Analistas Simbólicos

OS VALORES DO PÓS-INDUSTRIAL:

Intelectualização, emotividade, estética, subjetividade, confiança, hospitalidade, feminilização, qualidade de vida, desestruturação do tempo e do espaço virtualidade. Uma menor atenção ao dinheiro, à posse de bens materiais e ao poder. Uma maior atenção ao saber, ao convívio social, ao jogo, ao amor, à amizade e á introspecção.

Porém, coma mudança dos valores, devem mudar também os métodos pedagógicos adequados á sua transmissão. Se para educar um jovem a lutar por dinheiro e poder adotava-se uma pedagogia que premiava o egoísmo, a hierarquia e a agressividade, para educar os jovens para os valores emergentes, os métodos a serem usados deverão valorizar mais o diálogo, a escuta, a solidariedade e a criatividade.

Educar um jovem ou um executivo para a criatividade hoje significa ajudá-lo a identificar sua vocação autêntica, ensiná-lo a escolher os parceiros adequados, a encontrar ou criar um contexto mais propício à criatividade, a descobrir formas de explorar os vários aspectos do problema que o preocupa, de fazer com que sua mente fique relaxada e de como estimulá-la até que ela dê à luz uma idéia justa.

Sobretudo significa educá-lo para não temer o fluir incessante das inovações: “É na mudança que as coisas repousam“, já dizia sabiamente Heráclito.

Educar para o ócio significa ensinar a escolher um filme, uma peça de teatro ou um livro para enriquecer a mente de idéias produtoras de mais idéias.

Ensinar como pode estar bem sozinho, consigo mesmo, significa também levar a pessoa a habituar-se com as atividades domésticas e com a produção autônoma de muitas coisas que até o momento comprávamos prontas. Ensinar o gosto e a alegria das coisas belas. Inculcar a alegria.

Os analistas simbólicos são pessoas com grandes quantidades de histórias e narrativas, ou fragmentos delas na mente, sensações, emoções e vivências que trazem no seu conteúdo milhares de situações, contextos, e sentidos diferentes. Podendo, assim, conbiná-los, recombiná-los através da análise dos símbolos da sociedadel

A matéria prima do poder da nova elite simbólica não é a produção de manufaturas, é o conhecimento.

Obsessão pela eterna juventude não aceitam da morte. (musculação, plásticas, transplantes de órgãos deficitários, ginásticas, massagens, programação diversa de exercícios constantes )

Alimentação natural com eliminação de produtos químicos que debilitam o corpo

Sua base econômica é baseada em informações, estética e serviços e não na velha mercadoria manufaturada do mundo industrial clássico.

Investem em educação, conhecimento de línguas e acesso a tecnologia em vez de propriedades.

Priorizam as necessidades voláteis (conhecimento, viagens, tecnologias, etc.)em detrimento das necessidades fortes típicas da sociedade industrial (propriedades, mercadorias de consume durável)

São trabalhadores mentais criativos e solucionadores de problemas, diferentes totalmente da moderna burocracia industrial.

Estão conectados eletronicamente e plugados em rede em tempo real.

Estão nascendo para o mundo são egocêntricas arrogantes e inseguros.

SERVIÇOS ROTINEIROS DE PRODUÇÃO

Guardam estreito vínculo com as classes de tarefas repetitivas que eram executados pelos antigos peões do capitalismo americano na empresa de larga escala. São executados repetida e interminantemente - uma etapa de uma seqüência de etapas que constituem a fabricação de produtos acabados, comercializáveis no mercado mundial. Incluem os cargos de simples supervisão ocupados pelos gerentes de baixo e médio nível - encarregados, supervisores de linha, supervisores administrativos e chefes de seção - que envolvem a verificação contínua do serviço executado pelos subordinados e o acompanhamento de procedimentos operacionais padrões.

São encontrados nas antigas indústrias pesadas, dentro do esplendor da alta tecnologia. Poucas tarefas são mais tediosas e repetitivas, por exemplo, do que a montagem de componentes eletrônicos em circuitos impressos ou o desenvolvimento de codificação de rotina para programas de software.

Há os peões da economia informatizada que constituem verdadeiras hordas de processadores de dados, estacionados em “salas dos fundos”, operando terminais de computador que estão ligados a bancos mundiais de informações. Rotineiramente introduzem e recuperam dados do computador como registros de compras e pagamentos com cartão de crédito, relatórios de contas diversas, cheques que foram compensados, contas de clientes, correspondências com clientes, folhas de pagamento, contabilidade de hospital, boletim de pacientes, consultas médicas: decisões de justiça, relações de pessoal, catálogos de biblioteca, e assim por diante. A “revolução da informática” pode ter tomado-nos mais produtivos, mas também produziu pilhas de dados brutos que necessitam ser processados de foram muito semelhante à maneira monótona com que os operários das linhas de montagem, e antes deles os operários da indústria têxtil, processavam pilhas de matérias-primas

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“Seus salários baseiam-se na extensão de tempo que gastam ou no volume de trabalho que realizam!”

Em geral, os produtores de rotina devem ser capazes: De poder e de realizar cálculos simples. Porem, suas virtudes primordiais são confiabilidade, lealdade e capacidade para receber instruções. Portanto, a educação escolar americana padrão, baseada nas premissas tradicionais da educação escolar americana.

SERVIÇOS PESSOAIS

A segunda classe de tarefas também é relacionada as tarefas simples e repetitivas. Da mesma forma que nos serviços rotineiros de produção, a remuneração que os servidores, pessoais recebem é em função do número de horas trabalhadas e do volume de trabalho executado; são estreitamente supervisionados (assim como seus supervisores) e não necessitam possuir grande educação escolar (no máximo, o diploma de curso colegial, ou equivalente, e algum treinamento vocacional).

Unidos na área de lanchonetes, bares e restaurantes. Isso era mais do que o número total de posições de produção de rotina que havia no país no fim da década, somando-se todas as indústrias automobilísticas, metalúrgicas, têxteis.

SERVIÇOS SIMBÓLICO ANALÍTICOS

A terceira categoria abrange todas as atividades de solução de problemas, identificação de problemas e promoção estratégica de vendas. Os serviços simbólico analíticos podem ser comercializados, mas o que se comercializa são as manipulações de símbolos, dados, palavras, representações orais e visuais.

Inclusas nessa categoria estão:

pesquisadores, engenheiros de projeto, de software, civis, biotecnólos, de som, executivos de relações públicas, financistas, advogados, promotores de imóveis. consultores de gerenciamento financeiros e tributaristas, consultores nas áreas de energia, agricultura, armamentos e arquitetura, especialistas em informações gerenciais, em desenvolvimento organizacional e em planejamento estratégico, headhunters corporativos - analistas de sistemas - executivos de propaganda e especialistas em marketing, diretores artísticos, arquitetos, cineastas, editores de filmes, projetistas de produção, publicitários, escritores e editores, jornalistas, músico, produtores de televisão e cinema, professores universitários.

Analistas simbólicos solucionam e identificam problemas e promovem a venda de soluções por meio da manipulação de símbolos.

Simplificam a realidade por meio de imagens abstratas que podem ser rearranjadas, embaralhadas, experimentadas e comunicadas a outros especialistas, e então, eventualmente, transformadas de volta em realidade.

As manipulações são realizadas com ferramentas analíticas, afiadas pela experiência.

As ferramentas podem ser algoritmos matemáticos, argumentos legais, artifícios financeiros, princípios científicos, conhecimentos psicológicos sobre como persuadir ou entreter, sistemas de indução ou dedução, ou qualquer outro conjunto de técnicas para resolver quebra-cabeças conceituais.

Algumas dessas manipulações revelam como desenvolver recursos e transferir patrimônios financeiros de forma mais eficiente, ou, por outro lado, economizar tempo e energia.

Outras revelam novas invenções - maravilhas tecnológicas, argumentos legais inovadores, novos artifícios publicitários para convencer o consumidor que certos entretenimentos tornaram-se necessidades primordiais.

Algumas delas - de som, palavras, imagens - prestam-se ainda para entreter seus espectadores, ou para fazê-los refletir mais profundamente sobre suas existências ou sobre a condição humana.

Os analistas simbólicos têm:

- A remuneração depende antes da qualidade, originalidade, inteligência e, ocasionalmente, da velocidade com que resolvem e identificam novos problemas e promovem a venda de soluções.

- Suas carreiras não são lineares ou hierarquizadas; raramente seguem trajetórias progressivamente bem definidas em direção a níveis mais altos de responsabilidade e remuneração.

- Podem assumir imensas responsabilidades e acumular riquezas extraordinárias quando ainda muito jovens.

- Quando não estão conversando com seus colegas de equipe, os analistas simbólicos sentam-se diante de terminais de computador, examinam palavras e números, movem, alteram, tentam novas configurações, formulam e testam hipóteses, projetam ou desenvolvem estratégias.

Como, então, os analistas simbólicos descrevem aquilo que fazem?

Com dificuldade. Pois é algo altamente fluido. E, como a análise simbólica envolve antes processos imaginativos e de comunicação do que produção tangível, pode se tomar difícil explicar o teor do cargo.

Os antigos empregos da era industrial totalmente previsíveis não exigem uma forma de pensar original.

Na verdade, uma imaginação particularmente criativa ou crítica poderia até ser prejudicial ao desenvolvimento da carreira, especialmente quando revelava questões de ordem subversiva, como “Vocês não estão trabalhando no problema errado?”, ou “Por que estamos fazendo isto?”, ou, mais fatal ainda, “Qual a finalidade da existência desta organização?”.

Fato é que, no sentido convencional do que significa trabalhar, boa parte do que fazem não pode ser considerado como tal.

As tarefas dos operários da produção de rotina e dos servidores pessoais são tipicamente monótonas; causam fadiga e enfraquecimento dos músculos e envolvem muita dependência ou pouca decisão.

Em franco contraste, o “trabalho” dos analistas simbólicos envolve freqüentemente enigmas, experiências, jogos, muitas trocas de idéias e um sólido e criterioso embasamento para decidir o que fazer em seguida.

Bem poucos operários de produção de rotina ou servidores pessoais “trabalhariam” se não tivessem a necessidade de ganhar dinheiro. Todavia, muitos analistas simbólicos “trabalhariam” ainda que não houvesse qualquer remuneração.

A EDUCAÇÃO FORMAL DE UM ANALISTA SIMBÓLICO EM FORMAÇÃO SEGUE UM PADRÃO COMUM.

- Alguns desses jovens freqüentam escolas particulares de elite, prosseguindo pelas universidades mais seletivas e pelas faculdades de maior prestígio;

- Seus pais estão interessados e envolvidos em sua educação, enquanto seus professores e instrutores estão atentos para suas necessidades acadêmicas.

- Têm acesso a laboratórios científicos no “estado da arte”, a sistemas de computadores interativos e de vídeo em classe, a laboratórios lingüísticos e a bibliotecas de altíssima qualidade.

- Suas turmas são relativamente pequenas;

- Seus pares, intelectualmente estimulantes.

- Seus pais levam-nos a museus e a eventos culturais, propiciam-lhes viagens a outros países e matriculam-nos em cursos musicais.

- Em casa têm livros, brinquedos e fitas de vídeo educacionais, microscópios, telescópios e microcomputadores repletos dos últimos softwares educacionais.

- Freqüentemente acumulam um grande número de conhecimentos ao longo de sua carreira escolar, embora tais conhecimentos não sejam fundamentais para sua formação;

- O mais importante é que essas crianças aprendam como conceituar problemas e soluções.

DESSA FORMA, A EDUCAÇÃO FORMAL DE UM ANALISTA SIMBÓLICO PRINCIPIANTE REQUER O REFINAMENTO DE QUATRO APTIDÕES BÁSICAS: ABSTRAÇÃO, RACIOCÍNIO SISTÊMICO, EXPERIMENTAÇÃO E COLABORAÇÃO

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ABSTRAÇÃO

O mundo real nada mais é que uma confusão de ruídos, formas, cores, odores e texturas, essencialmente sem significado, até o momento em que a mente humana imponha alguma ordem.

A capacidade de abstração - para descobrir-se padrões e significados é certamente a própria essência da análise simbólica, por meio da qual a realidade é simplificada, para poder ser entendida e manipulada de diferentes maneiras.

O analista simbólico manuseia equações, formulas, analogias, modelos, construções, categorias e metáforas com o objetivo de criar possibilidades de reinterpretar, e em seguida rearranjar o caos de informações que já turbilhonam em torno de nós.

Uma imensa massa de informações desorganizadas pode então ser integrada e assimilada para revelar novos problemas, soluções e escolhas.

Dotado de espírito inovador está sempre à procura de novos caminhos para representar a realidade, que assim torna-se mais crua ou reveladora que antes.

Suas únicas ferramentas são os processos abstratos de modelar informações em bruto, transformando-as em padrões manuseáveis, freqüentemente originais, são praticamente os mesmos.

ESCOLA NORMAL:

Em lugar de construírem significados para si mesmas, os significados lhe são impostos.

O que deve ser aprendido está pré-elaborado na forma de lições, aulas e livros.

A realidade já foi simplificada;

O estudante obediente apenas tem de inseri-Ia na memória.

Acredita-se que o processo educacional eficiente distribui o conhecimento da mesma forma que uma fábrica eficiente instala componentes na linha de montagem.

Essa lição somente pode retardar a habilidade do estudante de despontar para um mundo transbordante de possibilidades de descobertas.

O CURRÍCULO DEVE SER FLUIDO E INTERATIVO.

Em lugar de dar ênfase à transmissão, enfoca-se o julgamento e a interpretação.

Ensina-se ao estudante ir atrás da informação - a perguntar por que certos fatos foram selecionados, por que são considerados importantes, como foram deduzidos e como podem ser contestados.

O estudante aprende a examinar a realidade sob diversos ângulos, sob diferentes prismas, permitindo-lhes assim visualizar novas possibilidades e escolhas.

A mente simbólica analítica é treinada para ser cética, curiosa e criativa.

RACIOCÍNIO SISTÊMICO

Enxergar a realidade como um sistema de causas e conseqüências

Freqüentemente, a nossa tendência mais tarde na vida é ver a realidade como uma seqüência de instantâneos estáticos - aqui um mercado, ali uma tecnologia, aqui um acidente do meio ambiente, ali um movimento político.

O relacionamento entre tais fenômenos é deixado sem comprovação.

A maioria das educações formais perpetua esse erro comportamental, apresentando os fatos em unidades isoladas de “história”, “geografia”, “matemática” e “biologia”, como se elas fossem distintas e independentes umas das outras.

Entretanto, para descobrir novas oportunidades, devemos ser capazes de enxergar o todo e de entender o processo pelo qual os componentes da realidade justapõem-se.

No mundo real, raramente as questões emergem predefinidas e claramente separadas.

O analista simbólico deve constantemente tentar discernir grandes causas, conseqüências e relacionamentos (soft cience)

O que parece ser um simples problema suscetível de solução padronizada pode transformar-se em um sintoma de um problema mais fundamental, que com certeza despontará adiante sob forma diferente.

Melhor do que ensinar a um estudante resolver um problema que lhe é apresentado é ensinar-lhe a analisar porque o problema surge e como se conecta com outros problemas.

Aprender a se deslocar de um lugar para outro seguindo uma rota preestabelecida é uma coisa; conhecer o terreno de tal maneira que se possa encontrar atalhos para qualquer parte que se queira ir é outra totalmente diferente.

Em lugar de assumir que problemas e soluções são gerados por outros os estudantes aprendem que os problemas podem ser usualmente redefinidos conforme o ponto que se focaliza dentro de um amplo sistema de forças, variáveis e resultados, e que, examinando-se esse imenso terreno, pode-se chegar a relacionamentos inesperados e soluções potenciais.

EXPERIÊNCIAS

Deve-se aprender a fazer EXPERIÊNCIAS.

Seus testes são aleatórios e repetitivos, mas por meio de tentativas e erros aumentam sua capacidade de pôr em ordem um amontoado confuso de sensações e de compreender causas e conseqüências.

Poder errar é indispensável para criar mapas mentais individuais, de conhecimento individualizados e aprendizado individualizado.

O cinegrafista tenta uma nova técnica de filmagem; O engenheiro de projeto tenta um novo matéria para fabricar componentes de motores.

Em lugar de serem conduzidos ao longo, de uma trajetória preestabelecida, os alunos são equipados com um conjunto de ferramentas para rasgar o seu próprio caminho.

A atenção está toda voltada para técnicas experimentais: manter inalterados certos componentes da realidade, enquanto os demais são modificados com o objetivo de melhor entender causas e conseqüências;

Explorar sistematicamente um leque de possibilidades e resultados e registrar as semelhanças e diferenças mais significativas;

Realizar suposições imaginosas e saltos intuitivos e daí confrontá-los com suposições preliminares.

O aspecto mais importante em toda essa abordagem é que os estudantes são ensinados a assumir a responsabilidade pela continuação de seu próprio aprendizado.

COLABORAR.

Aprender a trabalhar em equipes, compartilhando problemas e soluções.

O jogo pode parecer não direcionado, mas, freqüentemente, é o único caminho para descobrir problemas e soluções que a princípio não se supõe que sejam passíveis de serem descobertos.

Despendem ainda boa parte de seu tempo na comunicação de conceitos - por meio de apresentações orais, relatórios, projetos, memorandos, layouts, roteiros e projeções - e na busca de consenso para prosseguir com os planos.

Entretanto, aprender a colaborar, a comunicar conceitos abstratos e a alcançar consenso não são assuntos usualmente enfatizados na educação formal.

Pelo contrário, na maior parte das salas de aula, o objetivo fundamental é conseguir a calma e solitária realização de tarefas especializadas.

Não conversar!

Não passar bilhetes!

Não ajudar-se mutuamente!

Uma vez mais, o pensamento racional está dirigido para eficiência e para a suposta importância de avaliar o desempenho individual.

Grupos de trabalho não são monitorados e controlados tão facilmente quanto o trabalho individual. Daí ser difícil de constatar se um estudante em particular domina um assunto específico.

Aprendem como procurar e aceitar a crítica dos demais, e a solicitar auxílio e dar crédito aos outros.

Aprendem ainda a negociar, a explicar suas próprias necessidades, a discernir o que os outros necessitam e a enxergar as coisas pela perspectiva dos demais, e a encontrar soluções que sejam mutuamente benéficas.

OS DIGITAIS

São muito sensíveis à ecologia e militam por um desenvolvimento sustentável.

Aceitam com entusiasmo a multiplicidade de raças e a convivência pacífica de culturas e religiões diferentes, e não fazem muita distinção entre os dias oficialmente úteis e os feriados oficiais.

Não fazem demasiada distinção entre as atividades de estudo, trabalho e lazer.

A convivência com o desemprego os acostumou a conciliar períodos de trabalho intensivo com outros dedicados mais ao estudo, a viagens, ao cuidado com a família ou ao grupo de amigos.

Tendem a falar várias línguas, sobretudo o inglês, e a se comunicarem através de “novos esperantos”: o rock, a arte pós-moderna, a desinibição nas relações sexuais e a ausência de ideologias fortes.

Têm preferência por determinadas revistas, determinados cantores e artistas, com os quais se identificam.

Muitos estão desempregados, mas são cultos e bem de vida, e vivem da renda familiar. Nem todos, porém, dispõem de um patrimônio familiar.

Dão mais valor ao conhecimento do que à aparência.

Na verdade, os verdadeiros culpados do desemprego deles sã, seus pais, que se matam trabalhando dez horas por dia, monopolizando assim todo o trabalho disponível, convencidos de que se sacrificam, mas, no final das contas, negligenciando a família por causa da carreira.

O que é que os “digitais” fazem quando estão desempregados?

Não ficam nunca de braços cruzados: produzem cinema e música experimental, publicam jornais e revistas, ajudam as pessoa idosas ou os deficientes físicos, viajam, navegam na Interne criam e vendem bijuteria, animam centros comunitários e por a vai. São, enfim, fundadores de uma nova cultura material, social e de idéias. Apesar de marginalizados pelo turbocapitalismo, esses jovens batalham para mudar o mundo e, a partir de Seattle começaram a fazer ouvir a própria voz, ainda que de maneira: contraditória. (Curt Cobain)

Esta arte de viver não se ensina, e não se aprende, de uma vez por todas. Portanto, o que deve ser ensinado aos jovens, por uma formação, é como retroprojetar, continuamente, a própria existência.

Conseqüentemente, quem se dedicar a profissões ligadas à estética (design, arte, cenografia, moda, arquitetura de exteriores e de interiores, computação gráfica, etc.) talvez será mais apreciado e gratificado do que quem se dedicatr a atividades ligadas à política, à administração ou á ciência.

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