partiu dos jovens do Rotaract Club, em conjunto com o Rotary Club de S. João da Madeira, a que se associou a Universidade Sénior, onde têm estado a ser recolhidos, triados e embalados os produtos entretanto recolhidos.
Esta modalidade tem o nome de BOCCIA e pode ser praticada dos 6 aos 100 anos por miúdos e graúdos, nomeadamente por pessoas com paralisia cerebral. Dos 60 anos para cima é considerado BOCCIA Sénior. Este desporto é praticado com o auxílio de uma calha por onde escorrega a bola da cor que se escolheu, azul ou vermelha, tentando atingir a bola alvo, que é branca. A Universidade Sénior tem um grupo de Boccia, orientado pelo amigo Manuel Augusto Silva, que se encontra às sextas-feiras, pelas 10h, no Pavilhão Paulo Pinto. O grupo aguarda mais adesões, porque o Boccia é uma atividade saudável, tanto a nível físico, como a nível mental.
EM MEMÓRIA DA ALUNA IOLANDA TAVARES, A NOSSA LILITA. (Clique aqui)
18 de março de 2022 - Partida às 9h, frente â Câmara Municipal - Inscrições na Secretaria da Universidade Sénior, limitadas a 25 participantes.
Atendendo a alguma normalização da situação epidemiológica no país e no concelho, as atividades letivas vão reiniciar-se a 31 de janeiro.
Desejamos aos nossos alunos, professores e amigos um feliz e saudável regresso à normalidade possível.
27 DE JANEIRO DE 2022
A Direção da US
Devido ao exponencial aumento de casos de COVID-19 em S. João da Madeira e no país, decidiu a direção da Universidade Sénior antecipar o encerramento das atividades letivas para o dia 6 de dezembro. Procura-se, assim, evitar que alunos e professores corram riscos desnecessários, numa altura em que as medidas preventivas são a melhor solução para a preservação da sua saúde.
Estamos certos que esta medida será compreendida por todos.
Aproveitamos, desde já, para desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano de 2022 a todos os nossos amigos e seus familiares.
A retoma das atividades letivas será oportunamente comunicada nos lugares do costume.
Foi precisamente no dia de S. Martinho, 11 de novembro de 2021, que se realizou, nas instalações da nossa Universidade, o tradicional magusto, depois de dois anos de interrupção, por razões que todos conhecemos.
O nosso salão foi preparado para o efeito, mesa de acepipes e bebidas ao centro e cadeiras em círculo, garantindo o distanciamento possível, pois todos sabemos que ainda há ameaças no ar…Entre ótimas castanhas, asseguradas pela nossa equipa de cozinheiras, bolinhos saborosos, bebidas várias, o convívio foi-se estabelecendo e as conversas foram rolando. Após desafio da diretora Susana Silva, quatro novos alunos fizeram a sua apresentação, aproveitando para falar das suas motivações,
motivações, do seu percurso de vida e das expectativas que alimentam neste novo desafio. Dois professores fizeram também breves intervenções: o professor Celestino, de Português e Jornalismo, para motivar os presentes a colaborarem nas páginas da Universidade na internet, Facebook e sítio oficial; o professor Daniel, para contar curiosas histórias das antigas rivalidades entre sanjoanenses e oliveirenses, complementadas com exemplos de outros presentes, que também viveram essa realidade. O aluno Sinésio Portal brindou-nos também com leitura de textos alusivos a S. Martinho e às tradições a ele associadas, enquanto outros alunos optaram por contar interessantes anedotas.
A tarde foi caindo e chegou a hora de regressarmos a casa, plenamente satisfeitos por esta iniciativa coroada de êxito nas suas várias vertentes: a humana e a gastronómica.
Agora que “quebramos o enguiço” do distanciamento pandémico, esperamos que outras oportunidades de convívio surjam, nunca esquecendo que o perigo ainda não passou. Afinal, a saúde continua em primeiro lugar. Até uma próxima oportunidade.
(As fotos são da autoria aluno José Soares, a quem agradecemos a colaboração)
Por Jorge Rui Oliveira
Na sequência da leitura do conto de Manuel da Fonseca “Sempre é uma companhia”, cuja temática incide na importância da rádio, enquanto fator contacto entre as pessoas, o Prof. Celestino Pinheiro decidiu preencher as duas últimas aulas com a abordagem das particularidades e caraterísticas deste meio de comunicação social. Essa abordagem passou pela exibição de um vídeo da RTP sobre a vida dessa grande figura do jornalismo português chamado Fernando Pessa, que se distinguiu na rádio e, mais tarde, na televisão. Mas foi na rádio que os portugueses começaram por ouvir essa voz inconfundível durante muitos anos. (Para ler todo o artigo, clique na seta à direita)
Curiosamente, Fernando Pessa iniciou a sua atividade profissional numa Companhia de Seguros e depois num banco, mas cedo concluiu que tinha outras ambições ligadas ao jornalismo. Depois de ter sido admitido em 1934 para os quadros da antiga Emissora Nacional, que acabava de ser criada, passou ainda pela BBC de Londres onde esteve durante 9 anos e onde teve a oportunidade de fazer reportagens dos bombardeamentos alemães sobre a capital britânica. Regressou a Portugal em 1947 e, por ocasião do lançamento da Televisão em 1957, Fernando Pessa participou nas emissões experimentais diretamente da Feira Popular, tornando-se mais tarde um dos mais conhecidos repórteres da TV onde trabalhou até aos 93 anos de idade.
Em boa hora o Prof. Celestino decidiu trazer para as nossas aulas o papel da rádio e a magia que este órgão de comunicação exerceu sobre a nossa geração, numa época em que a televisão dava os primeiros passos em Portugal.
Esta abordagem do tema da rádio foi motivo para reviver a minha juventude numa época em que a rádio estava sempre presente no nosso dia-a-dia. A rádio era a nossa companhia em casa, ou nas viagens de automóvel e veio-me há memória tantos programas que ainda hoje recordo com saudade e não há pessoa da minha geração que não os tenha ouvido e que cito alguns de seguida:
• Os serões para trabalhadores da Emissora Nacional Organizados pela FNAT.
• Os companheiros da Alegria de Igrejas Caeiro e Irene Velez com os inesquecíveis diálogos do Zequinha e da Lelé.
• As radionovelas com destaque para “Simplesmente Maria”, campeã das audiências e que manteve durante muitos meses milhares de donas de casa presas à telefonia durante a hora de almoço.
• “A Voz dos Ridículos” que passava ao domingo nos emissores do Norte Reunidos com o grande imitador Mena Matos (programa que de vez em quando era suspenso pela censura devido às piadas relativamente a figuras gradas do Estado Novo, incluindo o Presidente do Conselho. Quem não se lembra das citações ao Botas ou ao Beirão e os trocadilhos com o licor com o mesmo nome).
• “Quando o telefone toca” dos Emissores Associados de Lisboa que à noite e durante muitos anos as pessoas dedicavam um disco a alguém muito especial. “Posso pedir um disco”?
• Os “Intocáveis” um programa de Paulo Fernando e Orlando dia Agudo que passava no Rádio Clube Português, emissor da Parede, onde todas as semanas era eleito o pior disco da semana, editado em Portugal e que em direto podíamos ouvir o disco ser partido à martelada. Recordo-me que a letra era o primeiro critério para a eleição. Foi aliás um programa muito polémico e com os autores a serem muitas vezes ameaçados.
• Os relatos de futebol ao domingo à tarde, sim porque nessa altura os jogos eram sempre ao domingo à tarde e à mesma hora. Quem não se recorda das vozes inconfundíveis de Artur Agostinho, Amadeu José de Freitas, Nuno Brás, Ribeiro Cristóvão, entre outros a gritar os golos num só folego de muitos segundos.
• As reportagens sobre as chegadas dos ciclistas da volta a Portugal com relevo para a etapa das Penhas da Saúde e a rivalidade entre Alves Barbosa e Ribeiro da Silva.
• “Os parodiantes de Lisboa” dos irmãos Rui Andrade e José Andrade com a criação da figura do inspector ventoinha, que durantes anos a fio pôs Portugal a rir.
• As noites de Fados e as noites de Teatro na rádio.
• “Leitura” com Carmen Dolores na Emissora Nacional a ler enxertos de livros e a sugerir alguns títulos.
Podia continuar a desfiar um maior número de programas que tenho em memória, mas o objectivo desta crónica não é esse mas sim realçar o papel que a rádio exercia no nosso quotidiano, pois cada um de nós teve naturalmente os seus programas de eleição.
Jorge Rui Oliveira
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Cerca de vinte alunos do Coro e da Tuna Universidade Sénior participaram, hoje, dia 17 de outubro, na iniciativa Cor(p)o Metropolitano, que pretende envolver coros dos 17 municípios que constituem a Área Metropolitana do Porto (AMP), aderentes do Programa Mater17.
Dadas as condições atmosféricas, espetáculo sanjoanense teve que ser realizado no parque de estacionamento do Museu da Chapelaria.
No início do espetáculo, três alunos da Universidade Sénior contaram episódios e vivências de tempos passados, como forma de realizar o objetivo mais geral de dar voz ao património imaterial do concelho. Além da Universidade Sénior, estiveram envolvidos o Coro dos Pequenos Cantores, o grupo Interferências 1.0 e alunos de uma Aula de Canto da Academia de Música
Conjugando a atuação ao vivo com imagens de coros de outros concelhos projetadas no ecrã, foi possível construir um espetáculo alegre e bem disposto, para o que muito contribuiu o dinamismo da maestrina Patrícia Lestre, que conseguiu colocar em sintonia a diversidade dos participantes.
O projeto Cor(p)o Metropolitano pretende dar voz a cada município, realçando a unicidade do das suas tradições e costumes, unificando a uma só voz toda a comunidade da AMP. Este projeto tem vindo a ser implementado por fases e, este ano, traduziu-se na atuação de coros nos municípios onde tal se torna já possível. Espera-se que, nos próximos anos, o projeto possa ganhar novas dimensões, dado o seu inegável interesse cultural e etnográfico.
Contos de autores portugueses e lusófonos
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No final do passado ano letivo ficou acordado entre o Prof. Celestino e os alunos da aula de Português e Jornalismo que este ano iríamos adotar uma metodologia diferente para as leituras. Assim, em vez de iniciarmos a leitura de uma nova obra, que levaríamos até final, este ano decidiu-se lermos contos de diversos autores portugueses.
Dentro desta lógica, e para iniciarmos o ano, o Prof. Celestino selecionou o livro de contos ”O Fogo e as Cinzas”, de Manuel da Fonseca. As duas primeiras semanas foram dedicadas ao conto “O Fogo e as Cinzas”, que aliás deu origem ao nome daquela obra do escritor.
Na última semana lemos o conto “Sempre é uma Companhia”, um pequeno conto que foi possível ler numa única aula. Neste conto, o escritor remete-nos para uma época em que a eletricidade estava a chegar às aldeias portuguesas. A história passa-se numa aldeia do Baixo Alentejo, por alturas da Segunda Guerra Mundial. Um vendedor de aparelhos de rádio que anda à procura de água para atestar o radiador do automóvel, vai parar junto à venda do António Barrasquinho, conhecido por Batola, pedindo ajuda para o problema da sua viatura. Entretanto, com grande visão e sentido de oportunidade, o vendedor apercebeu-se que a luz elétrica já tinha chegado a casa do Batola. Começa então aí um jogo de persuasão por parte do vendedor para que o Batola adquirisse uma telefonia para colocar na sua loja e, de facto, a sua capacidade para convencer confirmou-se ao concretizar a venda do aparelho de rádio. Só que a esposa do Batola, mulher de pelo na venta, não esteve para os ajustes e não autorizou a compra. Inicia-se então uma dura discussão entre o Batola e a mulher, que leva o leitor do conto a não mais largar a leitura para saber o epílogo que Manuel da Fonseca nos reservou.
16 de Outubro de 2021
Jorge Rui Oliveira
(Versão de março 2022)
À medida que forem sendo feitas atualizações de horário, elas serão aqui publicadas.