JOELMIR BETING

JOELMIR BETING

29/11/2012 06:30 | Por Estadão e MSN

Morre o jornalista Joelmir Beting

Além do motivo dele ter sido um ótimo profissional, coloquei aqui a notícia de sua morte por causa de um fato muito interessante para a nossa fé: ele era completamente gago, e coroinha do Padre Donizetti Tavares de Lima, de Tambaú, e, num certo dia em que ele e alguns outros coroinhas tomavam café com o padre, após a missa, ele quis falar algo ao sacerdote e não conseguia, por causa da gagueira. O sacerdote, sem titubear, colocou a mão na cabeça dele e disse: “De hoje em diante, você está curado da gagueira”. E e assim se fez. O Joelmir Bettin curou-se da gagueira e seguiu a carreira de locutor e apresentador. Deus é maravilhoso em suas obras, e o padre Donizetti Tavares de Lima um de seus santos diletos. 

Vejam essa notícia neste texto:


Na década de 1950, mais de 40 mil pessoas chegavam diariamente a Tambaú, a 332 quilômetros de São Paulo. O fenômeno movimentava o município de menos de 20 mil habitantes, até então conhecido pela produção de cerâmica. Vinham em busca dos milagres do padre Donizetti Tavares de Lima. 


Mineiro de Santa Rita de Cássia, Donizetti ficou conhecido pelas curas, bênçãos e devoção por Nossa Senhora Aparecida. Chegou à cidade paulista em 12 de junho de 1926 e assumiu a paróquia de Santo Antônio. Primeiro milagre registrado: um vendedor de vinho sofria de reumatismo e, horas depois do encontro com o vigário, voltou a andar. 


Mais de 700 feitos extraordinários são creditados a Donizetti, o que levou fiéis a pedir sua beatificação, processo em andamento. O jornalista Joelmir Beting foi um dos que testemunhou no Vaticano. Coroinha e aluno de Donizetti, conta que, quando criança, era gago e ele o curou. Tornaram-se amigos e, com incentivo do padre, o futuro jornalista mudou para São Paulo para estudar. 


Tambaú passou a Cidade da Fé e até hoje atrai turistas que visitam o santuário, o túmulo e a casa onde viveu o padre até 1961, quando morreu aos 79 anos. No ano passado, mais uma atração: ficou pronta a ligação Tambaú-Aparecida, o maior trajeto religioso do País, com 415 quilômetros. Tudo em homenagem ao padre caipira milagroso. 


SAIBA MAIS 

Padre Donizetti de Tambaú, de José Wagner Cabral de Azevedo.

O jornalista Joelmir Beting morreu na madrugada desta quinta-feira (29/11/2012) aos 75 anos em São Paulo. Ele estava internado desde 22 de outubro por causa de complicações renais, resultantes de uma doença autoimune. O quadro se agravou após o acidente vascular encefálico, que o deixou em coma e respirando com ajuda de aparelhos.

Ele respirava com auxílio de aparelhos desde o último domingo. Joelmir havia entrado em estado de coma irreversível, segundo boletim médico divulgado nessa quarta-feira pela equipe médica do Albert Einstein.

Divulgação

A notícia da morte foi confirmada no começo da madrugada por seu filho no Twitter. "Um minuto de barulho por Joelmir Beting", escreveu.

O corpo será velado na manhã desta quinta-feira, a partir das 8h, no cemitério do Morumbi, zona sul de São Paulo.

Joelmir Beting era casado desde 1963 com Lucila e teve dois filhos: o também jornalista Mauro Beting, e o publicitário Gianfranco.

Mauro Beting, que estava no ar pela Rádio Bandeirantes, leu uma carta em homenagem ao pai. Num trecho dela, disse: "Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa. Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas".

Nascido em 21 de dezembro de 1936 na cidade de Tambaú, interior paulista, o palmeirense Joelmir Beting trabalhava atualmente na TV Bandeirantes, onde fazia comentários e apresentava o Canal Livre. Joelmir cursou sociologia na USP e iniciou a carreira jornalística em 1957 na Rádio Jovem Pan e nos jornais O Esporte e Diário Popular, como repórter esportivo, mas resolveu partir para o noticiário econômico.

No final dos anos 60, assumiu a editoria de economia da Folha de S.Paulo. Em 1991, ele se transferiu para o Estado, onde permaneceu até janeiro de 2004. Joelmir também escreveu dois livros e ensaios em revistas semanais e passou pelas tevês Gazeta, Record, Globo e Bandeirantes.