Bernardim Ribeiro

Português e Jornalismo

A propósito de Bernardim Ribeiro


Por: Jorge Rui Oliveira


Depois de termos lido e interpretado textos de D. Dinis, Fernão Lopes e Gil Vicente, esta semana tivemos a oportunidade de conhecer Bernardim Ribeiro, seguindo o formato definido para o ano letivo de 2022/23 para as aulas de Português e Jornalismo.

Pouco se sabe sobre a vida deste escritor e mesmo as datas de nascimento e da morte que aparecem em algumas biografias não são coincidentes. Admite-se que tenha nascido em 1482 no Torrão, Alentejo, a avaliar por algumas alusões autobiográficas quando o autor se refere à aldeia que chamam Torrão e a um “monte” lá existente. Aliás a localidade do Torrão, ostenta uma estátua em homenagem ao escritor, assumindo que foi nessa localidade que nasceu Bernardim Ribeiro. Terá estudado na Universidade de Coimbra e frequentou a corte de D. Manuel I, em Lisboa participando nos serões poéticos, sendo por isso considerado um poeta palaciano, a exemplo de Sá de Miranda, Garcia de Resende e Gil Vicente. Foi nesses serões que conheceu Francisco Sá de Miranda, de quem se tornou grande amigo. Numa das versões da écloga Basto, de Sá de Miranda, as palavras do pastor Bieito parecem confirmar esta amizade e a origem de Bernardim Ribeiro: “Tornaste-me ora à lembrança/ Um amigo do Torrão”. Colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende e foi graças a essa colaboração que a obra de Bernardim Ribeiro chegou até aos nossos dias, integrada no referido Cancioneiro.

Na sua obra, não sendo muito extensa, destaca-se, contudo, a novela Menina e Moça, cinco éclogas e o romance “Ao longo de uma ribeira”.

Terá morrido em 1552, em Lisboa, mas a data não é consensual.

Na aula de hoje o Prof. Celestino Pinheiro proporcionou à turma a leitura da Écloga II, de Bernardim Ribeiro. Um texto que nos conta a história de um pastor de nome Jano, perdido de amores por Joana, guardadora de patos na ribeira do Tejo onde vivia com seu Pai. O pastor que teria vindo dum Alentejo com falta de água e prados secos, à procura de melhor alimento para seu gado, enamorou-se por essa tal Joana. A leitura de Écloga prendeu-nos de tal forma que o Prof. Celestino não deu por terminada a aula sem sabermos o final da história.

Na próxima aula vamos conhecer o poeta Garcia de Resende.

29/1/2023

Jorge Rui Oliveira