25/05/2025
Primeira Leitura: Atos 15,1-2.22-29
Salmo Responsorial: 66(67)-R- Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!.
Segunda Leitura: Apocalipse 21,10-14.22-23
Evangelho: João 14,23-29
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. 27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”. – Palavra da salvação.
Comentários
A primeira leitura repete o tema de um dos dias passados: o Concílio de Jerusalém resolveu aceitar os pagãos no cristianismo sem terem que passar pelo judaísmo, bastando que continuassem observando aqueles quatro itens para não escandalizarem os cristãos provindos do judaísmo: não comer carne sacrificada aos ídolos, nem carne sufocada, nem sangue, e abster-se de uniões matrimoniais ilícitas. Paulo, Barnabé, Judas, Silas e alguns outros foram espalhar a notícia aos pagãos, que se entusiasmaram com a notícia e deram graças a Deus. Talvez, porém, muitos judeus não tenham gostado nadinha dessa medida, pois era algo visto como desapreço e até traição ao judaísmo. Atualmente ocorre o mesmo problema: muitos não aceitam muitas mudanças necessárias promovidas pelo colégio episcopal junto com o Papa.
Na segunda leitura vemos que na “Jerusalém” celeste não vai haver necessidade de templo, pois veremos Deus face a face na pessoa de Jesus: ele é o Templo, “o Deus Todo –poderoso, e o Cordeiro”. A luz dessa cidade celeste é a glória de Deus. Sua lâmpada é o Cordeiro.
No evangelho Jesus diz: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”. Seremos o templo de Deus se o amarmos. E já sabemos que amaremos a Deus se amarmos o próximo. Quem diz que ama a Deus, que não vê, mas não ama o próximo, que está vendo, é um mentiroso, diz o próprio São João em sua epístola.
Jesus diz também que a paz que ele nos dá é diferente da que o mundo nos dá. A paz do mundo é baseada no ter, no possuir, a detrimento de tudo e de todos. É uma paz fajuta e passageira. Baseada na materialidade. Não adianta estarmos de barriga cheia mas irmos para o inferno.
A paz que Jesus nos dá é baseada no amor, na misericórdia, no mútuo entendimento, e não está isenta de problemas e sofrimentos. A paz que Jesus nos dá está baseada naquilo que ele diz em seguida: “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração”. Só conseguiremos não nos perturbarmos e não nos intimidarmos se tivermos uma fé autêntica e sincera em Jesus Cristo, sabendo que ele nunca nos abandonou, apesar de estar invisível.