Senso Crítico

Perguntas e Respostas

1) O Que é senso crítico? 

É a busca da verdade pelo questionamento do “eu” do “outro” e do “mundo”. 

2) Qual a diferença entre espírito crítico e espírito de crítica? 

O espírito crítico pondera razões, confronta motivos, tranquiliza as exigências da razão, dissipa as trevas da ignorância e promove o progresso da mente. O espírito de crítica é o indício de uma superficialidade irresponsável: nasce do nada e não conduz a coisa alguma. 

3) Qual o papel da filosofia? 

Desenvolver no estudante o senso crítico, que implica a superação das concepções ingênuas e superficiais sobre os homens, a sociedade e a natureza. 

4) O que se pretende com esse processo? 

Ampliação da consciência reflexiva, voltada para: a) consciência de si mesmo: crítica de si próprio enquanto pessoa e de seu papel individual e social (autocrítica); b) consciência do mundo: compreensão do mundo natural e social e de suas possibilidades de mudança. 

5) Estigma e preconceito dificultam o senso crítico? 

Sim. Quando julgamos antecipadamente, criamos um viés em nosso pensamento: não paramos para pensar se as atitudes de alguns indivíduos referem-se ou não à totalidade das pessoas. Exemplo: o judeu é ganancioso; o negro é indolente; os americanos são superficiais. 

6) Como se dá a passagem do espírito não crítico para o espírito crítico? 

Esta passagem pode se dar: a) de forma espontânea, em que novas crenças se chocam com as antigas, requerendo uma mudança; b) de forma provocada, quando deliberamos por nós uma mudança em nossos hábitos e atitudes. 

7) Como nos tornarmos um pensador crítico? 

Ultrapassando as limitações da particularidade e inserindo-nos no plano das intencionalidades globais, originárias e finais do movimento da existência. É o esforço de separar o que pode ser reconhecido como válido daquilo que não o é. 

8) O senso crítico, segundo o espiritismo, é realizado pelo Espírito. Como se explica? 

Há percepção sensorial e percepção extra-sensorial. Nossa mente capta as sensações e transmite-as ao perispírito. Este, por sua vez, envia-as ao espírito, que faz a crítica e retorna-as, em seguida, como crítica conceituada. A essência espiritual é a herança de todas as encarnações e, de acordo com nossas vivências anteriores, podemos ser mais ou menos ricos de inteligência e de moral. 

9) Como melhorar o nosso “olhar crítico”? 

Para que possamos melhorar o nosso "olhar crítico", temos de nos despojar dos automatismos negativos. Essa atitude, tornando-se constante, libera a nossa mente para a compreensão das essências mais puras do nosso ser. 

Para pensar: É fácil adquirir o olhar crítico? Em caso contrário, o que dificulta tal aquisição?

(Reunião de 18/05/2013)

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/senso-cr%C3%ADtico?authuser=0 


Texto Curto no Blog

Senso Crítico e Espiritismo

Senso crítico - é a busca da verdade pelo questionamento do "eu", do "outro" e do "mundo". Tenciona-se, com isso, superar as concepções ingênuas formadas pela "ideologia" dominante.

O espírito crítico distingue-se do espírito de crítica. No primeiro, procura-se a verdade de forma amadurecida, ou seja, estimula-se o progresso mental, pela ponderação de razões e discussão de motivos. No segundo, desenvolve-se o espírito de contradição, não no sentido positivo, mas no sentido de que, uma vez estabelecida a inquietação pessoal, passa-se à inquietação de muitos. Há que se evitar a crítica contumaz e leviana.

O pensador crítico afasta-se das limitações particulares e impulsiona o seu pensamento para as generalizações da existência. Não perde tempo com questiúnculas, tratando, exclusivamente, dos aspectos relevantes da evolução do ser. Direciona seu entendimento não somente para o futuro obscuro, tentando captar o seu devir, como também para o passado, buscando suas origens. Neste vai-e-vem não esquece o presente, vivendo-o intensamente, com todas as forças de sua alma.

O senso crítico, segundo o espiritismo, é realizado pelo Espírito. Como se explica? Há percepção sensorial e percepção extra-sensorial. Nossa mente capta as sensações e transmite-as ao perispírito. Este, por sua vez, envia-as ao Espírito, que faz a crítica e retorna-as, em seguida, como crítica conceituada. A essência espiritual é a herança de todas as encarnações e, de acordo com nossas vivências anteriores, podemos ser mais ou menos ricos de inteligência e de moral.

O princípio inteligente, na sua escalada evolutiva, adquiriu a atração no reino mineral; a sensação, no reino vegetal; o instinto, no reino animal; o pensamento contínuo, a razão e o livre-arbítrio, no reino hominal. Disso resulta os automatismos de nossa existência, em que a linguagem, o tato e a locomoção são os aspectos positivos, e os vícios e defeitos, os negativos. Na presente encarnação, temos de nos esforçar para estimular os atos bons, reprimindo, em contrapartida, os maus.

A evolução é do Espírito. Para que possamos melhorar o nosso "olhar crítico", temos de nos despojar dos automatismos negativos. Essa atitude, tornando-se constante, libera a nossa mente para a compreensão das essências mais puras do nosso ser.

Fonte de Consulta

RUIZ, J. A.. Metodologia Científica - Guia para Eficiência nos Estudos. São Paulo, Atlas, 1979. 

LADRIERE, J.. Filosofia e Práxis Científica. Rio de Janeiro, Francisco Alves, l978 (Coleção Episteme).

XAVIER, F.C. e VIEIRA, W.. Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz. 4.ed., Rio de Janeiro, FEB, l977. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/senso-crtico-e-espiritismo.html)


Em Forma de Palestra

Senso Crítico

1. Conceito

Senso Crítico é a busca da verdade pelo questionamento do “eu” do “outro” e do “mundo”.

2. Espírito Crítico e Espírito do Crítica 

Espírito crítico é a atitude amadurecida do homem que busca com seriedade a verdade, suprema virtude da mente.

O espírito crítico pondera razões, confronta motivos, busca o desvelamento da verdade, que tranquiliza as exigências da razão, dissipa as trevas da ignorância e promove o progresso da mente.

Espírito de crítica é o espírito de contradição.

O espírito de crítica é o indício de uma desorganização mental, de uma superficialidade irresponsável que conduz ao ceticismo, à inanição; nasce do nada e não conduz a coisa alguma, ou nasce da inquietação pessoal e conduz à inquietação de muitos (1).

3. O Papel da Filosofia 

A tarefa da Filosofia é desenvolver no estudante o senso crítico, que implica a superação das concepções ingênuas e superficiais sobre os homens, a sociedade e a natureza; concepções essas forjadas pela “ideologia” social dominante.

O resultado desse processo é a ampliação da consciência reflexiva do estudante, voltada para dois setores fundamentais:

- a consciência de si mesmo: crítica de si próprio enquanto pessoa e de seu papel individual e social (autocrítica).

- a consciência do mundo: compreensão do mundo natural e social e de suas possibilidades de mudança (2).

4. Estigma e Preconceito 

Nossas concepções ingênuas forjaram “ideologias” e estigmatizaram “povos”.

Não paramos para pensar se as atitudes de alguns indivíduos referem-se ou não à totalidade das pessoas. Exemplo:

- o judeu é ganancioso;

- o negro é indolente;

- os americanos são superficiais.

5. Passagem do Espírito Não Crítico para o Espírito Crítico

A lei de evolução é inexorável. Neste sentido, podemos passar de uma situação não crítica para uma que seja crítica, do seguinte modo:

- de forma espontânea: quando novas crenças se chocam com as antigas e requerem uma mudança;

- de forma provocada: quando deliberamos por nós mesmos uma mudança em nossos hábitos e atitudes (3).

6. Pensador Crítico 

O espírito crítico arranca o pensador das limitações da particularidade, situando-o no plano das intencionalidades globais, originárias e finais do movimento da existência.

Para J. Ladrière, a crítica é um recuo em direção ao momento originário da existência e também um mergulho na obscuridade do futuro, na tentativa de discernir as melhores possibilidades do devir.

A crítica consiste “num discernimento, num esforço de separar o que pode ser reconhecido como válido daquilo que não o é, a fim de reencontrar as orientações autênticas das intencionalidades constitutivas” (4).

7. Senso Crítico na Ótica Espírita 

Podemos vê-lo, dentro da ótica espírita, sob três aspectos:

1º) vias de inspeção: as informações nos chegam através das percepções sensoriais e das extra-sensoriais. Passam, primeiramente, pelo corpo físico; depois, pelo corpo perispiritual, e, por último, chegam ao Espírito propriamente dito. O senso crítico está localizado no Espírito, que faz a seleção de tudo o que lhe chega, enviando de volta, como crítica conceituada.

2º) herança e automatismo: o princípio inteligente estagiando no reino mineral adquiriu a atração; no reino vegetal, a sensação; no reino animal o instinto; no reino hominal, o livre-arbítrio, o pensamento contínuo e a razão. Hoje, somos o resultado de toda essa herança cultural.

3º) a evolução é do Espírito: a lei do progresso exige que o princípio inteligente vá-se despojando dos liames da matéria. Para que tenhamos um olhar crítico, devemos libertar-nos da obscuridade da matéria, consubstanciada no egoísmo, no orgulho e no interesse próprio (5).

O Espiritismo auxilia-nos a pensar criticamente, porque enfoca o ser no seu sentido global, ou seja, relaciona-o às existências anteriores.

QUESTÕES

1)  O que é senso crítico?

2)  Qual a distinção entre espírito crítico e espírito de crítica?

3)  Qual o papel da Filosofia?

4)  Como se dá a passagem do espírito não crítico para o crítico?

TEMAS PARA DEBATE

1)  É fácil adquirir o olhar crítico? Em caso contrário, o que dificulta tal aquisição?

2)  O pensador crítico e as generalizações da existência. Comente.

3)  Relacione senso crítico e Espiritismo.

4)  Para que possamos melhorar o nosso “olhar crítico”, temos de nos despojar dos automatismos negativos?

8. Bibliografia Consultada 

(1) RUIZ, J. A.  Metodologia Científica.

(2) COTRIM, G.  Fundamentos da Filosofia.

(3) BORNHEIM, G. A.  Introdução ao Filosofar.

(4) LADRIÈRE, J.  Filosofia e Práxis Científica.

(5) LUIZ, A.  Evolução em Dois Mundos.

São Paulo, dezembro de 1996. 


Pensamentos

"O pensamento crítico é um mar aberto, portanto, faz-se necessário praticar o nado livre!" (Jean Búho)

"Nem toda crítica é inveja, mas todo invejoso é crítico." (Pastor Charles Costa) 

"Entre o crítico e o prático, prefira o prático. Porque o crítico sabe muito, mas, não pratica; ao passo que, o prático mesmo não sabendo muito; mas, pratica o que sabe. Entre o prático e o crítico há uma diferença abismal: O crítico opina; mas, o prático faz". (Valdemar Fontoura)

"Quem não usa o senso crítico para ouvir e não usa o bom senso para falar geralmente comete injustiças." (Maria Angélica Carnevali Miquelin)

"Ser culto, sábio, e crítico tem seus problemas:Irrita os manipuladores, tiranos e desonestos." (Salvio Silveira)

"Não devemos julgar as pessoas pelas aparências. O nosso olhar critico já vem com a predisposição para um julgamento antecipado. Daí, os grandes enganos!" (Márcio Souza)

"O trabalho social do escritor é escrever para que o leitor desenvolva o mínimo de senso crítico." (Guerreira Xue)


Mensagem Espírita

Gratidão a Allan Kardec

Quando as ciências se afirmavam e a fé cega cedia lugar à razão, ele soube arrancar dos fenômenos curiosos das mesas girantes uma doutrina integral.

Portador de sensibilidade acurada, mantendo um alto senso crítico, dotado de inteligência rara, Allan Kardec mergulhou o bisturi da investigação no organismo da morte e estabeleceu a linha direcional para o comportamento humano responsável em torno da imortalidade.

Ele não se deteve no umbral das investigações, fascinado pelas informações espirituais que lhe chegaram. Tampouco permitiu se apaixonar, em momento nenhum, pelas conquistas enobrecedoras.

Perquiriu, com raciocínio claro, examinou com imparcialidade, investiu o tempo e a vida na busca da Verdade, para brindar à Humanidade com o Consolador que Jesus havia prometido.

Dotado de uma óptica invulgar, soube esperar as gemas dos seixos, os diamantes estelares dos pedregulhos, com eles formando um colar de rara beleza para adornar a vida, tornando-a bem-aventurada.

Investindo o que havia de mais precioso no conhecimento, para que a Doutrina Espírita pudesse sobreviver à marcha do progresso, examinou os mais intrigantes problemas do comportamento humano à luz da reencarnação, oferecendo uma filosofia pragmática, alicerçada no cartesianismo, facultando no futuro enfrentar com altivez a derrocada da ética e da cultura, qual ocorre nestes dias.

Confrontou os dogmas religiosos com a realidade da Ciência, e, fazendo-os implodir, propôs a religião do amor universal tendo por fundamento as bases essenciais de todas elas, com os seus componentes confirmados pela investigação científica, do que resultou uma saudável filosofia comportamental.

Profetizou a evolução da humanidade e o papel que o Espiritismo deveria desempenhar na transformação do homem.

Advertiu todos aqueles que se adentrassem no comportamento espírita para que examinassem em profundidade a Doutrina, não se deixando embair pelas idéias fantasistas ou pelas profecias de arrastamento, sem conteúdo.

E hoje, quando o Espiritismo sensibiliza milhões de vidas, o seu Movimento parecer deperecer, perdendo em qualidade o que adquire em quantidade.

Adeptos precipitados tentam enxertar conceitos supersticiosos no organismo impoluto da Doutrina que dispensa apêndices, permanecendo ideal conforme foi legada por Allan Kardec.

A invigilância de alguns simpatizantes procura adaptar crendices ultramontanas ao texto doutrinário, para acomodar interesses imediatos e vazios, por falta de coragem para arrostar as conseqüências da fé na sua legitimidade.

O Espiritismo sobrepõe-se-lhes, porque nenhum exotismo pode fazer parte do seu contexto. 

Teimam introduzir no seu conteúdo superior práticas que, embora respeitáveis, são do Orientalismo, não se coadunando com a tecedura da verdade de que Allan Kardec se fez intermediário consciente.

A Doutrina Espírita, não obstante, respeitando todos os comportamentos religiosos e éticos da Humanidade, permanece acima de qualquer conotação suspeita ou desfiguração nas suas bases. Portanto, a Codificação Espírita se mantém inamovível, num todo granítico, iluminando o pensamento e explicando a causalidade da vida e a realidade do homem.

O mediunismo desorganizado e sensacionalista atrai a atenção para os fenômenos corriqueiros da saúde e da fantasia, de certo modo tentando transformar o Espiritismo em uma seita de significado impreciso.

Cabe, desse modo, ao espírita consciente tolerar, mas não ser conivente; respeitar, mas não concordar com as tentativas de intromissão de seitas, de práticas, de crendices e superstições que fizeram a glória da ignorância nas gerações passadas, poupando a Doutrina Espírita desse vandalismo injustificável, ao mesmo tempo convidando todos a uma releitura das suas bases em confronto com os avanços do conhecimento hodierno, para que se reafirme a indestrutibilidade dos seus ensinamentos, confirmados, a cada momento, pelas conquistas da razão, da tecnologia e da ciência.

O Espiritismo é a Doutrina que vem de Jesus por meio dos imortais, codificada pelo pensamento ímpar de Allan Kardec para assinalar a era do Espírito imortal e permanecer traçando as diretrizes para as gerações do futuro que nos cumpre, desde agora, preservar mediante uma conduta saudável, impoluta e compatível com os postulados que fulguram nesse colosso, que é o Espiritismo, a Doutrina libertadora dos novos tempos.

A tarefa de esclarecer os homens e orientá-los, sem medo nem tergiversações, é emergente, dando prosseguimento ao ministério iniciado por Allan Kardec, que se propagará como centelha crepitante em combustível que a aguarda, para dar-se o grande amanhecer moral e espiritual para onde marchamos, nosso futuro próximo e libertador. (FRANCO, Divaldo Pereira. Reflexões Espíritas, pelo Espírito Vianna de Carvalho) http://oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=630 

Atritos Físicos

“Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.” — Jesus. (Mateus, 5:39.)

Alguns humoristas pretendem descobrir na advertência do Mestre uma exortação à covardia, sem noção de respeito próprio.

O parecer de Jesus, no entanto, não obedece apenas aos ditames do amor, essência fundamental de seu Evangelho. É igualmente uma peça de bom senso e lógica rigorosa.

Quando um homem investe contra outro, utilizando a força física, os recursos espirituais de qualquer espécie já foram momentaneamente obliterados no atacante.

O murro da cólera somente surge quando a razão foi afastada. E sobrevindo semelhante problema, somente a calma do adversário consegue atenuar os desequilíbrios, procedentes da ausência de controle.

O homem do campo sabe que o animal enfurecido não regressa à naturalidade se tratado com a ira que o possui.

A abelha não ferretoa o apicultor, amigo da brandura e da serenidade.

O único recurso para conter um homem desvairado, compelindo-o a reajustar-se dignamente, é conservar-se o contendor ou os circunstantes em posição normal, sem cair no mesmo nível de inferioridade.

A recomendação de Jesus abre-nos abençoado avanço...

Oferecer a face esquerda, depois que a direita já se encontra dilacerada pelo agressor, é chamá-lo à razão enobrecida, reintegrando-o, de imediato, no reconhecimento da perversidade que lhe é própria.

Em qualquer conflito físico, a palavra reveste-se de reduzida função nos círculos do bem. O gesto é a força que se expressará convenientemente.

Segundo reconhecemos, portanto, no conselho do Cristo não há convite à fraqueza, mas apelo à superioridade que as pessoas vulgares ainda desconhecem. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 63)