Céu e Inferno

Perguntas e Respostas

1) O que significa a palavra céu?

Céu – É o espaço ilimitado e indefinido onde se movem os astros; espaço acima de nossas cabeças. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade.

2) Como o céu foi introduzido no campo religioso?

Cogita-se que o céu tenha sido o primeiro objeto de culto da humanidade, geralmente associado às quase ubíquas divindades uranianas.

3) Como as diversas religiões veem o céu? E o Espiritismo?

Para os budistas, é a morada dos deuses, ou Devas, isto é, dos espíritos que, pelos seus méritos, conquistaram uma situação privilegiada.

Para os chineses, o céu é um trapézio regular invertido, dividido em compartimentos paralelos, os quais constituem cada um dos andares. Este trapézio assenta sobre o monte Meru, que emerge do oceano.

Para as religiões pagãs clássicas, o céu foi a personificação da abóbada celeste.

Na Bíblia, serve para designar o lugar donde veio Cristo e para onde voltou, que é o lugar dos bem-aventurados. A teologia católicareconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros; e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habitação dos que o contemplam face a face.

Para o Espiritismo, a palavra céu indica o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em que os Espíritos gozam de todas as suas faculdades, sem as tribulações da vida material nem as angústias inerentes à inferioridade.

4) O que significa a palavra inferno?

Inferno – É um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina: infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior".

Observação: enquanto a palavra céu designa ao mesmo tempo o mundo dos astrônomos e astronautas e a morada em que Deus reúne os seus eleitos, a palavra inferno tem conotação estritamente mitológica, religiosa e filosófica.

5) Como o termo inferno passou da mitologia para a religião?

Na mitologia grega, Hades é um lugar invisível, eternamente sem saída, e designa as riquezas subterrâneas da terra, entre as quais se encontra o império dos mortos. Na simbologia, entretanto, o subterrâneo é o local das ricas jazidas, o lugar das metamorfoses, das passagens da morte à vida, da germinação. As religiões, de um modo geral, têm íntima relação com o mito, a mitologia. Com o passar do tempo, porém, foram modificando as suas interpretações do mito. Em se tratando do inferno, modificaram-no, entendendo-o como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.

6) Como o inferno é visto pela tradição cristã?

Na tradição cristã, a conjunção luz-trevas simboliza os dois opostos: céu e o inferno. Nesse sentido, o céu é o lugar para onde vão as almas dos justos gozar as bem-aventuranças no paraíso; o inferno é o lugar para onde vão as almas dos que morreram em pecado mortal. Lá os esperam as mais trágicas dores: tonéis ferventes, tridentes, em fim, um sofrimento eterno.

7) Como o céu e o inferno são vistos pela Doutrina Espírita?

De acordo com a teologia católica, céu e inferno são lugares circunscritos. Para o Espiritismo, são estados de consciência da pessoa. Os Espíritos que praticaram o mal vão sofrer as conseqüências de seus atos. Pode-se dizer que estão no inferno, porque haverá muito sofrimento, em decorrência da desobediência às leis naturais, inscritas por Deus na consciência de cada vivente. Os Espíritos que praticaram o bem vão se beneficiar das bem-aventuranças.

8) Por que temos facilidade em retratar o inferno e dificuldade para com o céu?

Isso se deve porque o planeta Terra ainda é um mundo de provas e expiações, em que o mal predomina sobre o bem. Quando ele for elevado a mundos mais evoluídos, com certeza pintaremos o céu com tintas mais brilhantes.

Nota: Os antigos acreditavam na materialidade da abóbada celeste, supondo os astros nela fixos. Tinham a Terra como o centro do universo. Assim, a ideia que fazemos do Céu é fruto da concepção grega e babilônica (imutável, calmo, vida eterna). Copérnico, no Século XVI, quebra a tradição milenar e coloca o Sol no centro do Universo. Com isso a Terra entrou no Céu. Mais tarde, Galileu, com a descoberta do telescópio, corrobora tal afirmação. A Ciência parecia ir contra a Bíblia; mas a Bíblia ensina como ir ao Céu, não como ele foi feito.

(Reunião de 09/05/2009) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/c%C3%A9u-e-inferno?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Céu, Inferno e Purgatório

Céu – do lat. Caelu – significa espaço ilimitado e indefinido onde se movem os astros; região para onde, segundo as crenças religiosas, vão as almas dos justos. Inferno - do lat. infernu -, lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de pecado. Purgatório - do lat. purgatoriu -, lugar de purificação das almas dos justos, antes de admitidas na bem-aventurança.

A ideia que fazemos do Céu é fruto da concepção grega e babilônica (calmo, imutável, vida eterna). Nicolau Copérnico (1473-1543) quebra a tradição milenar e coloca o Sol no centro do Universo. Com isso, a Terra entrou no Céu. Galileu Galilei (1564-1642), com o auxílio do telescópio, dá prosseguimento às teses defendidas por Copérnico. O "em cima" e o "em baixo" deixam de existir. A Ciência parecia ir contra a Bíblia; mas a Bíblia ensina como ir ao Céu, não como ele foi feito.

A religião cristã dogmática, baseando-se nas concepções tradicionais, estabeleceu os lugares circunscritos no espaço, onde estariam localizados o Céu, o Inferno e o Purgatório. O Céu, em cima, é a região para onde vão as almas dos justos gozar da felicidade eterna; o Inferno, em baixo, zona de suplício, onde são enviadas as almas dos que morreram em pecado; o Purgatório, lugar intermediário, em que a alma é detenta a par da condenação perpétua.

Para o Espiritismo, Céu, Inferno e Purgatório são figuras de linguagem e não lugares circunscritos. O Céu indica o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em que os Espíritos gozam de todas as suas faculdades, sem as tribulações da matéria. O Inferno não é um lugar materializado, com caldeiras ferventes e rochedos em brasa, mas uma vida de provas extremamente penosas, com a incerteza de melhoria. O Purgatório é uma figura pela qual se deve entender o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em expiação até a purificação completa que deve elevá-los ao plano dos Espíritos felizes.

As expectativas com relação à vida futura dependem da concepção de mundo de cada um. Se materialistas, o nada nos aguarda; se panteístas, retornaremos ao todo universal; se religiosos dogmáticos, iremos para o Céu ou para o Inferno. Apesar de essas imagens estarem automatizadas em nosso subconsciente, não significa dizer que a alma, após o desencarne, encontrar-se-á nessas condições.

De acordo com o Espiritismo, a alma é imortal e, mesmo depois da morte física, continua individualizada e sujeita ao progresso. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/cu-inferno-e-purgatrio.html)


Em Forma de Palestra

Céu, Inferno, Purgatório e Paraíso Perdido

1. Céu

DEFINIÇÃO: espaço ilimitado e indefinido onde se movem os astros; espaço  acima de nossas cabeças. Vem do latim coelum, formada  do grego   coilos,   côncavo,  porque  o  céu  parece   uma   imensa concavidade.

SEGUNDO  A RELIGIÃO: região para onde, de acordo com  as  crenças religiosas, vão as almas dos justos. (lugar circunscrito).

SEGUNDO  O ESPIRITISMO: a palavra céu indica o espaço  universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em  que os   Espíritos  gozam  de  todas  as  suas  faculdades,  sem   as tribulações  da  vida  material  nem  as  angústias  inerentes  à inferioridade.

SEGUNDO  A  CIÊNCIA:  a  ideia que fazemos  do  Céu  é  fruto  da concepção  grega  e babilônica (imutável,  calmo,  vida  eterna). Copérnico,  no Século XVI, quebra a tradição  milenar e coloca  o Sol  no centro do Universo. Com isto a Terra entrou no Céu.  Mais tarde,  Galileu,  com a descoberta do telescópio,  corrobora  tal afirmação.  A  Ciência parecia ir contra a Bíblia; mas  a  Bíblia ensina como ir ao Céu, não como ele foi feito.

2.  Inferno

CONCEITO  PAGÃO: o conhecimento do Inferno pagão nos é  fornecido quase exclusivamente pela narrativa dos poetas. Citam-se  Homero, Virgílio  e  Dante  Alighiere.  Dante  Alighiere,  por   exemplo, na  sua  "Divina  Comédia"  descreve  os  aspectos  lúgubres  dos lugares,  preocupando-se  em realçar o gênero de  sofrimento  dos culpados.(1) cap. IV

NA MITOLOGIA: lugar subterrâneo, onde estão as almas dos mortos.

SEGUNDO  O  CRISTIANISMO:  lugar ou situação pessoal  em  que  se encontram  os  que  morreram  em  estado  de  pecado.  O  Inferno perpetuado pela religião cristã dogmática foi elevado a um  lugar de  maiores  suplícios  do  que  aquele  dos  pagãos   (caldeiras ferventes, tonéis de óleo, rochedo em brasa etc.).(1) cap. IV

PARA O ESPIRITISMO: Céu e Inferno são figuras de linguagem e  não lugares circunscritos. O Inferno não é lugar materializado (fogo, tridentes  etc.), mas “uma vida de provas  extremamente  penosas” (revezes,  doenças,  dificuldades  etc.),  com  a  incerteza   de melhoria.(2) perg. 1014a

3.  Purgatório

PROVENIENTE DE PURGAR: tornar puro, purificar, limpar.

PARA  O CRISTIANISMO: lugar de purificação das almas dos  justos, antes  de  admitidos na bem-aventurança. P. ext.  qualquer  lugar onde se sofre por algum tempo. O Evangelho não faz menção  alguma do  purgatório,  que só foi admitido pela Igreja no ano  de  593, como  dogma: era o lugar menos doloroso para as  almas,  bastando preces  ditas  ou  encomendadas  (orações  pagas),  para  que   o interessado  não  fosse ao fogo, mas ao Céu. Isto  deu  origem  à venda  de  indulgência,  ou  seja,  a  remissão  do  pecado  pelo pagamento de uma determinada quantia em dinheiro. (1) cap. V

SEGUNDO O ESPIRITISMO: entende-se como sofrimento físico e moral. É o tempo de expiação. Na Terra, como encarnado, o  homem  expia suas  faltas, submetendo-se às provas e fazendo suas  reparações. Não  é, portanto, um lugar definido, fora  da  vida  encarnada, mas  o  estado dos Espíritos imperfeitos que estão  em  busca  do aperfeiçoamento moral e intelectual. (2) perg. 1013

4.  Doutrina das Penas Eternas 

SEGUNDO  O  CRISTIANISMO: conseqüência da  concepção  do  Inferno material.  Principal argumento invocado a seu favor: "é  doutrina sancionada   entre  os  homens  que  a  gravidade  da  ofensa   é proporcionada à qualidade do ofendido. O crime de lesa-majestade, por   exemplo,  o  atentado  à  pessoa  de  um  soberano,   sendo considerado  mais  grave  do que o fora  em  relação  a  qualquer súdito, é, por isso mesmo, mais severamente punido. E sendo  Deus muito mais que um soberano, pois é Infinito, deve ser infinita  a ofensa   a   Ele,  como infinito o respectivo  castigo,  isto  é, eterno". (1) cap. VI item 10

SEGUNDO  O ESPIRITISMO: o prazo da expiação está  subordinado  ao melhoramento  do  culpado. Dos trinta e três itens do  código  da vida futura segundo o Espiritismo, resumem-se em: arrependimento, expiação  e reparação, ou seja, apagar os traços de uma  falta  e suas conseqüências. (1) cap. VII, pág. 93

5.  Pecado Original 

SEGUNDO O CRISTIANISMO: Deus criou Adão e Eva que teriam ofendido a  Deus por quererem assemelhar-se-lhe. É o pecado original,  uma ofensa  proporcional à grandeza do ofendido. Infinita,  portanto. Por isso merecem castigo que se estendeu a toda sua descendência. Mas,  infinitamente misericordioso que Ele é, Deus, na pessoa  do Filho,  Jesus, fez-se homem a fim de sofrer ele próprio a dor  do resgate  e, com isto, redimir a humanidade e  proporcionar-lhe  a salvação.  Confunde-se Jesus com Deus. Cria-se, também, o  ritual do batismo. (3) pág. 33

SEGUNDO  O ESPIRITISMO: para o Espiritismo o pecado original  não existe.  Contudo, a respeito do batismo, o Espírito  Emmanuel,  na pergunta  298 do livro  O Consolador, comenta que o  espiritista deve  entender  o batismo como o apelo do seu coração ao  Pai  de misericórdia para a cristianização dos filhos , no apostolado  do trabalho e da dedicação.

6. Perda do Paraíso

RELATO BÍBLICO: Adão e Eva comem o fruto proibido, em virtude  da tentação de Eva, pela serpente. São expulsos do paraíso.

SEGUNDO  O ESPIRITISMO: o paraíso terrestre, cujos vestígios  tem sido  inutilmente  procurados na Terra, era, por  conseguinte,  a figura dum mundo ditoso, onde vivera Adão, ou, antes, a raça  dos Espíritos  que  ele  personifica. Para  o  Espiritismo  os  anjos decaídos  e  a  perda do paraíso estão presos  à  progressão  dos mundos.  Os  mundos progridem, fisicamente,  pela  elaboração  da matéria  e,  moralmente, pela purificação dos  Espíritos  que  os habitam.  Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos  de transformação,  a  fim  de ascender  na  hierarquia  dos  mundos, operam-se mutações  na sua população encarnada e desencarnada.  É quando se dão as grandes emigrações e imigrações. (4) item 43

7.  Sistema de Capela

CAPELA: uma  grande  estrela  da  Constelação  de  Cocheiro,  que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra. Quase todos os mundos que lhe  são  dependentes já se purificaram física e  moralmente.  Há muitos  milênios,  um  dos orbes de  Capela,  que  guarda  muitas afinidades  com o globo terrestre, atingira a culminância  de  um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. Alguns Espíritos  que não acompanharam  essa  evolução,  foram, sob a  anuência  de  Jesus, recambiados para o nosso Planeta, dando origem às RAÇAS ADÂMICAS.

8.  As Raças Adâmicas 

GRUPO  DOS  ARIAS: dele descende a maioria dos povos  brancos  da família indo-europeia.

CIVILIZAÇÃO DO EGITO: foram os que mais se destacaram na  prática do Bem e no culto da Verdade.

POVO  DE  ISRAEL: a raça mais forte e mais  homogênea,  mostrando inalterados os seus caracteres através de  todas as mutações.

CASTAS  DA ÍNDIA: foram os primeiros a formar os pródomos de  uma sociedade  organizada,  cujos  núcleos  representariam  a  grande percentagem de ascendentes das coletividades do porvir. (5) cap. III

9. Bibliografia Consultada

(1) KARDEC,  A.  O Céu e o Inferno ou A Justiça  Divina  Segundo  o Espiritismo. 22.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.

(2) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.

(3) CURTI,  R.  Cristianismo  (de  Jesus  a  Kardec).  São Paulo, FEESP.

(4) KARDEC,  A.  A Gênese - Os Milagres e as  Predições  Segundo  o  Espiritismo. 17.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.

(5) XAVIER,  F. C. A Caminho da Luz (História da Civilização à  Luz do Espiritismo). Rio de Janeiro, FEB, 1972.



Notas do Blog

O Céu

O céu e o inferno não viveram apenas nas mitologias. Passaram imediatamente para as religiões. Cogita-se que o céu tenha sido o primeiro objeto de culto da humanidade, geralmente associado às quase ubíquas divindades uranianas. A teologia cristã, por exemplo, usa indistintamente a palavra céu como se fosse o termo dos astrônomos e astronautas ou a morada de Deus, em que se reúnem os bem-aventurados. Diz-se que Jesus veio do céu e a ele voltou. Quando desceu aos infernos, fê-Lo para nos salvar da morte do pecado. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/04/o-ceu.html)

Simbologia e Espiritismo

Dentre os temas ligados à simbologia, a árvore é o mais rico e o mais difundido. Símbolo da vida, em perpétua evolução e em ascensão para o céu, ela evoca todo o simbolismo da verticalidade. As suas raízes enterradas no solo simbolizam a terra, o subterrâneo. O seu tronco e os seus galhos mostram a ascensão para o Céu, ou seja, a evolução espiritual do ser humano. Por isso, ela é universalmente considerada como o símbolo das relações que se estabelecem entre a terra e o céu. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/simbologia-e-espiritismo.html)

Genealogia do Inferno

Na tradição cristã, a conjunção luz-trevas simboliza os dois opostos: o céu e o inferno. Nesse sentido, o céu é o lugar para onde vão as almas dos justos gozar as bem-aventuranças no paraíso; o inferno é o lugar para onde vão as almas dos que morreram em pecado mortal. Lá os esperam as mais trágicas dores: tonéis ferventes, tridentes, em fim, um sofrimento eterno. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/genealogia-do-inferno.html)

O Rico e o Lázaro

Ser rico não é condição necessária para ser levado ao inferno. O que sucedeu é que este rico, o rico da parábola, não foi um bom rico. Um rico que não soube compartilhar os seus bens com aqueles que os tinham em falta. Um rico que se apegou à riqueza, reservando-a somente aos seus familiares. Um rico que não se colocou como usufrutuário dos bens materiais, mas como o seu possuidor. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/o-rico-e-o-lazaro.html)

Depois da Morte

O céu e o inferno fazem parte da ortodoxia católica, em que pressupõe lugares circunscritos no plano espiritual. O Espiritismo esclarece que tanto um quanto o outro deve ser entendido como estados mentais. Se, ao desencarnarmos, formos bafejados pelos eflúvios balsâmicos dos benfeitores espirituais, poderemos nos considerar no céu; se, ao contrário, formos influenciados por vibrações pesadas, no inferno. Dolorosa, cheia de angústias para uns, a morte não é, para outros, senão um sono agradável seguido de um despertar silencioso. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/depois-da-morte.html)

Vida Futura e Espiritismo

As expectativas com relação à vida futura dependem de nossa concepção de vida. As religiões exercem grande influência na crença da vida após a morte. A Doutrina Dogmática afirma que o ser sobrevive e conserva a sua individualidade: os maus vão para o Inferno; os bons, para o Céu. A Doutrina Espírita aceita, também, a individualidade da alma, porém sujeita a um progresso ininterrupto. Quer estejamos encarnados, quer desencarnados, estaremos sempre progredindo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/vida-futura-e-espiritismo.html)


Sites e Blogs

O Céu e Inferno Sob a Visão Espírita

A definição sintética de “Céu e Inferno” sob os parâmetros da Doutrina Espírita explica: “Céu e Inferno são estados de consciência“. Esta tese foi desenvolvida pelos Espíritos Reveladores do Espiritismo, respondendo a Allan Kardec – O Codificador da Doutrina -, na questão 1.012 de “O Livro dos Espíritos“(1).

“Já respondemos a esta pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos. Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça. E como eles estão pôr toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado existe especialmente destinado a uma ou outra coisa. Quanto aos encarnados, esses são mais ou menos felizes ou desgraçados, conforme é mais ou menos adiantado o mundo em que habitam.”

“São simples alegorias: pôr toda parte há Espíritos ditosos e inditosos. Entretanto, conforme também já dissemos, os Espíritos de uma mesma ordem se reúnem pôr simpatia; mas podem reunir-se onde queiram, quando são perfeitos.” Allan Kardec, a seguir, complementa este assunto dizendo que a localização absoluta das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe. Provém da sua tendência a materializar e circunscrever as coisas, cuja essência infinita não lhe é possível compreender. (https://espirito.org.br/artigos/o-ceu-e-o-inferno-sob-a-visao-espirita-3/)

Céu e inferno 

O céu e o inferno verdadeiramente existem? Estão eles localizados em algum lugar circunscrito, como, por exemplo, no espaço sideral ou no centro da Terra; ou representam a condição íntima de cada indivíduo? Por que temos tanto medo do inferno? E como fazer, então, para conquistar o céu? 

Céu é uma palavra derivada do latim caelum, que significa "abóbada celeste, morada dos deuses".

Ainda na atualidade, esse vocábulo sustenta um duplo significado: o astronômico, estudado pelos cientistas; e o religioso, almejado pela maioria das pessoas. E o por quê  de existir essa  segunda interpretação? Porque, conforme o entendimento de quase todas as religiões, o céu é um “lugar” onde os justos gozarão de felicidade eterna. Portanto, trata-se de uma realidade superior e que, obviamente, se opõe ao inferno. Historicamente, a concepção de inferno, sempre esteve associada a imagens de dor, de sofrimento e de suplício, haja vista a ideia de nele morarem almas que, em vida, praticaram os mais diversos erros – fossem eles graves ou nem tanto –, e que não se arrependeram por seus atos. 

E quais os ensinamentos a Doutrina Espírita e sua literatura nos trazem sobre o assunto? 

O Espírito André Luiz, em algumas de suas obras, ressalta: 

Quase todas as escolas religiosas falam do inferno de penas angustiosas e horríveis, onde os condenados experimentam torturas eternas. São raras, todavia, as que ensinam a verdade da queda consciencial dentro de nós mesmos, esclarecendo que o plano infernal e a expressão diabólica encontram início na esfera interior de nossas próprias almas. [1]

(...) cada homem, por si, elevar-se-á ao céu ou descerá aos infernos transitórios, em obediência às disposições mentais em que se prende. [2]

Deus criou seres e céus, mas nós costumamos transformar-nos em espíritos diabólicos, criando nossos infernos individuais. [3] 

Com o Espiritismo, podemos aprender que o “céu” ou o “inferno” começam, invariavelmente, dentro de nós, visto exprimirem o equilíbrio ou a perturbação, a alegria ou a dor, a consciência em paz pelo bem realizado, ou a que se encontra carregada de remorsos pelos equívocos cometidos. (http://www.aluzdoespiritismo.com.br/artigos/73/ceu-e-inferno)


Notas de Livros

Livro 1

Dia do Juízo Final costuma ser entendido como uma referência a um dia no futuro quando indivíduos serão julgados com base na moralidade das suas ações por uma autoridade divina. A ideia de um Dia de Juízo Final pode ser atribuído aos antigos egípcios no terceiro milênio a.C. Eles acreditavam que após a morte a alma de uma pessoa entraria no submundo e percorreria o caminho até o seu próprio Dia do Juízo Final no Salão das Duas Verdades. Após o julgamento, a alma das pessoas boas seguiria para um pós-vida bem-aventurado, enquanto as almas más seriam entregues ao Devorador dos Mortos.

A ideia de um Dia do Juízo Final também surgiu em religiões posteriores e continua tendo lugar em sistemas de crenças modernas. Em contraste com a história egípcia, no entanto, agora o Dia do Juízo Final é usado para se referir a um dia específico no qual toda a humanidade será julgada. A escatologia mais recente dessa espécie pode ser encontrada na religião zoroastrista, que surgiu por volta de 1500 a.C. Nela, o Dia do Juízo Final precede um mundo perfeito no qual todo o mal foi erradicado.

Essa noção de um mundo celestial surgindo após o julgamento final de todas as pessoas é uma característica familiar nas grandes religiões abraâmicas. O judaísmo postula um "Fim dos Dias" seguido pela Era Messiânica da Paz, e há muitos escritos no Corão islâmico voltados para a Qiyamah (Último Julgamento) e o tratamento subsequente dos íntegros e dos perversos no Céu e no Inferno. A ideia de um dia de julgamento também atraiu a atenção da sociedade secular, mostrando que o conceito de um juízo final, além de emergir em diferentes épocas e fés, também encontrou lugar nas profundezas da psique humana. 

(ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014, item "Dia do Juízo Final" (c. 3000 a.C.) [Egito antigo])

Livro 2

As religiões mostram a vida após a morte: Céu e Inferno. A crença numa alma imortal e em Deus parece constituir a própria essência da religião. Ambos os conceitos, entretanto, foram rejeitados por Buda, que acreditava na instabilidade do ser. (O Livro das Religiões. Tradução de Bruno Alexander. São Paulo: Globo Livros, 2014, item "O Sofrimento Pode Ter Fim" [A Saída do Ciclo Eterno])

Livro 3

Se, por exemplo, um camponês espanhol tivesse adormecido no ano 1000 e despertado quinhentos anos depois, ao som dos marinheiros de Colombo a bordo das caravelas Niña, Pinta e Santa Maria, o mundo lhe pareceria bastante familiar. Mas se um dos marinheiros de Colombo tivesse caído em letargia similar e despertado ao toque de um iPhone do século XXI, ele se encontraria em um mundo estranho, para além de sua compreensão. "Estou no Céu?", ele poderia muito bem se perguntar, "Ou, talvez, no Inferno?" (HARARI, Yuval Noah. Sapiens — Uma Breve História da Humanidade. Tradução Janaína Marcoantonio. 33. ed., Porto Alegre, RS: L&PM, 2018, item "A Descoberta da Ignorância" da parte quatro "A Revolução Científica")


Dicionário

Céu. Símbolo quase universal pelo qual se exprime a crença em um Ser divino celeste, criador do universo e responsável pela fecundidade da terra (graças às chuvas, que ele deseja). Tais Seres são dotados de uma presciência e de uma sabedoria infinitas; as leis morais e, frequentemente, os ritos do clã foram instaurados por eles durante sua breve passagem pela terra. Velam pela observância das leis, e o raio fulmina aqueles que a infringem.

O céu é uma manifestação direta da transcendência, do poder, da perenidade, da sacralidade: aquilo que nenhum vivente da terra é capaz de alcançar.

Enquanto regulador da ordem cósmica, o céu foi considerado como o pai dos reis e dos senhores da terra. (Chevalier e Gheerbrant, 1998)

*

Inferno (Hades). Sobre esse tema, as crenças antigas — egípcias, gregas, romanas — variavam muito; e mesmo na Antiguidade já eram numerosas; por isso, aqui mencionaremos apenas o que julgamos essencial.

Entre os gregos, Hades, o Invisível — segundo etimologia duvidosa — é o deus dos mortos. Como ninguém ousasse pronunciar-lhe o nome, por temor de lhe excitar a cólera, ele recebeu o apodo de Plutão (o Rico), nome que implica um terrível sarcasmo, mais do que um eufemismo, para designar as riquezas subterrâneas da terra, entre as quais se encontra o império dos mortos. E esse sarcasmo torna-se macabro quando se coloca uma cornucópia entre os braços de Plutão. Na simbologia, entretanto, o subterrâneo é o local das ricas jazidas, o lugar das metamorfoses, das passagens da morte à vida, da germinação.

Após a vitória do Olimpo sobre os Titãs, foi feita a partilha do universo entre os três irmãos, filhos de Cronos e de Réia: a Zeus coube o Céu; a Poseidon (Netuno), o Mar; a Hades, o mundo subterrâneo, os Infernos ou o Tártaro. Senhor impiedoso, tão cruel quanto Perséfona, sua sobrinha e esposa, ele não dá trégua a nenhum de seus súditos (ou vítimas). Seu nome foi dado ao lugar por ele dominado; Hades tornou-se símbolo dos Infernos. E, ainda nesse caso, as características são as mesmas por toda parte: lugar invisível, eternamente sem saída (salvo para os que acreditavam nas reencarnações), perdido nas trevas e no frio, assombrado por monstros e demônios, que atormentam os defuntos (GRID).

Na tradição cristã, a conjunção luz-trevas simbolizaria os dois opostos: o céu e o inferno. Plutarco já descrevia o Tártaro como privado de sol. se a luz se identifica com a vida e com Deus, o inferno significa a privação de Deus e da vida.

A essência íntima do inferno é o próprio pecado mortal, em que os danados morreram (ENCF, 470). É a perda da presença de Deus; e, como já nenhum outro bem poderá jamais iludir a alma do defunto, separada do corpo e das realidades sensíveis, o inferno é a desventura absoluta, a privação radical, tormento misterioso e insondável de uma existência humana. A conversão do danado já não é mais possível; empedernido em seu pecado, ele está para sempre cravado na sua dor. (Chevalier e Gheerbrant, 1998)

CHEVALIER, J. e GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1998.


Pensamentos

Céu

"O amor faz-nos viver no futuro quando se é novo, no passado quando se é velho; e no céu durante um dia." (Condessa Diane)

"O amor é a asa veloz que Deus deu à alma para que ela voe até o céu." (Michelangelo)

"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado." (Provérbio Árabe)

"Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo..." (Mario Quintana)

"Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia." (William Shakespeare)

"Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia." (William Shakespeare)

"Prefiro o paraíso pelo clima, o inferno pela companhia." (Mark Twain)

"Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar." (Leonardo da Vinci)

Inferno

"Deixai toda a esperança, vós que entrais." (D. Alighieri)

"O inferno (...) é não mais amar." (G. Bernanos)

"É preciso afugentar com ímpeto esse medo do inferno / que perturba profundamente a vida do homem, / estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte / e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira." (Lucrécio)

"Na verdade, aqueles suplícios que dizem existir / no profundo Inferno, estão todos aqui, nas nossas vidas." (Lucrécio)

"Não há necessidade da grelha, o inferno são os Outros." (J.-P. Sartre)

"O inferno é uma cidade muito parecida com Londres / Uma cidade com muita gente e muita fumaça." (P. B. Shelley)


Mensagem Espírita

Em que Perseveras?

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações.” —  (Atos, 2:42.)

Observadores menos avisados pretendem encontrar inteira negação de espiritualidade nos acontecimentos atuais do Planeta.

Acreditam que a época das revelações sublimes esteja morta, que as portas celestiais permaneçam cerradas para sempre.

E comentam entusiasmados, como se divisassem um paraíso perdido, os resplendores dos tempos apostólicos, quando um pugilo de cristãos renovou os princípios seculares do mais poderoso império do mundo.

Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.

Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo? onde a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anônimos? onde os sinais públicos das vozes celestiais? onde os leprosos limpos e os cegos curados?

As oportunidades do Senhor continuam fluindo, incessantes, sobre a Terra.

A misericórdia do Pai não mudou.

A Providência Divina é invariável em todos os tempos.

A atitude dos cristãos, na atualidade, porém, é muito diferente. Raríssimos perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de fraternidade, nos serviços da fé viva. A maioria prefere os chamados “pontos de vista”, comunga com o personalismo destruidor, fortalece a raiz do egoísmo e raciocina sem iluminação espiritual.

A Bondade do Senhor é constante e imperecível. Reparemos, pois, em que direção somos perseverantes.

Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com a volubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 39)