Parábola do Grão de Mostarda

Perguntas e Respostas

1) Como está posta a parábola do grão de mostarda?

A parábola do grão de mostarda está assim expressa: “O Reino de Deus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. Na verdade, ele é a menor de todas as sementes, mas, depois de crescido, é maior que todos os legumes e torna-se uma árvore, de sorte que as aves do céu vêm habitar seus ramos”. (Mateus, 8, 31-32; Marcos, 4, 30-32; Lucas, 13, 18-19.)

2) Qual o significado de mostarda?

Conhecemo-la como condimento, molho, geralmente utilizado em refeições. Na Palestina, a sinapsis nigraatinge enormes proporções, chegando ter, mesmo no estado selvagem, mais de três metros de altura.

3) Qual a concepção dos rabinos acerca do grão de mostarda?

Entre os rabinos, um “grão de mostarda” era uma expressão para qualquer coisa pequena. Daí, a surpresa e o “maravilhamento” pelo fato de uma minúscula semente se tornar a maior das árvores.

4) Que tipo de ensinamento Jesus quer nos passar nesta parábola?

Jesus quis mostrar que este pequeno grão pode crescer e tornar-se a maior das árvores, abrigando os pássaros sob a sombra de seus ramos. Enquanto os rabinos se maravilhavam pelo fato de algo pequeno se tornar grande, Jesus a exemplificava com o crescimento da verdade: no começo, eram os 12 apóstolos; depois, a humanidade toda.

5) É possível relacionar princípio inteligente e o grão da mostarda?

O princípio inteligente (semente minúscula) foi lançado no mundo, primeiramente, no reino mineral. Depois, estagiou no reino vegetal e no reino animal. Como Espírito, vivenciou o reino hominal, com a possibilidade de ir para o reino angelical. Em cada um desses reinos, foram-lhe agregadas as virtudes necessárias para o prosseguimento de sua evolução moral e espiritual. 

6) Qual o mecanismo do crescimento da semente?

A semente, uma vez lançada ao solo, tende a crescer Cada semente, porém, cresce de acordo com a sua potência, com a sua característica própria: umas se desenvolvem rapidamente; outras, lentamente. O mesmo se pode falar do solo do espírito. Há necessidade de o ser humano aguardar o tempo de maturação para as verdades espirituais. Apressando, acaba absorvendo as fantasias e, assim, distanciando-se do verdadeiro caminho de sua evolução espiritual.

7) Como explicar, em termos da revelação, o crescimento do grão de mostarda?

Os Dez Mandamentos, recebidos mediunicamente por Moisés, no Monte Sinai, pode ser considerado o ponto de partida do crescimento do grão de mostarda (ensinamento evangélico). A semente era pequenina, sujeita aos contratempos e as intemperanças da época, ainda animalizada.

Jesus, ao resumir os Dez Mandamentos no “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, deu a sua contribuição para o crescimento da semente. Em termos práticos, Jesus reuniu, primeiramente, os doze apóstolos. É a minúscula semente. Depois, vieram os discípulos, que se incumbiram de divulgar a boa nova ao mundo.

O Espiritismo, cognominado de cristianismo redivivo, é o desenvolvimento dos ensinamentos de Cristo. Como Consolador Prometido, ele veio no tempo certo para recordar o que o Cristo disse e desenvolver aquilo que na época de Cristo ficara oculto, obscuro. O grão de mostarda, pelo princípio da reencarnação e da pluralidade dos mundos habitados, penetra em outros campos de interesse, propiciando-nos a certeza da imortalidade da alma. 

(Reunião de 16/10/2010) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/par%C3%A1bola-do-gr%C3%A3o-de-mostarda?authuser=0 )

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Parábola do Grão de Mostarda

A parábola do grão de mostarda está assim expressa: “O Reino de Deus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. Na verdade, ele é a menor de todas as sementes, mas, depois de crescido, é maior que todos os legumes e torna-se uma árvore, de sorte que as aves do céu vêm habitar seus ramos”. (Mateus, 8, 31-32; Marcos, 4, 30-32; Lucas, 13, 18-19.)

A mostarda é conhecida como condimento, molho, geralmente utilizado em refeições. Na Palestina, a sinapsis nigra atinge enormes proporções, chegando ter, mesmo no estado selvagem, mais de três metros de altura. Para os rabinos, um “grão de mostarda” era uma expressão para qualquer coisa pequena. Daí, a surpresa e o “maravilhamento” pelo fato de uma minúscula semente se tornar a maior das árvores.

Jesus, ao relatar esta parábola, quis transmitir-nos um tipo de conhecimento moral. Aproveitou-se da concepção rabina, endereçando-lhe uma pequena crítica, mas o seu objetivo era fazer crer que as verdades espirituais devem crescer no coração do ser humano, podendo, inclusive, abrigar os outros seres humanos, menos aquinhoados da revelação divina. Em termos práticos, começou com os doze apóstolos; depois, vieram os discípulos; hoje, grande parte da humanidade.

A evolução do princípio inteligente pode ser pensada em termos do grão da mostarda. O princípio inteligente (semente minúscula) foi lançado no mundo, primeiramente, no reino mineral. Depois, estagiou no reino vegetal e no reino animal. Como Espírito, vivenciou o reino hominal, com a possibilidade de ir para o reino angelical. Em cada um desses reinos, foram-lhe agregadas as virtudes necessárias para o prosseguimento de sua evolução moral e espiritual.

A semente, uma vez lançada ao solo, tende a crescer. Cada semente, porém, cresce de acordo com a sua potência, com a sua característica própria: umas se desenvolvem rapidamente; outras, lentamente. O mesmo se pode falar do solo do espírito. Há necessidade de o ser humano aguardar o tempo de maturação para as verdades espirituais. Apressando, acaba absorvendo as fantasias e, assim, distanciando-se do verdadeiro caminho de sua evolução espiritual.

Os Dez Mandamentos, recebidos mediunicamente por Moisés, no Monte Sinai, pode ser considerado o ponto de partida do crescimento do grão de mostarda (ensinamento evangélico). A semente era pequenina, sujeita aos contratempos e às intemperanças da época, ainda animalizada. Jesus, ao resumir os Dez Mandamentos no “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, deu a sua contribuição para o crescimento da semente. O Espiritismo, como o Consolador Prometido, veio no tempo certo para recordar o que o Cristo disse e desenvolver aquilo que na época de Cristo ficara obscuro. O grão de mostarda, explicado pelo princípio da reencarnação e da pluralidade dos mundos habitados, penetra em outros campos de interesse, propiciando-nos a certeza da imortalidade da alma.

Esta parábola – o grão de mostarda – é a parábola do crescimento espiritual. Esperamos que ela faça-nos crescer em espírito e verdade, para que possamos conquistar o Reino dos Céus. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2010/06/parabola-do-grao-de-mostarda.html)


Em Forma de Palestra

Parábola do Grão de Mostarda

1. Introdução

Como a menor das sementes pode se tornar a maior das árvores? Que tipo de ensinamento Jesus quer nos passar nesta parábola?

2. Conceito

Parábola - do gr. parabole significa narrativa curta, não raro identificada com o apólogo e a fábula, em razão da moral, explícita ou implícita, que encerra e da sua estrutura diamétrica. Distingue-se das outras duas formas literárias pelo fato de ser protagonizada por seres humanos. Vizinha da alegoria, a parábola comunica uma lição ética por vias indiretas ou simbólicas: numa prosa altamente metafórica e hermética, veicula um saber apenas acessível aos iniciados.

Mostarda – Do latim sinapis nigra, semente da mostardeira, que é usado como condimento;

molho, geralmente utilizado em refeições, sobretudo comidas rápidas, como cachorro-quente, pizza, sanduíches etc. Na Palestina, atinge enormes proporções, chegando ter, mesmo no estado selvagem, mais de três metros de altura.

3. O Texto Evangélico

Jesus lhe propôs ainda outra parábola, dizendo: “O Reino de Deus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. Na verdade, ele é a menor de todas as sementes, mas, depois de crescido, é maior que todos os legumes e torna-se uma árvore, de sorte que as aves do céu vêm habitar seus ramos”. (Mateus, 8, 31-32; Marcos, 4, 30-32; Lucas, 13, 18-19.)

4. O Problema do Crescimento

4.1. O “Crescimento” nas Sociedades Capitalistas

Há, nas culturas ocidentais (capitalistas), uma fascinação pelos números. Agregam-se dados, dispõem-nos em fórmulas, tabelas e gráficos. Tudo isso para mostrar o crescimento da produção, dos serviços, do PIB (Produto Interno Bruto), comparando-o com o crescimento de outras empresas, de outros países. Os números, tão requeridos, podem ser facilmente manipulados. Não é sem razão que os governos desonestos gostam de mostrar dados otimistas quando, na realidade, não os são.

4.2. O Crescimento na Parábola

O “crescimento” na parábola, ao contrário, diz respeito ao Reino dos Céus. Não há estatísticas, mas uma avaliação interior do ser humano. A palavra de Deus é como um fermento que se introduz no espírito, nos corações e na vontade do homem, levando, por toda a parte a sua influência salutar. Ela modifica os nossos pensamentos, as nossas afeições, as nossas obras, para nos cristianizar. O crescimento diz respeito à evolução espiritual do ser humano. É o crescimento em bondade, sabedoria e virtude.

4.3. Crescer e Inchar

Os amigos espirituais estão sempre nos advertindo sobre a diferença entre inchar e crescer. O crescimento é lento, mas constante. Atinge o âmago do ser humano e mostra uma evolução real do Espírito. O inchaço, pelo seu turno, é a fantasia, a visão beatífica, sem obras; é a pregação sem consistência. Em realidade, o inchaço mostra a ação dos falsos profetas, que vêm até nós vestidos de ovelha, mas por detrás são lobos ferinos.

5. A Semente de Mostarda

5.1. A Menor das Sementes

Diz-se que, entre os rabinos, um “grão de mostarda” era uma expressão para qualquer coisa pequena. Jesus quis mostrar que este pequeno grão pode crescer e tornar-se a maior das árvores, abrigando os pássaros sob a sombra de seus ramos. Os rabinos se maravilhavam pelo fato de algo pequeno se tornar grande. Jesus, no caso, aproveitou-se desse episódio para retratar o poder do crescimento da verdade. No começo, eram os 12 apóstolos; depois, a humanidade toda.

5.2. Semente e Princípio Inteligente

A evolução do princípio inteligente pode ser comparada ao crescimento da semente do grão de mostarda. O princípio inteligente (semente minúscula) foi lançado no mundo, primeiramente, no reino mineral. Depois, estagiou no reino vegetal e no reino animal. Já, como Espírito, vivenciou o reino hominal, com a possibilidade de ir para o reino angelical. Em cada um desses reinos, o princípio inteligente foi agregando as virtudes necessárias, para dar prosseguimento à sua evolução, evolução esta consubstanciada no “sede perfeitos como vosso Pai celestial o é”

5.3. Semente e Tempo

Uma fez lançada ao solo, a semente tende a crescer. Na parábola do semeador, a semente cresce em função da qualidade do terreno. Somente quando cai em terra boa, cresce a cento por um. E, mesmo em terra boa, cada semente cresce de acordo com a sua potência: umas crescem rápido; outras demoram um pouco mais. O mesmo se pode falar do solo do espírito. Há necessidade de o ser humano aguardar o tempo de maturação para as verdades espirituais. Apressando, acaba absorvendo as fantasias e, assim, distanciando-se do verdadeiro caminho de sua evolução espiritual.

6. A Semente e as Revelações

6.1. Moisés e os Dez Mandamentos

Os Dez Mandamentos, recebidos mediunicamente por Moisés, no Monte Sinai, pode ser considerado o ponto de partida do crescimento do grão de mostarda (ensinamento evangélico). A semente era pequenina, sujeita aos contratempos e as intemperanças da época, ainda animalizada. Moisés, por exemplo, foi obrigado a decretar leis humanas severas, contrariando os dizeres dos Dez Mandamentos. Contudo, os Dez Mandamentos, de origem divina, vararam o tempo e permanecem vivos nos tempos atuais.

6.2. Jesus e o Cristianismo

Jesus é o personificado da segunda revelação divina. Ele não veio destruir a lei do Velho Testamento, veio dar-lhe cumprimento e acrescentar outros ensinamentos. É o crescimento da semente. Nesse caso, resumiu os Dez Mandamentos no “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, consistindo este no décimo primeiro mandamento da Lei de Deus. Em termos práticos, Jesus reuniu, primeiramente, os doze apóstolos. É a minúscula semente. Depois, vieram os discípulos, que se incumbiram de divulgar a boa nova ao mundo.

6.2. Allan Kardec e o Espiritismo

Allan Kardec não é o personificador, mas o codificador do Espiritismo. O Espiritismo é o desenvolvimento dos ensinamentos de Cristo, por isso denominado de cristianismo redivivo. Como Consolador Prometido, ele veio no tempo certo para recordar o que o Cristo disse e desenvolver aquilo que na época de Cristo ficou oculto, obscuro. A semente do Evangelho penetra em outros mundos, pois com o princípio da reencarnação e a pluralidade dos mundos habitados, podemos avançar para outros campos de interesse, propiciando-nos a certeza da imortalidade da alma. 

7. Conclusão

Esta parábola – o grão de mostarda – é a parábola do crescimento espiritual. Esperamos que ela faça-nos crescer em espírito e verdade, para que possamos conquistar o Reino dos Céus.

São Paulo, maio de 2010.