Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira
JÁ PODE CONSULTAR OS HORÁRIOS NA RESPETIVA PÁGINA (Clique AQUI)
O Rotary Club de S. João da Madeira, em parceria com o Projeto Educativo Municipal e a Universidade Sénior, lança um novo projeto intergeracional que une jovens e seniores do nosso concelho. Através de histórias de vida, textos criativos, ilustrações e artes manuais, queremos construir uma verdadeira “manta de retalhos” de afetos, memórias e talento.
Participam seniores de várias instituições e alunos do 1º ciclo ao secundário.
Os melhores trabalhos serão apresentados numa exposição pública no final do ano letivo.
Um verdadeiro encontro de gerações!
Mais informações disponíveis na Universidade Sénior ou através dos canais do Rotary.
Unidos para Fazer o Bem
As atividades da Universidade Sénior do Rotary, iniciam-se com a tradicional Reunião Geral de Alunos, na próxima segunda feira dia 15, às 16h00, nas instalações da Universidade Sénior (Rua Alão de Morais, 237, antiga sede da ACAIS). Nessa altura, serão divulgados os horários e anunciadas e sugeridas algumas atividades previstas para o ano letivo.
Depois da reunião realizar-se-á um lanche/convívio em que serão partilhadas iguarias e bebidas trazidas pelos participantes.
No ano em que se completam os vinte anos da Universidade Sénior, espera-se que a instituição continue a dar mostras de vitalidade e de crescimento, como aconteceu no ano anterior. A Universidade Sénior pode ser frequentada por todas as pessoas, independentemente do seu grau de escolarização. Promover o envelhecimento ativo, através do convívio, da ação cultural e da atividade física é a missão que norteou os membros do Rotary Club fundadores de há vinte anos e que continua, hoje, a estar no fundamento da Universidade Sénior.
Por Jorge Rui Oliveira
Dando início ao ano letivo de 2025/2026 da Universidade Sénior do Rotary de S. João da Madeira, realizou-se no dia 15 de setembro, nas instalações daquela Instituição, a habitual Reunião Geral. Reunião onde marcaram presença mais de cinquenta elementos entre alunos e professores, presidida pela Diretora, Drª Susana Silva, que começou por dar as boas-vindas aos que vão reiniciar um novo ano e uma saudação especial para aqueles que chegaram agora e vão fazer parte da nossa Comunidade. (Para ler todo o texto, clique na seta à direita)
Em seguida a Drª Susana teceu algumas considerações sobre o ano que estamos a iniciar, bem como algumas iniciativas que pretende introduzir. Assim, informou que o calendário escolar da Universidade Sénior 2025/2026 vai coincidir com o período dos Agrupamentos Escolares locais.
Este ano não vai haver o tradicional Sarau de Natal. Será realizado um único Sarau no final do ano letivo, possivelmente na Casa da Criatividade, o qual será preparado com muita antecedência, para que tenhamos um espetáculo que esteja à altura dos 20 anos que a Universidade Sénior está a celebrar.
Vai ser estabelecido um intercâmbio com a Cerci local, para que mensalmente o nosso grupo de dança faça deslocar àquela Instituição dançadores e dançarinas para ensaiar com pares locais.
A Drª Susana manifestou vontade para que cada disciplina prepare uma atividade mensal relacionada com a própria disciplina. Foi lembrado também para que nas primeiras aulas de cada disciplina, seja eleito o Delegado de Turma, mas, se possível, que não sejam os mesmos dos anos anteriores.
Foi ainda abordado o tema dos passeios e a necessidade das pessoas se inscreverem logo que o programa seja divulgado, para que se façam as confirmações a tempo, evitando que as reservas já não possam ser aceites pelas Agências. A Diretora pediu também sugestões de passeios para o ano que estamos a iniciar.
Foi também lembrado que a Universidade continua a distribuir a sopa solidária, pelo que se aceitam ofertas de géneros para a sua confeção.
Após uma reunião prévia de Professores realizada na semana anterior, foi apresentado o novo horário para o ano letivo que agora se inicia. Este horário poderá não ser ainda o definitivo, pois é possível haver alguns acertos no futuro por sugestões que possam surgir, mas sempre condicionados pela disponibilidade dos professores e das respetivas salas.
Por último e como já é habitual no final da reunião houve um lanche convívio com a partilha das iguarias que os alunos trouxeram de casa e que serviu também para a integração dos novos alunos.
Votos de muitas felicidades para todos os que fazem parte da nossa Universidade e que estão agora a iniciar um novo ano.
Jorge R. Oliveira
Em memória de Altino de Sousa Oliveira (Clique AQUI)
Como é normal nas instituições ligadas ao ensino, a Universidade Sénior do Rotary concentrou na parte final do ano letivo algumas das atividades mais significativas do seu plano de ação. O ano que termina ficou marcado pelo aumento significativo do número de alunos e, consequentemente, pelo aumento de participantes nessas atividades.
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No dia 27 de junho decorreu, na sala polivalente da Biblioteca Municipal Renato Araújo, a inauguração da Exposição de trabalhos dos alunos de Pintura e Artes Manuais, fruto da atividade desenvolvida ao longo do ano letivo. O tema geral era “Reciclagem e ou reutilização de materiais”, que professores e alunos desenvolveram, em função dos seus gostos e das técnicas que preferiram aplicar. A professora Mónica Coutinho, de Pintura, e os professores Maria Alice e Manuel de Oliveira estavam naturalmente orgulhosos do trabalho desenvolvido pelos alunos ao longo do ano. A inauguração contou com a presença do presidente da Câmara, Jorge Sequeira, e das vereadoras Irene Guimarães e Paula Gaio que quiseram, assim, manifestar o seu apreço pelo trabalho desenvolvido, não apenas nestas disciplinas, mas pela Universidade, no seu todo.
Recorde-se que a exposição continua na Biblioteca Municipal até ao dia 27 de julho, disponível para ser apreciada pelo público.
Após a inauguração da exposição, realizou-se nas instalações da Universidade uma sardinhada seguida de arraial e bailarico, a materializar o bom espírito de convívio e de amizade que se cultiva na instituição.
No dia 1 de julho aconteceu outro dos momentos tradicionais da vida universitária sénior: o Sarau de fim de ano letivo. Este ano, o espetáculo foi construído a partir de uma rábula “O roubo das joias da rainha”, criada e encenada pelo Grupo de Teatro da Universidade, o Anim’arte. Em torno do imbróglio criado pelo desaparecimento de um colar da rainha Joana (?), e pela transformação de D. Sebastião num Sherlock Holmes improvisado, foram também desfilando pelo palco as turmas de Danças de salão, Folclore e, a encerrar, a Tuna. Foi uma noite divertida, cheia de imprevistos e de revelações comprometedoras que provocaram o desmaio coletivo de algumas figurantes ? desprevenidas.
Para terminarmos em beleza, realizou-se no dia 3 de julho o também habitual passeio final de ano letivo, este ano centrado na região Centro: Grutas de Mira Daire, Torres Novas e Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento. Depois do deslumbramento nos cenários nas profundidades da Terra, os viajantes dirigiram-se à simpática cidade de Torres Novas, onde foram acolhidos e orientados pelos serviços municipais de Turismo. O circuito iniciou-se no núcleo Museológico da Central Hidroelétrica do Caldeirão, fruto da recuperação, da antiga central hidroelétrica de Torres Novas, responsável pela produção e distribuição de energia elétrica em Torres Novas, desde as primeiras décadas do século XX. Depois da Central, seguiu-se um passeeio por ruas e praças torrejanas até ao Castelo, observando monumentos e obras de arte significativas. Saídos de Torres Novas. No Museu Nacional Ferroviário, núcleo do Entroncamento, o grupo foi recebido por um guia, de seu nome João Paulo, apaixonado pela ferrovia, homem dos sete ofícios, restaurador de comboios verdadeiros e de miniaturas, autêntica enciclopédia, conhecedor das linhas vivas e mortas, a do Vouga incluída, homem magoado pelas maldades que se têm feito ao caminho de ferro em Portugal, que não escondeu a sua revolta, a sua mágoa e muita nostalgia. Mesmo assim, sobrou tempo para algum humor em torno dos nomes e da história de algumas máquinas - a Andorinha, as Ratinhas, a Maria Alice, a Pacific, a Espanhola… Depois de um minipasseio num minicomboio, regressámos a S. João da Madeira culturalmente mais ricos, muito bem dispostos, e embalados pelas canções que alguns teimaram em trautear durante a viagem. Esperam-se mais passeios no próximo ano. Por agora, votos de “Boas Férias”.
Por Jorge R. Oliveira
Como tem sido habitual no início de cada ano letivo, a primeira aula de Português e Jornalismo é preenchida com a troca de ideias sobre o programa que vamos adotar para esse mesmo ano. Assim, para o ano letivo 2024/20255, após algumas opiniões e considerando que estamos numa disciplina de Português e Jornalismo, o Prof. Celestino sugeriu, e a turma concordou plenamente, que iriamos ler e interpretar crónicas publicadas em alguns órgãos de comunicação como “Expresso”, “Revista do Expresso”, “Visão”, “Público”, entre outros. Para esta escolha, o Professor entende que a crónica publicada em jornais é a que se aproxima mais dos textos literários, muito distinta por isso da notícia, reportagem, entrevista ou artigo de opinião. (Para ler todo o texto, clique na seta à direita.)
Como tem sido habitual no início de cada ano letivo, a primeira aula de Português e Jornalismo é preenchida com a troca de ideias sobre o programa que vamos adotar para esse mesmo ano. Assim para o ano letivo 2024/20255, após algumas opiniões e considerando que estamos numa disciplina de Português e Jornalismo, o Prof. Celestino sugeriu e a turma concordou plenamente que iriamos ler e interpretar crónicas publicadas em alguns órgãos de comunicação como “Expresso”, “Revista do Expresso”, “Visão”, “Público”, entre outros. Para esta escolha, o Professor entende que a crónica publicada em jornais é a que se aproxima mais dos textos literários, muito distinta por isso da notícia, reportagem, entrevista ou artigo de opinião.
Ficou também acertado que os últimos minutos de cada aula serão dedicados a uma rubrica com o nome de “História de Palavras”, isto é, destaca-se uma ou mais palavras do texto e o Prof. Celestino explicará a origem dessa palavra bem como toda as palavras derivadas.
A primeira crónica a ser lida foi de António Lobo Antunes. Depois da leitura de algumas crónicas tivemos a oportunidade de ver um vídeo com uma curiosa entrevista deste autor, dada à jornalista e escritora Ana Sousa Dias, onde ele aborda alguns aspetos da sua vida pessoal.
De seguida e durante quatro aulas, ocupamo-nos com a leitura e análise das crónicas de José Tolentino de Mendonça, teólogo e poeta, que atualmente exerce funções no Dicastério para a Cultura e Educação da Cúria Romana no Vaticano. Promovido a Cardeal em 2019.
Tolentino de Mendonça nascido na ilha da Madeira em 1965, passou a sua infância em Angola, donde regressou após a independência daquela colónia.
José Tolentino de Mendonça foi distinguido com vários prémios literários, dos quais se destaca o Prémio Fernando Pessoa, em 2023. Foi também galardoado com o Prémio Ilídio Pinho atribuído pela Fundação que tem o nome daquele benemérito e que se destina a distinguir personalidades portuguesas que se destaquem na promoção, defesa e divulgação dos valores universais da portugalidade. Trata-se de um prémio no valor pecuniário de 100.000 euros, o maior atribuído por uma Instituição particular.
Seguiram-se leituras das crónicas de Gonçalo M. Tavares, escritor e Professor Universitário, nascido em Luanda em 1970 e formado em Filosofia pela Universidade de Aveiro.
Dos textos lidos destacamos uma curiosa crónica “Os animais e os ventos”
Algumas crónicas de Pedro Mexia seguiram-se na nossa leitura. Poeta, cronista, ensaísta e critico literário escreve crónicas no Expresso, participa em programas na SIC e na rádio TSF. Mexia é uma figura muito importante da nossa cultura literária contemporânea e também faz parte do Conselho Diretivo do Centro Cultural de Belém.
Outro cronista do Expresso que fez parte das nossas leituras foi Ricardo Araújo Pereira. Um dos mais conhecidos humoristas, é licenciado em Comunicação Social e começou a sua carreira como jornalista, mas rapidamente evoluiu para o trabalho humorístico com a criação de “O Gato Fedorento”. Atualmente dedica parte do seu tempo à sátira política.
Escreve para vários órgãos de comunicação, incluindo “A Folha de S. Paulo”.
Cronista interessante que ocupou algumas aulas foi Miguel Esteves Cardoso, jornalista, escritor e crítico literário. Escritor conhecido pelo seu estilo provocador e críticos dos nossos costumes, até porque foi educado fora de Portugal, criou muitos anticorpos junto da classe política quando foi diretor do Jornal O Independente.
De alguns textos lidos deste autor destacamos “Medir em vez de discutir”, “A Formiga no lavatório” e “Somos todos entes”. Deste texto respigamos “A língua portuguesa como todas as línguas é pisada por toda a gente, atraindo tanta sujidade que, a certa altura, é difícil distinguir a lã da lama.
A visualização de um vídeo muito interessante com uma entrevista a Miguel Esteves Cardoso com o título “Não mandas em Mim “conduzido pela jornalista e humorista, Inês Lopes Gonçalves, permitiu-nos conhecer melhor as várias facetas deste escritor.
Marco Neves, linguista e autor das crónicas “Certas Palavras” foi o selecionado pelo Prof. Celestino para as aulas que se seguiram. Professor, tradutor, revisor e divulgador linguista é também especializado em Estudos da Tradução.
Foram crónicas muito interessantes que nos ajudaram a compreender a história das línguas ao longo de milénios. Também a evolução das letras, como o caso da letra V cuja fonética evoluiu ao longo dos tempos e o alfabeto fonético internacional.
Dos textos que tivemos a oportunidade de ler destacamos, “Vírus, célula e um pouco de Eça”, “Não é nada é erro?”, “Lisboa também tem sotaque(s)”.
Considerando que no ano de 2025 estamos a celebrar os duzentos anos do nascimento de Camilo Castelo Branco, o Prof. Celestino Pereira dedicou algumas das nossas aulas para a leitura de textos deste escritor.
Destacamos os textos “A Espada de Alexandre”, “Todos conhecem Camilo ninguém conhece Jorge”, “Morrer por Capricho”, Uma Paixão bem empregada”.
Foi lido também um texto sobre o processo rocambolesco, mas pouco conhecido, que decorreu no Tribunal da Relação do Porto em 1867 sobre uma briga que ocorreu entre Camilo e João Augusto Novais Vieira, também conhecido como Novais da Pátria ou Novais dos Óculos. Essa briga começou com uns artigos que o Novais dos Óculos teria publicado no jornal A Pátria sobre assunto de mulheres e amantes de Camilo. A coisa engrossou de tal forma que um belo dia no Teatro S. João, o nosso amigo Camilo deu uma valente sova nesse tal Novais da Pátria originando costelas partidas, uma brecha na cabeça e uns óculos partidos.
Desse incidente ocorreu uma longa querela com acusações e contra-acusações.
No âmbito da Disciplina de Português e Jornalismo, o Prof. Celestino promoveu uma visita à Biblioteca Municipal para ver a exposição de todos os autores galardoados com o Prémio Camões. Este prémio literário criado em 1988 destina-se a premiar anualmente um escritor de língua portuguesa (CPLP) que tenha contribuído para o enriquecimento literário da nossa língua. Miguel Torga foi o primeiro a receber este prémio em 1989, sendo que o último em 2024 foi atribuído à escritora Brasileira Adélia Prado, de Minas Gerais.
A última aula foi ocupada também para fazer um balanço sobre o ano que acaba de terminar e por outro lado um desafio para irmos pensando sobre o programa para o próximo ano.
Terminou assim mais um ano, com a certeza de que subimos mais uns degraus nos conhecimentos da nossa língua nas mais diversas formas, pois nesta disciplina não nos limitamos a aperfeiçoar a gramática ou a ortografia mas sobretudo sabermos interpretar os mais diversos textos e desta forma ficarmos mais habiliados para entrar na personalidade e intimidade dos diversos autores que vamos lendo.
Bem haja Prof. Celestino Pinheiro por nos ter ajudado a aperfeiçoar e a gostar cada vez mais da Língua Portuguesa.
Votos de umas boas férias e que em Setembro nos possamos encontrar novamente com muita saúde e vontade para aprender.
S. João da Madeira, 4 de Julho de 2025
Jorge R. Oliveira
Um grupo de 32 garbosos marchantes voluntários representou condignamente a nossa Universidade no desfile de Marchas de S. João que todos os anos se realizam durante as Festas da Cidade. No dia 18 de junho, as avenidas sanjoanenses ficaram mais alegres e coloridas com a nossa presença. Como diria a nossa diretora Susana Silva, "Não há dúvida! E se dúvidas houvesse, a nossa Universidade é muito mais que uma Universidade Sénior... é uma grande família, divertida e coesa. A nossa Marcha foi a mais divertida. Todos nos rimos, cantamos e dissemos tolices. Palavras para quê? São artistas portugueses e usam Pasta Medicinal Couto."
(Para ver os vídeos, clique sobre as palavras Filme I, Filme II, Filme II)
Entre os dias 5 e 10 de junho, a Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira esteve presente no evento “Cidade no Jardim”, promovido pela Câmara Municipal de S. João da Madeira. Essa presença consistiu na permanência de um stand e na atuação de duas turmas da Universidade no palco principal do recinto.
No stand desenvolveram-se ações de recolha de fundos para o projeto “Sopa solidária”, conviveu-se e cantou-se, quando foi caso disso. No dia 10, durante a tarde, a Tuna e a Turma de Folclore animaram o público presente, com atuações muito aplaudidas e participadas. De toda essa atividade, aqui deixamos uma pequena amostra. Agora, vêm aí as marchas populares, a exposição de trabalhos, o sarau e o passeio final, para fechar em beleza um ano cheio de aprendizagens e de boas recordações.
Clique AQUI para ver o vídeo da atuação da Tuna e do Folclore
INSCREVA-SE NOS NOSSOS PASSEIOS
PASSEIO DE FINAL DE ANO LETIVO
3 DE JULHO
PROGRAMA
07.00 - Saída da Universidade
09.30- 10.30 - Grutas de Mira Daire
11.30 – 15.30 – Torres Novas, visitas à Central do Caldeirão e outros pontos de interesse e almoço.
15.30 – Partida para o Entroncamento
16 – 17.30 - Entroncamento - Museu Nacional Ferroviário
Chegada à Universidade – 19.30
Caso se encontre uma solução de almoço de grupo, ela será comunicada atempadamente.
Inscreva-se no placar da Universidade.
O PASSEIO MADRID E LUGARES TERESIANOS EXIGE QUE SE FAÇA A INSCRIÇÃO ATÉ 13 DE JUNHO, PORQUE SÓ SE REALIZA COM UM MÍNIMO DE 30 PESSOOAS
Por: Jorge Rui Oliveira
Eram 07h00 da manhã do dia 17 deste mês, quando o autocarro, cedido pela Câmara Municipal de S. João da Madeira, largou da sede da Universidade Sénior rumo à cidade transmontana de Chaves transportando os 50 elementos da Instituição, composta por alunos e familiares, para participar no encontro das Universidades Seniores do Rotary. A delegação foi chefiada pela Diretora da Universidade Sénior do Rotary, Drª Susana Silva.
(Para ler todo o texto, clique na seta à direita)
Para ver o vídeo da atuação, clique AQUI
Após uma breve paragem na área de serviço de Vila Real, chegamos a Chaves por volta das 9h30, onde fomos encaminhados para o Aquanatur Palace onde decorreu o encontro. Trata-se de um espaço com excelentes condições com lugares sentados para cerca de 500 pessoas, inaugurado há dois meses e onde funcionou o antigo Cine-Teatro da cidade.
Aí a Presidente da Comissão Distrital das Universidades Seniores do Rotary, Drª Emília Lurdes Nogueira, usou da palavra para desejar as boas-vindas a todas as delegações que representavam as 18 Universidades ali presentes. De seguida teve palavras de grande elogio para o papel que estas Instituições desempenham junto das comunidades locais, ao permitir e incentivar que pessoas com uma longa carreira profissional possam finalmente e com disponibilidade de tempo, desenvolver atividades culturais, recreativas e de cidadania, adquirindo e partilhando novas amizades e conhecimentos, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida e um envelhecimento ativo e sobretudo tirando as pessoas do isolamento a que muitas vezes são votadas.
De seguido falaram o Presidente da Universidade Sénior do Rotary de Chaves, bem com o Presidente da Câmara Municipal desta cidade que, dentro da mesma linha de pensamento, agradeceram a presença de todas as Universidades para quem tiveram palavras de grande louvor.
Seguiu-se o desfile das bandeiras das 18 Universidades que marcaram presença neste encontro.
Pudemos assistir também à projeção de um vídeo com cerca de 15 minutos versando o tema da água, considerando que estamos numa cidade eleita a capital das termas em Portugal e que no tempo do império romana teve o nome de Aqua Flaviae. Um excelente filme com projeção a 360º, dando sempre a sensação de que a sala estava rodeada de água por todos os lados.
E por fim, num dos momentos mais aguardados, deu-se início à atuação das Universidades nas mais variedades valências, desde dança, cavaquinhos, tunas, grupos corais, poesia e muito mais.
Este ano a Universidade Sénior do Rotary de S. João da Madeira atuou com grupo de folclore da responsabilidade de António Costa, que exibiu quatro números de canto e dança regional, muito bem conseguidos e, avaliar pelos aplausos da plateia, agradaram muito.
Terminada a atuação, seguimos para o almoço no Hotel Aquae Flaviae, mas ainda aproveitamos a oportunidade para uma ligeira passagem pelo Museu das Termas Romanas. Aqui tivemos o ensejo de observar um importante património arqueológico daquilo que foi considerado o maior balneário romano da Península Ibérica e que funcionou até finais do século IV d.C. Através deste museu é possível percebermos a história das termas de Chaves que ainda hoje funcionam, mas com equipamentos modernos e com a água termal a brotar permanentemente a uma temperatura da ordem dos 76º C.
Terminado almoço foi tempo de reagruparmos os elementos da nossa Universidade para dar início à viagem de regresso a S. João da Madeira depois de mais uma excelente jornada de convívio que a todos nos enriqueceu. Eram cerca das 19h30 quando chegamos à nossa cidade, cansados mas satisfeitos.
Para que fique registado, indicamos de seguida as Universidades Seniores do Rotary que marcaram presença neste encontro: Caldas das Taipas, Chaves, Estarreja, Fafe, Felgueiras, Maia, Mangualde, Matosinhos, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Varzim, Régua, S. João da Madeira, Sever do Vouga, Tondela, Trofa, Valongo, Viseu e Vizela.
S. João da Madeira, 19 de Maio de 2025
Jorge R. Oliveira
IN MEMORIAM - MARIA ODETE PINHO (Clique aqui)
No passado dia 17 de maio, durante o Encontro das Universidades Sénior de Rotary, foram entregues os diplomas aos premiados do concurso literário acima referido. Dada a impossibilidade de permanecermos em Chaves até ao momento da entrega, só mais tarde nos foi possível fazer chegar o respetivo diploma ao amigo Jorge Rui Oliveira. Entretanto, aproveitamos para transcrever o trabalho do nosso aluno, a quem endereçamos os parabéns.
(Para ler todo o conto, clique na seta à direita)
Década de 60 do século XX. Era eu um adolescente, quando me habituei a ver este homem alto, magro e pele morena, que frequentemente, da parte da manhã, passava à minha porta, em passo cadenciado, vestindo quase sempre uma gabardine clara e muito coçada, mesmo com tempo quente, e com a beata do cigarro a um canto da boca. Ao fim da tarde fazia o percurso inverso. Vivia ali a 1 Km da minha casa, num casebre feito com tábuas de madeira e cobertura com chapa de zinco, onde dormia numa cama de ferro com um colchão de palha e cozinhava nuns tachos de ferro e alumínio mais negros do que carvão. Um armário de madeira velho, onde guardava roupa e sapatos, uma mesa e alguns bancos e vários utensílios de cozinha constituíam o pobre recheio deste barraco. Dois jarros de chapa zincada, já com ferrugem, para ir buscar água a um fontanário ali a 50 metros e uma bacia onde se lavava também faziam parte do ativo do barraco. A maioria dos utensílios, roupa e calçado eram oferecidos pela vizinhança.
Fiquei a saber a história desta estranha personagem quando resolvi indagar junto de minha mãe a origem deste homem. E o seu percurso merece ser conhecido.
O Sebastião viveu com os pais, desde que chegou a esta aldeia, com cerca de sete anos, oriundos de Castro Daire, à procura de melhores condições de vida onde, segundo consta, eram rendeiros. O pai empregou-se numa fábrica de velas em S. João da Madeira e a mãe trabalhava como jornaleira em casa de lavradores. Entretanto, o Sebastião completou a 4ª classe aos 11 anos e, segundo a sua Professora, era um aluno muito inteligente. Impossibilitado de continuar a estudar, por falta de meios, começou a ganhar uns tostões fazendo recados para sapateiros que trabalhavam em casa para as fábricas de calçado, como era costume nessa época. Aos 15 anos, o Pai arranjou-lhe trabalho numa fundição em Arrifana, a 3 Km de casa, mas o jovem não aguentou a dureza do ofício, na moldação de banheiras de ferro e, em menos de um ano, despediu-se e começou a fazer uns trabalhos em casa de lavradores.
Entretanto o pai, viciado em bebidas alcoólicas, tinha frequentemente discussões com a mulher, chegando mesmo a bater-lhe. Para além disso, envolveu-se com outra mulher, saiu de casa e fugiu para África onde não mais deu sinal de vida. Por sua vez a mãe, também com graves problemas de álcool e que se ausentava de casa muitas vezes, meteu-se com outros homens até que abandonou a casa e o filho e terá ido para Lisboa onde, segundo consta, morreu passado pouco tempo.
Assim, o Sebastião, que ainda não tinha completado 17 anos, vê-se abandonado pelos Pais, fica só e sem emprego e é obrigado a deixar a modesta casa onde vivera com os Pais, pois não tinha meios para pagar a pequena renda. O senhorio ainda o deixou ficar durante uns meses até arranjar para onde ir viver. Entretanto não se deixou abater e, com a ajuda de vizinhos e de uma serração de madeiras, que ofereceu as tábuas, Sebastião, em poucas semanas, pôs em pé um pequeno casebre num terreno cedido pela Família Oliveira Braga. Transferidos os parcos pertences da casa onde vivia e com a oferta de vizinhos e amigos, montou aquele que passaria a ser o seu futuro albergue. Convém referir que, nessa altura, estas situações não tinham apoios sociais como hoje acontece.
Contudo, Sebastião nunca foi homem para arranjar um trabalho permanente numa fábrica onde tivesse que cumprir um horário fixo de pelo menos 8 horas diárias. Preferia trabalhar à jorna em casa de lavradores dos quais recebia um salário, embora mais reduzido, mas que dava para cobrir as suas modestas despesas, dado que também tinha muitas ajudas dos vizinhos.
Assim, só trabalhava para garantir aquele rendimento mínimo para alimentação, pois queria ter tempo para ir às diversas feiras que se realizavam num raio de 20 Kms em Arrifana, Cesar, Vale de Cambra, Vila da Feira, Oliveira de Azeméis, Lourosa e outras localidades. E tinha uma particularidade. Era obcecado pelas feiras onde se comercializava gado.
Era vê-lo logo de manhã a apreciar os lavradores que chegavam com juntas de bois para vender ou trocar, ou aqueles que iam somente para ver como corriam os preços. Sebastião era uma figura típica já muito conhecido pelos negociantes de gado e, sempre que o encontravam, pagavam-lhe uma posta de peixe frito, um naco de broa e um copo de vinho.
Ainda segundo as vozes da aldeia, Sebastião deslocava-se também muitas vezes ali para os lados das Caldas de S. Jorge, onde visitava uma senhora com quem manteria uma estreita relação.
Os anos iam-se passando e Sebastião continuava sem grande rumo de vida quanto ao futuro. As marcas dos anos começavam a dar sinais, embora fosse relativamente novo, próximo dos quarenta, mas com aquela barba e cabelo crescidos e desalinhados, vestuário muito coçado e umas botas de atanado muito rompidas davam-lhe aspeto de um cinquentão.
Uma das casas onde o nosso homem fazia uns trabalhos agrícolas era no Sr. Rodrigo, abastado lavrador e possuidor de várias propriedades e que para tratar delas tinha dois trabalhadores permanentes. Um desses empregados deixou de trabalhar nas terras para ir para uma fábrica, onde passou a ser mais bem remunerado. Para o substituir, Rodrigo lembrou-se do Sebastião, chamou-o a sua casa e fez-lhe a seguinte proposta.
- Ó Sebastião tenho uma boa proposta para te fazer. Vou precisar de um homem a tempo inteiro para trabalhar aqui nas terras para substituir o Jerónimo que se vai embora. Lembrei-me de ti, pois gosto do teu trabalho sempre que vens dar umas tardes. Assim, ficarás com um salário fixo semanal, a combinar, e como tenho uns anexos onde viveu em tempos o Álvaro onde foi aqui rendeiro, passas a viver cá noutras condições que não tens naquele barraco onde te falta tudo. Para além disso, também vais melhorar a tua alimentação, pois cá na minha quinta não faltam batatas, couves, cenouras, feijão e muitos outros legumes, muita fruta e também vinho. Além disso, o meu filho que é gerente num Banco no Porto costuma deixar de usar roupa em bom estado. Ele terá a tua estatura e poderás aproveitar muito vestuário que te vão dar outro aspeto, cortas esse cabelo e essa barba e assim, pensando no futuro, também já é altura de arrumares aí uma rapariga da terra pois a casa que vais ocupar dá para um casal. Como vês, estou a propor-te uma mudança radical na tua vida e além disso vou deixar escrito para que os meus herdeiros, um dia, respeitem a tua situação aqui na casa, conforme combinado comigo. Ficaste muito novo sem pais e é também altura de dares um novo rumo à tua vida e eu quero contribuir para isso. Então homem o que tens a dizer a esta minha proposta que não aparece todos os dias?
Sebastião, sentado frente a Rodrigo e depois de pedir licença para fumar um cigarrito limitou-se a dizer:
- Saiba Vossemecê que estou muito grato por tudo o que me está a oferecer. Mas olhe que não estou preparado para tomar já uma decisão. Tenho que amadurecer a ideia durante uns dias e depois venho dar-lhe uma resposta.
- Homem dos diabos, não me digas que esta oferta terá que ser pensada. Isto é para dizer já que sim e não olhar para trás. Antes que eu me arrependa.
Sebastião não se deixou impressionar e respondeu:
- Sr. Rodrigo agradeço muito e vou pensar. É de facto um passo importante na minha vida, mas vou ter que refletir.
Num tom muito sério e subindo a voz Rodrigo desabafa:
- Não entendo. Estou a oferecer-te o Céu e tu ainda tens dúvidas se preferes continuar a viver no inferno. Começo a não ter paciência. Vai e pensa bem, dou-te dois dias para responder à minha proposta.
Sebastião foi para casa e pouco dormiu. Ficou a dar voltas à cabeça quase toda a noite e falava em voz alta consigo mesmo:
-É uma boa proposta, mas não vou aceitar. Não quero perder a minha liberdade. Quero ter liberdade para me levantar a que horas eu quiser. Quero ter a liberdade de escolher os dias em que vou trabalhar. Quero ter a liberdade de continuar a ir às feiras para conviver e beber uns copos com os meus amigos. Enfim, quero ter a liberdade de ser eu a decidir sobre o meu futuro. Não quero perder a minha liberdade. Foi a filosofia de vida que eu escolhi e não vou abdicar dela por muitas regalias que me ofereçam.
Assim, não precisou de dois dias para dar uma decisão e, no dia seguinte, levanta-se cedo e dirige-se a casa de Rodrigo que o atende junto ao portão de entrada para a quinta.
- Entra lá rapaz e senta aí. Então quando é que posso contar contigo cá em casa? Tenho já trabalho para te dar e vamos então acertar o teu salário. Por outro lado, vou dar ordens para arrumar os anexos e instalar alguma mobília onde vais passar a viver.
Sebastião recusou sentar-se no banco de pedra ali ao lado, mantinha-se de pé, ouviu e sem se perturbar, pediu licença para continuar a fumar e num tom de voz calmo respondeu:
- Sr. Rodrigo estou muito agradecido por tudo o que me ofereceu, desde um salário fixo semanal, uma casa para viver, uma alimentação melhorada e possibilidade de ter uma roupinha nova.
Rodrigo corta a conversa:
- Até que enfim que pensaste com a cabeça rapaz.
Sebastião interrompe o seu interlocutor:
- Desculpe, Sr. Rodrigo, mas eu não venho aqui dizer que vou aceitar a sua proposta. Reconheço que ofereceu umas boas condições para o meu futuro, mas não vou aceitar.
Arregalando os olhos e num tom de voz quase agressivo Rodrigo desabafa:
- Não acredito no que estou a ouvir. E andamos nós aqui a dar pérolas a porcos. Acaso tens quem te dê melhores condições?
- Não Sr. Rodrigo, não tenho. Mas se me der uns minutos explico. Já lhe disse que são boas as condições que me está a oferecer. Mas há uma coisa que eu não troco por nada.
- Então qual é? - pergunta quase incrédulo Rodrigo.
- A minha independência e a minha liberdade.
Ainda tentou explicar qual era a liberdade de que falava, mas foi interrompido por Rodrigo que não quis mais conversa e num tom de voz alterado e agressivo atira:
- Não quero ouvir mais nada. Vai-te embora e não apareças mais em minha casa.
Sebastião ainda tentou acalmar o ambiente dizendo:
-Peço desculpa a vossemecê…
Ia continuar a falar, mas Rodrigo virou-lhe costas e bateu-lhe o portão.
Sebastião ainda teve tempo de dizer:
- Até sempre e passe bem Sr. Rodrigo.
Voltando para o seu barraco, Sebastião continuou a fazer a vida que sempre desejou e fazendo jus à sua liberdade, trabalhava duas ou três tardes por semana como jornaleiro e frequentava todas feiras das redondezas.
Um dia de maio a aldeia acordou sobressaltada. O Sebastião apareceu morto nessa madrugada atropelado de noite, admite-se por um automóvel, quando regressava da feira dos dezoito em Cesar. Nunca se soube o autor do atropelamento, pois do acidente não houve testemunhas. O condutor terá abandonado a vítima.
2 de janeiro de 2025
Jorge Rui Oliveira
A convite da Universidade Sénior do Rotary Clube da Régua, a nossa Tuna participou, no passado dia 3 de maio, no Festival de Tunas que se realizou na cidade do Peso da Régua.
Clique para ver o Vídeo: Festival de Tunas
Saímos de S. João da Madeira ao meio dia e, pelas 14 horas, estávamos à porta da Adega do Vale do Rodo, onde fomos recebidos para uma sessão informativa sobre a adega e o vinho do Douro em geral. Seguiu-se uma prova de vinho fino, com alguns aperitivos a acompanhar. Quem quis pôde ainda adquirir produtos da casa: vinho “Cabeça de burro”, o mais emblemático da adega, ou vinhos finos de várias qualidades. (Para ler todo o texto, clique na seta à direita.)
Depois desta sessão, dirigimo-nos ao largo da Câmara Municipal, onde iniciámos um percurso pedestre e musical, pelas ruas da cidade, até ao Museu do Douro.
Aproximando-se a hora de jantar, a nossa motorista Maria usou de toda a sua perícia para nos levar à Casa do Povo de Fontelas, lá bem em cima, na encosta do vale do Douro. Os colaboradores da Casa do Povo serviram-nos um excelente jantar, que incluiu os “parabéns a você” a um dos participantes. O grupo de Vila Real aproveitou para animar o jantar com um interessante número coral, proporcionando aos presentes a evocação do mês de aniversário de cada um: “miau, chau, chau” era o refrão final. Muito interessante!
Findo o jantar, dirigimo-nos ao Auditório Municipal, onde atuaram, além da nossa Tuna, os Cantares de Aleu, de Vila Real, a Tuna da Universidade Sénior da Régua, um grupo de Cantares de Lamego e outro de Sabrosa. Dado adiantado da hora, não pudemos assistir à parte final do espetáculo, até porque a noite chuvosa não aconselhava a viagens apressadas.
Chegamos à nossa Universidade debaixo de um autêntico dilúvio, com a sensação de que fizemos o melhor que nos foi possível. Foi uma bela jornada de convívio e de intercâmbio, elementos sempre importantes na atividade dos nossos alunos. Parabéns e obrigado a todos os que participaram.
FILME “A MISSÂO”
A Disciplina de “História da Arte e da Cultura”, da Universidade Sénior do Rotary Clube, tem vindo abordar grandes temas do século XVIII. Assim, o Prof. Luís Mateus responsável por esta Disciplina decidiu que a aula nº 226 fosse preenchida com a exibição do Filme “A Missão” que teve lugar no Auditório da Escola Dr. Serafim Leite, em 14 deste mês. (Para ler todo o texto, clique na seta à direita)
Esta Missão de Jesuítas foge ao controle das potências coloniais, bem como ao poder do Papa, dividido entre a proteção devida aos evangelizadores e as pressões diplomáticas de Portugal e de Espanha para liquidar a Missão. Assiste-se então a um ataque brutal das potências coloniais e a uma resistência heroica dos Jesuítas que tentam proteger a comunidade indígena para a salvar de um massacre.
De referir a excelente música da autoria do compositor italiano Ennio Morricone que compôs mais de 400 partituras para cinema. Faleceu em 2020, aos 92 anos. Mais uma vez o nosso agradecimento ao Prof. Luís Mateus por nos ter proporcionado a possibilidade de ver este excelente filme, que embora realizado em 1986, continua sempre atual pois os temas ali tratados, muitos deles são os mesmos de hoje.
S. João da Madeira, 14 de Maio de 2025
Jorge R. Oliveira
Dando resposta às solicitações de associações de caráter social, a Turma de Folclore esteve, mais uma vez, no Lar de S. Manuel. Como habitualmente, foi uma tarde animada, correspondida pela participação ativa de muitos dos idosos presentes. É sempre um gosto podermos viver estes momentos.
Para ver o vídeo, clique em: Folclore no Lar de S. Manuel
A Tuna da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira esteve hoje presente no encerramento do “I Encontro dos núcleos de apoio às crianças e jovens em risco”, que decorreu na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira. O tema do encontro foi “Imigração: desafios e oportunidades”, em que participaram as Cruz Vermelha de S. João da Madeira e a associação Ecos Urbanos. Estiveram igualmente presentes dois jovens refugiados da Gâmbia que contaram um pouco da sua experiência de integração na sociedade sanjoanense.
A encerrar o encontro e a convite dos organizadores, a Tuna da USRCSJM, dirigida pelo maestro Filipe Oliveira, interpretou três composições do cancioneiro popular e, a terminar, a composição “Criança”, mais adequada ao tema do encontro. No final, a atuação da Tuna foi calorosamente aplaudida de pé pelos presentes.
Para ver o vídeo, clique em: ATUAÇÃO DA TUNA
Semana da Terra – Dia da árvore
Realizou-se, no passado dia 1 de abril, a Jornada floricultura, horticultura e embelezamento dos espaços da Universidade Sénior. Inicialmente marcada para o dia 2 de abril, a direção da Universidade decidiu antecipá-la para o dia 1, dadas as ameaças de chuva previstas pela meteorologia. (Para ler toda a notícia, clique na seta à direita.)
Cerca de uma dezena de bravos hortelãos e floricultores puseram mãos à obra e transformaram as pequenas selvas dos canteiros num jardim apresentável. Como a atividade se enquadrava na Semana da Terra, houve também oportunidade para plantar algumas hortícolas fornecidas pela Câmara e por outros ofertantes. O seu destino será a Sopa solidária diariamente confecionada na nossa cozinha.
Devido a um incidente de natureza hidráulica, não foi possível plantar as três árvores de fruta e ficou também por concluir a plantação de hortícolas.
Uma delegação da Unidade do Ambiente da Câmara Municipal, constituída pela Mónica e pela Sofia, acompanhou a plantação de um pilriteiro, (Crataegus monogyna), em celebração do Dia da Árvore. O nosso amigo Isidro abriu a cova e as suas ajudantes estacaram e fixaram o pequeno arbusto.
Da parte da manhã, uma delegação da Universidade acompanhou também a plantação de árvores no novo Parque Urbano das Corgas, que está em fase de construção.
A Direção da Universidade agradece a todos os que, de uma forma ou de outra, colaboraram nesta atividade.
História da Arte e da Cultura
“AMADEUS”
Considerando que a disciplina de História da Arte e da Cultura tem vindo a abordar os grandes artistas do século XVIII, o Prof. Luís Mateus decidiu dedicar a aula nº 223 ao grande génio da música que foi Wolgang Amadeus Mozart. Assim, convidou a turma para assistir à exibição do filme AMADEUS, no auditório da Escola Dr. Serafim Leite, no passado dia 26 deste mês.
O filme foi realizado em 1984 e galardoado com 8 óscares e, durante mais de duas horas, prendeu a assistência ao ecrã para acompanhar a vida de Mozart. Foi através da confissão a um padre, que Antonio Salieri que tinha sido compositor oficial da corte de Viena, mas agora já velho e internado num auspício, foi narrando a vida de Mozart por quem fingia ser seu amigo, mas que, na realidade, nutria por ele uma inveja de morte. Através da narrativa de Salieri, percorremos toda uma vida atribulada de Mozart desde a sua infância até à morte, bem como toda a trama e ambiente que se vivia na corte de Viena do século XVIII.
Temos que agradecer ao Prof. Luís Mateus mais esta feliz iniciativa ao proporcionar-nos a oportunidade de ver um filme de grande qualidade e, mesmo aqueles que já o tinham visto, saíram satisfeitos por reverem esta obra-prima.
29 de Março de 2025
Jorge R. Oliveira
Quem entrou na bela sala da Casa da Criatividade, na noite de 28 de março, deparou-se com um cenário deslumbrante: era uma sala de palácio virtual com faustosos candelabros, no chão havia reais cadeiras de veludo, uma mesinha baixa e uma escrivaninha. Pelo chão, tapetes de várias cores completavam o requinte do lugar. (Para ler todo o texto, clique na seta à direita)
Quando os artistas entraram em cena, o público foi convidado a um mergulho na corte de D. Sebastião, onde ocorriam coisas estranhas. Hábeis conselheiros inventaram um substituto do exausto pombo correio a necessitar de reforma. Ao novo aparelho chamaram "tefone ou telfone" e a sua principal utilidade seria a de facilitar as comunicações entre o voluntarioso Sebastião e o amigo marroquino, Muley Mohamed, na aliança para destronar o seu tio Mulei Moluco.
Entretanto, os caminhos da História foram-se cruzando com aliados de outros países – alemães, ingleses, franceses e até um russo – e de outras épocas, como D. Urraca. Pelo cenário deslizavam altivas rainhas, voluptuosas aias, sub-reptícios conselheiros, um bobo trapalhão, soldados beberrões e até um fadista. Percebeu-se que esta mistura de gente, fintando permanentemente um Sebastião enfastiado e hesitante, não poderia conduzir o empreendimento marroquino a bom desfecho. Na festa que antecedeu a batalha, uma sugerida despedida de solteiro, misturaram-se armas com canecas de cerveja, cálices de vinho e boa música. Para muitos, foi despedida, mas da própria vida. O palco juncado de cadáveres após uma renhida batalha era o retrato do desastre. No final, apenas o espírito nevoento de um lunático D. Sebastião assegurava: “Estive sempre, como esperança, no coração dos portugueses.”
Quem também ficou no coração do público foi o Anim’Arte, a sua encenadora e os vinte e dois atores que aqui se discriminam. Parabéns! Foram brilhantes.
1. Adília Magalhães- Aia
2. Conceição Almeida– Aia
3. Danilo Santos– Reich, rei alemão
4. Dolores Vieira- Aia francesa
5. Ermelinda Leite - Aia
6. Isidro Soares– Czar Ivan, o Terrível
7. Isaura Caldas - Aia
8. José Marques - conselheiro
9. Laura Pinho- Aia
10. Lizete - Aia
11. Mª José Pinho –Bonnie
12. Madalena Ribeiro – Rana Soraia
13. Manuel Luís – Pacheco, o fadista
14. Odete Pinho - Queen
15. Alberto Osório – D. Sebastião
16. Manuel Pires – soldado
17. José Reis Silva- bobo
18. Rosinha Silva- Aia
19. Manuel Simões – Habib Hassan
20. Susana – Joana d’Áustria (mãe D. Sebastião)
21. Tiago Pinho– Conselheiro Anastácio
22. Vasco Almeida– Mulei Mohammed ( sr. Mamede)
Encenadora e argumentista – Cristina Marques
C.P.
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Nota: As fotos que se seguem são da autoria do professor Carlos Marques
Está aí o Festival de Teatro. Como não podia deixar de ser, o nosso grupo de teatro, de seu nome "Anim'Arte", apresentar-se à em palco com uma nova peça. "È com cada uma!" Como não sabemos o que é cada uma, o melhor é comprar já o bilhete. O espetáculo será no dia 28 de março, pelas 21.30, na Casa da Criatividade.
O Grupo de Folclore da Universidade Sénior esteve presente em duas associações locais, representando-nos de forma muito digna e muito elogiada. As fotos referem-se a essas deslocações.
Associação de Melhoramentos Pró Outeiro em Santiago de Riba-Ul.
Centro de Dia de Arrifana.
Como disse a nossa amiga Lita Magalhães, nossa correspondente e autora das fotos: "De sorriso aberto e coração cheio. Pequenos nadas para grandes momentos. Felizes a fazer os outros felizes."
Na tradição de anos anteriores, a Universidade Sénior do Rotary esteve presente na peregrinação poética, que decorreu no dia 8 de março na Fábrica Criativa da Oliva e no Centro de Arte. Estivemos representados por oito bravos amigos de poesia, que se esforçaram por dar a conhecer uma interessante poeta santomense, de seu nome Conceição Lima. A nossa atuação foi rematada pela D. Lizete, que disse um dos seus belos poemas, a que o grupo respondeu com um convincente "Velhos são os trapos!"
A Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira participou, hoje, no desfile do Carnaval das Escolas subordinado ao tema "Desporto".
Gente tranquila como somos, optámos pelo Golf, um desporto cheio de natureza, de tacos, de carrinhos e de buracos.
Apesar de algumas avarias iniciais, trinta indómitos marchantes, entre caddies, golfistas, repórter e porta-bandeira, atiraram-se aos fairways e aos greens dos campos de golfe das ruas de S. João da Madeira, para demonstrar toda a sua perícia. Vários eagles, inacreditáveis hooks, fades e pitches, um incrível hole in one e um birdie foram resultado de vistosas pancadas saídas dos tacos dos nossos atletas.
Apesar da ausência de buracos no asfalto da Av. Renato Araújo, a demonstração realizada frente à tribuna presidencial convenceu definitivamente o presidente da Câmara a destinar uns metros quadrados do concelho a este nobre desporto.
O resultado final foi, como não podia deixar de ser, uns fantásticos 30 pancadas abaixo do par, apesar da referida ausência de buracos. Até pró ano!
Decorreu, nas instalações da Universidade Sénior, uma sessão subordinada ao tema "O amor na idade maior", dirigida a adultos com mais de 60 anos, familiares, cuidadores informais e outros interessados. A iniciativa está integrada na Agenda Municipal da Saúde e realizou-se no dia 14 de fevereiro, às14h, dinamizada pela psicóloga Dra. Susana Carvalho de Sousa.
Dia 16 de Janeiro, cerca das 19h30 partiu da Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira um autocarro transportando 49 elementos da Instituição e seus familiares com destino ao Porto, mais concretamente ao Teatro Sá da Bandeira, para assistir ao musical “LAURA”. A nossa Diretora, Drª Susana Silva chefiou a comitiva e à hora prevista demos entrada no teatro.
(Para ler toda a notícia, clique na seta à direita)
Um espetáculo produzido e realizado por Filipe La Féria para homenagear Laura Alves, uma das maiores atrizes que marcou o teatro em Portugal nas décadas de 40 a 70 do século XX.
Laura Alves, que se estreou na arte de representação aos 13 anos, ficou célebre como atriz de teatro de revista, mas desempenhou igualmente dezenas de papéis em operetas, comédias e dramas. Atuou em todos os teatros do Parque Mayer, mas igualmente em peças de outro estilo nos Teatros da Trindade, Almeida Garrett, Apolo, Avenida e D. Maria II, ao lado de Palmira Bastos considerada a maior atriz de sempre, a qual profetizou um grande futuro para Laura Alves.
Teve também uma passagem pelo cinema nos filmes “O Leão da Estrela”, “O pai Tirano” e “O Pátio das Cantigas” ao lado de grandes atores como António Silva e Vasco Santana.
Filipe La Féria ao longo de duas horas e meia e com toda a sua maestria, mostrou-nos em palco uma Laura Alves que viveu intensamente e com grande energia o teatro como só ela o sabia fazer, mas expondo igualmente uma mulher amargurada pelos desgostos da vida. O divórcio com o empresário Vasco Morgado, mas especialmente a demolição do Teatro Monumental marcou-a profundamente ao ponto da atriz, a altas horas da noite, ir para o Saldanha, disfarçada, contemplar as pedras do edifício demolido. Este amor pelo Monumental tinha uma explicação. Vasco Morgado, seu marido, tinha construído este teatro, em 1951, para oferecer à sua mulher, Laura Alves. Era na época uma das maiores salas de teatro e cinema do País com 3 000 lugares. Mais tarde a situação financeira do empresário Vasco Morgado deteriorou-se e foi obrigado a vender este espaço. A sua demolição em 1982 foi muito polémica e largamente contestada pela população.
Nós que nos deslocamos ao Sá da Bandeira só temos de agradecer à nossa Diretora, que teve a feliz iniciativa de organizar esta ida ao teatro para desfrutarmos de uma história que nos prendeu ao palco desde o início, pois como é sabido os espetáculos de La Féria para além do enredo, caracterizam-se pela intensidade, beleza de cenários e que combinado com uma excelente música e efeito de luzes contagiam toda a plateia.
Saímos de lá muito satisfeitos e com a nossa cultura enriquecida, pois tivemos a oportunidade de reviver uma época do Estado Novo onde inclusivamente não faltou a intromissão da PIDE no teatro.
19 de Janeiro de 2025
Jorge R. Oliveira
No próximo dia 21 de janeiro, pelas 21.30, irá decorrer, nos Paços da Cultura, mais uma sessão do ciclo de palestras “Terças com saúde”, desta vez com o tema “Dores nos pés”. Estas palestras têm vindo a ser promovidas pelo Rotary Club de São João da Madeira e conduzidas pelo Dr. Daniel Valpaços, osteopata com mais de 20 anos de experiência, formador na área da saúde e cronista no programa Praça da Alegria, da RTP1.
Na capital do calçado, torna-se imprescindível discutir lesões nos pés que afetam grande parte da população, nomeadamente os joanetes, comummente associados ao envelhecimento e ao uso prolongado de sapatos inadequados, e a fascite plantar, frequentemente relacionada com o esporão do calcanhar.
(Para ler ambas as notícias, clique na seta à direita.)
Por Jorge Rui Oliveira
Coincidindo com o final do primeiro período do ano letivo de 2024/25 da Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira, realizou-se no passado dia 19 deste mês de Dezembro, o tradicional Sarau de Natal que, como habitualmente, teve lugar nos Paços da Cultura desta cidade, com sala esgotada.
Este ano, tivemos como protagonistas do sarau os DUENDES que, numa manifestação muito ruidosa e exibindo vários cartazes, decidiram contestar a distribuição das tradicionais prendas pelo Pai Natal. “Nem mais uma prenda!”, “Nem mais um brinquedo!” foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas, numa chamada de atenção para o excesso de consumismo que se pratica nesta época com as repercussões negativas para o meio ambiente.
Os manifestantes foram recebidos pela Mãe Natal que os encaminhou para o Pai Natal. Este, surpreso perante tal manifestação, acionou os serviços mínimos, chamando a sua rena Rodolfo. Nessa altura, o “sincicalício” do grupo justificou a contestação relativamente às prendas tradicionais, pois, inclusivamente, tinham sugestões alternativas. Foi então que o Pai Natal quis ouvir todos manifestantes a transmitir os seus pedidos. Depois de alguma discussão sobre quem falaria primeiro, ficou combinado falarem por ordem alfabética e, mesmo assim, gerou-se alguma confusão, entretanto ultrapassada.
Ouvindo com toda a atenção os desejos de cada um, o Pai Natal passou à ação e não demorou muito tempo para satisfazer os anseios dos DUENDES que se contentaram com um espetáculo muito variado que incluiu danças pelo Grupo de Folclore da Universidade e pelas duas turmas de Danças de Salão (Bachata e Rumba).
A seguir foram chamados os elementos da Tuna, que interpretaram várias canções de Natal. O maestro Filipe Oliveira, como habitualmente, colocou a plateia a interagir com os artistas em palco.
Por último tivemos oportunidade de ouvir em três línguas, de outras tantas turmas lecionadas na Universidade, Português, Francês e Inglês, conhecidas e tradicionais canções de Natal nomeadamente o “Jingle Bells”, também muito participadas pelo público.
Finalmente a Diretora da Universidade Sénior, Drª Susana Silva, aproveitou para distribuir algumas prendas por todos aqueles que contribuíram para que fosse possível montar este espetáculo, desejando, ao mesmo tempo, a todos os presentes um excelente Natal extensivos a todos os familiares, terminando, da melhor forma, o Sarau de Natal de 2024 da nossa Universidade.
20 de Dezembro de 2024
Jorge Rui Oliveira
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Por Jorge Rui Oliveira
No dia 22 deste mês de Dezembro, teve lugar no Restaurante Fénix desta cidade o tradicional almoço de Natal da Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira, que juntou toda a comunidade da Instituição desde alunos, professores e familiares, bem como membros do Rotary Clube de S. João da Madeira, num total de 140 pessoas.
Este restaurante já se tornou familiar, sendo aqui neste espaço que têm decorrido os nossos almoços/convívio e onde temos sido tratados com muito profissionalismo e simpatia.
Depois de termos sido recebidos pela Diretora da Universidade, Dra. Susana Silva, fomos encaminhados para o acolhedor salão para darmos início ao repasto, pois os estômagos já reclamavam.
Acomodados e distribuídos pelas várias mesas onde já nos esperavam umas excelentes entradas, seguiu-se um delicioso creme de legumes bem quentinho, pois vínhamos de uma temperatura exterior pouco simpática.
Foi depois servido um assado, onde não faltou um bom acompanhamento e, a avaliar pelas opiniões, não houve razão de queixa, quer pela qualidade, quer pela quantidade com as empregadas a passar pelas mesas e a insistir com mais um bocadinho. E óbvio que, a acompanhar o assado, não faltou um bom vinho branco ou tinto do Alentejo, de acordo com as preferências de cada um.
Depois de uma pequena pausa, foi então aberta a mesa para as sobremesas, em regime de self-service.
Uma mesa farta, diga-se de passagem, composta por muita fruta laminada e vários doces onde não faltou o indispensável bolo-rei ainda quentinho.
Neste entretempo subiram ao palco a Dr.ª Susana e a Vereadora Paula Gaio, para que esta pudesse publicitar e esclarecer aspetos do projeto “MUNICIPAR – Um município a par do idoso”, realizado em parceria com a Universidade de Aveiro, e em que se solicitará a colaboração dos alunos da Universidade Sénior para um estudo a realizar via telefónica, sobre a saúde e bem-estar dos idosos sanjoanenses.
Mas nesta altura, a pequenada já desesperava, pois eles sabem que nestes almoços de Natal, para além de boa comida há sempre umas visitas simpáticas. E foi assim que aconteceu. Com algum atraso, pois o trabalho é muito nesta época, lá chegou o Pai-Natal carregado com um saco cheio de prendas que distribuiu a todas as crianças presentes, as quais finalmente sossegaram e sentiram uma grande felicidade por terem vindo ao nosso almoço.
A terminar foi servido o indispensável café e de seguida as pessoas despediram-se desejando um bom Natal para todos os presentes. Terminava assim mais um momento de um excelente convívio e partilhas de amizade cada vez mais necessárias no mundo de hoje.
Como entretanto surgiu música colocada pelo Prof. António Costa, responsável pelo folclore da Universidade, houve ainda muita gente que ficou por mais algum tempo para dar um pé de dança.
22 de dezembro de 2024
Jorge Rui Oliveira
Para ver as fotos, vá clicando sobre as setas laterais..
Texto de Alberto Osório
A Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira recebera um convite para Conferência do Prof. Dr. Frederico Lourenço, sob o título “Mateus, Marcos, Lucas e João: A Beleza do Testemunho”.
Este convite foi passado ao professor da disciplina de Bíblia que, por sua vez, lançou o desafio aos seus alunos, que o acolheram. Assim, no dia 14 de Novembro, a aula de Novo Testamento, foi “transferida” da nossa Universidade Sénior para o Anfiteatro da Fundação Engº António de Almeida, no Porto. (Para ler todo o texto, clique na seta à direita.)
Dadas as condicionantes de cada aluno, com o professor, deslocaram-se ao Porto quatro alunos.
A sala estava cheia, não necessariamente de crentes, mas de pessoas, a quem Jesus de Nazaré, que os relatos evangélicos transmitem, muito encanta. Começando pelo próprio conferencista que, confessando-se não religioso, se sente fascinado pela figura de Jesus.
Frederico Lourenço, professor na Universidade de Coimbra, especialista em grego e notável tradutor, abalançou-se a traduzir para português a Septuaginta, a partir dos textos do Codex Vaticanus 1209, estando a ser lançada (Novembro de 2024) a edição bilingue grego e português de Os Quatro Evangelhos.
E foi explanando a beleza literária dos textos evangélicos, escritos em grego, língua original do Novo Testamento. E serviu-se de um autor clássico, o poeta Horácio (65 – 8 a.C.), na sua obra Arte Poética, para ilustrar a valia e a beleza literária dos quatro Evangelhos.
Foi uma conferência muitíssimo substanciosa, cheia de elegância e interesse, que cativou (quase diria que extasiou) todo o auditório.
Por fim, deu a palavra a quem quisesse colocar perguntas, sublinhar alguma passagem, esclarecer qualquer dúvida.
E, de pé, toda a sala ovacionou o conferencista pela sua preleção.
Regressámos a casa comentando a excelente palestra que a todos muito agradou.
Alberto Osório
(Para ler, clique na seta à direita.)
DÁDIVA
Dar
Doar
Dedicar
Da dádiva da nossa vida
Doamos o que temos para dar
Doamos a amizade
Doamos o apoio
Doamos a alegria
Para que o vosso caminho seja claro
Para que da vida não vos pese a dor
Para que as vossas canções sejam alegres
É essa a nossa DÁDIVA
C.P.
Realizou-se, no dia 22 de novembro, nas instalações da Universidade Sénior do Rotary, uma ação de sensibilização sobre o tema “Informação falsa sobre saúde e alimentação”, promovida pela jornalista Sara Beatriz Monteiro, diretora do Viral Check, o primeiro jornal português de verificação de informação relativa à saúde. O objetivo foi o de aumentar a literacia em saúde e alimentação dos mais velhos e ajudar esta população a detetar e lidar com as notícias e informações falsas que circulam na internet sobre os temas em causa.
Entre a assistência numerosa e interessada, estavam os alunos e a professora Emília Soares, da turma de Culinária, que interromperam a aula de, para poderem assistir à sessão. A jornalista começou por recordar os provérbios e rifões da “sabedoria popular” que, infelizmente, nem sempre podem ser confirmados pela ciência. Seguidamente, pôs a tónica na necessidade de valorizarmos as boas práticas em termos de saúde e alimentação e de abandonarmos mitos e informações muitas vezes erradas e prejudiciais, massivamente divulgadas na internet. Nesta altura, enumerou alguns dos riscos que corremos, se seguirmos conselhos inadequados à nossa condição de saúde e às nossas caraterísticas. A fase seguinte foi a de dar algumas pistas sobre a forma de detetarmos informação falsa e prejudicial. A este propósito, recordou que está disponível na internet muita informação correta, baseada em estudos científicos rigorosos e apontou algumas formas de a localizar e de a testar.
A sessão terminou com uma interessante troca de impressões, em que se aludiu aos interesses e às formas de difusão de informação errada e tendenciosa e em que se referiram casos concretos de publicidade enganosa e de prejuízos causados pela aceitação de sugestões enganosas. Perante a dimensão que o fenómeno atinge, e o interesse manifestado pela assistência, sugeriu-se a realização de mais ações sobre este tema.
C.P.
No dia 13 de novembro, dois dias a passar do S. Martinho, reuniram-se no salão da nossa Universidade algumas dezenas de convivas, para celebrar gastronomicamente a data. A Universidade ofereceu as castanhas, amavelmente assadas pela equipa da cozinha, D. Emília e D. Neuzimar. Os doces, as bebidas e a alegria foram trazidos pelos comensais. E não faltou nada! Houve música e dança de vários estilos, a comprovar que as turmas de folclore e danças de salão estão a fazer o seu trabalho. No que diz respeito a músicos, temos do melhor! E o S. Martinho também quis dar um ar da sua graça, oferecendo-nos um belo arco-íris desenhado na paisagem a leste: afinal, a lenda de S. Martinho também se fez com a chuva e com o sol, as matérias-primas de um arco-íris.
A diretora Susana Silva a todos agradeceu o empenho, alunos, professores e cozinheiras, porque um magusto não se faz só com castanhas, faz-se com amizade e com companheirismo. Foi uma tarde divertida e bem passada.
C.P.
Registe-se que o jantar foi confecionado na cozinha da Universidade por um grupo de voluntários e que as bebidas e sobremesas foram oferta dos participantes, uma vez que a iniciativa se destinava também à recolha de fundos para o projeto rotário mundial de combate à poliomielite “End Polio Now”. Na sua intervenção, o atual presidente do Rotary Club, Fernando Laranjeira, ele próprio fundador da Universidade, destacaria bem esse aspeto, explicando a importância do combate à Polio e o decisivo envolvimento do movimento rotário nessa causa.
Na parte final, os novos alunos prestaram e assinaram o seu juramento académico, que os vincula ao cumprimento dos deveres, enquanto membros da comunidade estudantil. Depois, foram convidados pela diretora Susana Silva e pela representante dos veteranos, Conceição Paiva (Sãozita), a participar em várias atividades lúdicas. Para começar, empenharam-se, com bastante sucesso, no conhecimento e na mímica de ditados populares e aa História da Universidade. Quanto à reprodução de objetos gráficos, as coisas não correram tão bem: muita gente a precisar de aulas de desenho e de pintura!
Para terminar, juntou-se um grupo de instrumentistas improvisados que animou um também improvisado baile, dando aos mais afoitos a oportunidade de mostrar os seus dotes dançantes. A considerar esta amostra, o ano letivo da Universidade Sénior já está a ser, e vai continuar a ser, um ano divertido e muito proveitoso em todos os aspetos: no convívio, no avivar de memórias, na participação no movimento global de defesa do ambiente e das grandes causas da humanidade.
O Concurso Literário Universidades Seniores de Rotary tem por objetivo incentivar a produção de trabalhos originais dos alunos de Universidades Seniores de Rotary do Distrito 1970 e destina-se a galardoar trabalhos inéditos de ficção literária, na área do conto ou poesia, que não tenham sido apresentados em nenhum outro concurso com decisão
pendente.
(Para ler o Regulamento, clique na seta à direita.)
TEMA - A LIBERDADE
ARTIGO 1
Podem concorrer todos os alunos devidamente inscritos em qualquer Universidade Sénior de Rotary do Distrito 1970 no presente ano letivo.
ARTIGO 2
São admitidos a concurso todos os textos enviados para o mail
universidadessenioresrotary@gmail.com até ao dia 31 de janeiro de 2025.
ARTIGO 3
a) Os textos concorrentes devem ser submetidos em formato Word;
b) O tipo de letra a utilizar deverá ser Arial, tamanho 12, com entrelinha 1,5;
c) Os textos concorrentes devem ser assinados com pseudónimo nunca antes utilizado pelo autor;
d) Identificação do autor: nome completo, endereço eletrónico e telefone para contacto. Estes dados ficarão sob sigilo até à decisão final dos elementos que integram o júri;
e) É determinante para a aceitação da candidatura que o texto apresentado a concurso seja original e inédito, e não tenha sido apresentado a nenhum outro concurso com decisão pendente.
ARTIGO 4
O Júri, nomeado pela Comissão Distrital das Universidades Seniores do Distrito 1970, será constituído por personalidades do mundo literário e cultural de língua portuguesa.
ARTIGO 5
Critérios de apreciação
5.1 Os critérios de apreciação serão os seguintes:
a) Obediência às características do género em questão;
b) Criatividade;
c) Qualidade literária.
5.2 Os trabalhos devem ser alusivos ao tema a concurso: LIBERDADE
ARTIGO 6
a) O Júri delibera com total independência e em plena liberdade de critério, por maioria dos votos dos seus membros, cabendo, em caso de empate, ao Presidente do Júri o voto de qualidade;
b) O Júri pode deliberar não aceitar qualquer um dos textos apresentados a concurso;
c) A decisão do Júri, devidamente fundamentada, é definitiva e não suscetível de apelo.
ARTIGO 7
Anúncio e entrega do prémio
O vencedor do Concurso será anunciado na Revista Portugal Rotário do mês de abril de 2025. A entrega dos Prémios ao(s) autor(es) dos trabalhos vencedores será efetuada no Encontro Distrital das Universidades Seniores que se realizará em Chaves, em 17 de maio de 2025.
7.1. PRÉMIOS
POESIA
1º PRÉMIO 100,00€ + Diploma Honorífico
2º PRÉMIO Livros + Diploma Honorífico
3º PRÉMIO Livros + Diploma Honorífico
CONTO
1º PRÉMIO 100,00€ + Diploma Honorífico
2º PRÉMIO Livros + Diploma Honorífico
3º PRÉMIO Livros + Diploma Honorífico
7.2. Poderão ser atribuídas menções honrosas;
7.3. Os premiados não poderão acumular mais que um prémio;
7.4. A cada participante será atribuído um “Certificado de Participação”.
ARTIGO 8
O autor do texto selecionado perde os direitos de explorar comercialmente o seu trabalho, cedendo ao Distrito 1970 o direito exclusivo de o utilizar.
ARTIGO 9
Os dados pessoais recolhidos no ato da inscrição para o presente concurso servem unicamente para comunicar com os autores/concorrentes no âmbito do presente regulamento, no estrito cumprimento do Regulamento Europeu de Proteção de Dados e demais legislação nacional e comunitária em matéria de segurança e proteção de dados pessoais.
ARTIGO 10
A candidatura a este concurso implica a aceitação do presente Regulamento.
Acompanhados pelo professor Celestino Pinheiro e acolhidos pela Drª Carla Relva, diretora da Biblioteca, os alunos tiveram oportunidade de conhecer ou identificar autores de Língua Portuguesa galardoados com o Prémio Camões. Depois, puderam ainda visitar a Feira do livro usado, onde alguns alunos compraram livros a preços muito convidativos. Foi uma forma diferente de olhar e confirmar autores lusófonos, muitos deles já abordados nas aulas.
A turma de Folclore da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira participou hoje, 17 de outubro, nas atividades do Dia da Alimentação e da 𝗙𝗲𝗶𝗿𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗱𝗲 𝗢𝘂𝘁𝗼𝗻𝗼, que decorre na Escola Básica do 1º Ciclo com JI das Fontainhas. Aceitando o simpático convite do corpo docente e da sua coordenadora, professora Fernanda Pacheco, os nossos folcloristas começaram por acompanhar as crianças numa Desfolhada, que se encontrava preparada no centro do salão. Foi uma atividade que as crianças desenvolveram com notável entusiasmo, acompanhados pelos mestres do folclore, alguns dos quais ainda vivenciaram esse trabalho quando ele era comum nas casas onde havia agricultura.
Depois, vieram as danças do grupo de folclore, que culminou com um “apita o comboio” dançado por todos à volta da sala e a terminar na rua. Infelizmente, os pingos de chuva não deixaram ir o comboio muito longe. Mas foi uma agradável tarde de convívio e de contacto das crianças com realidades que já não fazem parte do seu dia a dia, mas que importa não esquecer. Parabéns às organizadoras da atividade!
C.P.
Atividade de partilha de conhecimentos
Programa: Filme sobre o espaço, visita às instalações da Sanjotec e lanche
No No dia 4 de outubro, um grupo de alunos da Universidade Sénior, acompanhados pela diretora Susana Silva, visitaram as instalações da Sanjotec, tendo como principal objetivo a participação nas iniciativas do programa "Space on Earth", uma iniciativa de partilha de conhecimentos da Câmara Municipal e da Sanjotec. O grupo teve oportunidade de ficar a saber um pouco mais sobre o funcionamento do Universo e o lugar que a nossa Terra ocupa no espaço infinito, . A Drª Helena e o professor José Matos foram os nossos amáveis anfitriões. No final, foi-nos oferecido um simpático lanche, que fechou da melhor maneira esta original atividade.
A Universidade recebeu, no dia 3 de outubro, uma visita especial: os meninos da Escola dos Condes, acompanhados pelas respetivas professoras e auxiliares. As canções e a animação proposta pelo professor Filipe resultaram numa tarde muito animada. Voltem sempre!
(O vídeo está disponível no Facebbok da Universidade. Clique em Visita da Escola dos Condes )
O Dia Internacional do Idoso foi assinalado pela Câmara Municipal de S. João da Madeira com a realização das V Ciclo de Conferências "Gerontologia". O evento teve a participação da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira, através da sua Diretora, Susana Silva, enquanto moderadora de um painel, e da participação da Tuna da Universidade, a abrir os trabalhos. A Universidade Sénior na primeira linha da promoção do envelhecimento ativo, nas suas diversas vertentes. 1/10/2024
Susana Silva e o primeiro painel
Aspeto da atuação da Tuna.
A Tuna, dirigida pelo maestro Filipe Oliveira
Como é habitual, foram dados os primeiros passos para o início deste novo ano letivo. Depois de uma reunião de professores, em que foram definidas algumas linhas-mestras, realizou-se, no dia 16 de setembro, uma Reunião Geral, muito concorrida, em que a Diretora Susana Silva apresentou o horário e indicou as três vertentes que servirão de guia para o Plano de Atividades, a saber:
REUNIR – reforço dos momentos de convívio entre os membros da Universidade;
RECORDAR – preparação das comemorações dos 20 anos da Universidade que se comemorarão no próximo ano; reavivar memórias da infância, juventude e vida adulta dos nossos alunos.
RECICLAR – utilização materiais antigos e usados e renová-los, de modo a poderem ser reutilizados.
No final, realizou-se um pequeno convívio, para matar saudades e lançar ideias para o ano que ora se inicia.
BOM ANO LETIVO PARA TODOS
EVENTUAIS ALTERAÇÕES SERÃO COMUNICADAS NOS LOCAIS DO COSTUME.
Para colmatar as saudades que já começam a sentir-se, resolvemos realizar um piquenique no dia 25 de julho. A tarde esteve animada: petiscos, bebidas, e, no final, umas animadas danças, dinamizadas pelos amigos do folclore.
Tarde bem passada, a prenunciar uma BOAS FÉRIAS!
Realizou-se, no passado dia 5 de julho, um Jantar-convívio, que fez coincidir a primeira reunião do mandato de Fernando Laranjeira, enquanto presidente do Rotary Club de S. João da Madeira no ano de 2024/25, com o convívio de final dos alunos e professores da Universidade Sénior.
(Para ler todo o texto, clique na seta à direita)
Fernando Laranjeira aproveitou para enaltecer o trabalho da diretora da Universidade e dar os parabéns a todos os alunos e elementos da sua equipa. Lembrou, também, que a Universidade Sénior foi fundada durante a sua presidência de 2004/05, perfazendo os vinte anos durante o presente ano rotário. Anunciou, ainda, que, devido a impedimentos pessoais, a anterior presidente do Rotary Club, Celeste Silva, substitui-lo-á durante algum tempo no exercício do cargo.
Como o convívio coincidiu com o jogo Portugal-França, os mais aficionados tiveram oportunidade de acompanhar o jogo e vibrar com as jogadas mais emocionantes. Infelizmente, a noite não terminou da forma mais feliz para os portugueses. Para a próxima correrá melhor!
No final, realizou-se o sorteio de um cabaz, que saiu, merecidamente, a um dos nossos folcloristas. Depois, houve um leilão, com ofertas trazidas por muitos dos presentes, cuja receita reverterá para o financiamento de projetos sociais da Universidade Sénior e do Rotary Club.
Terminando o excelente convívio, regressamos todos a casa com a convicção de que o próximo letivo será um ano de grandes sucessos e realizações da Universidade e do Rotary Club de S. João da Madeira.
Boas férias a todos!
Decorreu, na noite de 25 de junho, o Sarau de fim de ano letivo da nossa Universidade. O espetáculo decorreu em sessão contínua, com o grupo de teatro Anim’arte a fazer a ponte com a Tuna e os grupos de folclore e danças de salão. O Almerindo, figura central da atuação teatral, revelou-se um forte defensor das ideias do “antes do 25 de abril”, propósito em que foi sendo contrariado, porque ali festejavam-se os cinquenta anos do 25 de abril. E o Almerindo não teve outro remédio senão alinhar na festa.
Tuna, Grupo de folclore e Danças de salão tiveram, igualmente, atuações muito acertadas, recolhendo calorosos aplausos da plateia, uma sala completamente cheia.
Foi um belo espetáculo!
Por Jorge Rui Oliveira
Depois de no primeiro período do ano letivo 2023/2024 termos lido e comentado fragmentos de obras dos escritores, Padre António Vieira, Bocage e Almeida Garrett, os dois períodos seguintes foram dedicados à leitura dos autores seguintes que havíamos definido no início do ano para as aulas de Português e Jornalismo da Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira, que recordamos de seguida.
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Alexandre Herculano –Poeta, romancista, historiador e ensaísta.
Prof. Celestino exibiu um vídeo da série A Alma e a Gente da autoria do Prof. José Hermano Saraiva, que em tempos passou na RTP, sobre a vida e a obra deste escritor que nasceu em Lisboa em 1810. Teve uma atividade social e política muito intensa, tendo inclusivamente participado num movimento fracassado contra o D. Miguel levando-o a refugiar-se em Inglaterra e em França. Dececionado com a degradação que se verificava nas instituições públicas do País, recolheu-se em Vale de Lobos perto de Santarém, onde morreu em 1877.
Lemos e comentamos excertos do livro “Eurico o Presbítero” e o conto “A Dama Pé de Cabra” que faz parte da obra “Lendas e Narrativas”.
Antero de Quental – Poeta, filósofo e político, nasceu no ano de 1842 em Ponta Delgada no seio de uma Família nobre e vem para Lisboa em 1852 para estudar. Regressa a S. Miguel, mas passado pouco tempo viaja para Coimbra para ingressar na Universidade e iniciar o curso de Direito. Nesta cidade torna-se uma figura influente no meio estudantil coimbrão, participando em várias manifestações académicas. Antero de Quental, juntamente com Eça Queirós, Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, entre outros, integrou o movimento académico de Coimbra que ficou conhecido como Geração de 70 ou Geração Coimbrã e que veio revolucionar várias dimensões da cultura portuguesa.
Foi também um dos impulsionadores das Conferências do Casino.
Tivemos a oportunidade de ler quatro soneto de Antero de Quental: “A um poeta”, ”Despondency”, “Hino à Razão” e “Ideal”.
Lemos também um curioso texto de Eça de Queirós onde este escritor relata o dia em que encontrou na Universidade de Coimbra Antero de Quental.
Respigamos desse texto pitoresco de Eça, que se fazia acompanhar de um colega e que ao avistar o poeta Antero de Quental relata: “deslumbrado toquei o cotovelo de um camarada, que murmurou entre os lábios abertos de gosto e pasmo: - É o Antero”.
Antero de Quental faleceu em Ponta Delgada em 1891 aos 49 anos de idade.
Eça de Queirós – Lida e comentadas a Bibliografia deste autor, considerado um dos maiores escritores Portugueses, tendo exercido igualmente a atividade de diplomata. Nasceu em 1845 na Póvoa de Varzim e morreu em França em 1900. Autor de dezenas de obras, das quais se destacam “Os Maias” “As Cidades e as Serras” “ O Primo Basílio” “O Crime do Padre Amaro” e muitos outras.
Juntamente com Ramalho Ortigão, publicou “As Farpas” crónicas mensais com sentido crítico e irónico que atingiam toda a vida social e política da época.
De Eça de Queirós foram lidos, comentados e interpretados, o texto A Caminho do Oriente da obra “O Egito e Mais Notas de Viagem” e dois excertos de “As Farpas”, escritas em conjunto com Ramalho Ortigão. Uma, de Ramalho Ortigão, em que nos descreve o jogo da batota numa espelunca em S. João da Foz, frequentada pela parte masculina da melhor sociedade do Porto. Um outro texto de “As Farpas”, este de Eça de Queirós, narra a viagem de sua Majestade pelo Minho e as suas incidências por vezes caricatas verificadas durante a viagem de El-Rei.
Júlio Dinis – Pseudónimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, foi médico e escritor, nasceu em 1839 no Porto e morreu na mesma cidade em 1871.
Embora com uma curta vida, pois faleceu com 32 anos, deixou uma vasta obra que destacamos: “As Pupilas do Senhor Reitor” “A Morgadinha dos Canaviais” “Uma Família Inglesa” “Os Fidalgos da Casa Mourisca” “Serões da Província” e ainda Poesia e Teatro.
Algumas destas obras serviram de inspiração para a realização de filmes como foi o caso de “As Pupilas do Senhor Reitor”, “A Morgadinha dos Canaviais” e “Os Fidalgos da Casa Mourisca” que constituíram um êxito de bilheteira. Estas obras foram igualmente adaptados para a realização de séries televisivas.
Tivemos a oportunidade de ler e comentar excertos das obras “As Pupilas do Senhor Reitor” e “A Morgadinha dos Canaviais”, bem como uma sinopse das principais obras deste autor. O romance “As Pupilas do Senhor Reitor” terá sido escrito em Ovar quando o escritor veio viver durante uns tempos para esta vila vareira, à procura de cura para a tuberculose de que padecia. Algumas das personagens dessa obra terão sido inspiradas em pessoas que o escritor conheceu em Ovar.
Cesário Verde – Nasceu em Lisboa em 1855 e faleceu nesta cidade em 1886 com apenas 31 anos. Embora vivendo no século XIX é considerado um dos precursores da poesia do século XX.
Fizemos a leitura e comentamos poemas que fazem parte da obra “Livro de Cesário Verde”. O Sentimento de um Ocidental, para comemorar o tricentenário da morte de Luís de Camões e ainda Nós, De Tarde e Num Bairro Moderno.
Cesário Verde dividiu o seu tempo de vida entre a cidade onde trabalhava no comércio de ferragens, propriedade de seu Pai na Rua dos Fanqueiros em Lisboa e o campo onde vivia em Linda-A-Pastora numa abastada propriedade com grande produção agrícola, situação que teve grande impacto na forma como o poeta tratou estes dois espaços na sua poesia. O ambiente citadino com tons cáusticos e muitas vezes irónicos dos seu habitantes e, por outro lado, o elogio por vezes eufórico ao ambiente campesino.
Na última aula o Prof. Celestino Pinheiro lançou o desafio à turma para refletir sobre o programa para o próximo ano letivo. O Prof. diz já ter algumas ideias e, dada a circunstância desta disciplina se designar por “Português e Jornalismo”, admite que a componente jornalismo possa estar mais presente nas nossas aulas. Aguarda também ideias dos alunos, que entretanto possam surgir até ao recomeço das aulas na 2ª quinzena de Setembro.
Até lá votos de uma boas férias e que regressem todos com muita saúde para enfrentarmos mais um ano.
Jorge Rui Oliveira
30 de Junho de 2024
Vídeo:
No dia 21 de junho, a Universidade Sénior foi convidada a participar no programa da SIC "Casa feliz", de João Baião e Diana Chaves. O ator conviveu animadamente com os membros do grupo e entrevistou a diretora da Universidade. O direto foi emitido a partir do Largo de Santo António dando aos nossos dançarinos a oportunidade de mostrarem o seu trabalho de foram brilhante. Parabéns!
Num fim de semana muito movimentado, a tarde de sexta-feira, 21 de junho, foi dedicada à inauguração da Exposição dos trabalhos realizados, pelos nossos alunos, ao longo do ano.
A sala da Biblioteca Municipal recebeu todos aqueles que quiseram apreciar a inspiração e a capacidade criadora dos alunos participantes. O ato contou com a presença do presidente da Câmara, Jorge Sequeira, das vereadoras Irene Guimarães e Paula Gaio, da presidente da Assembleia Municipal, Clara Reis e do presidente da Junta de Freguesia, Rodolfo Andrade.
Na exposição, estão patentes vinte e dois trabalhos de dez alunos de artes manuais e oito trabalhos de pintura de outros tantos alunos. Todos os trabalhos se subordinam à temática dos cinquenta anos do 25 de abril. Tanto num caso como noutro, foram postas em prática diversas técnicas, o que resulta numa grande diversidade, que muito enriquece a exposição.
No final, a Diretora da Universidade, Susana Silva, dirigiu-se às professoras Mónica Coutinho, Adelaide Ferreira e Alice Amaral, bem como a todas as alunas presentes, agradecendo o trabalho desenvolvido e incentivando-as a prossegui-lo no próximo ano.
Como a Exposição estará aberta até ao dia 31 de julho, aconselhamos vivamente uma visita, nas horas de expediente da Biblioteca.
Parabéns à Universidade e às professoras e alunas que se envolveram neste projeto.
No dia 13 de junho de 2024 grupo de folclore da Universidade Sénior participou no Arraial de Santo António, organizado pelo Colégio de Santa Filomena, com a colaboração de moradores e instituições da rua Alão de Morais, onde se situa a nossa Universidade. Apesar de desfalcado por razões diversas e com voluntárias aquisições de última hora, o grupo conseguiu reunir forças e arrancou para uma atuação impecável. Parabéns!
Por: Jorge Rui Oliveira
Para assinalar a sessão nº 200 das aulas de História da Arte e da Cultura, o Prof. Luís Mateus responsável por esta disciplina na Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira, decidiu dar uma palestra nos Paços da Cultura desta cidade, no dia 25 deste mês, subordinada ao tema, “Origens Históricas da Representação de Jesus” que se insere no âmbito desta disciplina. Para além de alunos das Universidade Sénior, marcaram presença elementos da Escola Serafim Leite onde leciona o Prof. Luís Mateus.
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Com o apoio de um powerpoint, o Prof. Luís Mateus, durante uma hora, mostrou aos presentes a forma como Jesus era representado nos primeiros séculos do cristianismo. Não existem representações contemporâneas de Cristo, quer por não haver nessa altura equipamentos para registo de imagens, mas também porque, nessa época, estava vedado representar as figuras bíblicas. Só a partir dos Séculos II e III começaram a aparecer as primeiras imagens. Foram então exibidas algumas dessas imagens de Jesus Cristo mas que não tinham nada a ver com aquelas a que estamos habituados a ver nas nossas Igrejas. Até ao século XI o Messias aparecia normalmente sem barba, com cabelo curto e um rosto que em nada se parece com a atual imagem.
De seguida, o Prof. Luís Mateus exibiu um vídeo através do qual pudemos ver a evolução da imagem de Jesus Cristo a partir do século XII. Para a alteração desta imagem foi fundamental o Santo Sudário de Turim, que se crê tenha sido o manto que cobriu Jesus de Nazaré quando foi sepultado. É possível ver estampado neste tecido a imagem que se diz ser de Jesus Cristo e onde é possível observar o dorso e o ventre com sinais da flagelação, bem como um rosto com barba e bigode e cabelos compridos o que nos remete para o Jesus que nos é representado atualmente.
Durante uma hora e meia a plateia esteve totalmente absorvida com as explicações que o Prof. Luís Mateus foi dando sobre um tema muito interessante, mas desconhecido da maior parte das pessoas. Antes de terminar, foi ainda dada a oportunidade para os presentes colocarem algumas questões que gostassem de ver esclarecidas, as quais mereceram respostas por parte do orador.
Foi mais uma oportunidade para enriquecermos os nossos conhecimentos, que é, aliás , um dos grandes objetivos da nossa Instituição. Pena foi que uma iniciativa tão importante para a nossa cultura não tivesse a adesão que seria de esperar. Talvez a culpa também seja de cada um de nós por não termos feito o nosso papel, isto é, não nos termos feito acompanhar de mais um amigo. Fica a lição para o futuro.
25 de Maio de 2024
Jorge Rui Oliveira
Memorando: A primeira aula da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira foi ministrada, no dia 5 de dezembro de 2005, pelo Dr. Magalhães dos Santos, aos quarenta e dois alunos que então constituíam o corpo discente.
Jorge Sequeira, Presidente da Câmara de S. João da Madeira, assumiu, no dia 14 de maio e durante hora e meia, o papel de professor da Universidade Sénior do Rotary, para falar do Conselho da Europa e da sua experiência enquanto membro de alguns dos seus órgãos.
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A primeira parte da palestra centrou-se nas caraterísticas deste organismo, que, ao contrário do que muitos pensam, não faz parte da estrutura da União Europeia. O Conselho da Europa é uma organização internacional que integra 46 países europeus e atua na defesa dos direitos humanos, da democracia e o Estado de direito no continente. A sua sede é em Estrasburgo.
Jorge Sequeira, um dos representantes portugueses no Congresso dos Poderes Locais e Regionais, deu conta da sua experiência no contacto com diferentes realidades sociais e políticas em países membros, nomeadamente na Arménia, na Letónia e na Bósnia Herzegovina. A principal missão das missões em que participou até agora tem sido a de verificar in loco a forma como decorrem os processos eleitorais, mormente ao nível das autarquias. Tal implica um estudo aprofundado dos sistemas eleitorais de cada país, muitos deles completamente diferentes do nosso.
O presidente da Câmara salientou que, apesar do trabalho intenso em que está envolvido, tem conseguido conciliar estas funções com as da autarquia sanjoanense, uma vez que boa parte das missões se realizam durante o fim de semana. Além disso, estas funções têm contribuído para a divulgação do nome e das potencialidades de S. João da Madeira. Explicou ainda que a sua nomeação, bem como a dos restantes membros da delegação portuguesa, resulta de um processo transparente que envolve a Associação Nacional de Municípios, a as freguesias e as Regiões autónomas.
Esta aula diferente trouxe ao salão da Universidade Sénior algumas dezenas de alunos que seguiram, com atenção e curiosidade, a exposição de Jorge Sequeira e, por isso mesmo, dispensaram-lhe no final, uma calorosa salva de palmas.
No dia 27 de maio de 2024, a Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira esteve presente no Encontro de Universidades Sénior de Rotary, que decorreu na cidade da Maia e onde estiveram presentes delegações de 17 instituições. Este encontro foi uma clara demonstração da vitalidade das nossas universidades, como foi sublinhado pelo Governador de distrito Duarte Besteiro. A nossa delegação participou nos vários momento do encontro, nomeadamente fazendo integrar a sua bandeira nos desfiles do início e do final do encontro. Em palco, a nossa Tuna, dirigida pelo maestro Filipe Oliveira, interpretou, brilhantemente, três composições ligadas ao tema do cinquentenário do 25 de abril. Ao Rotary Club da Maia, uma palavra de apreço e de parabéns pelo trabalho desenvolvido e por nos terem dado oportunidade de mostrar aquilo que se faz na nossa universidade.
E foram cravos de liberdade. Com uma abertura sombria, a lembrar que não nos podemos esquecer do que passámos, as nossas atrizes e os nossos atores pisaram corajosamente o palco, mostrando como se pode vencer o medo dos medos. E ainda tiveram tempo de nos fazer pensar, de nos fazer recordar e de nos fazer rir.
O final teve um pouco de tudo: distribuição de cravos, evocação das memórias do grupo, reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela encenadora, professora Cristina Marques, e por todo o grupo, e, finalmente, o enaltecimento do papel pedagógico do Teatro, posto em relevo pela professora Cristina Reis, do Espaço Aberto e pela vereadora Irene Guimarães.
Apetece-nos dizer: venham mais cravos!
O grupo "Cultura Viva", constituído maioritariamente por alunos e professores da nossa Universidade, apresentou, no passado dia 9 de abril, a peça "Objetivamente".
Objetivamente, o filme que tentaram realizar, está condenado ao fracasso. Mas valeu pelo profissionalismo dos atores, que tudo fizeram para satisfazer um realizador rabugento.
Aos muitos amigos que quiseram gargalhar nos Paços da Cultura, o agradecimento por partilharem da nossa boa disposição..
O Festival de Teatro está aí e o Anim'arte também. É já no dia 25 de março, pelas 21.30, nos Paços da Cultura. Bilhetes à venda nos locais do costume.
A peça chama-se "Cravos da liberdade".
Participação do grupo da Universidade Sénior do Rotary, dizendo poemas de José Fanha.
AVISO
Há um novo horário em vigor, a partir de 19 de fevereiro. Consulte a página "Horários", ou a publicação ao fundo desta mesma página.
Às 8 horas do dia 2 de Fevereiro, 48 alunos da Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira partiram desta cidade em direção a Coimbra, para um passeio de carácter cultural, com um itinerário previamente estabelecido com a Universidade de Coimbra, Convento de Santa Clara-A-Velha e Quinta das Lágrimas. Viajamos num cómodo autocarro gentilmente cedido pela Junta de Freguesia de S. João da Madeira e conduzido pelo diligente motorista Sr. Afonso.
Por: Jorge R. Oliveira
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Por impedimento da nossa Diretora, Drª Susana Silva, coube ao Prof. Celestino Pinheiro chefiar a missão, o qual, aliás, já tinha feito os contactos para definir os horários das visitas.
Chegados à Universidade de Coimbra por volta 9h30 e para agilizar as visitas, considerando o número elevado de pessoas, formaram-se dois grupos cada um acompanhado de uma guia.
O primeiro local a visitar foi o Gabinete de Curiosidades. Neste Museu é possível observar esqueletos de animais exóticos, minerais raros vindos de vários continentes e recolhidos ao longo de séculos, esculturas africanas, máscaras brasileiras e muito mais.
Passámos depois ao Museu Académico. É um museu que reúne um espólio muito diverso que testemunha a vida académica coimbrã de muitas décadas. Ali estão expostos exemplares de trajes académicos, um carro alegórico que desfilou na queima das fitas, instrumentos musicais, discos e partituras relacionados com o fado de Coimbra, trofeus e fotografias da equipa da Associação Académica de Coimbra, esculturas, gravuras, uma listagem com o nome das muitas repúblicas que existiram na cidade e muitos outros documentos que dão conta da tradição académica.
Seguiu-se uma visita ao Laboratório Chímico construído no século XVIII para ali se introduzir o ensino da química. Este laboratório, com o Colégio de Jesus ao lado, guarda coleções científicas de física, geologia e mineralogia, bem como as evoluções destas ciências ao longo dos séculos.
Ainda da parte da manhã, foi possível visitar o Paço das Escolas, originalmente conhecido como Alcáçova de Coimbra, onde se situa todo o núcleo histórico e monumental da Universidade. Visitámos a Sala dos Grandes Atos, também conhecida como Sala dos Capelos, Capela de S. Miguel, com o magnífico órgão de tubos, a prisão académica para onde eram levados estudantes que fossem apanhados a roubar livros, a copiar nos exames ou até a dormir nas aulas. A Universidade nessa época tinha o privilégio de poder julgar e condenar esses delitos. Ainda neste núcleo, visitamos a monumental Biblioteca Joanina que alberga dezenas de milhares de livros exemplarmente conservados e de grande valor cultural e que está acessível para consulta, sob determinadas regras.
Terminando a visita à Universidade, seguiu-se um intervalo para almoço pois já passavam das 13h00. O Prof. Celestino já tinha contactado previamente o Restaurante Justiça e Paz que funciona próximo da Universidade e que disponibilizou espaço para o grupo. Embora com uma ementa curta, mas muito acessível, encontramos lugar para descansar e repor energias para enfrentar a segunda parte do programa.
Assim, após o almoço fomos para o Convento de Santa Clara-A-Velha, considerado Monumento Nacional desde 1910. Iniciámos a visita com a exibição de um filme com cerca de 15 minutos que nos deu a conhecer a história do Convento, desde a sua fundação no século XIII. De seguida, e acompanhados de uma guia, fomos conduzidos até ao Museu do Mosteiro que nos mostra a vida das freiras clarissas que ali viveram até ao ano de 1677 e que devido às cheias do rio Mondego, que periodicamente assolavam aquele local, mudaram-se para o Convento de Santa Clara-A-Nova, instalado numa quota superior e a salvo das cheias.
Tem havido um esforço por parte das várias entidades responsáveis para recuperar o Mosteiro de Santa Clara-A-Velha, mas ainda assim, embora com menos frequência, as invasões das águas do Mondego vão atrasando as obras de recuperação.
Para terminar em beleza a nossa viagem, fomos até à Quinta das Lágrimas. E ali, acompanhados de uma guia bem preparada, passamos pela Fonte dos Amores e Fonte das Lágrimas e ao mesmo tempo fomos ouvindo a história daquele aprazível local que foi testemunha dos episódios dos grandes amores de Pedro e Inês imortalizados por Luís de Camões nos Lusíadas. Podemos ainda observar a riqueza destes jardins com árvores centenárias e únicas no País.
Terminada a visita cerca das 18h00 iniciamos a viagem de regresso a S. João da Madeira onde chegamos cerca das 19h30, cansados, mas com a alma cheia por ter tido a oportunidade de enriquecermos os nossos conhecimentos.
5 de Fevereiro de 2024
Jorge R. Oliveira
Para ver todas as fotos, clique em : Passeio a Coimbra
Faleceu a D. Laurinda Soares Sá Cardoso, segunda professora de Culinária da nossa Universidade.
Hoje, dia 18 de janeiro, realizou-se, no salão da Universidade, uma demonstração destinada ensinar os interessados a fazerem queijo fresco. A iniciativa partiu do professor Daniel Neto, que trouxe como convidado o Eng. Arlindo Reis, técnico de uma empresa de laticínios da região. A demonstração incluiu a colocação dos ingredientes e os procedimentos iniciais. Foi, ainda, possível verificar o resultado final, através de um queijo feito com antecedência, uma vez que o processo completo demora algum tempo. Foram, também, dadas algumas informações úteis sobre alimentação, conservação de alimentos e curiosidades relativas à indústria de laticínios.
Terminado o primeiro período do ano letivo de 2023/2024 é oportuno recordarmos as aulas de Português Jornalismo da Universidade Sénior do Rotary Clube de S. João da Madeira.
Autor - Jorge Rui Oliveira
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Padre António Vieira
Cumprindo o programa previamente estabelecido pelo Prof. Celestino Pinheiro, com a concordância de todos os alunos, iniciamos o ano com a leitura do Padre António Vieira. Considerada uma das personagens mais marcante da sua época, o Padre António Vieira foi um religioso jesuíta, filósofo, diplomata, escritor, mas foi sobretudo um dos maiores oradores portugueses, tonando-se conhecido pelas centenas de sermões que pregou, quer em Portugal quer no Brasil. Fernando Pessoa chamou-lhe o Imperador da Língua Portuguesa.
Tivemos a oportunidade de tomar contato com alguns dos mais famosos Sermões do Padre António Vieira com a exibição dum vídeo, mas também pela leitura de excertos do Sermão de Santo António, O Estatuário, Sermão da Sexagésima e Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as da Holanda, selecionados pelo Prof. Celestino Pinheiro.
O Padre António Vieira foi também um diplomata da confiança de D. João IV, que o enviou pela Europa em diversas missões diplomáticas.
No Brasil foi mal compreendido e alvo de ódio e perseguição pela posição assumida a favor dos direitos dos povos indígenas e mesmo no seio da Igreja Católica teve muitos inimigos ao denunciar os métodos utilizados pela Inquisição. O Padre António Vieira que passou parte do tempo entre Portugal e Brasil, fixou-se definitivamente naquela colónia, onde morreu em 1697 com 89 anos.
Bocage
Seguimos para o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage, mais conhecido somente como Bocage. Nascido em Setúbal em Setembro de 1765, passou pelo exército mas acabou por se alistar na marinha. Já como oficial embarcou para Goa. Percorreu as setes partidas do mundo tendo estado na China, India, Macau, Rio de Janeiro e outras longínquas paragens.
Mas foi como poeta que Bocage se notabilizou. Os seus sonetos são uma obra-prima da nossa literatura, tornando-se um dos poetas mais lidos em Portugal. Era conhecido em Lisboa pela vida de boémio que levava. Aderiu à Nova Arcádia, mas por pouco tempo, pois eram frequentas os conflitos com outros poetas deste movimento literário.
Para além da exibição de um vídeo sobre Bocage da autoria do Prof. José Hermano Saraiva, tivemos a oportunidade de ler alguns sonetos do poeta, com destaque para, Camões, Autorretrato e Olha Marília as flautas dos pastores. Bocage faleceu em Lisboa em 1805 aos 40 anos.
Almeida Garrett
De seguida avançamos para o escritor João Batista Leitão Almeida Garrett, conhecido na nossa literatura como Almeida Garrett que nasceu no Porto em 1799 e faleceu em Lisboa em 1854. Poeta, dramaturgo, prosador e jornalista, teve um papel importante na introdução do romantismo em Portugal. Como dramaturgo destacam-se as peças de teatro Catão, o Alfageme de Santarém e Frei Luís de Sousa.
Também se destacou na política como secretário de estado e ministro. Foi obrigado a exilar-se em Inglaterra por ter abraçado a causa liberal contra o absolutismo de D. Miguel. Fez parte das tropas que desembarcaram no Mindelo e com a vitória do liberalismo regressou a Portugal.
O Prof. Celestino Pinheiro exibiu o vídeo Viagem baseado no livro Viagens da Minha Terra e também tivemos a oportunidade de ler excertos da mesma obra que relata ao mais pequeno detalhe a viagem, de barco, efetuada pelo autor entre Lisboa e Santarém, bem como com a história de amor entre Joana e Carlinhos. Já no início do segundo período, lemos ainda excertos da "Memória ao Conservatório Real", em que Garrett explica as motivações e o estilo da peça "Frei Luís de Sousa" e ainda três belíssimos poemas de "Folhas caídas", entre os quais "Barca bela", num vídeo interpretado pela saudosa Teresa Silva Carvalho. E, assim, ficamos com uma visão mais completa de Garrett, este importante autor do século XIX.
Jorge Rui Oliveira
Rotary Clube de S. João da Madeira e Universidade Sénior
CELEBRAÇÕES DE NATAL SOB O SIGNO DA AMIZADE
Sarau e Almoço
Com o é tradição nesta época, a Universidade Sénior e o Rotary Clube realizaram diversas iniciativas enquadradas no espírito do período festivo que vivemos e tendentes a fortalecer os laços de amizade e companheirismo, elementos unificadores do movimento rotário. Neste caso, assumiram particular relevância o Sarau de Natal e o Almoço de Natal.
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Sarau de Natal da Universidade Sénior
Para a Universidade Sénior, o fim do primeiro período letivo foi também o pretexto para juntar talentos e levar a cabo o tradicional Sarau de Natal. A palavra, a música e a imagem foram as matérias primas de que se fez uma noite de espetáculo, no dia 15 de dezembro, nos Paços da Cultura, com sala completamente cheia. O sarau começou com o momento de teatro, “Crianças perdidas”, palco submerso na escuridão, evocando o drama que milhares de crianças enfrentam com as guerras, a fome e as injustiças. Na segunda parte, o espetáculo teve como orientadores o Pai Natal e o Menino Jesus, aquele um pouco rezingão, este muito obediente, que foram trazendo ao palco cartas de crianças e também as várias turmas atuantes: primeiro de Folclore e depois as turmas de Francês e de Inglês, cada uma delas com interpretações de canções da tradição natalícia dos respetivos países. Participaram ainda as turmas de Dança e de Música, esta última a dar os primeiros passos na oferta letiva da Universidade. O fecho do espetáculo esteve a cargo da Tuna, com interpretações de temas natalícios, muito participados também pelo público.
No final, a diretora da Universidade, Susana Silva agradeceu a todos os que colaboraram na magnífica noite que acabava de se concretizar, lembrou alguns alunos e amigos ausentes por motivos imponderáveis e leu uma mensagem da professora Joana Mesquita, fundadora da Universidade, também ausente por motivos de saúde. Assim terminava a noite, com votos de Bom Natal a todos os presentes e respetivas famílias.
Comissão de Imagem Pública do Rotary Clube de S. João da Madeira
Do aluno Jorge Rui Oliveira recebemos e publicamos um circunstanciado relato do almoço de Natal.
Almoço de Natal 2023
Cumprindo uma tradição, só interrompida nos anos do COVID19, Alunos, Professores, Familiares da Universidade Sénior e membros do Rotary Clube de S. João da Madeira, num total de 130 pessoas, reuniram-se no dia 17 deste mês para o habitual almoço de Natal. E como em equipa que ganha não se mexe, o local eleito para o convívio foi o Restaurante Fénix, onde continuamos a ter um tratamento de excelência.
Após sermos recebidos pela Diretora da Instituição, Drª Susana Silva, e saudados pela presidente do Rotary Club Celeste Silva, deu-se início ao repasto com umas apetitosas entradas, que o estômago agradeceu, pois já se faziam horas. Seguiu-se um creme de legumes e o prato da carne com adornos de boa qualidade, sempre acompanhado de bons vinhos.
De seguida, procedeu-se a um intervalo para dar lugar a um momento de magia, que fez o regalo das crianças presentes mas também dos adultos que continuam a admirar estes mágicos a criar ilusões incríveis.
E pese embora os inúmeros compromissos para esta época, ainda pudemos contar com a presença do Pai Natal que acabava de chegar lá de longe da Lapónia para fazer felizes as crianças presentes. Munido de um saco cheio de prendas logo começou ali a distribuição e era ver a alegria, a ansiedade e até o nervosismo com que as crianças abriram os saquinhos para ver o que vinha lá dentro.
E para completar o repasto, serviram-se as sobremesas de que faziam parte fruta e bolo-rei, terminando com o indispensável café.
Eram cerca das 16 horas quando as pessoas se começaram a despedir, formulando votos para que todos passem o Natal der 2023 com muita saúde, paz e felicidades. E foi desta forma alegre que terminou mais um momento de convívio e partilha de amizades da Universidade Sénior, tão importantes nesta fase da vida.
17 de Dezembro de 2023
Jorge Rui Oliveira
Decorreu, no passado dia 17 de novembro, nas instalações da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira (antiga ACAIS), o primeiro grande momento de convívio que envolveu alunos, professores e ainda amigos e familiares que a eles se quiseram juntar. O pretexto foi a receção aos caloiros, a que se juntou o tradicional magusto, que viria a fechar a noite de convívio.
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Após o serviço de jantar, confecionado por uma competente equipa de cozinheiras e cozinheiros voluntários, que também frequentam a Universidade, realizaram-se os procedimentos de ingresso dos caloiros: o juramento dos seus deveres enquanto alunos e alguns jogos visando o conhecimento mútuo e a capacidade de observação. Acima de tudo, transpareceu a alegria e a boa disposição com que caloiros e veteranos encararam o convívio.
Numa breve intervenção, a presidente do Rotary Club, Celeste Silva, enalteceu o trabalho realizado na Universidade pelos professores voluntários e pela sua diretora Susana Silva, com a participação ativa dos alunos que a frequentam, bem visível no ambiente festivo que animou a noite.
A Universidade Sénior voltará a juntar os seus amigos por alturas do Natal, com duas realizações igualmente tradicionais: o Sarau de Natal, no dia 15 de dezembro, pelas 21.30, nos Paços da Cultura e o Almoço de Natal, no dia 17, pelas 13.00h, no Restaurante Fénix.
Apesar de o ano letivo já se ter iniciado, as inscrições continuam abertas, bastando, para isso, que os interessados se dirijam à Universidade, entre segunda e quinta-feira, durante a tarde.
Português e Jornalismo
(Atualizado em 19 de fevereiro de 2024)
Com uma nova disciplina: Literacia financeira, pelo Dr. Nuno Pinho.
Por: Jorge Rui Oliveira
Dando início oficial ao ano letivo de 2023/2024, realizou-se, no passado dia 18 do corrente, uma Reunião Geral de Alunos da Universidade Sénior/Rotary de S. João da Madeira, presidida pela Diretora Drª Susana Silva, tendo marcado presença mais de 60 pessoas, entre as quais caloiros e alguns professores.
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Começando por dar as boas-vindas a todos aqueles que transitaram do ano passado e dirigindo depois uma saudação especial para os novos alunos que vieram fazer parte da nossa Comunidade, a Drª Susana começou por divulgar os horários para o presente ano letivo, ressalvando, contudo, que estes horários poderão ainda sofrer algumas alterações, sugeridas pelos alunos, mas sempre harmonizadas com as disponibilidades dos Professores e das salas.
De seguida, a Diretora apresentou algumas iniciativas previstas para este ano letivo.
A Universidade Sénior pretende associar-se às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril pelo que, para além de algumas ideias que a Direção já tem em mente, foram solicitadas sugestões aos alunos para que esta data tão simbólica, que marcou o regresso à democracia em Portugal, possa ser comemorada com a maior dignidade por parte da nossa Instituição.
Foram divulgados os dois itinerários para a caminhada do dia 23/9, que tinha sido adiada na semana anterior por razões climatéricas.
Tendo em vista a colaboração com a Direção, foram constituídas duas comissões de voluntários, com quatro alunos cada, para estudar e propor à Direção algumas iniciativas, a saber:
Primeira comissão:
· Organização dos almoços/jantares para: receção ao caloiro, magusto do S. Martinho, Natal e outros eventos.
Segunda Comissão
· Estudar e propor passeios e visitas de estudo para o corrente ano letivo, considerando o pouco dinamismo nesta área no ano passado.
Estas comissões devem reunir-se sempre que possível e recomendar à Direção da Universidade sugestões sobre os temas para os quais foram constituídas.
Outros assuntos:
Delegados de turma
· Constatando-se que no último ano houve alguma displicência na eleição dos delegados de turma, a Drª Susana reiterou a necessidade para que nas primeiras aulas de cada disciplina sejam eleitos os delegados de turma para o corrente ano e comunicados à Direção.
Receção ao caloiro
· Oportunamente a Direção da Universidade indicará a data para este evento.
Está prevista uma visita à Assembleia da República para os meses de janeiro ou fevereiro de 2024.
Após cerca de uma hora e meia de franca, aberta e interessante discussão sobre a vida da nossa Universidade e com muitas intervenções por parte dos alunos, a Drª Susana Silva deu como concluída a reunião, aproveitando a oportunidade para desejar um bom ano para todos os que transitaram do ano passado, bem como para os que estão a chegar, para que se sintam felizes por vir fazer parte desta comunidade, que é a Universidade Sénior/Rotary de S. João da Madeira.
Jorge Rui Oliveira
18 de Setembro de 2023
Pelos caminhos de Casaldelo
Adiada para
23 de setembro - 10h -Junto à Escola de Casaldelo
Orientada pelo professor Daniel Neto
Inscrições junto das organizações promotoras