RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE PESCOÇO
Técnica:
Foram realizados cortes axiais, coronais e sagitais, nas sequências T1, T2, FLAIR, SWI, Difusão, utilizando-se meio de contraste endovenoso (gadolínio) em aparelho de ressonância magnética de ultra-alto campo (3.0 Tesla).
Interpretação:
Estudo comparativo com ressonância magnética de outro serviço datada de 05/09/2012.
Persiste a lesão expansiva, localizada na porção superficial da glândula parótida direita, arredondada, com contornos lisos e limites bem definidos, apresentando hipossinal na sequência ponderada em T1 e hipersinal em T2, com realce parietal ao meio de contraste endovenoso (gadolínio), medindo no presente estudo 1,5 cm (craniocaudal) x 1,2 cm (anteroposterior) x 0,8 cm (laterolateral).
Ausência de linfonodomegalias cervicais.
Parótida esquerda e glândulas submandibulares sem alterações.
Recessos faríngeos, tórus tubários, palato mole e língula com sinal usual.
Valéculas e seios piriformes anatômicos.
Tireoidectomia.
Ectasia da veia jugular interna esquerda, medindo 3,3 cm.
Planos musculares e adipsos sem alterações.
Impressão diagnóstica:
A lesão na parótida direita, descrita acima, apresentou discreto aumento volumétrico em relação ao exame prévio, devendo ter como diagnósticos diferenciais, adenoma pleomórtico e tumor de Warthin.
Ectasia da veia jugular interna esquerda (sem significado clínico).
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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE PESCOÇO
Técnica:
Foram realizados cortes axiais, coronais e sagitais, nas sequências T1, T2, FLAIR, SWI, Difusão, utilizando-se meio de contraste endovenoso (gadolínio) em aparelho de ressonância magnética de ultra-alto campo (3.0 Tesla).
Interpretação:
Foi realizado estudo comparativo com tomografia computadorizada do dia 29/08/2016.
Observa-se uma área irregular com realce pelo meio de contraste obliterando o plano adiposo da região cervical, do terço médio e inferior à esquerda, medialmente ao músculo esternocleidomasteoideo e anteriormente aos vasos carotídeos, sugerindo áreas de fibrose.
Não se identifica o trajeto fistuloso da região cervical esquerda, descrito em exame prévio.
Não são identificadas no presente exame, coleções líquidas anômalas, em ambas as regiões cervicais.
Todos linfonodos visibilizados apresentam aspecto fusiforme e são menores do que 1,0 cm no eixo curto.
Glândulas parótidas, submandibulares e tireoide de volume e intensidade de sinal dentro da normalidade, não se identificando nódulos.
O restante da musculatura da região cervical apresenta morfologia e intensidade de sinal habituais.
Orofaringe, rinofaringe, laringe e traqueia permeáveis, sem alterações perceptíveis.
Estrutura óssea com intensidade de sinal dentro da normalidade.
Ausência de processo expansivo.
Conclusão:
Imagem com realce pelo meio de contraste, obliterando os planos adiposos da região cervical esquerda no terço médio/ inferior, sugerindo áreas de fibrose.
Não foram identificadas coleções anômalas ou trajeto fistuloso, no presente exame.
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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE PESCOÇO
Técnica:
Exame realizado em equipamento de ultra-alto campo (3.0 Tesla), com cortes multiplanares obtidos com as sequências T1 TSE, T2 TSE e STIR, sem e com saturação de gordura, antes e após a infusão pelo meio de contraste endovenoso (gadolínio).
Interpretação:
Observa-se estrutura nodular, com sinal intermediário em todas as sequências e realçando pelo meio de contraste endovenoso (gadolínio), localizada no aspecto posterior da língua, na topografia do forame ceco, medindo cerca de 2,0 cm x 1,8 cm x 1,4 cm.
Existem alguns linfonodos cervicais, porém infracentimétricos nos eixos curtos.
Parótidas e submandibulares com sinal preservado.
Estruturas da rinofaringe, hipofaringe e laringe sem alterações.
Não há evidência de tecido tireoidiano em sua localização anatômica habitual.
Impressão Diagnóstica:
As alterações acima descritas, apresentam características de tecido tireoideo ectópico na base da língua (forame ceco). Sugere-se prosseguimento da investigação diagnóstica, através de cintilografia da tireoide, a juízo do médico assistente.
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NASOFARINGE
Aumento volumétrico das tonsilas faríngeas (adenóides) determinando redução da coluna aérea da nasofaringe, achado habitual para a faixa etária.
CISTO DE TORNEALDT
Obs.: Presença de cisto de Tornwaldt na parede posterior da rinofaringe à direita.
OROFARINGE
Aumento volumétrico das tonsilas faríngeas (adenoides), determinando redução da coluna aérea da rinofaringe.
Aumento volumétrico das tonsilas palatinas, determinando redução da coluna aérea da orofaringe.
Aumento volumétrico das tonsilas palatinas e linguais, determinando redução da coluna aérea da orofaringe e obliteração das valéculas respectivamente.
Aumento volumétrico das tonsilas faríngeas (adenoides) e palatinas, determinando redução da coluna aérea da rino e orofaringe respectivamente.
Sinais de doença peri / endodôntica dos elementos dentários remanescentes da arcada superior. Notam-se diminutas áreas de descontinuidade óssea do assoalho do antro maxilar direito, podendo corresponder a fístulas oroantrais, no contexto clínico apropriado.
DEISCENCIA MILOHIOIDE
Deiscência do músculo milo-hióideo à direita com insinuação da glândula sublingual para o espaço submandibular adjacente.
A glândula sublingual direita insinua-se pela deiscência do músculo milo-hióide até a região submandibular homolateral.
ESPESSAMENTO DO COMPLEXO UVULOPALATAL
Espessamento complexo uvulopalatal determinando redução do calibre da coluna aérea da orofaringe ao nível do palato mole.
AMIGDALITE COM COLEÇÃO
Aumento volumétrico das tonsilas palatinas, as quais apresentam aspecto estriado de realce pelo meio de contraste iodado, compatível com alterações de natureza inflamatória, determinando redução luminal da orofaringe. Entretanto, não foram evidenciadas imagens compatíveis com coleções de permeio às tonsilas palatinas, detectáveis por este método.
Achados compatíveis com coleção ocupando o espaço parafaríngeo direito, estendendo-se inferiormente aos espaços sublingual e submandibular homolaterais, promovendo deslocamento medial da tonsila palatina direita e contribuindo para redução luminal da orofaringe. Esta coleção não apresenta cápsula definida, medindo cerca de 3,5 x 2,2 x 1,6 cm, mantendo contato com a glândula sublingual e deslocando inferiormente a glândula submandibular direita, determinando abaulamento local da face.
O processo inflamatório estende-se ao espaço cervical anterior direito, com densificação de seus planos gordurosos, porém sem evidências de outras coleções nesta topografia.
A glândula submandibular direita apresenta dimensões discretamente aumentadas e contornos rombos, compatível com sialoadenite por contiguidade neste contexto. Alterações semelhantes, porém menos intensas são também observadas na glândula sublingual homolateral.
Nota-se tênue densificação do espaço retrofaríngeo / perigoso desde a transição da naso com a orofaringe até o nível da área pós-cricóide, porém sem sinais de densificação da gordura mediastinal superior.
Nota-se edema do tórus tubário e da parede lateral direita de toda a faringe, com redução das dimensões da fosseta de Rosenmüller e do óstio da tuba auditiva homolaterais.
Linfonodos aumentados em número, alguns de dimensões também aumentadas, por vezes com perda de seus hilos gordurosos nas cadeias submandibulares, jugulares internas superiores, médios e inferiores, bem como nas cadeias espinais acessórias, de aspecto reacional neste contexto. Os linfonodos são maiores e mais numerosos nas cadeias cervicais direitas.
Acentuado aumento volumétrico da tonsila palatina direita, a qual apresenta realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando áreas hipoatenuantes mal definidas, algumas delas exibindo fino realce periférico, medindo em conjunto 3,5 x 2,3 x 3,2 cm (CC x AP x LL), nos maiores eixos transversos, destacando-se a maior medindo cerca de 1,0 cm no seu interior determinando, em conjunto, redução luminal da orofaringe nesta topografia. Tais achados são compatíveis com processo inflamatório / infeccioso agudo, com provável coleção/abscesso no seu interior no contexto clínico apropriado.
Superiormente estende-se ao palato mole à direita, determinando espessamento do mesmo. Nota-se também extensão para a parede lateral da rinofaringe, com obliteração da fosseta de Rosenmüller. Lateralmente há obliteração parcial e densificação da gordura do espaço parafaríngeo direito.
Tonsila palatina esquerda de dimensões aumentadas e realce homogêneo pelo meio de contraste iodado, sem evidências de coleções detectáveis ao método, contribuindo também para a redução luminal da orofaringe nesta topografia.
Tênue densificação do espaço retrofaríngeo / perigoso da nasofaringe ao plano do osso hióide. Entretanto, não há sinais de coleção nesta topografia, bem como sem sinais de densificação dos planos gordurosos do espaço visceral ou do mediastino superior.
Linfonodomegalias nos níveis IB e II bilaterais, notadamente à direita, bem como retrofaringea direita, o maior deles jugular interno superior direito, medindo 2,1 x 1,7 cm, nos maiores eixos transversos. Outros linfonodos proeminentes, porém de dimensões habituais, nos níveis V, de aspecto reacional, neste contexto.
Discreto aumento volumétrico da tonsila palatina esquerda. Destaca-se imagem compatível com coleção sem realce periférico significativo pelo meio de contraste iodado no segmento lateral da tonsila palatina esquerda, medindo cerca de 1,7 x 0,9 cm no plano axial, deslocando lateralmente o espaço parafaríngeo homolateral, o qual se apresenta parcialmente obliterado e com seus planos gordurosos densificados.
Achados compatíveis com coleção laminar acometendo o espaço retrofaríngeo / perigoso desde a transição da nasofaringe com a orofaringe, até o nível do mediastino superior, onde há densificação dos planos gordurosos locais.
Imagem compatível com coleção periamigdaliana à esquerda, apresentando realce capsular irregular pelo meio de contraste, medindo cerca de 2,2 x 1,5 x 1,5 cm nos maiores eixos. Tal coleção determina abaulamento da parede lateral esquerda da orofaringe, e se associa a espessamento do palato mole, com discreto desvio contralateral da úvula, sem extensão significativa à rinofaringe, e espessamento assimétrico da parede lateral direita da orofaringe.
Promove ainda obliteração da gordura do espaço parafaríngeo e do espaço submandibular deste lado e espessamento da parede lateral esquerda da oro e hipofaringe, até a região do seio piriforme deste lado, bem como base da língua à esquerda, bem como epiglote e prega faringoepiglótica à esquerda. Há discreta densificação da gordura pré-epiglótica e paraglótica deste lado, e determina também densificação da gordura do espaço retrofaríngeo/perigoso em todo o pescoço, sem evidências de extensão ao mediastino.
DISPLASIA CEMENTAL
Espessamento cortical difuso da mandibula e maxila com multiplos focos nodulares hiperdensos nos processos alveolares, envolvendo as raizes dentarias, com componentes hipoatenuantes associados, que se insinuam para o interior dos seios maxilares e abaulam os contornos da mandibular. Destaca-se aumento volumétrico do corpo mandibular a esquerda que apresenta-se preenchido por material com atenuação de partes moles e realce ao meio de contraste iodado, mantendo íntimo contato com canal do nervo alveolar inferior homolateral. Nota-se ainda área de descontinuidade da cortical na face vestibular nesta topografia. Não há sinais de reação periosteal ou reabsorção de elementos dentários.
Este conjunto de achados não é específico, devendo-se considerar como principal hipotese a de lesões múltiplas de natureza odontogenica, dentre elas displasia cemento-óssea periapical. As alterações comprometendo o angulo e ramo ascendete esquerdos da mandibula pode representar alteraçoes sequelares de eventual manipulacao cirurgica associado a lesoes cementoósseas, não sendo possível descartar a possibilidade de processo inflamatorio / infeccioso associado. Correlacionar com dados clinicos e laboratoriais.
ABSCESSO ODONTOGÊNICO
Coleção líquida laminar, com bolhas gasosas de permeio, junto à face vestibular da porção esquerda do corpo da mandíbula, na altura dos pré-molares e primeiro e segundo molar deste lado e envolvendo o forame mentoniano Mede cerca de 2,9 x 1,6 x 0,5 cm. Há densificação dos planos musculoadiposos adjacentes, com extensão para a região submandibular, com espessamento do complexo platisma / fáscia cervical superficial e abaulamento local.
Nota-se extensão para o músculo masseter e bucinador à esquerda, determinando espessamento dos mesmos. Nota-se obliteração do espaço parafaríngeo esquerdo.
O terceiro molar inferior esquerdo está incluso no processo alveolar da mandíbula, de curso oblíquo e com a coroa desviada medialmente, mantendo contato com o colo do molar adjacente. Achados compatíveis com cisto periapical relacionada às raízes do segundo molar inferior esquerdo que mantém contato com o canal do nervo alveolar e nota-se tênue descontinuidade da cortical lingual adjacente. Notam-se sinais de osteíte condensante junto aos molares.
Sinais de doença periodôntica no terceiro molar inferior esquerdo com reabsorção do processo alveolar ao redor do colo e do segmento superior das raízes deste elemento dentário, com afilamento da cortical lingual adjacente. Achados compatíveis com coleção exibindo realce capsular pelo meio de contraste iodado, medindo cerca de 3,0 x 2,0 x 0,9 cm nos seus maiores eixos, adjacente à face lingual do processo alveolar no nível do terceiro molar inferior esquerdo, favorecendo a possibilidade de abscesso odontogênico neste contexto, localizado no espaço sublingual esquerdo, promovendo deslocamento medial desta glândula salivar. A glândula sublingual esquerda apresenta dimensões aumentadas e intenso realce pelo meio de contraste, compatível com sialoadenite por contiguidade.
O processo inflamatório densifica os planos adiposos do assoalho bucal, dos espaços submandibulares e submentoniano, bem como do subcutâneo adjacente, sendo tais alterações mais evidentes à esquerda, observando-se também densificação da gordura dos espaços mastigador e parafaríngeo homolaterais. Há espessamento do complexo platisma / fáscia superficial nestas topografias, com discreto abaulamento local.
Linfonodos aumentados em número, porém mantendo dimensões e demais características tomográficas preservadas nas cadeias submandibulares, submentoniana, jugulares internas superiores, médias e inferiores, bem como nas cadeias espinais acessórias e supraclaviculares, sendo maiores e mais numerosos à esquerda, de aspecto reacional neste contexto.
Achados compatíveis com doença peri e endodôntica no primeiro molar inferior direito com reabsorção do processo alveolar ao redor de suas raízes e formação de pequenos cistos periapicais. Este elemento dentário apresenta erosão parcial de sua coroa, sendo que o cisto periapical relacionado à sua raiz posterior rompe a cortical lingual do processo alveolar adjacente.
Achados compatíveis com coleção de limites mal definidos, medindo cerca de 1,5 x 1,4 x 0,5 cm nos seus maiores eixos, exibindo realce capsular pelo meio de contraste iodado, localizado no espaço sublingual direito, adjacente à face lingual do processo alveolar no nível da rotura cortical acima mencionada. Tal coleção circunda a face lingual e inferior do corpo mandibular adjacente, obliterando os planos músculo-adiposos regionais, determinando deslocamento do músculo milo-hióideo. O conjunto de achados favorece a possibilidade de abscesso odontogênico neste contexto. As glândulas sublingual e submandibular direitas apresentam dimensões aumentadas e intenso realce pelo meio de contraste, compatível com sialoadenite por contiguidade.
O processo inflamatório densifica os planos adiposos do assoalho bucal, dos espaços submandibulares, cervicais anteriores e submentoniano, bem como do subcutâneo adjacente, sendo tais alterações mais evidentes à direita, observando-se também densificação da gordura dos espaços bucal, mastigador e parafaríngeo homolaterais. Há espessamento do complexo platisma / fáscia superficial nestas topografias, com discreto abaulamento local, com aparente extensão à pele, não sendo possível afastar a possibilidade de fístula neste contexto.
Linfonodos aumentados em número, alguns de dimensões também aumentadas, por vezes com perda de seus hilos gordurosos nas cadeias submandibulares, submentoniana, jugulares internas superiores, médias e inferiores, bem como nas cadeias espinais acessórias e supraclaviculares, sendo maiores e mais numerosos nas cadeias cervicais direitas.
HEMANGIOMA UVULOPALATAL
Imagem nodular ovalada, circunscrita, com isossinal em T1 e hipersinal em T2, medindo cerca de 3,2 x 3,0 x 1,8 cm nos seus maiores eixos, com aparente base de implantação no segmento inferior do palato mole à direita, apresentando crescimento exofítico inferior, mantendo amplo contato com a tonsila palatina homolateral, sem nítidos planos de clivagem com a mesma, reduzindo a luz da orofaringe nesta topografia. Após a administração endovenosa do gadolínio nota-se intenso realce homogêneo de toda a lesão. Destacam-se ainda pequenos flow-voids de permeio, compatível com estruturas vasculares.
O conjunto de achados acima mencionado não é específico, não sendo possível afastar as possibilidades de lesão de natureza vascular ou mesmo de natureza neoplásica com intensa vascularização, dentre as hipóteses diagnósticas.
CEC OROFARINGE
Lesão expansiva e infiltrativa de origem presumida na parede posterolateral esquerda da orofaringe, com realce intenso e predominantemente homogêneo pelo meio de contraste, medindo cerca de 5,8 x 3,2 cm nos maiores eixos.
Anteriormente invade o assoalho bucal e a língua oral à esquerda, com extensão também pela mucosa jugal até a região do trígono retromolar deste lado, onde se observa contato com o ramo mandibular, porém sem sinais de erosão óssea.
Posteriormente, invade a parede posterior da orofaringe, oblitera os planos musculoadiposos do espaço retrofaríngeo/perigoso deste lado e mantém contato com conglomerado linfonodal à esquerda.
Superiormente, determina espessamento e realce heterogêneo das paredes posterior e lateral da rinofaringe, também com comprometimento do espaço retrofaríngeo neste nível, obliterando as fossetas de Rosenmüller. Compromete também o palato mole à esquerda, com extensão até o nível da úvula, e se estende para a mucosa que reveste o teto da cavidade oral à esquerda, notando-se discreto alargamento assimétrico do canal palatino maior deste lado, que pode representar disseminação perineural.
Inferiormente envolve o corno maior esquerdo do osso hioide, estendendo-se pela parede lateral da orofaringe até a região da prega faringoepiglótica homolateral, com sinais de invasão da epiglote deste lado.
Lateralmente oblitera o espaço parafaríngeo esquerdo e mantém contato com conglomerados linfonodais necróticos deste lado, porém não se observa comprometimento significativo do espaço mastigatório.
Conglomerados linfonodais com realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando áreas centrais de necrose/liquefação, nos níveis II e III bilaterais, bem como IV e V esquerdos e retrofaríngeos laterais, o maior medindo 4,5 x 3,4 cm nos maiores eixos transversos. Promovem obliteração completa da luz da artéria carótida intera esquerda no seu segmento supra-hioideo e da veia jugular interna em todo o pescoço, com sinais de invasão destas estruturas vaculares. Mantêm contato sem nítidos planos de clivagem com a face medial do músculo esternocleidomastoideo esquerdo, com sinais de invasão no segmento médio, e determinam abaulamento local da região adjacente ao ângulo da mandíbula deste lado.
CEC TONSILA
Formação expansiva / infiltrativa com coeficientes de atenuação de partes moles e realce intenso e heterogêneo pelo meio de contraste iodado, com origem presumida na fossa tonsilar esquerda.
Anteriormente, a lesão apresenta extensão para a base da língua à esquerda, bem como extensão incipiente para o segmento posterior da língua oral, obliterando parcialmente o espaço sublingual, sem sinais de englobamento do feixe vasculonervoso. Nota-se contato da lesão com o músculo milo-hioide homolateral, sem nítidos planos de clivagem com o mesmo
Lateralmente invade os músculos pterigóides medial e lateral esquerdos, bem como o espaço parafaríngeo homolateral, e mantém contato com o ramo da esquerdo da mandíbula e oblitera o forame mandibular, porém sem sinais de destruição óssea ou de alargamento do canal do nervo alveolar inferior homolateral. Esclerose óssea do processo e lâmina lateral pteriogoide à esquerda que pode representar alteração inflamatório reacional, não sendo possível afastar a possibilidade de extensão lesional.l
Superiormente infiltra o palato mole até a úvula, bem como se nota espessamento da parede lateral esquerda da rinofaringe e do toro tubário que pode estar relacionado a extensão da lesão.
Inferiormente infiltra a parede lateral esquerda da orofaringe, bem como as pregas glossoepiglótica e faringoepiglótica homolateral, e as margens livre e fixa da epiglote, obliterando a valécula esquerda e o espaço pré-epiglótico. Nota-se espessamento com realce assimétrico da prega ariepiglótica esquerda, da parede lateral da hipofaringe deste lado com obliteração do seio piriforme homolateral, denotando extensão da lesão.
Posteriormente infiltra as paredes posteriores da orofaringe e hipofaringe, bem como os músculos pré-vertebrais homolaterais, e mantém contato com ramos da artéria carótida externa esquerda, sem nítidos planos de clivagem com os mesmos.
Medialmente, não há sinais de extensão para o palato mole ou paredes posteriores da orofaringe e hipofaringe.
Lesão expansiva e infiltrativa de origem presumida na fossa tonsilar esquerda, exibindo realce heterogêneo pelo meio de contraste, com irregularidade de seus contornos, podendo estar relacionada a ulcerações, medindo cerca de 4,0 x 1,7 x 3,2 cm nos maiores eixos.
Anteriormente infiltra o pilar anterior da tonsila e a base da língua homolateral, com sinais incipientes de extensão à língua oral à esquerda.
Posteriormente invade o pilar posterior da tonsila e se estende até o aspecto lateral esquerdo da parede posterior da orofaringe. Não há sinais de extensão ao espaço retrofaríngeo.
Superiormente infiltra o palato mole à esquerda, sem extensão contralateral, bem como determina discreta extensão à parede lateral esquerda da rinofaringe.
Inferiormente determina espessamento da parede lateral da orofaringe até a altura da epiglote, sem sinais de comprometimento da prega faringoepiglótica à esquerda, epiglote e espaço pré-epiglótico.
Lateralmente determina discreta obliteração dos planos adiposos do espaço parafaríngeo esquerdo sem sinais de comprometimento para a musculatura do espaço mastigador.
Medialmente, não há sinais de extensão para a orofaringe ou cavidade oral direita.
Formação expansiva / infiltrativa com intenso realce pelo meio de contraste iodado e origem presumida na fossa tonsilar esquerda. Superiormente infiltra o palato mole até a úvula, sem sinais de extensão contralateral ou para a rinofaringe. Inferiormente apresenta-se restrita à orofaringe. Valéculas, pregas glossofaríngeas e prega glossoepiglótica de aspecto habitual. Anteriormente mantém contato com a base da língua esquerda, porém sem sinais definitivos de comprometimento da mesma. Anteriormente e lateralmente infiltra a parede lateral da orofaringe até a região do trígono retromolar, mantém contato com o músculo pterigóide medial esquerdo, sem nítidos planos de clivagem com o mesmo, bem como o ramo da mandíbula, sem sinais de erosão óssea e oblitera parcialmente a gordura do espaço parafaríngeo homolateral. A lesão mantém contato menor que 180180 graus com a artéria carótida interna esquerda, sem sinais definitivos de invasão do espaço carotídeo. Posteriormente infiltra a parede posterior da orofaringe, porém sem sinais de extensão ao espaço retrofaríngeo / perigoso. Medialmente determina redução da coluna aérea da orofaringe resultante do aumento volumétrico da tonsila palatina esquerda em decorrência da infiltração pela lesão. Não há sinais de extensão para a orofaringe contralateral.
Conglomerado linfonodal no nível II esquerdo, com realce periférico pelo meio de contraste, delimitando áreas centrais de necrose / liquefação, compatível com metástase nodal da lesão neste contexto clínico. O conglomerado mantém contato com a margem anterior do músculo esternocleidomastóideo homolateral, porém sem evidências de comprometimento do mesmo, bem como determina compressão e deslocamento posterior da veia jugular interna esquerda que tem opacificação habitual. Observam-se ainda outras linfonodomegalias no nível IIB esquerdo com características semelhantes. Linfonodos aumentados em número com intensa impregnação pelo contraste endovenoso, porém permanecendo com dimensões preservadas nos níveis III e V esquerdos e II direito.
CEC LINGUA
Formação expansiva e infiltrativa na borda lateral da hemilíngua esquerda, com atenuação de partes moles e contornos irregulares, apresentando realce heterogêneo pelo contraste, com área de ulceração local.
A lesão se estende ao assoalho bucal, por onde se estende para a mucosa jugal na região do trígono retromolar deste lado, mantendo contato com a face anterior do ramo mandibular. Não há sinais significativos de extensão contralateral, para a base da língua ou demais planos musculoadiposos.
Lesão expansiva e infiltrativa de origem presumida na hemilíngua oral direita, exibindo realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando área central de necrose/liquefação e medindo cerca de 6,1x 2,5 x 4,0 cm nos maiores eixos.
Anteriormente, invade a hemilíngua oral direita até o terço anterior, notando-se de irregularidade de seu contorno que pode ulceração na face lateral da mesma no contexto clínico apropriado.
Posteriormente infiltra a base da hemilíngua homolateral, sem planos de clivagem com a fossa tonsilar.
Lateralmente, mantém contato com o músculo milo-hioide.
Medialmente promove deslocamento do feixe neurovascular da hemilíngua e do músculo genioglosso homolateral, sem evidências de extensão a língua contralateral.
Inferiormente oblitera o espaço sublingual esquerdo, notando-se discreta ectasia ductal e na glândula submandibular direita.
Superiormente, apresenta-se restrita à língua.
Conglomerado linfonodal com realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando áreas centrais de necrose/liquefação, localizado na cadeia jugular interna superior à direita, medindo cerca de 2,5 x 1,9 x 3,2 cm.
Linfonodos aumentados em número, alguns perda de seus hilos gordurosos nas cadeias jugulares internas médias e inferiores e superior esquerda.
CEC TRIGONO
Lesão de aspecto expansivo e infiltrativo comprometendo o trígono retromolar à esquerda que apresenta impregnação pelo contraste endovenoso. Os artefatos de origem dentária prejudicam parcialmente a análise desta topografia. A lesão descrita estende-se lateralmente para as faces ou oclusão em lingual da mandíbula à esquerda, associado a erosão óssea da cortical lingual adjacente da mandíbula Superiormente, não há sinais definitivos de extensão à maxila, porém com os artefatos descritos prejudicam parcialmente esta análise. Medialmente, a lesão descrita compromete a base da língua e a língua oral, bem como oblitera discretamente o espaço sublingual homolateral. Inferiormente, há sinais de comprometimento do músculo milo-hioide e mantém contato com a glândula submandibular homolateral. Não há sinais de extensão à rafe mediana ou a língua contralateral. Anteriormente, a lesão estende-se até a altura do primeiro molar inferior esquerdo. Posteriormente, a lesão compromete a base da língua, bem como a porção anterior da fossa tonsilar. Nota-se contato da lesão descrita com o músculo pterigóide medial, que oblitera parcialmente o espaço parafaríngeo homolateral. Superiormente, a lesão aparentemente está restrita à fossa tonsilar.
POS OP CEC LINGUA
Sinais de manipulação cirúrgica na borda lateral da hemilíngua esquerda. Nesta topografia, no entanto, observa-se tecido irregular com realce predominantemente homogêneo pelo meio de contraste que pode resultar de alterações fibrocicatriciais ou mesmo de recidiva / remanescente lesional, no contexto clínico apropriado. Nota-se tecido com discreto efeito expansivo e realce homogêneo pelo meio de contraste iodado na topografia do trígono retromolar esquerdo, não sendo possível afastar a possibilidade de lesão de natureza residual / recidivada neste contexto.
HIPOFARINGE
CEC SEIO PIRIFORME
Lesão expansiva e infiltrativa com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando áreas de necrose / liquefação, originada no seio piriforme direito.
Anteriormente invade a prega ariepiglótica direita, com consequente invasão da gordura paraglótica deste lado e extensão para a prega faringoepiglótica e epiglote, com grande perda de substância destas. Há invasão da gordura pré-epiglótica e envolvimento do corno direito do osso hioide, com erosão deste. Invade a base da língua à direita, por onde se estende para o terço posterior do assoalho bucal deste lado e pequena extensão para a base da língua à esquerda com consequente invasão da parede lateral esquerda da orofaringe e prega ariepiglótica deste lado.
Posteriormente se estende para a parede posterior do seio piriforme, com invasão do espaço retrofaríngeo e em íntimo contato, sem planos de clivagem, com a musculatura pré-vertebral.
Superiormente invade a parede lateral direita da orofaringe, com extensão até o nível do palato mole, com invasão deste até a úvula, porém sem extensão contralateral. Há pequeno comprometimento da gordura do espaço parafaríngeo neste nível.
Inferiormente invade a laringe glótica, principalmente à direita, com grande invasão da prega vocal direita e da comissura anterior, com pequena extensão para a prega vocal contralateral. Há também invasão da gordura paraglótica adjacente. Destaca-se pequeno espessamento da parede lateral direita da laringe subglótica, que pode representar extensão da lesão. Envolve a lâmina direita da cartilagem tireoide, heterogênea, e compromete a musculatura pré-tireoidiana deste lado e mantém discreto contato com o aspecto mais superior do lobo tireoidiano direito. Há também invasão do espaço tireoaritenoideo direito, alargado e obliterado, e pequeno comprometimento da hipofaringe à direita. Nota-se esclerose da cartilagem aritenóide direita e discreto do aspecto superior do arco posterior da cricoide, que denota comprometimento pela lesão.
Lateralmente ultrapassa o limite da membrana tireohioidea, com invasão dos planos gordurosos adjacentes, e apresenta contato com o conglomerado linfonodal adjacente.
Conglomerado linfonodal com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando extensa área de necrose / liquefação, localizado nos níveis II, III e VA direitos, associado à densificação dos planos gordurosos ao redor, que denota extravasamento extracapsular, e invade o músculo esternocleidomastóideo e os planos gordurosos adjacentes, também deslocando medialmente as estruturas do espaço carotídeo, com obliteração da veia jugular interna neste nível. Mede cerca de 5,3 x 3,8 cm nos seus maiores eixos transversos.
Outros linfonodos aumentados em número e com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado são caracterizados nas demais cadeias cervicais bilaterais, inespecíficos.
O segmento caudal da veia jugular interna direita, após o conglomerado linfonodal acima descrito, apresenta discreto conteúdo hipoatenuante, que pode estar relacionado a pequeno componente de trombo ou mesmo extensão da lesão.
Formação expansiva / infiltrativa com realce irregular pelo meio de contraste iodado, com origem presumida no seio piriforme direito.
Superiormente estende-se da prega ariepiglótica direita à prega faringoepiglótica homolateral, bem como à porção fixa da epiglote, com sinais de extensão incipiente para a linha mediana e para o lado contra-lateral nesta topografia, e ainda à parede lateral da hipofaringe e obliterando discretamente o espaço pré-epiglótico, porém sem sinais de comprometimento das valéculas ou orofaringe.
Inferiormente infiltra a falsa prega vocal, o vestíbulo laríngeo e a porção posterior da prega vocal homolaterais, junto a cartilagem aritenoide.
Anterior e lateralmente infiltra e ocupa o espaço paraglótico direito, mantendo contato com a cartilagem tireóide adjacente.
Posterior e medialmente estende-se à parede posterior da hipofaringe, cruzando a linha mediana nesta topografia, com aparente infiltração da prega ariepiglótica contralateral. Não há sinais de comprometimento da transição entre a hipofaringe e o esôfago proximal ou da região subglótica.
Tais achados sugerem a possibilidade de lesão de natureza neoplásica de alta agressividade, dentre os diagnósticos diferenciais.
Nota-se, ainda, formação expansiva com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando áreas centrais hipoatenuantes que podem corresponder à necrose / liquefação, localizada lateralmente e em íntimo contato com o espaço carotídeo direito, medindo cerca de 5,2 x 2,8 x 2,9 cm (CC x LL x AP), apresentando componentes supra e infra-hióides, que, em associação à lesão laríngea, deve corresponder a conglomerado linfonodal da cadeia jugular interna direita (nível II e III), relacionado à extensão nodal do processo neoplásico. Tal conglomerado ganglionar apresenta contornos irregulares, que pode representar disseminação extra-nodal com contato com o músculo esternocleidomastóideo direito, sem nítidos planos de clivagem com o mesmo, notadamente no nível do osso hióide. Medialmente desloca para a esquerda as artérias carótidas comum e carótida interna direitas, (contato <180 graus) obliterando ligeiramente a gordura do espaço parafaríngeo homolateral. Superiormente se estende até próximo ao lobo profundo da parótida , sem sinais de extensão para o mesmo. Anterior e inferiormente desloca anteriormente a glândula submandibular direita, obliterando o plano gorduroso interposto, porém sem sinais de infiltração glandular. Posteriormente desloca a veia jugular interna direita, estreitando-a no nível de C3, porém sem sinais definitivos de trombose a montante.
CEC HIPOFARINGE/ESOFAGO PROXIMAL
Lesão expansiva e infiltrativa originada na tranisção da hipofaringe e esôfago, com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, com delimitação de áreas de necrose/liquefação.
Superiormente invade toda a hipofaringe, com extensão para os seios piriformes, notadamente o direito.
Inferiormente se estende por todo o segmento cervical do esôfago.
Anteriormente invade a traqueia e a laringe nos seus segmentos glótico e subglótico, com obstruçao da coluna aérea local, notando-se amplas erosões do arco posteiror da da cartilagem cricoide e nos aspectos mais posteroinferiores das lâminas da cartilagem tireoide, e compromete os aneis traqueais iniciais. Há também invasão das bandas ventriculares e pregas ariepiglóticas, notadamente a direita.
Posteriormente invade o espaço retrofaríngeo e a muscula pré-vertebral.
Lateralmente invade os lobos tireoidianos e oblitera os sulcos traqueoesofágicos.
PERFURAÇÃO ESOFÁGICA
Acentuado espessamento circunferencial das paredes do esôfago cervical com obliteração dos planos adiposos adjacentes, destacando-se áreas de enfisema paraesofágico e de permeio aos espaços perigoso / retrofaríngeo.
Achados compatíveis com extensa coleção no espaço retrofaríngeo / perigoso, se estendendo desde a nasofaringe até o nível do espaço visceral, na altura dos lobos tireoidianos, com focos gasosos de permeio. Esta coleção oblitera os planos adiposos regionais e determina deslocamento anterior das estruturas da faringe e da laringe, bem como do segmento cervical da traquéia.
O conjunto de achados acima mencionado não é específico, mas favorece a possibilidade de perfuração do segmento cervical do esôfago, com consequente processo inflamatório associado.
O processo inflamatório estende-se inferiormente, densificando a gordura dos sulcos traqueoesofágicos e do mediastino superior, porém sem evidências de outras coleções nestas topografias.
Achados compatíveis com extenso edema de todo o espaço mucoso faríngeo e da mucosa da laringe, determinando acentuada redução luminal da orofaringe, com obliteração das valéculas e dos recessos piriformes. Destaca-se também espessamento concêntrico da mucosa do segmento cervical da traquéia, que também deve resultar de alterações de natureza inflamatória neste contexto.
O processo inflamatório determina obliteração dos planos adiposos da região anterolateral do pescoço, com espessamento do complexo platisma / fáscia superficial, com reticulação da gordura subcutânea do hemipescoço esquerdo, com abaulamento local. O processo inflamatório também determina aumento volumétrico e alteração dos coeficientes de atenuação da glândula parótida esquerda, compatível com parotidite por contiguidade, também associada a abaulamento local.
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Glândula .......... apresentando imagem com atenuação cálcica de permeio ao parênquima, compatível com sialolitíase.
Glândula .......... apresentando imagens com atenuação cálcica de permeio ao parênquima, compatíveis com sialolitíase.
Glândulas .......... apresentando imagens com atenuação cálcica de permeio ao parênquima, compatíveis com sialolitíase.
Sinais de ectasia ductal intraglandular na ....................
Cálculo na topografia do segmento ............... do ducto ....................., com sinais de ectasia ductal à montante.
Glândula parótida ................ aumentada, apresentando intenso realce pelo meio de contraste iodado, compatível com processo inflamatório, determinando abaulamento da região pré-auricular deste lado.
Glândula parótida ................ aumentada, com atenuação heterogênea, apresentando intenso realce pelo meio de contraste iodado, compatível com processo inflamatório, determinando abaulamento da região pré-auricular deste lado.
Glândula submandibular ................ aumentada, apresentando intenso realce pelo meio de contraste iodado, compatível com processo inflamatório, determinando abaulamento nessa topografia.
Glândula submandibular ................ aumentada, com atenuação heterogênea, apresentando intenso realce pelo meio de contraste iodado, compatível com processo inflamatório, determinando abaulamento nessa topografia.
Glândulas .................. apresentando intenso realce meio de contraste iodado, compatível com alterações inflamatórias induzidas por radioterapia.
Glândulas parótidas de dimensões aumentadas, com realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, delimitando-se algumas áreas císticas de permeio.
LITIASE
Glândulas parótidas discretamente assimétricas, sendo a esquerda menor, com pequeno foco calcificado, menor que 0,2 cm, na topografia do segmento proximal do ducto parotídeo esquerdo que se encontra dilatado, podendo corresponder a pequeno cálculo no contexto clinico da paciente. Nota-se lipossubstituição parcial da parótida direita.
POS OPERATÓRIO
Glândula parótida direita não caracterizada. O leito cirúrgico apresenta-se parcialmente obliterado por tecido caracterizado médio sinal em T1 e T2 e discreta impregnação pelo contraste endovenoso, porém não associado a efeito expansivo. Este tecido apresenta novamente menores dimensões em relação ao estudo de referência que favorece a possibilidade de corresponder a tecido fibrocicatricial e alterações pós-tratamento
TUMOR PAROTÍDEO
Formação expansiva e infiltrativa com realce heterogêneo após a administração endovenosa do meio de contraste iodado e áreas de necrose / liquefação de permeio, aparentemente originada na cauda da parótida direita, que determina erosão do ramo mandibular deste lado.
Anteriormente oblitera os planos musculoadiposos do espaço sublingual e submandibular direitos, onde são mais evidentes as áreas de necrose / liquefação, não se caracterizando as glândulas, provavelmente invadidas. Compromete a hemilingua direita e o assoalho bucal, com sinais de invasão dos músculos genioglosso, hioglosso e milo-hioide direitos, além de comprometer o feixe vasculo-nervoso deste lado.
Superiormente e anteriormente invade o ramo mandibular direito, com extensas áreas de erosão e invasão do canal do nervo alveolar inferior, obliterando o forame mandibular. Há ainda invasão do espaço mastigatório direito, comprometendo os músculos masseter e pterigóide medial.
Lateralmente nota-se comprometimento dos planos gordurosos adjacentes, bem como densificação dos planos subcutâneos e espessamento da pele, que pode decorrer de linfangite carcinomatosa.
Medialmente mantém contato com o ramo direito do osso hióide, sem sinais de erosão. Invade o aspecto inferior do espaço parafaríngeo e envolve as estruturas do espaço carotídeo deste lado, com obliteração da veia jugular interna. A artéria carótida interna está deslocada medialmente, tortuosa e com trajeto retrofaríngeo, com redução discreta do seu calibre. Mantém contato com a topografia da tonsila palatina direita, porém artefatos locais de movimentação prejudicam a sua avaliação. Há obliteração parcial da gordura do espaço cervical posterior direito.
Posteriormente compromete o lobo superficial da glândula parótida, heterogênea, sem planos de clivagem com a margem anterior do músculo esternocleidomastoideo.
Inferiormente nota-se densificação da gordura pré-epiglótica à direita e obliteração do seio piriforme deste lado, que pode corresponder à extensão lesional.
Nódulo misto (sólido-cístico), de contornos lobulados, localizado na cauda da glândula parótida esquerda, com componente predominantemente cístico, com septações internas, medindo cerca de 3,4 x 3,0 x 3,0 cm nos seus maiores eixos, determinando abaulamento local. Após a administração endovenosa do meio de contraste iodado nota-se realce predominantemente capsular grosseiro e septal desta lesão, que apresenta pequeno nódulo sólido mural em seu componente ínfero-medial, medindo cerca de 1,0 cm.
O conjunto de achados acima mencionado não é específico, mas favorece a possibilidade de lesão de natureza neoplásica primária da glândula parótida esquerda. Admite-se como principal diagnóstico diferencial a possibilidade de cisto branquial de primeira fenda infectado, no contexto clínico apropriado.
Lesão expansiva hipoatenuante localizada no segmento superficial da glândula do terço inferior da parótida esquerda, com discreta impregnação ao contraste iodado, medindo cerca de 2,0 x 1,6 x 1,4 cm nos maiores eixos. Tal formação apresenta contornos regulares, está em íntimo contato com o ramo da veia retromandibular e inferolateralmente oblitera o tecido celular subcutâneo, determinando abaulamento local. Superiormente, posteriormente, medialmente e anteriormente está restrita à glândula parótida. Associa-se outro nódulo circunscrito, com realce intenso e heterogêneo ao meio de contraste, medindo 1,1 x 0,9 cm no plano axial, localizado posterosuperiormente à lesão supracitada, também restrito ao segmento superficial da parótida esquerda.
Os achados não são específicos, porém podem representar lesões expansivas primárias da glândula parótida.
PARATIREOIDE
Imagem cística com aparente realce capsular pelo meio de contraste paramagnético, no sulco traqueoesofágico direito, medindo cerca de 1,2 x 0,6 cm no plano axial, não sendo possível afastar a possibilidade de lesão de natureza paratireoidiana, dentre as hipóteses diagnósticas.
TIREOPATIA
Glândula tireóide com atenuação heterogênea, que poderá ser melhor avaliada por estudo ultrassonográfico dirigido.
Glândula tiróide apresentando-se difusamente hipoatenuante, compatível com hipofunção glandular.
NÓDULO TIREOIDEANO
Glândula tiróide apresentando formação nodular hipoatenuante no .............., medindo cerca de .............., que poderá ser melhor avaliada por estudo ultrassonográfico dirigido.
Glândula tiróide apresentando múltiplas formações nodulares hipoatenuantes, a maior medindo cerca de .............., que poderão ser melhor avaliada por estudo ultrassonográfico dirigido.
BOCIO MULTINODULAR
Glândula tiróide de dimensões aumentadas, contornos rombos e bem definidos, com atenuação heterogênea, destacando-se múltiplas formações nodulares hipoatenuantes e calcificações grosseiras de permeio ao parênquima, compatível com bócio multinodular.
Glândula tiroide de dimensões aumentadas, contornos rombos e bem definidos, com atenuação heterogênea, destacando-se múltiplas formações nodulares hipoatenuantes e calcificações grosseiras de permeio ao parênquima, compatível com bócio multinodular.
Glândula tiróide de dimensões aumentadas, contornos lobulados e intensidade de sinal heterogênea, à custa de nódulos sólidos. Destaca-se volumosa formação expansiva, de contornos lobulados e limites regulares no lobo esquerdo da glândula tireóide, caracterizada por hipossinal predominantemente homogêneo em T1, exceto por algumas áreas irregulares de hipersinal, que podem corresponder à hemorragia, depósito de material colóide. A formação apresenta sinal heterogêneo, predominantemente alto em T2, e impregnação heterogênea pelo agente de contraste paramagnético, medindo cerca de 7,1 x 3,7 x 3,9 cm. A lesão apresenta extensão superior até o nível do osso hióide, sem sinais de comprometimento do mesmo. Inferiormente estende-se através do espaço visceral até o nível de T1, insinuando-se inferiormente até transição cervicotorácica, localizada 0,7 cm acima da fúrcula esternal. Medialmente cruza a linha mediana no nível da cartilagem cricóide e mantém contato com o lobo direito da tireóide, porém mantendo planos de clivagem com o mesmo. Lateralmente oblitera a gordura do espaço cervical anterior esquerdo e mantém contato com o músculo esternocleidomastóideo homolateral, porém sem sinais de comprometimento do mesmo. Anteriormente desloca a musculatura estriada bilateral do pescoço e o complexo platisma / fáscia cervical superficial, porém sem sinais de comprometimento destas estruturas, determinando abaulamento da região cervical anterolateral esquerda. Posteriormente insinuas-e no sulco traqueoesofágico e mantém contato com o esôfago cervical, bem como com a artéria carótida comum esquerda e com a veia jugular interna homolateral, porém sem sinais de invasão destas estruturas. Não há sinais de compressão significativa sobre a traquéia.
PAROTIDITE BENIGNA DA INFANCIA
Glândulas parótidas apresentam intensidade de sinal heterogênea, destacando-se pequenas formações ovaladas caracterizados por hipersinal em T2, menores que 0,3 cm, sem nítida impregnação pelo contraste endovenoso, compatíveis com pequenas formações císticas de permeio ao parênquima glandular. Não há sinais de dilatação do ducto principal das glândulas parótidas.
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PARALISIA DE PREGA VOCAL
Achados compatíveis com paralisia de prega vocal esquerda neste contexto clínico, caracterizados por redução volumétrica desta prega vocal com alargamento assimétrico do ventrículo laríngeo homolateral, leve rotação medial da cartilagem aritenóide esquerda, bem como deslocamento medial da prega ariepiglótica deste lado com dilatação do respectivo recesso piriforme.
Imagem compatível com aneurisma do arco aórtico, que poderá ser mais bem avaliado por estudo dirigido, a critério clínico.
PAPILOMATOSE
Achados compatíveis com múltiplos pequenos pólipos junto à superfície das pregas vocais e vestibulares, determinando discreta redução luminal da laringe nestas topografias, determinando espessamento destas estruturas. Após administração endovenosa do meio de contraste iodado nota-se realce homogêneo destas formações polipóides. Este conjunto de achados não é específico, não sendo possível afastar a possibilidade de papilomatose laríngea, no contexto clínico apropriado. Também neste contexto, não é possível afastar a possibilidade de associação com lesão de natureza neoplásica.
TU PREGA VOCAL
Pequena formação expansiva / infiltrativa acometendo o segmento anterior da prega vocal direita, com espessamento local e intenso realce predominantemente mucoso. Anteriormente a lesão estende-se à comissura anterior, com espessamento da mesma. Posteriormente a lesão não alcança a cartilagem aritenóide direita. Lateralmente não há extensão ao espaço paraglótico direito. Medialmente a lesão ultrapassa o plano mediano de forma incipiente, com extensão ao segmento mais ventral da prega vocal esquerda. Superiormente não apresenta extensão aparente ao segmento supraglótico da laringe e inferiormente não apresenta sinais de extensão subglótica. Mede cerca de 1,3 x 0,5 cm no plano axial.
O conjunto de achados acima mencionado não é específico, não sendo possível afastar a possibilidade de pequena lesão de natureza neoplásica, no contexto clínico apropriado.
Formação expansiva / infiltrativa com coeficientes de atenuação de partes moles com origem presumida na prega vocal esquerda, associada à esclerose e irregularidade da cartilagem aritenóide homolateral, que pode resultar de invasão tumoral.
Superiormente, estende-se pelo ventrículo laríngeo, prega vestibular e prega ariepiglótica à esquerda, obliterando a gordura do espaço paraglótico homolateral. Notam-se sinais de extensão para a epiglote, bem como oblitera a gordura pré-epiglótica com sinais de comprometimento da prega faringoepiglótica esquerda.
Inferiormente, estende-se à mucosa que reveste o segmento da laringe subglótica em sua parede anterolateral esquerda, até o nível da cartilagem cricóide, que se apresenta esclerótica em seu contorno posterior esquerdo podendo resultar de invasão ou processo inflamatório relacionado ao tumor. Não há sinais de extensão aos anéis traqueais.
Medialmente, acomete as comissuras anterior e posterior, com sinais de invasão das pregas vocal e vestibular direitas, determinando obliteração quase total da coluna aérea da laringe, com lúmen residual de 0,6 x 0,2 cm no plano axial.
Lateralmente, invade a lâmina esquerda da cartilagem tireóide, com sinais de comprometimento da musculatura estriada anterior do pescoço homolateral.
Anteriormente, invade a incisura e a porção anterior da lâmina direita da cartilagem tireóide, com sinais de comprometimento da musculatura cervical anterior infrahióidea.
Posteriormente, desloca medialmente a cartilagem aritenóide esquerda, bem como determina alargamento do espaço entre as cartilagens tireoide e aritenoide esquerdas, sem nítidos planos de clivagem com a musculatura cricofaríngea e com área pós-cricóide, porém sem sinais de comprometimento da musculatura pré-vertebral.
Após a administração endovenosa do meio de contraste iodado a lesão apresentou intenso realce heterogêneo.
O conjunto de achados acima mencionados é compatível com lesão neoplásica transglótica com maior eixo à esquerda.
TRAQUEOSTOMIA
Traqueostomia com interposição de cânula.
ESTENOSE TRAQUEAL
Sinais de redução do calibre traqueal que se inicia ..................., com extensão inferior por cerca de .................... e calibre mínimo de ..................
Estenose traqueal subglótica:
- Diâmetro pré-etenose:
- Menor diâmetro:
- Diâmetro pós-estenose:
- Distância das cordas vocais:
- Distância da carina
- Extensão da estenose:
- Distância das pregas vocais à carina:
- Diâmetro da carina:
- Diâmetro do brônquio fonte direito:
- Diâmetro do brônquio fonte esquerdo:
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TRAUMA
Fratura cominutiva com desalinhamento dos fragmentosfragmento comprometendo todas as paredes dos seios maxilares, alguns deles deslocados para o interior das cavidades, associada a espessamento mucoso e material hemático no interior. Associa-se extensão para o processo alveolar da maxila à esquerda e para o palato duro deste lado, e com extensão da fratura aos canais palatinos maior e menor deste lado.
Fraturas cominutivas com desalinhamentos nos ossos nasais, processos frontais dos ossos maxilares, ossos lacrimais e lâmina perpendicular do etmoide. Há pequena fratura da espinha nasal anterior.
Fraturas desalinhadas nos processos e lâminas pterigóides, principalmente à esquerda.
Fraturas nos tetos orbitários, principalmente à esquerda, com mínimo desalinhamento ósseo, com formação de coleções que devem corresponder a hematomas, principalmente à esquerda, onde se observa compressão do músculo oblíquo superior deste lado.
Fraturas nos assoalhos orbitários, com comprometimento dos canais dos nervos infra-orbitários, principalmente à direita, e associam-se densificação dos planos gordurosos extraconaisextracoan inferiores e pequena coleção que deve corresponder a hematoma à direita.
Fraturas desalinhadas das lâminas papiráceas, principalmente à direita, onde se observa insinuação da gordura extraconal ínfero-medial na direção do seio etmoidal deste lado, porém sem comprometimento significativo da musculatura ocular extrínseca.
Fraturas dos arcos zigomáticos, com pequeno desalinhamento à esquerda, bem como do osso zigomático direito.
Fraturas das fóveas etmoidais, com extensão ao longo do plano esfenoidal, com comprometimento dos seios esfenoidais e extensão à esquerda para a parede anterior do canal carotídeo junto ao seu segmento oftálmico, sendo necessária correlação com o estudo de angiotomografia computadorizada das artérias intracranianas.
Fraturas nos aspectos ântero-inferiores dos seios frontais, discretamente desalinhadas.
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Formação expansiva e infiltrativa com atenuação de partes moles e realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado localizada no ............
Após a injeção do meio de contraste iodado a lesão apresentou realce heterogêneo, delimitando áreas hipoatenuantes de permeio compatíveis com necrose/liquefação.
Espessamento e densificação da pele e do tecido subcutâneo na região .................. do pescoço, compatível com alterações actínicas.
LINFONODOS
Linfonodomegalias coalescentes com características metastáticas e atenuação heterogênea são observadas nos níveis ................
Após a injeção do meio de contraste iodado nota-se realce heterogêneo das linfonodomegalias, delimitando áreas hipoatenuantes de permeio, compatíveis com necrose/liquefação.
Linfonodomegalias coalescentes com características metastáticas, caracterizadas por atenuação heterogênea e realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando áreas hipoatenuantes de permeio, compatíveis com necrose/liquefação, são observadas nos níveis ................
Linfonodos aumentados em número, mantendo as suas características tomográficas habituais, nos níveis ...............
Linfonodos de dimensões aumentadas, porém mantendo suas características tomográficas habituais, nos níveis ...............
Linfonodos aumentados em número, alguns de dimensões também aumentadas, por vezes com perda dos hilos gordurosos, nos níveis ......................., o maior com cerca de ................... nos seus maiores eixos transversos.
ABSCESSO LINFONODAL
Achados compatíveis com volumosa coleção com origem presumida a partir de um linfonodo abscedado ocupando as cadeias jugulares internas superior e média esquerdas, com realce capsular grosseiro e septos internos, medindo cerca de 5,3 x 4,2 x 4,0 cm nos seus maiores eixos, determinando abaulamento local. Promove deslocamento anterior da glândula submandibular esquerda, mantendo amplo contato com a parede medial do músculo esternocleidomastóideo homolateral, sem nítidos planos de clivagem com o mesmo, que apresenta aumento de suas dimensões e realce heterogêneo pelo meio de contraste iodado, compatível com miosite associada. Medialmente mantém contato com o sistema carotídeo esquerdo, sem a caracterização da opacificação da veia jugular interna homolateral, que pode estar comprimida ou mesmo trombosada nesta topografia.
Notam-se outros linfonodos de dimensões aumentadas, apresentando pequenas áreas centrais de necrose / liquefação, situados nas cadeias jugulares internas superiores e médias, bem como na cadeia espinal acessória esquerdas.
Linfonodos aumentados em número, alguns sem a caracterização de seus hilos gordurosos, por vezes de dimensões aumentadas nas cadeias submandibulares, jugulares internas superiores, médias e inferiores, espinais acessórias e nas fossas supraclaviculares, sendo maiores e mais numerosos à esquerda.
Nota-se densificação dos planos gordurosos dos espaços submandibular, submentoniano, cervical anterior, carotídeo, cervical posterior e da fossa supraclavicular à esquerda.
Destaca-se também densificação da gordura subcutânea, com espessamento da pele e da fascia superficial/músculo platisma.
O conjunto de achados acima mencionado não é específico, mas favorece a possibilidade de alterações de natureza inflamatória, no contexto clínico apropriado.
TB GANGLIONAR
Linfonodomegalias nas cadeias jugulares internas superior, média e inferior, espinal acessória e supraclavicular esquerdas, algumas delas coalescentes, com realce periférico pelo meio de contraste iodado, delimitando áreas centrais hipoatenuantes, compatíveis com necrose / liquefação, destacando-se os maiores conglomerados nas cadeias jugular interna superior esquerda e supraclavicular homolaterais. Notam-se outras linfonodomegalias com centro de necrose / liquefação nas cadeias axilar e pré-peitoral direitas.
Linfonodos aumentados em número, alguns de dimensões também aumentadas, nas cadeias mediastinais, os quais serão descritos no relatório do estudo dirigido realizado no mesmo dia.
O conjunto de achados acima mencionado, embora inespecífico, sugere a possibilidade de doença granulomatosa, no contexto clínico apropriado.
Linfonodomegalias por vezes coalescentes, com perda das suas características habituais e realce heterogêneo pelo meio de contraste, delimitando áreas hipoatenuantes de permeio, compatíveis com necrose/liquefação, nas cadeias jugulares internas superiores, médias e inferiores, espinais acessórias, visceral e supraclaviculares, bem como na cadeia retrofaríngea direita, determinando abaulamentos locais. O maior linfonodo mede cerca de 3,4 x 2,8 cm no plano axial, situado na transição entre as cadeias jugulares internas superior e média direitas. Linfonodos com características semelhantes são também vistos no mediastino, onde serão mais bem avaliados através do estudo tomográfico dirigido do tórax, realizado no mesmo dia.
Os linfonodos acima mencionados comprimem as veias jugulares internas, obliteram os planos adiposos e mantêm amplo contato com a face medial dos músculos esternocleidomastóideo, bem como com a face posterior das glândulas submandibulares, com discreto deslocamento anterior das mesmas.
O conjunto de achados acima descrito favorece a possibilidade de doença inflamatória crônica granulomatosa específica, no contexto clínico apropriado.
LINFOMA
Linfonodos aumentados em número, a maioria de dimensões também aumentadas e sem a caracterização de seus hilos gordurosos, exibindo realce predominantemente homogêneo pelo meio de contraste iodado, sem áreas de necrose / liquefação detectáveis por este método, situados nas cadeias submandibulares, submentoniana, jugulares internas superiores, médias e inferiores, retrofaríngeas, espinais acessórias, supraclaviculares e visceral. O maior linfonodo mede cerca de 4,0 x 2,5 cm no plano axial, ocupando as cadeias jugulares internas média e inferior esquerdas, comprimindo a veia jugular interna adjacente, mantendo amplo contato com a face medial do músculo esternocleidomastóideo e determinando discreto abaulamento local.
Linfonodomegalias com características semelhantes e tendendo a coalescência são também identificadas no mediastino superior, determinando acentuada compressão da veia braquiocefálica esquerda e discreta compressão da veia cava superior. Entretanto, as linfonodomegalias mediastinais poderão ser mais bem avaliadas através do estudo tomográfico dirigido do tórax, a critério clínico.
O conjunto de achados acima mencionado não é específico, mas favorece a possibilidade de doença linfoproliferativa, dentre as possibilidades diagnósticas.
DERMOIDE
Lesão expansiva de limites bem definidos e contornos regulares, com isossinal em T1 e hipersinal em T2, sem impregnação significativa pelo agente de contraste, medindo 1,7 x 1,6 x 1,2 cm, localizada adjacente ao contorno lateral da sutura frontozigomática esquerda. Determina abaulamento cutâneo e remodelamento ósseo (“atrofia de pressão”)adjacente, com sinais de restrição à livre movimentação das moléculas de água.
ID: Lesão expansiva na topografia da sutura frontozigomática esquerda, que deve corresponder a cisto de inclusão dérmica (dermóide / epidermóide).
CISTO DE FENDA
Formação expansiva com coeficientes de atenuação heterogêneos e discreto realce ao meio de contraste iodado, medindo 3,0 x 2,0 x 1,9 cm nos maiores eixos, localizada na região cervical posterior esquerda, deslocando a glândula submandibular anteriormente, a glândula parótida superiormente, o músculo esternocleidomastóideo lateralmente e as estruturas do espaço carotídeo medialmente. Tal formação provoca discreta compressão extrínseca e redução luminal da veia jugular interna. Associam-se densificação dos planos adiposos locais e espessamento do complexo fáscia superficial / platisma nestas topografias. Glândula submandibular esquerda apresentando realce heterogêneo ao meio de contraste iodado, podendo representar processo inflamatório (sialoadenite) por contiguidade.
O conjunto de achados não é específico, mas as possibiliades de cisto de segunda fenda branquial associado a processo inflamatório / infeccioso e linfonodomegalia devem ser consideradas entre os possíveis diagnósticos diferenciais.
NERVO OLFATORIO
Alteração de sinal dos bulbos e tratos olfatórios em toda a extensão ao longo das goteiras olfatórias, que pode decorrer de alterações glióticas sequelares.
SEDANO
Achados compatíveis com fissura incompleta da asa nasal esquerda, determinando alargamento e deformidade do vestíbulo nasal homolateral. Não foram encontradas alterações ósseas associadas, detectáveis por este método.
GOLDENHAR
Achados compatíveis com microssomia hemifacial direita caracterizada por:
Redução das dimensões da órbita direita com hipoplasia do osso maxilar e da asa maior correspondente do esfenoide.
O arco zigomático direito apresenta-se hipoplásico, porém contínuo.
Hipoplasia da hemimandíbula direita, notando-se retificação da cavidade articular e eminência temporal e acentuada redução das dimensões da cabeça mandibular, irregular. O conjunto de achados determina desvio do mento para a direita.
Redução das dimensões da glândula parótida direita, que se apresenta parcialmente lipossubstituída.
Fosseta cutânea à direita, no nível da bochecha, associado a trajeto linear hiperatenuante através dos planos superficiais, não sendo possível afastar a possibilidade de seio / fístula de remanescente branquial.
Observa-se superiormente outra fosseta de menores dimensões, que também pode corresponder à remanescente branquial.
Achados compatíveis com microssomia hemifacial esquerda caracterizada por:
Redução das dimensões da órbita esquerda com certa hipoplasia do osso maxilar correspondente.
O arco zigomático esquerdo apresenta-se espessado, de aspecto incompleto em seu segmento posterior.
Hipoplasia da hemimandíbula esquerda, notadamente do côndilo e do colo mandibulares homolaterais, notando-se superfície mandibular rasa e tubérculo articular hipodesenvolvido. Associadamente nota-se acentuada hipertrofia do processo coronóide esquerdo, que se estende até o nível da escama temporal correspondente, margeando-a lateralmente.
O conjunto de achados acima mencionado determina desvio do mento para a esquerda.
Descontinuidade da porção mediana e posterior do palato duro, sem a caracterização do vômer por este método.
Redução das dimensões da glândula parótida esquerda, que se apresenta parcialmente lipossubstituída, notando-se trajeto linear hiperatenuante através da mesma, com aparente extensão aos planos dérmicos, não sendo possível afastar a possibilidade de sinus oriundo do primeiro arco branquial, no contexto clínico apropriado.
SD PERRY ROMBERG (HEMIATROFIA FACIAL ASSOCIADA A ESLCERODERMIA)
Sinais de manipulação cirúrgica da hemiface direita, caracterizados por enxerto de pele e tecido subcutâneo deste lado, com grande quantidade de componente gorduroso, sem a caracterização de realces anômalos, que se estende para a região submandibular.
Redução de volume das glândulas salivares à direita, porém mantendo intensidade de sinal normal.
Redução das dimensões dos músculos mastigatórios direitos, bem como hipoplasia da hemimandíbula deste lado e da maxila, inclusive do seio maxilar deste lado, que pode decorrer da doença de base.
Infradesnivelamento do assoalho orbitário direito.
GORLIN GOLTZ
Múltiplas lesões císticas, predominantemente multiloculadas, de aspecto insuflativo, localizadas no corpo, na região mentoniana e no ramo direito da mandíbula, bem como nos ossos maxilares, exibindo mínimo realce periférico interno pelo meio de contraste iodado endovenoso. As lesões apresentam padrão de crescimento predominantemente longitudinal e expandem a medular óssea, determinando afilamento cortical, de contornos lisos e bem definidos, bem como deslocamento caudal do canal do nervo alveolar inferior direito. A maioria das lesões apresenta-se relacionada a elementos dentários inclusos. Na maxila, promovem remodelamento do assoalho dos antros maxilares, apresentando focos de calcificação de permeio. No ramo mandibular direito, a lesão estreita o forame mandibular. Nesta topografia localiza-se a maior das lesões císticas, determinando descontinuidades ósseas focais, com realce periférico interno pelo meio de contraste iodado, sendo associada a exuberante reação periosteal do tipo laminar, com aparente coleção de permeio ao músculo masseter direito, que poderá ser confirmada através de estudo de ressonância magnética dirigido da face, a critério clínico. A reação periosteal determinada pela lesão favorece a possibilidade de alteração inflamatória óssea crônica do ramo direito da mandíbula, no contexto clínico apropriado. Estes achados são compatíveis com múltiplos queratocistos odontogênicos.
Como achados adicionais observam-se sinais de prognatismo, tênue hipoplasia mediofacial, calcificações da foice do cérebro e da tenda do cerebelo. Tais achados são compatíveis com síndrome de Gorlin-Goltz.
ABSCESSO ESPAÇO MASTIGATÓRIO
Houve aumento do extenso processo inflamatório acometendo o espaço mastigador direito.
As três coleções descritas no estudo de referência apresentam tendência à coalescência, exibindo realce periférico e múltiplos septos internos, com focos gasosos de permeio, acometendo a fossa infratemporal, a musculatura pterigóidea, o músculo masseter e o músculo temporal, bem como a gordura bucomassetérica à direita, estendendo-se medialmente a porção lateral da tonsila palatina direita, com aumento de seu volume em comparação com estudo de referência, determinando redução luminal da orofaringe. Estas coleções medem em conjunto cerca de 6,6 x 5,2 x 4,8 cm nos seus maiores eixos, determinando abaulamento local. Houve o aparecimento dos extensos sinais de miosite do segmento suprazigomático do músculo temporal direito, com formação de outra coleção de permeio, que mede cerca de 2,5 x 0,8 cm no plano axial, contribuindo para o abaulamento local.
Nota-se acentuação dos sinais de miosite em todos os músculos do espaço mastigador direito, caracterizada por aumento volumétrico e realce heterogêneo dos mesmos.
Houve acentuação da densificação dos planos adiposos dos espaços bucomassetérico, bucal, da fossa infratemporal, do espaço parafaríngeo, do espaço submandibular e do assoalho bucal direitos, bem como do espaço submentoniano, destacando-se reticulação do subcutâneo e espessamento do complexo platisma / fáscia superficial da hemiface direita, com abaulamento local mais evidente que no estudo de referência.
O processo inflamatório estende-se inferiormente, de forma mais intensa, densificando os planos adiposos do hemipescoço direito, do subcutâneo, dos espaços cervicais anteriores e do espaço visceral, com densificação discreta do subcutâneo da fúrcula esternal e dos planos gordurosos mediastinais superiores, porém sem evidências de outras coleções nestas topografias. O processo inflamatório determina achados compatíveis com parotidite e sialoadenite submandibular direitas, com discreto aumento volumétrico destas glândulas e intenso realce pelo meio de contraste iodado, de forma mais evidente quando comparadas ao estudo de referência.
O processo inflamatório apresenta extensão às regiões frontal, zigomática, periorbital, nasal e malar direitas, com densificação dos planos músculo-adiposos e aumento volumétrico destas regiõeslocal, porém sem sinais de extensão do processo inflamatório a região pós-septal da órbita direita.
Nota-se discreta obliteração do espaço retrofaríngeo / perigoso desde a nasofaringe até o nível do segmento inferior das fossas tonsilares.
Linfonodos aumentados em número, alguns de dimensões também aumentadas, por vezes com perda de seus hilos gordurosos nas cadeias retrofaríngeas, submandibulares, submentoniana, jugulares internas superiores, médias e inferiores, bem como nas cadeias espinais acessórias, de aspecto reacional neste contexto. Os linfonodos são maiores e mais numerosos nas cadeias cervicais direitas e apresentaram discreto aumento de suas dimensões em comparação com o estudo referência.
HEMANGIOMA
Formação nodular com coeficientes de partes moles e calcificações e focos de impregnação no seu interior, medindo cerca de 2,5 x 2,2 cm nos maiores eixos do plano axial localizada na região submandibular direita. Medialmente, a lesão descrita determina deslocamento da glândula submandibular, sem planos de clivagem com a mesma. Superiormente, a lesão mantém contato com o corpo da mandíbula, sem evidências de erosão óssea, bem como sem planos de clivagem com o músculo masseter. As características não são específicas, porém a possibilidade de lesão de origem vascular pode ser considerada no diagnóstico diferencial.
Formação expansiva de contornos lobulados com hipossinal em T1, marcado hipersinal em T2 e intenso realce ao meio de contraste paramagnético localizada nos planos gordurosos da região occipital, determinando abaulamento local. Tal formação mede 4,0 x 2,4 x 2,3 cm nos maiores eixos, está em íntimo contato com os músculos trapézios e semi-espinhal da cabeça, sem nítidos planos de clivagem.
O conjunto de achados acima descrito favorece a possibilidade de lesão de natureza vascular.
LINFANGIOMA
Formação expansiva multicompartimental, multicística e multisseptada, acometendo os espaços parotídeo, bucal, mastigador, parafaríngeo, retrofaríngeo / perigoso, sublingual, submandibular, carotídeo, cervical anterior e cervical posterior direitos, determinando abaulamento local. Os cistos apresentam sinal heterogêneo nas diferentes sequências, sugerindo material hiperproteico ou mesmo hemorrágico em diferentes estágios da degradação da hemoglobina. Esta formação expansiva ultrapassa o plano mediano no nível da musculatura estriada anterior do pescoço, ocupando também o espaço submentoniano, bem como o espaço cervical anterior, carotídeo e submandibular esquerdos, também determinando discreto abaulamento nestas topografias.
A formação expansiva acima mencionada mantém contato de aproximadamente 180 graus com a artéria carótida comum, com o bulbo e com a bifurcação carotídea à direita, infiltrando a região da tuba auditiva, com consequente otomastoidopatia inflamatória direita. Não há nítidos planos de clivagem da lesão com os planos músculo-adiposos dos espaços cervicais acima mencionados. Após a administração endovenosa do gadolínio nota-se realce capsular e septal da formação expansiva acima mencionada.
O conjunto de achados acima mencionado é compatível com malformação vascular linfática, no contexto clínico apropriado.
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