As Bem-Aventuranças

Perguntas e Respostas

1) O que significa Bem-Aventurança?

Bem-Aventurança – Grande felicidade, suprema ventura, especialmente a que se goza no céu. Para a teologia, são as oito bênçãos (beatitudes) com cuja exposição deu Cristo princípio ao Sermão da Montanha.

A Bem-Aventurança é uma declaração de bênção com base em uma virtude ou na boa sorte. A fórmula se inicia com "bem-aventurado aquele..." Com Jesus toma a forma de um paradoxo: a bem-aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas exatamente em virtude de uma má sorte: pobreza, fome, dor, perseguição. (Mackenzie, 1984)

As bem-aventuranças constituem uma mensagem divina aos homens de todas as raças e de todas as épocas, destinada a servir-lhes de roteiro, rumo à perfeição. (Equipe Feb, 1995)

"Confere Jesus a credencial de bem-aventurados aos que lhe partilham as aflições, os trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sentimentos à conta de bênçãos educativas e redentoras". (Xavier, 1977, cap. 89)

Bênção tem vários sentidos: louvor das criaturas a Deus ou ao Cristo; benefício de Deus às criaturas ou destas entre si; votos de felicidade para a pessoa a quem se quer bem; agradecimento pelos benefícios de Deus (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)

2) O que distingue a concepção da bem-aventurança na antiga Grécia, no Velho Testamento e no Novo Testamento?

Os deuses gregos eram, eles próprios, bem-aventurados.

No Velho Testamento, Iavé transfere a sua bênção ao seu povo. Há uma sintonia entre a felicidade terrestre (cheia de bens materiais) e a bem-aventurança celeste.

No Novo Testamento, Jesus é, ao mesmo tempo, o ideal e a realização das bem-aventuranças. Jesus não é simplesmente um sábio, mas aquele que vive plenamente o que propõe. No Velho Testamento, exaltam-se os valores terrestres da riqueza; no Novo Testamento, os da pobreza.

3) O que representa, para a vida cristã, as oito bem-aventuranças?

As oito bem-aventuranças são o gonzo (dobradiça) pela qual toda a vida cristã deve girar. Gandhi, ao ser indagado sobre o Evangelho de Jesus, diz: "Se tudo o mais do Evangelho for perdido e ficar somente as bem-aventuranças, o cristão em nada ficará prejudicado, pois nestas oito regras estão todos os fundamentos para uma mudança comportamental eficaz".

4) Quais são as oito regras?

1ª) Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

2ª) Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.

3ª) Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, porque herdarão a Terra.

4ª) bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

5ª) Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

6ª) Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus.

7ª) bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles.

8ª) Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. (Mateus, 5, 1 a 12)

5) Qual o prêmio prometido por Jesus àquele que obedece às oito regras?

O Reino dos Céus. O Reino dos Céus ou Reino de Deus é um estado de felicidade proporcional ao grau de perfeição adquirido. É a imensidade da virtude. É o estado de sublimação da alma em virtude de sua obediência às Leis Naturais.

6) O Reino dos Céus é deste mundo?

O Reino dos Céus não é deste mundo. Quer dizer, ele não será encontrado na satisfação de nossos desejos materiais, no nosso gozo terreno. Ele está em nosso interior, em nosso mundo íntimo.

7) Crie algumas frases começando com o "bem-aventurado".

Bem-aventurado aquele que sabe se colocar no último lugar;

Bem-aventurado aquele que sabe ouvir atenciosamente o próximo;

Bem-aventurado aquele que procura ser em vida o que o espera a morte;

Bem-aventurado aquele que é fiel à sua própria consciência.

(Reunião de 05/10/2008)

Bibliografia Consultada

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]

MACKENZIE, J. L. (S. J.). Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulinas, 1984.

XAVIER, F. C. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/bem-aventuran%C3%A7as-as?authuser=0 )


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Bem-Aventurança

Bem-Aventurança – Grande felicidade, suprema ventura, especialmente a que se goza no céu. Para a teologia, são as oito bênçãos (beatitudes) com cuja exposição deu Cristo princípio ao Sermão da Montanha. A Bem-Aventurança é uma declaração de bênção com base em uma virtude ou na boa sorte. A fórmula se inicia com "bem-aventurado aquele..." Com Jesus toma a forma de um paradoxo: a bem-aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas exatamente em virtude de uma má sorte: pobreza, fome, dor, perseguição. As bem-aventuranças constituem uma mensagem divina aos homens de todas as raças e de todas as épocas, destinada a servir-lhes de roteiro, rumo à perfeição.

Na antiga Grécia, os deuses gregos eram, eles próprios, bem-aventurados. No Velho Testamento, Iavé transfere a sua bênção ao seu povo. Há uma sintonia entre a felicidade terrestre (cheia de bens materiais) e a bem-aventurança celeste. No Novo Testamento, Jesus é, ao mesmo tempo, o ideal e a realização das bem-aventuranças. Jesus não é simplesmente um sábio, mas aquele que vive plenamente o que propõe. No Velho Testamento, exaltam-se os valores terrestres da riqueza; no Novo Testamento, os da pobreza.

As oito bem-aventuranças são o gonzo (dobradiça) pela qual toda a vida cristã deve girar. Gandhi, ao ser indagado sobre o Evangelho de Jesus, diz: "Se tudo o mais do Evangelho for perdido e ficar somente as bem-aventuranças, o cristão em nada ficará prejudicado, pois nestas oito regras estão todos os fundamentos para uma mudança comportamental eficaz".

1ª) Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

2ª) Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.

3ª) Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, porque herdarão a Terra.

4ª) bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

5ª) Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

6ª) Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus.

7ª) bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles.

8ª) Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. (Mateus, 5, 1 a 12)

O prêmio prometido por Jesus àquele que obedece às oito regras é o Reino dos Céus. O Reino dos Céus ou Reino de Deus é um estado de felicidade proporcional ao grau de perfeição adquirido. É a imensidade da virtude. É o estado de sublimação da alma em virtude de sua obediência às Leis Naturais. O Reino dos Céus, porém, não é deste mundo. Quer dizer, ele não será encontrado na satisfação de nossos desejos materiais, no nosso gozo terreno. Ele está em nosso interior, em nosso mundo íntimo.

Bibliografia Consultada

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]

MACKENZIE, J. L. (S. J.). Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulinas, 1984.

XAVIER, F. C. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/search?q=bem-aventuran%C3%A7a )


Notas do Blog

Sermão do Monte

Também chamado Sermão da Montanha ou Sermão das Bem-Aventuranças, foi pronunciado por Jesus na fralda de um de um monte, em Cafarnaum, dirigindo-se a todas as pessoas que o seguiam. Nele Jesus faz uma síntese das leis morais que regem a humanidade. O Sermão do Monte veio para reformar a humanidade na sua totalidade. Não é para uma religião, mas para toda a religião. Segundo alguns religiosos, o sermão do monte é o mais revolucionário dos discursos humanos, simplesmente porque é divino. Quando acabou de proferir o sermão, os discípulos disseram: "Este ensina como quem tem autoridade". (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/sermao-do-monte.html)

Bem-Aventurados os Misericordiosos

É falso pensamento de que os misericordiosos enfraquecem a justiça. O perdão é um ato de força. E força não quer dizer dureza. Além do mais, o perdão do ofensor não nega a sua culpabilidade. Devemos perdoar não porque a pessoa o mereça, mas porque faz bem à nossa alma. Por isso, o fato de se perdoar é uma espécie de libertação, porque ficamos desagravados e os nossos pensamentos menos felizes a respeito de tal pessoa são substituídos por pensamentos criativos e altruístas, mais apropriados para a construção de um mundo mais feliz e harmonioso. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/bem-aventurados-os-misericordiosos.html)

Motivos de Resignação

As bem-aventuranças é um termo técnico para indicar uma forma literária de ministrar conhecimentos. Pode-se dizer que é uma declaração de bênção em virtude duma boa sorte. Com Jesus toma a forma de um paradoxo: a bem-aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas de uma má sorte. Jesus dizia: bem-aventurados os que sofrem... os que sentem frio... os que são perseguidos. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/08/motivos-de-resignacao.html)


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Uma Visão Psicológica das Bem-Aventuranças

Jesus tinha uma profunda consciência da realidade da psique. Moisés reconhecia a realidade das Escrituras, quando nos deixou os Dez Mandamentos, promulgados no Monte Sinai; esses eram apropriados aos costumes e ao caráter do novo Jesus reconheceu a realidade dos estados psíquicos interiores, onde falava em forma de parábola para que a mensagem penetrasse na mente dos homens com maior facilidade, mexesse com os seus interiores e sentissem vontade de renovar-se de acordo com as novas informações adquiridas.

Quando Jesus disse: “Não matarás, e quem o fizer será réu de Juízo”, (Mateus 5:21-22); “Não adulterarás, mas eu vos digo que aquele que olhar cobiçosamente para uma mulher, já cometeu adultério com ela em seu coração”. (Mateus 5:27-28), essas passagens têm grande importância psicológica, representam uma transição de um tipo de psicologia comportamentalista, “crua” para um tipo de psicologia humanista, que tem consciência da realidade da psique em si, sem as ações concretas.

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, foi muito feliz quando fez um paralelo entre os ensinamentos de Jesus e a psicologia. Vejamos o que ele nos traz, na interpretação das Bem-aventuranças (Mateus 5:3-10). (https://espirito.org.br/artigos/visao-psicologica-bem-aventurancas/)

As Bem-Aventuranças numa Visão Espírita

As bem-aventuranças são, talvez, o maior ensinamento de Jesus. Neste vídeo ofereço uma visão espírita sobre este verdadeiro tratado espiritual que nós encontramos no Evangelho de Mateus. Este é o 8º vídeo de uma série de 30 vídeos em que analiso e interpreto o Evangelho de Lucas. Mas as bem-aventuranças, particularmente, são tratadas com mais profundidade no Evangelho de Mateus. Utilizo, portanto, estes dois evangelhos. Quando seguirmos as lições de Jesus abordadas neste estudo, estaremos aptos ao nosso próximo estágio evolutivo, que é o reino de Deus. 

20. E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.

21. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.

22. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.

23. Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.

Em Mateus, ao narrar este mesmo episódio, é dito que Jesus “subiu a um monte”, daí o título que ficou célebre de “o sermão do monte” ou “o sermão da montanha”, que, em Lucas, é às vezes chamado de “sermão da planície”, pois é dito, no versículo 17, que Jesus desceu a um lugar plano.

As bem-aventuranças, que estão entre as partes mais importante do Evangelho de Jesus, devem ser analisadas conjuntamente com o Evangelho de Mateus. Mateus trata deste tema com mais profundidade.

Fica evidente as diferentes intenções do Evangelistas Mateus e Lucas em relação a estes ensinamentos de Jesus.

Enquanto Lucas nos passa a ideia de uma consolação mais imediata, referente ao plano físico, uma consolação que diz respeito a todos nós, que vivemos ainda sob a predominância da matéria, Mateus nos traz um ensinamento extremamente elevado, que fala das coisas do espírito, que não nos trata como espíritos encarnados em busca de consolo para as nossas dores cotidianas, mas como espíritos imortais de passagem pela matéria, seres cósmicos imersos numa existência corporal, dignos de aprimoramento e crescimento espiritual através da conscientização e do autoconhecimento. Por isso Lucas diz que Jesus “desceu a um lugar plano” e Mateus diz que Jesus “subiu ao monte”.

O sermão da planície de Lucas é para o hoje, para o dia-a-dia. O sermão da montanha de Mateus é eterno, válido para todos os lugares e tempos, e é preciso elevar-se, é preciso “subir ao monte” para compreendê-lo

Ghandi disse que se todos os livros sagrados do mundo se perdessem e sobrasse apenas o Sermão da Montanha, nada estaria perdido. É verdade. Tudo o que precisamos para a nossa evolução espiritual está aí. E, dentro do Sermão da Montanha, as bem-aventuranças se destacam. (http://www.espiritoimortal.com.br/as-bem-aventurancas-numa-visao-espirita/)


Mensagem Espírita

Bem-Aventuranças

"Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem." — Jesus. (Lucas, 6:22.)

O problema das bem-aventuranças exige sérias reflexões, antes de interpretado por questão líquida, nos bastidores do conhecimento.

Confere Jesus a credencial de bem-aventurados aos seguidores que lhe partilham as aflições e trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sofrimentos à conta de bênçãos educativas e redentoras.

Surge, então, o imperativo de saber aceitá-los.

Esse ou aquele homem serão bem-aventurados por haverem edificado o bem, na pobreza material, por encontrarem alegria na simplicidade e na paz, por saberem guardar no coração longa e divina esperança.

Mas... e a adesão sincera às sagradas obrigações do título?

O Mestre, na supervisão que lhe assinala os ensinamentos, reporta-se às bem-aventuranças eternas; entretanto, são raros os que se aproximam delas, com a perfeita compreensão de quem se avizinha de tesouro imenso. A maioria dos menos favorecidos no plano terrestre, se visitados pela dor, preferem a lamentação e o desespero; se convidados ao testemunho de renúncia, resvalam para a exigência descabida e, quase sempre, ao invés de trabalharem pacificamente, lançam-se às aventuras indignas de quantos se perdem na desmesurada ambição.

Ofereceu Jesus muitas bem-aventuranças. Raros, porém, desejam-nas. É por isto que existem muitos pobres e muitos aflitos que podem ser grandes necessitados no mundo, mas que ainda não são benditos no Céu. (XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 89.)

Elogios

“Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” – (Lucas, 11:28.)

Dirigira-se Jesus à multidão, com o enorme poder do seu amor, conquistando geral atenção. Mal terminara as observações amorosas e sábias, eis que uma senhora se levanta no seio da turba e, magnetizada pela sua expressão de espiritualidade sublime, reporta-se, em alta voz, às bem-aventuranças que deviam caber a Maria, por haver contribuído na vinda do Salvador à face da Terra. Mas, prestamente, na perfeita compreensão das conseqüências infelizes que poderiam advir da atitude impensada, responde o Mestre que, antes de tudo, serão bem-aventurados os que ouvem a revelação de Deus e lhe praticam os ensinamentos, observando-lhe os princípios.

A passagem constitui esclarecimento vivo para que não se amorteça, entre os discípulos sinceros, a campanha contra o elogio pessoal, veneno das obras mais santas a sufocar-lhes propósitos e esperanças.

Se admiras algum companheiro que se categoriza a teus olhos por trabalhador fiel do bem, não o perturbes com palavras, das quais o mundo tem abusado muitas vezes, construindo frases superficiais, no perigoso festim da lisonja. Ajuda-o, com boa-vontade e entendimento, na execução do ministério que lhe compete, sem te esqueceres de que, acima de todas as bem-aventuranças, brilham os divinos dons daqueles que ouvem a Palavra do Senhor, colocando-a em prática. (XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 70.)