Parábola das Dez Virgens

Perguntas e Respostas

1) O que é uma parábola?

Parábola é uma história que se conta tendo como pano de fundo um ensinamento moral.

2) Que significa "virgem"? 

Mulher que se conserva em continência, que não teve cópula carnal; donzela. Pessoas isentas de corrupção no mundo. 

3) Em que se resume a "Parábola das Virgens Prudentes e das Néscias"?

É a história de cinco virgens prudentes e cinco virgens néscias, todas à procura de um noivo. Caso este demorasse, havia necessidade de azeite extra para a candeia. As prudentes levaram-no em suas bolsas; as néscias, não. (Mateus, 25, 1 a 13)

4) Qual o contexto que está inserida esta parábola?

Na última parte do capítulo 24, Jesus alerta sobre a separação entre os bons e os maus. No capítulo 25, esta separação é detalhada na Parábola das Dez Virgens (Mt. 25, 1-13), Parábola dos Talentos (Mt. 25, 14-30 e a Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes (Mt. 25, 31-46) 

5) Quais são as diferentes interpretações desta parábola?

Há muitas interpretações, mas a maioria dos teólogos afirma que o Noivo é Cristo. 

6) Que relação há entre esta parábola e o Reino de Deus?

Para entrar Reino de Deus, o indivíduo deve fazer provisão de conhecimento. A porta fecha-se aos néscios. 

7) Qual a consequência da fé sem conhecimento?

Assemelha-se à candeia das virgens néscias que à meia noite não tem mais luz. 

8) Quais são as ordenações da prudência?

Precaução, estudo, pesquisa, reflexão, aprendizado da verdade. 

9) Que outro sentido se pode dar à palavra "virgindade"? 

Virgindade se refere à religiosidade. Há diferença entre ter religião e ser religioso. Ter religião não salva ninguém. Há necessidade de obras para entrar no Reino de Deus. 

10) Por que algumas virgens foram barradas à porta do Reino?

A virgindade é uma condição necessária, mas não suficiente para entrar no Reino dos Céus. A virgindade deve estar ligada ao conhecimento que nos foi dado por Jesus Cristo. 

11) Como interpretar a vigilância? 

Devemos estar sempre atentos na busca da verdade, pois não sabemos nem o dia, nem a hora de nossa partida deste mundo. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/par%C3%A1bola-das-virgens-prudentes-e-das-n%C3%A9scias)


Texto Curto no Blog

Parábola das Dez Virgens

"A virgindade é bela não por caracterizar um jejum, mas por caracterizar uma prudência, uma vez que evita as artimanhas da natureza.” (Arthur Schopenhauer)

Parábola. História que se conta tendo como pano de fundo um ensinamento moral. Virgem. Mulher que se conserva em continência, que não teve cópula carnal; donzela. Pessoas isentas de corrupção no mundo.

Resumo da "Parábola das Virgens Prudentes e das Néscias". É a história de cinco virgens prudentes e cinco virgens néscias, todas à procura de um noivo. Caso este demorasse, haveria necessidade de azeite extra para a candeia. As prudentes levaram-no em suas bolsas; as néscias, não. (Mateus, 25, 1 a 13) Há muitas interpretações desta parábola, mas a maioria dos teólogos afirma que o Noivo é Cristo.

Esta parábola está inserida na última parte do capítulo 24, em que Jesus alerta sobre a separação entre os bons e os maus. No capítulo 25, esta separação é detalhada na Parábola das Dez Virgens (Mt. 25, 1-13), Parábola dos Talentos (Mt. 25, 14-30 e a Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes (Mt. 25, 31-46)

Em sua prédicas, Jesus chamava a atenção para o Reino de Deus, reino este que não é deste mundo. Nesta parábola, o azeite pode ser comparado à provisão de conhecimento. Por que a porta se fecha aos néscios? A porta se fecha porque a fé dessas pessoas não tem conhecimento, não tem luz para ir além. Retrata as pessoas que se dizem retas, honestas, espiritualizadas, mas no fundo são contrárias daquilo que pregam. Podemos compará-las aos falsos Cristos e aos falsos profetas.

Observações sobre as virgens prudentes e as néscias: 1) as ordenações da prudência são:  precaução, estudo, pesquisa, reflexão, aprendizado da verdade; 2) quanto à virgindade: virgindade se refere à religiosidade. Há diferença entre ter religião e ser religioso. Ter religião não salva ninguém. Há necessidade de obras para entrar no Reino de Deus; 3) algumas virgens foram barradas à porta do Reino: a virgindade é uma condição necessária, mas não suficiente para entrar no Reino dos Céus. A virgindade deve estar ligada ao conhecimento que nos foi dado por Jesus Cristo.

Relacionemos esta parábola à vigilância. Devemos estar sempre atentos na busca da verdade, pois não sabemos o momento de nossa partida ao mundo dos Espíritos. É importante que, quando formos chamados, tenhamos cumprido os nossos deveres, não tenhamos perdido tempo em coisas supérfluas e que tenhamos principalmente a consciência tranquila.  (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/11/parabola-das-dez-virgens.html)


Dicionário

Virgindade. No sentido religioso, isto é, a continência matrimonial por causa de uma divindade, a virgindade já existe nas religiões não-bíblicas, embora, na maioria das vezes, apenas temporariamente, e. g. como premissa para a união com a força cósmica (Índia) ou para a obtenção de força para o encontro divino entusiasta e capacidade profética (Antiguidade greco-romana com as Sibilas e as vestais). Israel não a conhece, mas o judaísmo tardio sim. Assim, segundo Filon, a alma se transforma na virgem, quando Deus se une a ela. A origem da virgindade cristã é Jesus; através da união com Ele o ser humano se torna virginal, pelo menos angélico quando do batismo. A virgem consagrada a Deus é símbolo dessa realidade oculta e, com isso, sinal de perfeição da humanidade redimida por Cristo ao final dos tempos. Esta virgindade tem seu símbolo na Patrística na abelha, que, segundo ideias da Antiguidade, é de origem virginal e concebe do mesmo modo. Além disso, a terra paradisíaca, ainda não trabalhada por nenhum ser humano, é também símbolo de virgindade. Assim também o vidro, que acolhe a luz e a deixa passar, sem ser maculado. A água também pode ser símbolo, desde que, fecundada pelo vento, conceba virginalmente. (LURKER, Manfred. Dicionário de Simbologia. Tradução Mário Krauss e Vera Barkow. 2. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2003.)


Mensagem Espírita

Convite à Vigilância

"... Vigiai e orai para que não entreis em tentação." (Marcos: capítulo 14, versículo 38.)

Nem sempre a aparência trai a periculosidade que possui oculta.

Sutil, faz-se agradável, penetrando a pouco e pouco as resistências que a obstaculam.

Aqui surge discreta, produzindo simpatia; ali se apresenta comedida, causando interesse; noutros lugares assume características enlevantes, conseguindo cordialidade, aceitação.

Raramente assoma frente a frente, mas, quando tal ocorre, seus efeitos são imediatos, trágicos..

Na vilegiatura que empreende ao redor de todos faz-se voraz, no entanto, quando rechaçada ou deixada à margem, reúne forças e retoma o caminho, revestindo-se de novo aspecto, a fim de insistir no programa nefando.

Insaciável, seduz paulatinamente, com promessas de ventura, destruindo os que lhe caem nas malhas...

Conivindo às suas diretrizes mesmo por negligência, somente poucas vítimas logram liberação. Quando tal ocorre o tributo a pagar é de alto e penoso valor.

Referimo-nos à tentação.

Tóxico, envenena facilmente.

Ácido, queima e requeima sem parar.

Prazer, dilui os sentimentos e anestesia os deveres dilacerando a responsabilidade, deixando inermes os valores morais que exornam o caráter.

Não se lhe dê trégua em momento algum.

Sua força faz-nos recordar a lendária Fênix ressurgindo das cinzas em que se consumira.

Pode estar presente na ira e viver no ódio ultriz; aparece no ciúme e se alimenta na vingança; vige na ambição de qualquer porte e respira no clima da usura; agride na traição e ressurge na hipocrisia...

Nem sempre, porém, se permite identificar através dos aspectos negativos, repelentes.

Mais cruel e poderosa quando disfarçada de mentira dourada ou ilusão subornante, pelo tempero da censura, ou no açodar dos instintos com habilidade, no envolver da bajulação...

Necessário vigiar as entradas do coração e permanecer no posto da prece.

A vigilância regular, insistente, é-lhe o antídoto valioso, incorruptível de que ninguém pode prescindir para colimar êxito nos empreendimentos relevantes do bem.

Examina a própria fragilidade e não permitas que a presunção te cicie quimeras, porquanto, através dela, não poucas vezes a tentação tem acesso ao espírito, neste estabelecimento morada da qual só mui raramente vai expulsa e, quando ocorre ser exilada, deixa marcas de difícil extinção.

Ora, portanto, mas vigia, também. (FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, capítulo 60)

Vigilância

"Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor." - Jesus. (Mateus, 24:42.)

Ninguém alegue o título de aprendiz de Jesus para furtar-se ao serviço ativo na luta do bem contra o mal, da luz contra a sombra.

A determinação de vigilância partiu dos próprios lábios do Mestre Divino.

Como é possível preservar algum patrimônio precioso sem vigiá-lo atentamente? O homem de consciência retilínea, em todas as épocas, será obrigado a participar do esforço de conservação, dilatação e defesa do bem.

É verdade indiscutível que marchamos todos para a fraternidade universal, para a realização concreta dos ensinamentos cristãos; todavia, enquanto não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na Terra, não será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de serviço que nos compete.

Para defender-se de intempéries, de rigores climáticos, o homem edificou o lar e vestiu-se, convenientemente.

Semelhante lei de preservação vigora em toda esfera de trabalho no mundo. As coletividades exigem instituições que lhes garantam o bem-estar e o trabalho digno, sem aflições de cativeiro. As nações requerem "casas" de princípios nobilitantes, em que se refugiem contra as tormentas da ignorância ou da agressividade, do desespero ou da decadência.

E no serviço de construção cristã do mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos compete.

O apostolado é de Jesus; a obra pertence-lhe. Ele virá, no momento oportuno, a todos os departamentos de serviço, orientando as particularidades do ministério de purificação e sublimação da vida, contudo, ninguém se esqueça de que o Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito  Emmanuel, capítulo 132)

Olhai

"Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo." - Jesus. (Marcos, 13:33.)

Marcos registra determinada fórmula de vigilância que revela a nossa necessidade de mobilizar todos os recursos de reflexão e análise.

Muitas vezes, referimo-nos ao "orai e vigiai", sem meditar-lhe a complexidade e a extensão.

É indispensável guardar os caminhos, imprescindível se torna movimentar possibilidades na esfera do bem, entretanto, essa atitude não dispensa a visão com entendimento.

O imperativo colocado por Marcos, ao princípio da recomendação de Jesus, é de valor inestimável à perfeita interpretação do texto.

É preciso olhar, isto é, examinar, ponderar, refletir, para que a vigilância não seja incompleta.

Discernir é a primeira preocupação da sentinela.

O discípulo não pode guardar-se, defendendo simultaneamente o patrimônio que lhe foi confiado, sem estender a visão psicológica, buscando penetrar a intimidade essencial das situações e dos acontecimentos.

Olhai o trabalho de cada dia.

O serviço comum permanece repleto de mensagens proveitosas.

Fixai as relações afetivas. São portadoras de alvitres necessários ao vosso equilíbrio.

Fiscalizai as circunstâncias observando as sugestões que vos lançam ao centro da alma.

Na casa sentimental, reúnem-se as inteligências invisíveis que permutam impressões convosco, em silêncio.

Detende-vos na apreciação do dia; seus campos constituídos de horas e minutos são repositórios de profundos ensinamentos e valiosas oportunidades.

Olhai, refleti, ponderai!... Depois disso, naturalmente, estareis prontos a vigiar e orar com proveito.(XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito  Emmanuel, capítulo 87)