Centro Espírita

Perguntas e Respostas

1) O que é um Centro Espírita?

Centro Espírita é o local onde os espíritas se reúnem para o aprendizado e a prática da Doutrina Espírita. Há, assim, o aspecto teórico, que é o estudo dos princípios fundamentais do Espiritismo e o aspecto prático, que são os trabalhos de passe e de assistência social.

2) De que necessita para o seu funcionamento?

O Centro Espírita é uma pessoa jurídica. Para o seu funcionamento, precisa de um estatuto e de eleições da Diretoria, tudo devidamente registrado nos órgãos competentes. Precisa, também, de um espaço físico, onde serão realizadas as diversas reuniões, tanto de estudo quanto de prática mediúnica.

3) Que relação há entre a estrutura física e a estrutura espiritual?

A estrutura física serve para acomodar os frequentadores. Não há necessidade de compartimentos luxuosos, mas de boa ventilação e iluminação. A estrutura espiritual é a soma do fluxo energético dos Espíritos protetores, dos diretores, dos colaboradores e dos frequentadores. Ventilação e iluminação podem auxiliar no conforto das pessoas, mas o que realmente importa é o padrão vibratório de todos os frequentadores, sejam colaboradores ou não. É esta vibração que é jorrada no espaço e que serve como um ponto de referência para os Espíritos do além. Esta luz pode ser externada à rua e às adjacências.

4) Qual a importância do organograma e do fluxograma?

O organograma é a disposição hierárquica, tendo em seu topo a Diretoria Executiva, responsável pelos destinos do Centro Espírita. O fluxograma é o movimento das pessoas dentro desta Entidade. Para uma pessoa que vá pela primeira vez a um Centro Espírita, o fluxo se dá da seguinte forma: Recepção è Entrevista è Passes è Entrevista è Cursos è Colaborador. Explicando: quando a pessoa chega pela primeira vez, ela é recepcionada e enviada à Entrevista. Feita a entrevista, é direcionada aos passes para o seu equilíbrio espiritual. É possível que haja necessidade de fazer várias assistências espirituais; por isso, a volta à Entrevista. Uma vez equilibrada, é convidada para se matricular nos cursos. Concluído o Curso de Educação Mediúnica e algum outro de especialização, é apresentada como um colaborador da Casa Espírita.

5) O Centro Espírita é a universidade da alma?

Sim. Enquanto na escola mundana vamos aprender uma profissão, que nos dará os rendimentos para a nossa subsistência física, no Centro Espírita, vamos aprender as coisas da alma, os verdadeiros conhecimentos para uma vida mais plena de realizações. Nele aprendemos que o Espírito é imortal e tudo aquilo que aqui fizermos de bom será o nosso advogado em qualquer lugar que estivermos, inclusive no mundo dos Espíritos.

6) Quais são os dois tipos de sessões que há no Centro Espírita?

Há as sessões prioritárias e as sessões secundárias ou consequentes. As prioritárias são as sessões de estudo, de aprendizado da Doutrina Espírita, consubstanciadas nos diversos cursos desenvolvidos. As secundárias, ou consequentes, são os trabalhos de passe, o desenvolvimento mediúnico, os trabalhos de assistência social etc. Convém prestarmos atenção nessa diferença, para não confundirmos os meios com os fins. O fim último do Espiritismo é o aprendizado de seus princípios; a cura, o passe e a doação de alimentos são conseqüências deste. Não invertamos o processo.

7) Os Centros Espíritas estão desatualizados? Kardec está ultrapassado?

O bom senso deve sempre prevalecer. Allan Kardec não está ultrapassado, desatualizado; ele é mal-compreendido. Há pessoas que freqüentam um Centro Espírita, mas são ávidas por novidades. Procuram essas novidades nos livros que tratam das cores, da energização e outros. Daí, olharem com certo desprezo para as práticas simples da mediunidade. É preciso separar o joio do trigo.

(Reunião de 20/06/2009) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/centro-esp%C3%ADrita?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

O Centro Espírita

O Centro Espírita é o local onde os espíritas se reúnem para as suas práticas. Há, assim, o aspecto teórico e o aspecto prático. A teoria refere-se ao ensino e aprendizagem dos princípios fundamentais do Espiritismo, ou seja, Deus, Espírito, Matéria, Reencarnação etc.; o aspecto prático refere-se aos trabalhos de passe, à doutrinação dos Espíritos obsessores, à assistência social entre outros.

Para que o Centro Espírita funcione, há necessidade de registrar o seu estatuto nos órgãos competentes. Para registrá-lo, há necessidade de se constituir a Diretoria Executiva, que tem a função de coordenar e de se responsabilizar pelas atividades desenvolvidas, não só dentro do Centro, como fora dele. O Centro Espírita Ismael, por exemplo, tem trabalhos externos cognominados "Casa de David" e "Samaritano".

O funcionamento do Centro Espírita se dá através da estrutura física e da estrutura espiritual. A estrutura física serve para acomodar os frequentadores. Não há necessidade de compartimentos luxuosos, mas de boa ventilação e iluminação. A estrutura espiritual é a soma do fluxo energético dos Espíritos protetores, dos diretores, dos colaboradores e dos frequentadores. Ventilação e iluminação podem auxiliar no conforto das pessoas, mas o que realmente importa é o padrão vibratório de todos os frequentadores, sejam colaboradores ou não.

Em se tratando de uma entidade jurídica, devemos ter em mente o organograma e o fluxograma. O organograma é a disposição hierárquica, tendo em seu topo a Diretoria Executiva, responsável pelos destinos do Centro Espírita. O fluxograma é o movimento das pessoas dentro desta Entidade. Para uma pessoa que vá pela primeira vez a um Centro Espírita, o fluxo se dá na seguinte ordem: Recepção ==> Entrevista ==> Passes ==> Entrevista ==> Cursos ==> Colaborador. Explicando: quando a pessoa chega pela primeira vez, ela é recepcionada e enviada à Entrevista. Feita a entrevista, é direcionada aos passes para o seu equilíbrio espiritual. É possível que haja necessidade de fazer várias assistências espirituais; por isso, a volta à Entrevista. Uma vez equilibrado, é convidado para se matricular nos cursos. Concluído o Curso de Educação Mediúnica e algum outro de especialização, é apresentada como um colaborador da Casa Espírita.

O Centro Espírita é a universidade da alma. Enquanto na escola mundana vamos aprender uma profissão, que nos dará os rendimentos para a nossa subsistência física, no Centro Espírita, vamos aprender as coisas da alma, os verdadeiros conhecimentos para uma vida mais plena de realizações. Nele aprendemos que o Espírito é imortal e tudo aquilo que aqui fizermos de bom será o nosso advogado em qualquer lugar que estivermos, inclusive no mundo dos Espíritos.

No Centro Espírita há as sessões prioritárias e as sessões secundárias ou consequentes. As prioritárias são as sessões de estudo, de aprendizado da Doutrina Espírita, consubstanciadas nos diversos cursos desenvolvidos. As secundárias, ou consequentes, são os trabalhos de passe, o desenvolvimento mediúnico, os trabalhos de assistência social etc. Convém prestarmos atenção nessa diferença, para não confundirmos os meios com os fins. O fim último do Espiritismo é o aprendizado de seus princípios; a cura, o passe e a doação de alimentos são consequências deste. Não invertamos o processo.

Allan Kardec está ultrapassado? O Centro Espírita é arcaico? O bom senso deve sempre prevalecer. Allan Kardec não está ultrapassado, desatualizado; ele é mal compreendido. Há pessoas que frequentam um Centro Espírita, mas são ávidas por novidades. Procuram essas novidades nos livros que tratam das cores, da energização, da reativação dos centros de força etc. Daí, olharem com certo desprezo para as práticas simples da mediunidade. É preciso separar o joio do trigo. Observe a simplicidade com que Jesus conduziu o primeiro Culto Cristão no Lar.

Tenhamos consciência de nossa posição dentro de uma Casa Espírita. Deixemos de lado as rusgas e os melindres e trabalhemos em prol da divulgação do Espiritismo, o Consolador Prometido por Jesus. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/o-centro-espirita.html )


Em Forma de Palestra

Centro Espírita: Universidade da Alma

1. Introdução

Para que possamos entender as razões pelas quais um Centro Espírita torna-se uma universidade da alma, dividimos o nosso estudo em sessão espírita, trabalho em grupo e Cristianismo redivivo.

2. Conceito

Centro Espírita - "Local onde os espíritas se reúnem para trabalhos e estudos doutrinários".

"Unidade fundamental do movimento espírita".

"É escola de formação espiritual e moral".

"Deve ser núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita".

"Uma grande família, onde as crianças, os jovens, os adultos e os mais idosos tenham oportunidade de conviver, estudar e trabalhar".

"Deve caracterizar-se pela simplicidade própria das primeiras casas do Cristianismo nascente".

"É o oásis de paz e esperança onde esperam encontrar Jesus de braços abertos, para a doce e suave comunhão da fraternidade e alegria".

"É um ponto do Planeta onde a fé raciocinada estuda as leis universais, mormente no que se reporta à consciência e justiça, à edificação do destino e à imortalidade dos ser".

"Lar de esclarecimento e consolo, renovação e solidariedade, em cujo equilíbrio cada coração que lhe compõe a estrutura moral se assemelha a peça viva de amor na sustentação da obra em si". (Equipe da FEB, 1995)

Universidade – Do latim universitas, termo que dá idéia de um centro (unus), voltado (versus), para a pluralidade de objetos. Uma idéia, pois, de unidade na pluralidade. O termo se refere hoje a instituições de ensino superior, congregando de modo integrado, mais de uma unidade aplicada a determinado ramo do saber. Tais unidades são chamadas Faculdades ou Escolas Superiores. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo)

Alma – Princípio independente da matéria, que dirige o corpo.

3. Aspectos Gerais

Para que um Centro Espírita exista, há necessidade de estruturá-lo física, legal e espiritualmente. No âmbito físico, convém prover as condições de higiene satisfatórias, farta ventilação e fácil fluxo das pessoas. Legalmente, deve-se prezar pelo cumprimento da lei humana no que diz respeito à formação de uma sociedade civil, mantendo-se em dia os livros contábeis e as atas das reuniões. Espiritualmente, motivar as pessoas para o perfeito equilíbrio no campo das emoções e na mudança de comportamento.

Uma vez registrado o Estatuto nos órgãos competentes, o Centro Espírita está legalmente apto para começar a funcionar. Para tanto, deve eleger uma Diretoria Executiva, a qual será responsável pelos destinos da entidade durante um determinado período de tempo. O desempenho de suas atividades é facilitado pela confecção dos Regimentos Internos.

A maioria dos Centros Espíritas desenvolve suas atividades através dos quatro departamentos, a saber: Departamento de Assistência Espiritual, Departamento de Ensino Doutrinário; Departamento de Infância, Juventude e Mocidade e Departamento de Assistência Social. Para que haja um perfeito entrosamento destes com a Diretoria Executiva, faz-se necessário, muitas vezes, que cada um destes setores renuncie algo de si em favor de todos.

Questão que se levanta: como fazer com que um Centro Espírita se torne realmente uma universidade da alma? É o que pretendemos elaborar a seguir.

4. Sessão Espírita

4.1. Sessão Espírita: Nosso Ponto de Partida

A Sessão Espírita é o ponto de partida de nosso estudo, pois todas as atividades emergem dela. Podemos defini-la como toda a sessão, mediúnica ou não, que se realiza numa Casa Espírita. As diversas reuniões, para que realmente expressem a rubrica "espírita", devem estar alicerçadas na Doutrina dos Espíritos. Sem essa base, o edifício do Centro fica comprometido, e é quando vemos a inserção de conteúdos e práticas de outros credos e religiões.

4.2. Sessões Prioritárias e Sessões Secundárias 

As sessões espíritas podem ser vistas sob dois ângulos: prioritárias e secundárias. As sessões prioritárias dizem respeito ao estudo e aprendizado da Doutrina. São os cursos, as palestras e as preleções. As secundárias dizem respeito à Assistência Espiritual, à Assistência Social e às Sessões de Desenvolvimento Mediúnico.

O ensino pode ser feito através de cursos ou não cursos. Os cursos têm a vantagem de transmitir o conhecimento – passando do simples para o complexo ou do conhecido para o desconhecido – de forma ordenada, sem que haja quebra de continuidade. Um tema puxa o outro, este o seguinte, de modo que ao longo de um ano letivo teremos o encadeamento de vários assuntos úteis à nossa formação espiritual.

4.3. Objetivo Central de uma Sessão Espírita 

O Espiritismo, sendo uma filosofia espiritualista, procura mudar o estado da alma dos seus adeptos. É sobre este ponto que se deve concentrar todo o objetivo de uma reunião, quer seja mediúnica ou não. Além disso, ela deve retratar a simplicidade das reuniões que Jesus realizava na época em que esteve encarnado. Nada de preces e vibrações longas; apenas as palavras necessárias para podermos nos adaptar ao ambiente que os Espíritos nos prepararam para a realização de nossas reuniões.

5. O Indivíduo e o Grupo 

A figura do cientista, que sozinho fazia as suas descobertas, está praticamente descartada das universidades. O que se vê é um trabalho em grupo, onde cada membro pesquisa uma particularidade do tema central. Isso não implica na extinção do trabalho individual, mas a grande ênfase, a alocação de recursos se faz num projeto de equipe. Em vista disso, o grupo, a organização, a entidade deve ter um peso maior, quando comparado ao indivíduo, membro desse grupo. A Casa Espírita não foge à regra. É aí que mais devemos aprender a trabalhar em contato com outras pessoas. Para discutir este tópico, refletiremos sobre os relacionamentos, a responsabilidade e a lei de cooperação.

5.1. Relacionamentos 

A dinâmica da vida está no relacionamento. Somos um "Eu" que tem interdependência com outros "Eus". É tendo em mente a noção de interdependência que cada um dos colaboradores deve procurar servir o próximo, pois nossas ações estão sempre influenciando aqueles que têm contato conosco. Podemos dizer que existe uma relação da pessoa com a própria pessoa, da pessoa com sua família, da pessoa com os seus vizinhos e da pessoa com a sociedade. O relacionamento implica também a convivência com os contrários. Quer dizer, eu sou A e você é B, mas tanto eu quanto você pertencemos ao mesmo dicionário, que é a espécie humana.

Tomemos um Centro Espírita. Qual o seu objetivo? É um pronto socorro? É uma escola? Uma vez intuído esse objetivo, todas as nossas ações devem tender para esse fim, sem dele se desviar. Como dissemos anteriormente, um Centro Espírita é composto pela área de Ensino Doutrinário, pela área da Assistência Espiritual e pela área da Assistência Social. Todas essas áreas devem trabalhar de comum acordo, no sentido de prestar os melhores serviços a todos os que procuram a Casa, tanto para questões materiais como para questões espirituais. Muitas vezes o nosso egoísmo fala mais alto: damos demasiada importância ao nosso setor de trabalho. É um erro crasso. Tanto é importante o serviço da faxineira quanto o do presidente.

5.2. Responsabilidade 

Em filosofia, diz-se da situação de um agente consciente com relação aos atos que ele pratica voluntariamente. Assim sendo, cada qual dever responder por seus próprios atos. O que adianta delegar responsabilidade a uma pessoa, se ela não se julga responsável por tal encargo? Numa Casa Espírita, onde o trabalho é voluntário, a responsabilidade deve ser absorvida com muita seriedade, pois embora tenhamos o livre-arbítrio, a Doutrina Espírita deve ser veiculada na sua maior pureza. Pergunta-se: que tipo de influência estamos gerando naqueles que nos rodeiam? Somos um mensageiro fiel da Doutrina, ou estamos transmitindo pseudoconhecimento? Estamos clareando ou confundindo ainda mais as mentes dos frequentadores?

A Diretoria de uma Casa Espírita deve tornar público toda a informação, quer seja financeira ou não, a fim de que todos os seus frequentadores tenham elementos comuns para tirarem as suas próprias conclusões.

Na sociedade, o que permite o erro é tão irresponsável quanto aquele que o comete. Observe o médico que, na ficha do paciente, anota uma operação que não tenha feito. O paciente, que sabe disso e o permite, é tão culpado quanto o médico.

5.3. Lei de Cooperação 

A lei de cooperação, apregoada pela Doutrina Espírita, difere radicalmente da lei de competição da sociedade moderna. Na primeira, todos têm oportunidade de trabalho; na segunda, somente os mais fortes. A lei de cooperação exige que tomemos para o nosso encargo aquilo que ficou por fazer; aquilo que foi rejeitado por todos. Não é procurar ser o primeiro, pisando os demais. A lei de cooperação pede que saibamos nos doar em favor dos demais. Um exemplo: se somos bons expositores e o nosso colega precisa falar, devemos nos abster do discurso, a fim de ouvi-lo com toda a atenção.

O Centro Espírita, como universidade da alma, implica numa mudança radical das nossas atitudes com relação ao nosso próximo. Em vista disso, a responsabilidade dos seus dirigentes é grandiosa. Estes devem estar sempre refletindo sobre a organização, no sentido de dar oportunidade a todos, sem preferência de cor, raça ou posição social. O que importa é abrir caminhos para que as potencialidades de seus frequentadores sejam atualizadas.

6. Cristianismo Redivivo

6.1. Os Ensinamentos de Jesus 

Jesus, quando esteve encarnado, deixou-nos a diretriz evangélica para a nossa caminhada espiritual. Disse-nos que no momento oportuno nos enviaria o Espírito da verdade, o consolador prometido. Falou-nos das bem-aventuranças e das recompensas de sofrer em seu nome todo o tipo de agravo. Em sua trajetória, deu-nos o exemplo da humildade, da solidariedade e da simplicidade. Morreu na cruz para nos ensinar o caminho da salvação. Contudo, depois da sua passagem por este mundo, quadro de nosso planeta modificou-se por completo. Foram criados asilos para abrigar os velhos, as mulheres, tratadas antes como escravas, foram lentamente conquistando a sua independência. Ele não se dispôs a ensinar verbalmente; não mandou substituto. Tomou sobre si a charrua, exemplificando pelo trabalho e obediência ao Pai celestial.

6.2. O Consolador Prometido 

O Espiritismo surgiu na época predita, precisamente depois que a ciência e a filosofia já tinham desenvolvido uma ferramenta de análise extraordinária. Sua função precípua foi a de rememorar os ensinamentos do Cristo. Nesse mister, é ignorância desvincular o Espiritismo do Cristianismo, pois o Espiritismo nada mais é do que o cristianismo redivivo. A única diferença, se assim o pudermos expressar, é que os Espíritos superiores propiciaram mais claridade aos pontos obscuros da Doutrina do Cristo; eles suplantaram o sentido da letra e forneceram-nos uma melhor compreensão do seu aspecto moral e espiritual.

O consolador veio para consolar. É daí que tiramos a força necessária para combater o pessimismo crônico. A sua consolação não é uma consolação da salvação sem esforço. É um trabalho árduo, que nos faz chegar às causas mais profundas de nosso sofrimento. Diz-nos, com relação às penas e gozos futuros, que tudo depende de nossa atuação na presente encarnação. Agindo em função do bem, teremos como recompensa a extensão do bem; agindo em função do mal, receberemos obrigatoriamente mais dor e sofrimento.

6.3. Praticando os Ensinamentos de Cristo no Centro Espírita 

O Centro Espírita é o local ideal para colocarmos em prática os ensinamentos de Cristo. Dentro dele temos a oportunidade de nos exercitamos no amor ao próximo, na tolerância às ofensas e no desapego aos bens materiais. Observe que, ao nos irmanarmos num mesmo objetivo, há uma espécie de sinergia, onde as nossas forças começam a se multiplicar e conseguimos produzir coisas, que vão além de nossa expectativa mundana.

A ida ao Centro Espírita merece um comentário. Parece estamos auxiliando os outros, quando na realidade estamos sendo auxiliados. Quantas não são as vezes que passamos o dia triste, cabisbaixo e pessimista. À noite, vamos ao Centro Espírita, participamos de um trabalho de Assistência Espiritual como médium passista. Posteriormente, sentimo-nos mais aliviado, mais otimista e mais voluntarioso. Pergunta-se: quem foi o beneficiário maior? Aquele que recebeu o passe? Ou aquele que doou o seu magnetismo?

7. Conclusão

Como vemos, um Centro Espírita é a universidade da alma, porque é no seu interior que temos infinitas oportunidades de servir ao próximo e, ao mesmo tempo, uma excepcional abertura de nossa mente para captar, como um todo, a evolução espiritual que necessitamos.

8. Bibliografia Consultada 

ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.


Notas do Blog

O Centro Espírita e a Influência dos Dirigentes

O modo de ser dos dirigentes de Centros Espíritas tem grande impacto sobre os seus subordinados hierárquicos. Eles devem se lembrar de que não vieram aqui para mandar, mas para servir, para atender ao chamamento de Jesus, seja em que circunstância for. Muitas vezes, as impressões do momento, o calor das discussões e as opiniões dos amigos e adversários causam-lhes estresse e desconforto, impedindo-os de tomarem a melhor decisão para o bem comum da entidade. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/05/o-centro-espirita-e-influencia-dos.html)

Centro dentro do Centro

Alguns dirigentes de trabalho – nos Centros dentro do Centro – centralizam as ações em torno do seu nome. Eles até dizem: “meu grupo”, “meus colaboradores”, “minha equipe”. Esta postura aumenta ainda mais o seu poder sobre o grupo. Os seus colaboradores ficam de tal maneira submissos, que nada mais fazem sem a ordem explícita do chefe. Como em tudo é obedecido, acaba se achando “o tal”, o que pode levá-lo a um processo de fascinação. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/06/centro-dentro-do-centro.html)

Importância do Ensino no Centro Espírita

Allan Kardec, no Projeto 1868, esclarece-nos que “um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver princípios de Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as idéias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns. Considero esse curso de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas conseqüências”. (Obras Póstumas, p. 342) (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/01/importancia-do-ensino-no-centro.html)


Sites e Blogs

Os 10 Principais Serviços do Centro Espírita

A Doutrina Espírita, ou Espiritismo, tem como lema a liberdade de expressão. Assim, não há um órgão centralizador, como ocorre, por exemplo, na Igreja Católica. Há apenas os princípios básicos que sustentam a Doutrina, ou seja: a existência de Deus, dos Espíritos, a possibilidade da comunicação com eles, a existência do mundo espiritual, da Lei de causa e efeito e a reencarnação. Diante disso, cada centro espírita tem a possibilidade de praticar as atividades doutrinárias da maneira que achar melhor.

Colocaremos abaixo 10 das principais funções que devem ser praticadas dentro de um verdadeiro centro espírita. A prática correta ou não destas atividades vai variar de acordo com o conhecimento do grupo que dirigir a casa. E a melhor maneira de sabermos se os trabalhos estão sendo feitos dentro dos preceitos de Allan Kardec é analisarmos os resultados obtidos na orientação e tratamento dos problemas materiais e espirituais dos que buscam ajuda no centro espírita.

Recepção: aquele que chega pela primeira vez no centro espírita geralmente tem ma série de dúvidas a respeito do funcionamento da casa. Muitas vezes nem sabe o que irá encontrar ali, haja visto a grande confusão que há na sociedade sobre o que é e o que não é Espiritismo. Havendo uma recepção, que pode ser uma simples mesa ou uma sala, o indivíduo poderá para lá se dirigir e obter as informações sobre horário de funcionamento da casa, trabalhos desenvolvidos etc.

É necessário que a pessoa responsável pela recepção tenha total conhecimento das atividades da casa e que se mantenha simpática em todos os momentos. Precisamos lembrar que a recepção é o primeiro contato do visitante com o centro espírita. E quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o público do grupo.(https://espirito.org.br/palestras/10-principais-servicos-do-centro-espirita/)

Centro Espírita: Ponto de Luz na comunidade

Os estudos e reflexões sobre a importância do centro espírita para a comunidade na qual ele se insere apontam para cinco principais vertentes, assim expressas: templo; lar; oficina; hospital; e escola.

Templo

A casa espírita tem a primordial finalidade de abrigar e reunir aqueles que tencionam conectar-se com o Superior por meio da oração, que se constitui em instrumento de comunicação com Deus, nosso Pai.

A prece proporciona a melhoria do homem, ensejando àquele que ora pensar em Deus, aproximar-se dele e pôr-se em comunicação com ele.

Lar

O centro espírita deve receber seus frequentadores e colaboradores como o lar acolhe a família. É a oportunidade da congregação para o fortalecimento dos laços de amor. Nem sempre encontraremos facilidades, pois o reencontro se dá, por vezes, entre adversários do passado. Porém, é nesse lar que precisamos nos esforçar para a formação da família espiritual.

Oficina

A oficina enseja o trabalho e a consequente aquisição de competências técnicas e humanas. Pelo serviço, somos capazes de desenvolver potencialidades e realizar feitos a serem creditados como mérito em nossa contabilidade espiritual, embora devamos trabalhar em benefício do semelhante desinteressadamente.

Hospital

Outro dia ouvi de uma amiga; “na Terra, todos somos doentes da alma”. A necessidade de corrigenda moral é grande, daí a abençoada oportunidade que Deus nos concede de enfrentarmos doenças variadas para que passemos pelo processo de higienização perispiritual. “A enfermidade jamais erra de endereço”, ensina Emmanuel. Seja física ou moral, todos necessitamos de cura para a conquista da saúde integral. O centro espírita funciona como um hospital na medida em que busca oferecer atendimento aos carentes, sem jamais competir com a medicina terrena. É o apoio espiritual, o atendimento fraterno, a fluidoterapia, a desobsessão…

Escola

Na vida, estamos sempre aprendendo e nunca deixaremos de aprender. Como escola de almas, a casa espírita é roteiro que esclarece nossas mentes para as realidades espirituais, por meio dos estudos individuais e em grupo. As palestras públicas, o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (Esde), o Estudo Aprofundado (Eade), a Mediunidade: Estudo e Prática, a Evangelização da Criança e do Jovem, os estudos das obras básicas, da Coleção A vida no mundo Espiritual, da Série Psicológica Joanna de Ângelis, os cursos de capacitação a distância, são valiosos instrumentos de aprendizado que o centro espírita pode disponibilizar a seus frequentadores.

A FEB, no cumprimento de sua missão de promover o estudo, a prática e a difusão do Espiritismo, oferece os materiais para a implantação do Esde, Eade e da Mediunidade: Estudo e Prática nas instituições espíritas que desejarem, estimula a criação de grupos de estudos doutrinários e incentiva as atividades de evangelização infantojuvenil, compreendendo que o centro espírita é um ponto de luz na comunidade em que se insere e para a qual deve exercer a caridade material, moral e espiritual. (https://www.febnet.org.br/blog/geral/centro-espirita-ponto-de-luz-na-comunidade/ )


Mensagem Espírita

O Centro Espírita

O Centro de Espiritismo Evangélico, por mais humilde, é sempre santuário de renovação mental em direção da vida superior.

Nenhum de nós que serve, embora com a simples presença, a uma instituição dessa natureza, deve esquecer a dignidade do encargo recebido e a elevação do sacerdócio que nos cabe.

Nesse sentido, é sempre lastimável duvidar da essência divina da nossa tarefa.

O ensejo de conhecer, iluminar, contribuir, criar e auxiliar, o que uma organização nesses moldes nos faculta, procede invariavelmente de algum ato de amor ou de alguma sementeira de simpatia que nosso espírito, ainda não burilado, deixou à distância, no pretérito escuro que até agora não resgatamos de todo.

Um Centro Espírito é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna.

Quando se abrem as portas de um templo espírita-cristão ou um santuário doméstico, dedicado ao culto do Evangelho, uma luz divina acende-se nas trevas da ignorância humana e através de raios benfazejos desse astro de fraternidade e conhecimento, que brilha para o bem da comunidade, os homens que dele se avizinham, ainda que não desejem, caminham, sem perceber, para a vida melhor. (Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, em sessão pública, no Centro Espírita "Luiz Gonzaga", em Pedro Leopoldo (MG), na noite de 10/04/1950. (Texto extraído da revista Reformador de Novembro 2006).)