T.S. Eliot.Tradição e talento individual

Fichamentos bibliográficos diplomáticos de Isaias Carvalho

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ELIOT, Thomas Stearns. Tradição e Talento Individual. In: Ensaios. Trad. e int. Ivan Junqueira. São Paulo: Art Editora, 1989. p. 37-48

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I- Cada nação, cada raça, tem não apenas sua tendência criadora, mas também sua tendência crítica de pensar. P. 37 A crítica é tão inevitável quanto o ato de respirar.[...] pretendemos {leitores críticos} encontrar o que é individual, o que é a essência peculiar do homem. P. 38 {A tradição implica um significado muito mais amplo. Deve ser conquistada e não herdada. Ela envolve o sentido histórico [...] Esse sentido histórico, que é o sentido tanto do atemporal quanto do temporal e do atemporal e do temporal reunidos, é que torna um escritor tradicional} p. 38-9 Nenhum artista tem sua significação completa sozinho. P. 39 * Harmonia entre o antigo e o novo. P. 39 O poeta deve ter a consciência de que ele deve inevitavelmente ser julgado pelos padrões do passado. [...] * Relação entre o poeta e o passado. P. 40 Em arte nunca se aperfeiçoa, mas o material da arte jamais é inteiramente o mesmo.[...] A mentalidade nacional é mais importante que a individual, particular. [...] * Diferença entre o presente e o passado. P. 41 O poeta deve desenvolver ou buscar a consciência do passado e que possa continuar a desenvolvê-la ao longo de toda a sua carreira. [...] A evolução de um artista é um contínuo auto-sacrifício, uma contínua extinção da personalidade. P. 42

II- A crítica honesta e a avaliação sensível dirigem-se, não ao poeta, mas à poesia. P. 42 poesia como uma conjunto vívido de toda a poesia já escrita até hoje. [...] A mente do poeta maduro difere da mente do imaturo. [...] por constituir um meio mais finamente aperfeiçoado em que sentimentos especiais, ou muito variados, estão livres para participar de novas combinações. P. 43 Quanto mais perfeito for o artista, mais inteiramente separado estará nele, o homem que sofre e a mente que cria, e com maior perfeição saberá a mente digerir e transfigurar as paixões que lhe servem de matéria-prima. P. 43 * Emoções e sentimentos. P. 43-4 A mente do poeta é de fato um receptáculo destinado a capturar e armazenar um sem-número de sentimentos, frases, imagens, que ali permanecem até que todas as partículas capazes de se unir para formar um novo composto estejam presentes juntas. P. 44 O mau poeta é habitualmente inconsciente onde deve ser consciente e consciente onde deve ser inconsciente.[...] A poesia não é uma liberação da emoção, mas uma fuga da emoção; [...] apenas aqueles que têm personalidade e emoções sabe o que significa querer escapara dessas coisas. P. 47.