edução da amplitude foraminal, comprimindo a raiz emergente.
ESPONDILODISCITE POS-OP
Coleção líquida no espaço discal L4-L5, associada a erosões irregulares e intenso edema / alteração inflamatória com realce pós-contraste da medular óssea dos platôs vertebrais adjacentes, sugerindo quadro de espondilodiscite. A coleção discal se estende ao recesso lateral e para a região paravertebral lateral / posterior à esquerda, onde se observam duas pequenas lojas. Associam-se alterações inflamatórias / edema dos planos adjacentes, especialmente na musculatura paravertebral, sobrepondo-se às alterações cicatriciais / pós-cirúrgicas. Devido a tais alterações, nota-se discreta retrolistese grau I de L4 sobre L5.
POS-OP ESPACADORES DISCAIS COM INFECCAO E FISTULA LIQUORICA
Alterações pós-cirúrgicas com descompressão dos elementos posteriores de L3-L4 a L5-S1, com colocação de espaçadores discais nestes níveis.
Notam-se sinais de processo infeccioso com coleções intradiscais nos níveis L3-L4 e L5-S1, que não estavam presentes no estudo pregresso.
Não há coleção discal no nível L4-L5, porém, nota-se intenso edema de suas medulares ósseas, que também fala a favor de um processo infeccioso ativo.
Coleção anterior aos corpos vertebrais à esquerda medindo 5,8 x 4,8 x 2,7 cm, em contato com os vasos ilíacos comuns esquerdos e em proximidade com a prótese ilíaca ipsilateral. Esta coleção apresenta aparente comunicação com o espaço líquórico intra-dural por meio de provável fístula liquórica dural anterior.
Nota-se extensão das alterações inflamatórias / infecciosas para os planos epidurais do canal vertebral, com obliteração das raízes de L5, S1 e S2, principalmente nos níveis L5 (bilateral) e S1 à esquerda.
Persiste agrupamento das raízes da cauda equina nos níveis lombares inferiores, notando-se aumento das formações císticas intradurais (sequela de aracnoidite).
Alterações inflamatórias / infecciosas com edema dos planos musculares paravertebrais no leito cirúrgico, com diminuta coleção muscular no nível L5, com pertuito à superfície cutânea.
FÍSTULA LIQUORICA
Laminectomia bilateral e ressecção do processo espinhoso de L4.
As raízes da cauda equina estão agrupadas e aparentemente deslocadas anteriormente, sugerindo aracnoidite pregressa.
Acúmulo líquido no subcutâneo da região lombar baixa, medindo cerca de 12,1 x 5,7 x 3,6 centímetros (volume de 130 ml). Apresenta comunicação com outra coleção líquida localizada no leito cirúrgico em meio à musculatura paravertebral e em íntimo contato com o saco dural no nível L4-L5, medindo 4,9 x 4,8 x 3,2 cm (volume de 40 ml). Há má delimitação da dura mater à direita, podendo corresponder a um foco de fístula liquórica. A critério clínico, correlacionar com uma mielotomografia.
Exuberante alteração de sinal com realce pós-contraste dos planos músculo-adiposos no leito cirúrgico.
ABSORÇAO ÓSSEA AO REDOR DE PARAFUSO TRANSPEDICULAR
Artrodese metálica de L3 a L5 através de hastes (verticais e horizontais) e parafusos pediculares que apresentam posicionamento adequado. Discreto halo de absorção óssea (com até 2 mm) circundando os parafusos alocados em L3. Associa-se ampla laminectomia bilateral e ressecção das facetas articulares inferiores de L4, assim como ressecção parcial do processo espinhoso e das facetas articulares inferiores de L3. Enxertia óssea posterior.
Demais corpos vertebrais com alinhamento e alturas preservadas, apresentando osteofitose.
ANTERIORIZAÇÃO DE PARAFUSOS TRANSPEDICULARES
Artrodese da coluna lombossacra nos níveis L4 a S1 realizado com instrumental metálico composto por hastes verticais e parafusos transpediculares. Tal material determina artefatos de susceptibilidade magnética que comprometem parcialmente a interpretação do estudo. O parafuso transpediculare no nível L5 à esquerda tem extremidade avançada em aproximadamente 0,6 cm em relação à cortical anterior do corpo vertebral, insinuando-se junto aos vasos ilíacos comuns à esquerda. Os parafusos transpediculares alocados em S1 têm leve insinuação discretamente anterior à cortical óssea do sacro, com extremidades nas partes moles adjacentes, junto ao trajeto das raízes dos plexos lombo-sacros.
Sinais de manipulação cirúrgica do arco posterior de L4 e L5, com abertura de suas lâminas à esquerda e ressecção da faceta inferior de L4 à esquerda.
ARACNOIDITE
Artrodese metálica que L4 a S1 através de hastes (verticais e horizontais) e parafusos pediculares, determinando artefatos de susceptibilidade magnética que degradam a imagem e prejudicam a análise das estruturas adjacentes. Aparente lateralização do parafuso alocado no pedículo direito de S1, estando sua extremidade distal próxima à raiz L5. Associa-se ampla laminectomia bilateral em L4 e L5.
Corpos vertebrais alinhados e com alturas preservadas. Discreto edema da medular óssea dos corpos vertebrais L4, L5 e S1.
Aderências e septações no interior do saco dural no nível L4-L5 e L5-S1, associado a agrupamento das raízes da cauda equina (à direita em L4-L5) e formações de aspecto pseudo cístico, sugerindo quadro de aracnoidite sequelar.
Alterações fibrocicatriciais no leito cirúrgico, sem efeito de massa compressivo sobre o saco dural, determinando discreta obliteração da gordura epidural posterior.
Ausência de coleções.
ARTRODESE CERVICAL ANTERIOR E POSTERIOR
Artrodese metálica entre C5, C6, C7 e T1 fixados por placa vertical e parafusos somáticos anteriores, bem como placas verticais e parafusos de pars interarticularis posteriores bilateralmente. Associa-se laminectomia bilateral e ressecção do processo espinhoso de C6. apesar da fixação observa-se anterolistese grau I/II de C6 sobre C7, assim como, desalinhamento e luxação facetária bilateral neste nível.
Destaca-se que o parafuso alocado nas pars interarticularis de C5 à direita e transfixa a cortical da faceta inferior e se insinua no forame de conjugação C5-C6 direito. Os parafusos das pars de C7 insinuam-se no plano da articulação interfacetária C7-T1 bilateralmente. Há aparente espaçador discal C6-C7.
Na via acesso cirúrgico, observa-se acúmulo líquido na musculatura paravertebral, em íntimo contato com o espaço epidural posterior no plano de C6, um achado comumente habitual nesta fase pós-operatório.
Fratura do processo transverso esquerdo de C7 determinando insinuação óssea e irregularidade do forame transverso ipsilateral.
Enxertia óssea posterior.
ESPAÇADORES DISCAIS
Discopatias degenerativas, caracterizadas por redução da altura discal habitual, destacando-se espaçadores intersomáticos nos níveis C4-C5, C5-C6 e C6-C7, com fusão parcial dos corpos vertebrais de C5 e C6.
ARTRODESE COM SOLTURA
Artrodese lombossacra ou de L3 a S2 associada a instrumentação metálica com placa vertical e parafusos pediculares à esquerda. O parafuso alocado em L3 ultrapassa discretamente a cortical óssea medial junto ao recesso lateral. Halo de absorção óssea ao redor do parafuso alocado em S1, que sugere possível soltura. Nota-se ainda ampla laminectomia bilateral em L4.
ARTRODESE COM PARAFUSO VERTICAL (INTERLIF?)
Artrodese L5-S1 com instrumentação posterior (caracterizada por parafusos transpediculares e hastes verticais), além de fusão trans-somática com parafuso vertical na porção central dos corpos vertebrais L5 e S1. Nota-se fusão à esquerda destes corpos vertebrais, não havendo fusão dos elementos posteriores.
O parafuso alocado no pedículo direito de S1 apresenta trajeto medianizado, em proximidade com a raiz S1 ipsilateral.
CIMENTO NO ESPACO EPIDURAL POS ARTRODESE
Nota-se cimento no espaço epidural lateral direito no nível L1, apresentando mínima insinuação nos forames T12-L1 e L1-L2 ipsilaterais.
ARTRODESE COM CIMENTACAO / ENXERTIA ÓSSEA POSTERIOR E VERTEBROPLASTIA COM COMPLICACOES
Redução da altura do corpo vertebral de L1, com abaulamento dos platôs superior e inferior, compatível com sequela de fratura. Associa-se mínimo recuo da porção superior do muro posterior, determinando discreta compressão sobre o saco dural. Não há comprometimento significativo da amplitude do canal vertebral.
Restante dos corpos vertebrais com alinhamento alturas preservadas.
Artrodese de L3 a L5 através de hastes (verticais e horizontais) e parafusos pediculares, associados a ressecção da faceta articular inferior direita e das lâminas de L4. Medianização do trajeto dos parafusos pediculares alocados em L3 (bilateralmente) e em L4 (à esquerda), ultrapassando a cortical interna, apresentando insinuação para o interior do canal vertebral. Enxertia óssea / cimentação posterior.
Nota-se ainda material compatível com cimento ósseo nos corpos vertebrais de L3, L4 e L5 (aparente vertebroplastia), destacando-se solução de continuidade da cortical do muro posterior de L5, propiciando extravasamento de cimento para o espaço epidural anterior, tendo migrado inferiormente junto aos muros posteriores de L5 e S1 (principalmente em situação paramediana esquerda).
PARAFUSOS SOLTOS E MAL POSICIONADOS
Artrodese com parafusos transpediculares bilaterais de L2-L5.
Imagens luscentes ao redor de ambos os parafusos de L2, compatíveis com soltura dos mesmos. O parafuso esquerdo neste nível tangencia a cortical interna.
Os parafusos direitos de L4 e L5 apresentam trajeto direcionando para interior dos recessos laterais do canal vertebral.
O parafuso esquerdo de L5 apresenta trajeto na articulação interapofisária L5-S1, se insinuando junto do forame de conjugação ipsilateral.
Raízes da cauda equina sem espessamentos significativos ou realces anômalos que possam indicar a aracnoidite.
COLEÇÃO POS LAMINECTOMIA
Alterações pós-cirúrgicas nos níveis L4-L5 e L5-S1, caracterizadas por pequena laminectomia bilateral em L4 e discretas laminotomias em L5 e S1 à direita. Associa-se coleção irregular no leito cirúrgico, medindo cerca de 8,0 x 5,0 x 3,8 cm (volume estimado: 79 ml), insinuando-se para o interior do canal vertebral no plano de L4-L5, exercendo intenso efeito de massa sobre a face posterior do saco dural, com estenose do canal vertebral, obliteração dos espaços liquóricos e marcada compressão sobre as raízes da cauda eqüina. Nota-se ainda pequeno componente epidural posterior migrado inferiormente à direita, também exercendo efeito de massa sobre o contorno posterior do saco dural e raízes neurais adjacentes no plano de L5. Há ainda insinuação posterior desta coleção, que se estende até o plano subcutâneo.
TORACOLOMBAR
INFILTRAÇÃO DIFUSA
Alteração difusa do sinal da medular óssea vertebral com baixo sinal em T1 e T2, homogêneo e sem impregnação significativa pelo meio de contraste. Este achado é inespecífico e pode ser constitucional, relacionado a alteração metabólica /hematológica sistêmica ou mesmo corresponder a infiltração medular, sendo necessária correlação com dados clínico-laboratoriais para sua valorização.
Alteração difusa da intensidade de sinal da medular das estruturas ósseas examinadas (especialmente dos corpos e pedículos vertebrais), com tênue realce difuso pelo contraste, inespecífica, provavelmente relacionada alterações hematológicas (necessária correlação clínica).
Destaca-se fratura do platô superior de L4 à direita (com impactação de cerca de 30%) e fratura do platô superior de L2 à esquerda (com impactação de cerca de 10%). Não há acometimento do muro posterior ou comprometimento da amplitude do canal vertebral.
Infiltração difusa da medular óssea das vértebras torácicas e arcos costais, compatível com acometimento secundário pela doença de base. Destaca-se maior grau de acometimento dos corpos vertebrais T7 e T8, com extensão para os pedículos à esquerda, notando-se áreas de rotura cortical e componente de partes moles que determina obliteração dos forames intervertebrais T7-T8 e T8-T9 à esquerda. Nota-se também grande acometimento dos corpos vertebrais T5, T10, L1 (parcialmente englobado no estudo), mas sem evidências de fraturas.
CARCINOMATOSE COM FRATURA EM LESAO FOCAL
Pequena fratura da porção anterior do platô superior da vértebra, T2, associada a alteração de sinal no platô vertebral subjacente, com características de sinal e forte impregnação pelo contraste, sugerindo a infiltração pela doença de base. Não há colapso vertebral significativo, acometimento do muro posterior ou da amplitude do canal vertebral.
Tênues lesões nodulares e com realce pelo contraste, subjacentes ao platô superior da vértebra T4 e na porção anterior do corpo vertebral T9, inespecíficas, podendo corresponder a lesões secundárias.
LESAO SECUNDARIA OU HEMANGIOMA
Lesão nodular com discreto componente gorduroso no corpo vertebral T7, apresentando forte realce pelo contraste, admitindo dentre os diferenciais lesão secundária ou hemangioma com componente gorduroso escasso.
DEGENERATIVAS
Alterações degenerativas L5-S1, caracterizadas por osteofitose anterior, redução da altura do disco, gás intra-discal e alteração do tipo Modic I e II (edema e gordura) dos platôs em aposição.
HÉRNIAS
Discreto abaulamento discal associado a pequena fissura concêntrica do anel fibroso, causando discreta compressão sobre o contorno anterior do saco dural, sem franca compressão sobre estruturas neurais adjacentes.
Pequena protrusão discal posterior mediana no nível L5-S1: comprimindo a gordura epidural, sem acarretar compressão neural evidente.
Protrusão discal posterior difusa L3-L4 e L4-L5, comprimindo levemente o contorno anterior do saco dural, sem estenose do mesmo e reduzindo a amplitude dos forames de conjugação à direita.
Nível L3-L4: Pequena rotura do ânulo fibroso póstero-lateral à esquerda, com pequena protrusão de base estreita foraminal deste lado, fazendo contato com raiz emergente esquerda de L3 no seu trajeto foraminal.
Nível L4-L5: Pequena rotura do anel fibroso póstero-lateral à direita com pequena protrusão foraminal de base estreita deste lado fazendo contato com a raiz emergente de L4 no seu trajeto foraminal.
Nível L5-S1: Protrusão de base larga posterior e paramediana à esquerda, insinuando-se para o forame de conjugação esquerdo, associada a osteófito lateral, onde faz contato com a raiz emergente esquerda de L5.
Nível L2-L3 e L3-L4: Abaulamento discal difuso, com retificação da porção ventral do saco dural e obliteração da porção inferior dos forames intervertebrais.
Nível L4-L5: Extrusão discal paramediana esquerda, com componente de migração caudal (1,6 cm), que determina discreta compressão ventral do saco dural, tocando a raiz emergente de L5 correspondente.
Nível L5-S1: Abaulamento discal posterior difuso com componente protruso posterior mediano que determina leve contato com a raiz nervosa direita de S1 no recesso lateral. Associa-se leve hipertrofia das interapofisárias, contribuindo para moderada redução do calibre dos forames de conjugação bilateralmente.
Discopatia degenerativa no nível L4-L5, caracterizada por redução de altura, hipohidratação discal e fissuras concêntricas periféricas do anel fibroso em projeção foraminal bilateral, mais evidente à esquerda. Associa-se protrusão discal posterior de base larga (causando pequena impressão dural), apresentando insinuação foraminal bilateral, estabelecendo contato com o trajeto foraminal das raízes L4 (especialmente à esquerda, onde se observam alterações inflamatórias perirradiculares).
Abaulamento discal difuso comprimindo a face ventral do saco dural e determinando discreta redução do calibre do canal vertebral neste plano, com tendência a agrupamento das raízes da cauda equina (área seccional remanescente: 70 mm²).
Hérnia extrusa póstero-lateral direita (foraminal / extraforaminal), migrada superiormente, obliterando a gordura perirradicular e comprimindo a raiz emergente L3 direita.
Nível L3-L4: hérnia discal extrusa posterior, paramediana / foraminal esquerda, com volumoso componente migrado superiormente (3,4cm) através do recesso lateral, comprimindo o contorno lateral do saco dural, assim como a raiz L3 (esquerda) em seu trajeto intra-canal e foraminal. Associa-se realce da raiz emergente L3 esquerda, sugerindo processo inflamatório associado (neurite).
Nível L4-L5: Fissura do anel fibroso com protrusão discal posterior difusa que comprime o saco dural. Associa-se um componente protruso látero-foraminal à direita que comprime a raiz L4 correspondente. Artrose facetária bilateral com líquido intra-articular e espessamento dos ligamentos amarelos. O conjunto dos achados determina redução dos diâmetros do saco dural, sem obliteração completa da coluna liquórica
Protrusão discal de base larga com predomínio paramediano e foraminal à direita, causando discreta compressão dural e leve contato com a raiz S1 direita no recesso lateral. Artrose interfacetária associada a derrame articular e edema das facetas e pars interarticularis à direita, estendendo-se ao respectivo pedículo (alteração por sobrecarga mecânica, sem fratura). Tais achados acarretam redução da amplitude do forame de conjugação direito.
Pseudoprotrusão discal posterior de base larga, que associada a espondilolistese neste nível, oblitera ambos os forames intervertebrais, tocando as raízes emergentes de L5 bilateralmente.
FRATURA PATOLÓGICA
Destaca-se fratura do platô superior de L4 à direita (com impactação de cerca de 30%) e fratura do platô superior de L2 à esquerda (com impactação de cerca de 10%). Não há acometimento do muro posterior ou comprometimento da amplitude do canal vertebral.
FRATURA BENIGNA
Fratura compressiva do corpo vertebral de L2 de aspecto provavelmente benigno (áreas de preservação de sinal da medular óssea nas sequências T1) e agudo (intenso edema adjacente nas imagens ponderadas em T2), acometendo especialmente o platô superior. Destaca-se pequena redução da altura somática e recuo angulado do muro posterior, determinando leve compressão dural, sem acarretar estenose do canal ou compressão neural significativa.
LESÃO ÓSSEA SECUNDÁRIA
Volumosa lesão sólida heterogênea, parcialmente caracterizada no estudo, com aspecto expansivo/insuflativo no ilíaco esquerdo, determinando áreas de rotura de cortical com componentes de partes moles que provocam infiltração da musculatura paravertebral, ilíaca e glútea adjacentes. Outra lesão de aspecto semelhante, porém com menores dimensões, é observada no ilíaco direito.
VT
Vértebra de transição (VT) devido a lombarização de S1.
Sinais sugerindo “lombarização” de S1, que assume aspecto de vértebra de transição.
ALTERAÇÃO ACTÍNICA
Leve lipossubstituição difusa da medular óssea das vértebras examinadas (alterações actínicas?).
POS-OP
Sinais de manipulação cirúrgica com ampla laminectomia e ressecção dos processos espinhosos das vértebras T11 e T12.
CISTO DISCAL?
Nível L4-L5: Pequena protrusão discal posterior difusa causando leve impressão dural. Associa-se formação aparentemente cística medindo cerca de 1,7 x 0,9 x 1,3 cm, com focos de elevado sinal em T1, insinuada inferiormente em projeção paramediana esquerda, onde causa maior grau de compressão no saco dural e oblitera parcialmente o recesso lateral, comprimindo a raiz L5 esquerda. Considerar dentre as hipóteses diagnósticas, um cisto discal, uma hérnia extrusa com componente cístico ou um hematoma epidural loculado.
SCHMORL X LESAO FOCAL
Lesão nodular arredondada na porção lateral direita do corpo vertebral de L4, com baixo sinal em T1, alto sinal em T2, com realce pós contraste, notando-se pequeno realce epidural a direita envolvendo a raiz nervosa de L4 em seu trajeto foraminal. Associa-se diminuta herniação discal intrasomática no platô inferior de L4. Deve-se considerar a possibilidade de lesão infiltrativa da medula óssea como principal possibilidade, especialmente uma lesão secundária.
SCHMORL AGUDO
Nível L5-S1: Protrusão discal focal posterior mediana e paramediana esquerda associada a rotura do anel fibroso, comprimindo a face ventral do saco dural, estabelecendo contato com as raízes S1 nos recessos laterais, mais evidente à esquerda. Nota-se ainda pequeno foco de herniação discal para a porção posterior do platô vertebral superior de S1, com edema da medula óssea adjacente (Schmorl agudo).
SCHMORL AGUDO
Herniação intra-somática no platô vertebral inferior de L1, com edema da medular óssea adjacente (nódulo de Schmorl agudo). Nota-se também diminuta herniação intra-somática (Schmorl) no platô vertebral inferior de L3, sem edema adjacente.
CISTO EPIDURAL MEDIANO POSTERIOR
Nível L4-L5: Protrusão discal posterior de base larga, migrada inferiormente, comprimindo o saco dural. Artrose facetária e hipertrofia dos ligamentos amarelos, com líquido intra-articular à esquerda. Formação cística no espaço epidural posterior, medindo 0,8 x 0,4 cm, determinando compressão da face posterior do saco dural. Não fica claro no presente estudo a origem deste cisto, que pode estar relacionada às articulações facetárias / ligamentos amarelos, ou mesmo ao ligamento interespinhoso. O conjunto dos achados determina estenose do canal vertebral com consequente agrupamento das raízes da cauda equina.
CISTO DO LIGAMENTO INTERESPINHOSO
Edema mais significativo na topografia do ligamento interespinhoso L4-L5, onde aparenta haver um diminuto cisto que se insinua anteriormente no plano epidural posterior do canal vertebral, comprimindo o saco dural.
Alteração degenerativa dos ligamentos interespinhosos nos níveis entre L2-L3 e L5-S1, destacando-se formação cística aparentemente proveniente do ligamento interespinhoso de L4-L5 projetando-se no aspecto posterior do canal vertebral, causando leve compressão sobre o saco dural.
CISTO ATRO-SINOVIAL FACETÁRIO OU DO LIG INTERESPINHOSO
Nível L3-L4: abaulamento discal com insinuações nas bases foraminais, notando-se fissura do anel fibroso à esquerda, sem evidente compressão radicular. Destaca-se uma acentuada artrose facetária bilateral com derrame articular e edema das medulares ósseas, destacando-se uma formação cística posterior mediana, medindo 1,1 x 0,6 cm, com alterações inflamatórias e realce pós-contraste dos planos epidurais adjacentes, podendo corresponder a um cisto artro-sinovial (proeminente da articulação interapofisária à esquerda ou do respectivo ligamento interespinhoso).
CISTO ATRO-SINOVIAL FACETÁRIO
Nível L4-L5: Fissura do anel fibroso com protrusão discal posterior de base larga e insinuações nas bases foraminais, comprimindo o contorno anterior do saco dural. Artrose facetária bilateral, principalmente à esquerda onde se identifica derrame articular e edema das medulares ósseas e dos planos adjacentes (que podem indicar instabilidade local). Destaca-se a formação de um cisto artro-sinovial à esquerda, medindo 1,1 cm no maior eixo, que se insinua no canal vertebral, comprimindo o contorno lateral do saco dural, com redução de seus diâmetros e consequente agrupamento das raízes da cauda equina.
HEMANGIOMA / ILHOTA DE GORDURA
Imagens com conteúdo gorduroso esparsas pelos corpos vertebrais, que podem corresponder a ilhotas de gordura ou eventuais hemangiomas.
EDEMA FACETARIO DE SOBRECARGA
Nível L5-S1: Protrusão discal posterior, com pequeno componente foraminal direito, determinando impressão sobre o saco dural. Associa-se acentuada artrose facetária, maior à direita, onde se identifica líquido intra-articular e importante edema de sobrecarga de suas medulares ósseas e dos planos adjacentes, com extensão para os pedículos ipsilaterais. O conjunto dos achados determina redução do diâmetro forame de conjugação direito.
ESPONDILOLISE ISTMICA BILATERAL
Leve retrolistese de L5 sobre S1 associada a redução da altura do disco intervertebral L5-S1. Notam-se ainda sinais de sobrecarga acometendo as pars interarticularis de L5, com aparente lise ístmica associada a esclerose e edema da medular óssea. Há ainda intensa alteração inflamatória com realce pós-contraste estendendo-se para a medular óssea dos pedículos e às partes moles circunjacentes.
LISE CRONICA E SOBRECARGA CONTRALATERAL
Espondilólise de aspecto crônico do istmo esquerdo de L5.
Acentuado edema da medular óssea do pedículo direito de L5, com extensão para o istmo e para as facetas articulares correspondentes, sem traço de fratura evidente, compatível com importante alteração por sobrecarga mecânica. Associa-se edema dos planos adjacentes.
PAGET
Alteração difusa do trabeculado ósseo do corpo vertebral e arco posterior de L1, com espessamento cortical e focos de gordura de permeio, compatível com doença de Paget. Nota-se fratura-acunhamento deste corpo vertebral, com redução da sua altura central em cerca de 80% e discreto recuo angulado do muro posterior, determinando estreitamento do canal vertebral neste nível.
PAGET
Espessamento cortical difuso dos corpos vertebrais T10, L2 e L5, acometendo também seus elementos posteriores. Associa-se trabeculado ósseo grosseiro.
Alterações semelhantes são encontradas nos ossos ilíacos e ísquios, mais evidentes à direita.
O conjunto dos achados é compatível com doença de Paget.
PAGET
Heterogeneidade de sinal associada a espessamento grosseiro do trabeculado ósseo medular dos corpos vertebrais L2 e L5, que apresentam tamanho discretamente aumentado. Os ossos ilíacos apresentam alterações semelhantes nas porções acessíveis neste exame. O aspecto é inespecífico, admitindo como possibilidade diagnóstica de doença de Paget. A critério clínico se sugere correlação com tomografia computadorizada.
FRATURA COMPRESSIVA
Fratura compressiva do corpo vertebral L2, com redução de cerca de 30% de sua altura, notando-se pequeno recuo do muro posterior, determinando impressão sobre o contorno anterior do canal vertebral, sem estenose do mesmo.
FRATURAS PROCESSO ESPINHOS E TRANSVERSOS
Fratura no eixo longitudinal do processo espinhoso de L2 e de suas facetas articulares inferiores, com afastamento dos fragmentos superior e inferior, determinando cifose da coluna lombar neste nível.
Fratura dos processos transversos de L1, L2 e L3 à direita.
ESTIRAMENTO / SOBRECARGA MECANICA LIG INTERESPINHOSO
Discreto edema do ligamento interespinhoso em L5-VT, que pode estar relacionado a estiramento ou sobrecarga mecânica.
ENTESITE INTERESPINHOSO
Edema na topografia dos ligamentos interespinhosos L3-L4 e, principalmente, no nível L4-L5, onde se associa edema na inserção no processo espinhoso de L4 (entesite).
ESTIRAMENTO MUSCULATURA PARAVERTEBRAL
Focos edema na musculatura paravertebral à direita da altura de L1 a L3, sugerindo estiramento.
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Anquilose das articulações sacroilíacas de aspecto simétrico, compatível com espondilite anquilosante / espondilopatia inflamatória soronegativa.
Fusões das articulações interapofisárias, notadamente de L3 a S1. Acentuada hipertrofia óssea em L4-L5 e L5-S1, com redução nas dimensões foraminais em L5-S1.
Quadratura dos corpos vertebrais com calcificações nos ânulos fibrosos (sindesmófitos).
Calcificações discais em L4-L5 e dos ligamentos longitudinais anteriores mais evidentes em L1-L2, L3-L4 e L4-L5.
Alterações degenerativas / entesite nos ângulos anteriores dos platôs vertebrais com áreas de lipossubstituição (Modic II), sem realce pós-contraste.
VASCULAR (FISTULA DURAL?) / INFLAMATORIO?
Alteração difusa do sinal da medula espinhal no segmento torácico, caracterizada por discreta elevação difusa de sinal com perda da distinção substância branca-cinzenta, estendendo-se até o cone medular, associada a discreto aumento volumétrico (sobretudo do cone). Há discutível impregnação difusa pelo contraste, sem realces nodulares suspeitos. Observa-se siringo-hidromielia de D9 a L1 e leve ectasia de vasos piais dorsais inferiores. Notam-se também pequenos focos de baixo sinal nas sequências T1 e T2, junto à superfície meníngea da face dorsal da medula espinhal, envolvendo as raízes da cauda eqüina, que podem ter natureza em subprodutos de degradação da hemoglobina. O conjunto dos achados não é específico, mas permitem destacar dentre os diagnósticos diferenciais lesão de natureza vascular (fístula dural?) ou eventual processo inflamatório / infeccioso difuso.
OSSIFICAÇÃO LIG LONG POSTERIOR
Ossificação do ligamento longitudinal posterior nos níveis de C2 a C4, determinando estenose do canal vertebral.
OSSIFICAÇÃO LIG LONG POSTERIOR
Ossificação parcial e irregular do ligamento longitudinal posterior entre C3 e C6, causando intensa compressão sobre o contorno anterior do saco dural com estenose do canal e provável compressão sobre a medula espinhal.
AVULSAO LIGAMENTO TRANSVERSO
Fratura da massa lateral direita de C1 estendendo-se a superfície articular inferior, notando-se pequeno desvio lateral do fragmento de 0,3 cm.
Fratura avulsiva da inserção direita do ligamento transverso, com pequeno fragmento deslocado medialmente.
A relação articular atlanto-axial permanece conservada, com bom alinhamento articular.
Fraturas das porções posteriores do 1º e 2º arcos costais à esquerda.
FRATURA ARCO ANTERIOR C1 + LESAO LIGAMENTO TRANSVERSO
Fratura do arco anterior de C1 à esquerda com afastamento de cerca de 0,7 cm. Associa-se má definição da inserção do ligamento transverso ipsilateral, que permanece de aspecto preservado posteriormente ao odontóide e em sua inserção na massa lateral direita de C1.
Discreta elevação do sinal do ligamento alar esquerdo, que permanece de continuidade preservada, podendo corresponder a mínimo estiramento. O ligamento alar direito está preservado.
Associa-se pequeno traço de fratura sem desvios significativos do arco posterior esquerdo de C1.
Não se identificam outras fraturas.
O alinhamento do odontóide está preservado no plano sagital.
Os corpos vertebrais permanecem de altura preservada, sem fraturas, com osteofitose marginal difusa.
LESÃO LIGAMENTO ALAR
Assimetria do odontóide em relação às massas laterais de C1 (lateralizado para a direita), onde se observa pequena quantidade de líquido acumulado à esquerda. As estruturas ligamentares permanecem com aspecto preservado.
LESAO LIGMANEOT NUCAL / INTERESPINHOSO
Intenso edema junto ao ligamento nucal / supra-espinhoso no plano de C6 e C7, notando-se possível desinserção ligamentar junto à extremidade do processo espinhoso de C7, associada a diminuta coleção líquida (< 1,0 cm³), além de intenso edema de partes moles e alterações inflamatórias com realce difuso pelo contraste. Não se identificam lesões com efeito de massa.
LESAO LIGAMENTO TRANSVERSO E INTERESPINHOSO
Processo odontóide lateralizado para a direita. Associa-se uma diminuta calcificação junto à inserção esquerda do ligamento transverso, que pode corresponder a uma pequena avulsão. Este achado, em conjunto com a ressonância magnética da mesma data, indica tratar-se de uma lesão parcial deste ligamento.
A distância entre o odontóide e o arco anterior de C1 é entre 3 e 4 mm. Há um desvio rotacional, mas que pode estar associado ao deslocamento da face da paciente para o lado direito.
Nota-se ainda uma outra diminuta ossificação junto ao pólo inferior do arco anterior de C1, que também pode corresponder a uma pequena lesão avulsiva.
Alargamento da distância entre os processos espinhosos de C1 e C2, que são compatíveis com a lesão ligamentar descrita no estudo de ressonância magnética da mesma data. Nota-se ainda alargamento articular entre as massas laterais à direita entre C1 e C2.
O odontóide insinua-se discretamente na base do crânio, sem franca invaginação, devendo estar associado com o espessamento do ligamento apical descrito no estudo por RM, mas sem destacamento da membrana tectória.
Os corpos vertebrais cervicais não apresentam alterações, assim como as articulações facetárias e uncovertebrais.
LESAO LIG ALAR DIREITO
Processo odontóide lateralizado para a esquerda, notando-se má definição das fibras do ligamento alar direito, que pode estar relacionada a estiramento pregresso. O ligamento transverso está preservado.
TENDINOPATIA DO LONGUS COLLI
Espessamento e elevação do sinal na inserção do músculo longus colli, com calcificações grosseiras de permeio, sobretudo à direita, compatível com tendinopatia calcária. Observa-se tênue edema reacional do processo odontóide. Associa-se alteração inflamatória com coleção retrofaríngea / paravertebral anterior estendendo-se até o plano de C5, cuja espessura máxima mede 0,5 cm.
TENDINOPATIA DO LONGUS COLLI
Calcificação grosseira localizada inferiormente ao arco anterior de C1, junto da inserção do músculo longus colli, associada a alterações inflamatórias, com realce nos planos adjacentes. Esses achados sugerem a possibilidade de tendinopatia.
TENDINOPATIA DO LONGUS COLLI
Calcificação anteriormente ao corpo vertebral de C2, topografia da inserção tendínea do músculo longus colli podendo corresponder a tendinopatia calcárea.
FRATURA NAO CONSOLIDADA DO ODONTOIDE COM PSEUDOARTROSE
Fratura na base do odontoide não consolidada e com sinais de pseudoartrose, caracterizados por irregularidades corticais e gás nas interfaces ósseas. Às manobras dinâmicas de flexão, rotação para o lado direito e rotação da cabeça para o lado esquerdo, não há mobilidade significativa desta fratura.
Redução do espaço articular entre as massas laterais C1-C2 à esquerda. Na posição neutra, nota-se aparente fina ponte óssea no aspecto interno desta articulação. Contudo, às manobras dinâmicas, evidencia-se que não há real fusão desta articulação.
O odontoide apresenta-se centrado em relação ao arco anterior de C1, sem afastamentos ósseos, mesmo às manobras dinâmicas, indicando que o ligamento transverso está preservado.
COMPLEXOS DISCO-OSTEOFITÁRIO
Complexo disco-osteofitário (com maior componente discal) posterior de base larga no nível C6-C7, que exerce compressão dural e se insinua às bases foraminais (mais evidente à esquerda). Associa-se uncoartrose bilateral, sendo que o conjunto dos achados determina estenose dos forames de conjugação.
Nível C3-C4: Complexo disco-osteofitário paramediano / foraminal à esquerda causando leve impressão ventral sobre o saco dural. Intensa artrose das interapofisárias à esquerda com derrame articular e edema por sobrecarga das facetas e pars interarticularis, com alterações inflamatórias adjacentes. O conjunto dos achados determina redução da amplitude do forame de conjugação esquerdo.
PEDICULOS CURTOS
Pedículos vertebrais de aspecto curto, destacando-se redução constitucional da amplitude do canal vertebral (mais significativa em relação ao seu diâmetro ântero-posterior), acometendo principalmente os níveis entre C3 e C5.
ASSOMILACAO ATLANTO-OCCIPITAL
Falha parcial da segmentação entre C1 e o occipício, determinando sinais de assimilação atlanto-occipital.
Processo odontóide centrado, aparentando insinuar-se acima das linhas pálato-occipitais (provável invaginação basilar).
Tais deformidades determinam leve impressão no contorno ventral da transição ponto-bulbar.
ARTRITE REUMATÓIDE
Processo odontóide centrado, notando-se líquido entre o mesmo e a massa lateral esquerda de C1, com realce pós-contraste associado, indicando alteração inflamatória. Associa-se pequeno realce pós-contraste na topografia do ligamento transverso, determinando leve indentação no contorno posterior do odontóide. Não há alargamento da distância atlanto-axial.
SÍNDROME DE GRISEL
Processo odontoide lateralizado para a esquerda, notando-se rotação de aproximadamente 40 graus de C1 em relação a C2.
Relação do processo odontoide com o arco anterior de C1 preservada (0,3 cm).
Não há sinais de coleções / abscessos na transição craniovertebral.
Espessamento / obliteração com discreto realce pós-contraste do ligamento alar e transverso predominando à direita.
Hipertrofia difusa de tecido linfóide faríngeo.
Linfonodomegalias cervicais bilaterais, com alguma heterogeneidade de realce. Linfonodo retrofaríngeo à direita com área de liquefação central, medindo 1,3 cm.
ESPONDILOARTROPATIA SORONEGATIVA
Sinais de artropatia inflamatória soronegativa caracterizada por:
- calcificação dos ligamentos longitudinais anterior e posterior com fusão parcial dos corpos vertebrais cervicais nos níveis C2-C3, C3-C4, C5-C6 e C6-C7;
- fusão parcial das lâminas;
- quadratura dos corpos vertebrais;
- erosões subcondrais occipito-C1;
- fusão das uncovertebrais e interapofisárias em C2-C3, C3-C4, C5-C6 à direita e C6-C7;
- calcificações discais difusas.
NEOARTICULACAO DOS PROCESSOS TRANSVERSOS
Proeminência dos processos transversos direitos de C5 e C6, que se apresentam articulados. Tal achado é mais evidente no estudo radiográfico de 29/03/12 e é compatível com variação anatômica. Não há edema ósseo, alterações focais agressivas ou repercussões
significativas sobre as estruturas neurovasculares adjacentes.
FRATURA SACROCOCCIGEA
Importante edema das medulares ósseas da porção distal da 5ª vértebra sacral, assim como das três vértebras coccígeas, compatível com fraturas das mesmas, sem desvios ou cominuições ósseas.
Associa-se edema reacional dos planos adjacentes.
ARTROPATIA E INSTABILIDADE COCCIGEA
Presença de uma artropatia entre o primeiro e o segundo corpos vertebrais coccígeos, com derrame articular, realce pós-contraste e edema das medulares ósseas adjacentes. Correlacionando com o estudo radiográfico dinâmico, nota-se uma subluxação posterior do segundo corpo vertebral coccígeo em relação ao primeiro com o paciente na posição sentada, caracterizando uma instabilidade local.
CISTO PILONIDAL
Formação ovalada localizada no subcutâneo do sulco interglúteo, no plano da transição sacrococcígea, apresentando características de sinal e realce compatíveis com uma coleção liquefeita de conteúdo espesso e paredes bem definidas. Mede 2,7 x 3,1 x 1,3 cm (volume 5 cc). Associam-se alterações inflamatórias das partes moles adjacentes, no entanto, sem sinais de acometimento ósseo.
O conjunto de achados admite como principal possibilidade diagnóstica a de cisto pilonidal.
SACROILIÍTE INFLAMATÓRIA COM EDEMA DO CIATICO DIREITO
Irregularidades corticais da articulação sacroilíaca direita com erosões, sinovite e intenso edema das medulares ósseas adjacentes, achados que são compatíveis com uma sacro-iliíte em atividade inflamatória.
Este edema inflamatório estende-se anteriormente junto às fibras neurais proximais do nervo ciático direito.
SUBLUXACAO ANTERIOR COM ALTERAÇÕES INFLAMATORIAS + CISTO + ESPICULA
Discreto alargamento do espaço articular entre a 2ª e a 3ª peças coccígeas, notando-se subluxação anterior da 3ª peça, associada a alteração inflamatória no espaço articular, caracterizada por edema e realce pós-contraste, estendendo-se aos planos adjacentes.
Associa-se formação de aspecto cístico medindo 1,6 x 1,1 x 1,2 cm, localizada anteriormente à 2ª peça coccígea, apresentando possível continuidade com a articulação intercoccígea distal, insinuando-se entre o cóccix e o reto.
Pequena espícula posterior na última peça coccígea, associada a densificação dos planos adjacentes.
SUBLUXAÇAÕ POSTERIOR
Subluxação posterior da I peça coccígea em relação a S5, associada a discreto desvio para a direita.
Nota-se certa deformidade angular da I peça coccígea, com fino traço de fratura transversa consolidada, com discreto edema da medular óssea, provavelmente relacionada a traumatismo prévio.
FRATURA COCCIX
Fratura linear oblíqua completa da primeira peça coccígea, com edema ósseo e partes moles adjacentes, sem desvios ou desalinhamentos.
PAGET SACRO
Espessamento da cortical, com distorção do trabeculado ósseo habitual do sacro, particularmente em S1 a S4, com hipersinal em T2, áreas de preservação da medula amarela (melhor observadas nas sequências ponderadas em T1) e realce heterogêneo na fase pós-contraste, caracterizando doença de Paget.
Realizada complementação com tomografia computadorizada notando-se esclerose difusa do sacro e ratificando os demais achados.
Não há sinais de rotura da cortical ou formações com efeito expansivo / secundário no segmento analisado.
ESPONDILODISCITE
Coleção intradiscal em L2-L3, associada a erosões dos platôs vertebrais apostos e acentuado edema da medular óssea adjacente, compatível com processo infeccioso (espondilodiscite). Destaca-se que a coleção se estende ao espaço epidural anterior, com migração caudal, até ao nível do corpo vertebral de L2. O conjunto dos achados determina impressão dural e redução foraminal bilateral e obliteração dos forames intervertebrais bilaterais de L2-L3 em L3-L4.
Pequenas coleções paravertebrais, que se insinuam os ventres musculares dos psoas bilaterais.
ESPONDILODISCITE
Fratura compressiva do corpo vertebral T9 com sinais de vertebroplastia pregressa.
Notam-se alterações inflamatórias com áreas de realce pós-contraste, acometendo os discos intervertebrais e os platôs correspondentes em T8-T9 e T9-T10. O conjunto dos achados é compatível com espondilodiscites. Há extensão do processo inflamatório / infeccioso para as partes moles anteriores adjacentes, principalmente na região ântero-lateral direita, onde atinge a superfície pleural. Nota-se ainda pequeno componente epidural anterior no nível T8-T9, sem efeitos compressivos significativos sobre o saco dural. O processo inflamatório também determina obliteração parcial do forame de conjugação T8-T9 direito.
A medula espinhal permanece de forma e sinal conservados.
ESPONDILODISCITE
Nível L4-L5: Sinais de processo inflamatório centrado neste disco, que se encontra com coleção líquida central. Há irregularidades com destruição dos platôs vertebrais justapostos associado a edema/ realce medular dos respectivos corpos vertebrais. Evidencia-se extensão do processo inflamatório para os tecidos adjacentes, inclusive com coleções que se insinuam no interior dos ventres musculares dos psoas bilateralmente, assim como edema e realce nos planos adiposos paravertebrais anteriores e epidurais, determinando estreitamento do canal vertebral e agrupamento das raízes da cauda eqüina no interior do saco dural. O processo inflamatório oblitera a gordura periradicular no plano foraminal bilateral com envolvimento das respectivas raízes emergentes L4, assim como os recessos laterais, onde envolve as raízes descendentes de L5.
Estes achados são compatíveis com espondilodiscite.
Observa-se edema da musculatura paravertebral posterior e da musculatura ilíaca.
OSTEOMIELITE VERTEBRAL E SACROILIACA
Sinais de osteomielite caracterizados por focos de edema infiltrativo acometendo a porção lateral esquerda do platô superior de T12, a porção lateral direita do platô inferior de L4 e as margens sacral e ilíaca ao redor articulação sacro-ilíaca esquerda, apresentando intenso realce após a injeção venosa de contraste, bem como alterações inflamatórias nos planos adjacentes. Notam-se coleções irregulares em comunicação com o espaço articular da articulação sacro-ilíaca esquerda, estendendo-se à musculatura paravertebral posterior (3,2 x 0,9 x 0,8 cm) e no interior do músculo piriforme esquerdo (2,8 x 1,5 x 1,5 cm), compatíveis com abscessos. Destaca-se ainda que as alterações inflamatórias envolvem as raízes do plexo lombo-sacro à esquerda, que apresentam elevação de sinal, sugerindo acometimento inflamatório.
COLAPSO DE L2 COM VERTEBROPLASTIA E ARTRODESE
Alterações pós-operatórias de artrodese, com parafusos pediculares bilaterais em L1 e L3 e cage vertebral em L2, determinando acentuados artefatos de susceptibilidade magnética que degradam a qualidade das imagens nestes níveis.
Há fragmentação do corpo vertebral de L2, com recuo do muro posterior, determinando estreitamento do canal vertebral e obliteração dos forames de conjugação de L1-L2 e L2-L3.
Edema difuso dos planos musculares / subcutâneos posteriores no leito cirúrgico, com coleção mediana posterior. Mede cerca de 6,2 x 2,3 x 1,5 cm (volume estimado em 11 mL). Notam-se coleções circunjacentes às hastes.
Coleção heterogênea com nível líquido-líquido que pode representar conteúdo hemático / hiperproteico, associada a pequenas septações de permeio, no ventre muscular do psoas esquerdo. Mede cerca de 10,0 x 6,0 x 3,7 cm (volume estimado em 115 mL). Associa-se edema do ventre muscular do psoas, assim como da gordura retroperitoneal.
ARACNOIDITE
Espessamento das raízes da cauda equina de L3 a S1, com realce pós-contraste, e ocupando todo o diâmetro do saco dural. Observa-se uma loculação liquórica na altura de L2 e L3 associada. Este aspecto pode representar uma aracnoidite crônica. Não há evidências de lesões expansivas.
MIELOPATIA ISQUÊMICA
No segmento distal da medula espinal e cone medular, iniciando-se aproximadamente em D11, observa-se área central alongada medindo cerca de 5,2 cm, com aumento de sinal em T2 e sem alterações de sinal significativas em T1 ou após a administração do meio de contraste, compatível com mielopatia. Considerar entre as possibilidades uma mielopatia isquêmica. Observa-se ainda uma impregnação levemente mais evidente que o habitual de vasos junto ao contorno anterior da medula espinhal (ingurgitação ?).
Restante da medula espinhal sem alterações evidentes. Raízes da cauda eqüina com distribuição normal no saco dural.
MIELOPATIA ISQUEMICA
Redução volumétrica e elevação de sinal da medula espinhal no plano de C4, C5 e C6, compatível com mielopatia, associada a focos de elevação de sinal em situação paramediana bilateral no interior da medula no nível C5-C6, que sugerem possível componente isquêmico sequelar.
ARACNOIDITE
Espessamento das raízes da cauda equina de L3 a S1, com realce pós-contraste, e ocupando todo o diâmetro do saco dural. Observa-se uma loculação liquórica na altura de L2 e L3 associada. Este aspecto pode representar uma aracnoidite crônica. Não há evidências de lesões expansivas.
HEMORRAGIA SUBDURAL
Material amorfo, apresentando hipersinal nas sequências T1 médio sinal nas sequências T2 decantado no fundo do saco dural, compatível com material hemático relacionado a hemorragia subaracnóidea (no contexto clínico, considerar como mais provavelmente proveniente dos focos hemorrágicos intracranianos).
Conteúdo amorfo e com aspecto hemático decantado no fundo do saco dural, envolvendo as raízes da cauda eqüina na transição lombossacra, sugerindo seqüela de hemorragia subaracnóidea.
HEMATOMA EPIDURAL
Coleção líquida no espaço epidural posterior lateral direito, na altura de L2-L3, apresentando sinal intermediário em T1 , alto sinal em T2, com realce periférico ao meio de contraste, provocando leve compressão sobre a face póstero-lateral direita do saco dural e compatível com hematoma epidural.
HEMATOMA SUBARACNÓIDE
Destaca-se coleção alongada posterior de L3 a S1, localizada entre a aracnóide posterior e a dura-máter, com elevado sinal T1 e T2, compatível com um hematoma subdural. Este hematoma desloca anteriormente as raízes da cauda equina, que permanecem preservadas e sem estenose evidente do saco dural.
IMPLANTES MENÍNGEOS
Múltiplas lesões sólidas nodulares dispersas pelo canal vertebral (intradurais / extramedulares), junto às superfícies meníngeas, emergências radiculares e de permeio às raízes da cauda equina. A maior lesão encontra-se no plano do cone medular, medindo até 0,9cm e são mais numerosas e agrupadas no fundo do saco dural, compatíveis com implantes meníngeos de natureza secundária.
A medula espinhal propriamente dita não apresenta significativas alterações.
IMPLANTES MENÍNGEOS
Lesão expansiva com médio sinal em todas as sequências e moderado realce pelo contraste preenchendo o fundo do saco dural no nível S1-S2, medindo 6,0 x 1,2 x 1,2 cm. Associam-se múltiplas pequenas lesões nodulares aderidas a diversas raízes da cauda eqüina, a maior delas envolvendo a raiz L5 esquerda no seu trajeto no recesso lateral (2,2 x 0,7 x 0,6 cm). Este aspecto é sugestivo de disseminação leptomeníngea da doença de base.
Nota-se ainda pequena lesão nodular epidural posterior no plano L3-L4 (0,9 x 0,5 x 0,2 cm) que apresenta comportamento de sinal semelhante ao das lesões intradurais, podendo corresponder a mais um foco de acometimento secundário.
LESÃO CÍSTICA CONE MEDULAR (NEUROENTERICO? EPENDIMARIO? VENTRICULO TERMINAL DILATADO?)
Lesão expansiva intradural com características císticas, localizada no plano de T12 em situação paramediana esquerda, medindo 3,0 x 1,5 x 1,2 cm, apresentando amplo contato com o cone medular distal, na qual aparenta ter origem. A lesão determina obliteração completa da coluna liquórica, com compressão sobre o tecido neural remanescente do cone medular e as raízes da cauda equina adjacentes. Não se observam áreas de realce nodular sólido ou realce significativo das paredes desta lesão.
LESÃO DO CONE + RADICULITE
Cone medular em topografia baixa (no plano de L4), destacando-se espessamento do fillum terminale que permanece aderido distalmente a um lipoma, no plano de S3, medindo cerca de 2,7 x 0,5 cm. Associa-se falha de fusão dos elementos do arco posterior no segmento sacral, sem caracterização de mielomeningocele.
Alteração de sinal com características císticas em projeção paramediana direita da medula espinhal / cone medular no plano de L1 e L2, no plano das emergências das radículas de L1 e L2 ipsilaterais, podendo corresponder a foco de mielomalácia.
Cavidade hidrossiringomiélica no plano de L3, estendendo-se por cerca de 3,5 cm.
Tênue realce no trajeto das raízes L3 e L4 à direita em seu trajeto intradural, sugerindo radiculite.
NÓDULO SÓLIFO CAUDA EQUINA
Formação nodular sólida medindo cerca de 0,7 x 0,5 x 0,7 cm, situada entre as raízes da cauda equina no plano de L2-L3, inespecífica, admitindo dentre as possibilidades diagnósticas, eventual tumor de bainha neural.
MEDULA PRESA
Cone medular rebaixado, no nível de L4, apresentando-se aderido à porção posterior do saco dural. Estes achados são compatíveis com uma medula presa.
Pequeno lipoma de filamento terminal em L5 e nos segmentos sacrais.
MENINGITE / ARACNOIDITE
Presença de realce meníngeo intenso ao redor do cone medular e das raízes da cauda eqüina, compatível com processo inflamatório meníngeo. Associa-se espessamento difuso das raízes da cauda eqüina, compatível com aracnoidite.
POLIRRADICULOPATIA POS-DIARREIA
Espessamento difuso de todas as raízes da cauda equina, com tênue realce na fase pós-contraste, denotando uma polirradiculopatia. Não há evidência de formações com efeito expansivo no cone medular ou na cauda equina propriamente dita.
RADICULITE + NEUROPATIA CIATICA POS OP
Sinais de laminotomia esquerda no nível L4-L5, sem tecidos fibróticos focais.
No interior do saco dural, nota-se realce pós-contraste das raízes da cauda equina à esquerda a partir de L5, notando-se tecido nodular sólido no nível S2, medindo 1,0 x 0,5 cm.
Associa-se elevação do sinal realce pós-contraste das raízes sacrais e dos segmentos proximais do nervo ciático esquerdo. O conjunto destes achados é compatível com uma neuropatia.
Associa-se atrofia com edema difuso dos ventres musculares glúteos, piriforme e tensor da fáscia lata à esquerda.
Não há sinais de formações expansivas.
Cistos perineurais e perirradiculares
Cisto perineural (Tarlov) medindo 2,1 cm, em topografia de corpos vertebrais sacrais inferiores.
Cistos perirradiculares bilateralmente em T11-T12.
CISTO PERIRRADICULAR
Formação expansiva provavelmente cística localizada no interior do canal sacral, determinando remodelação óssea do corpo vertebral S2 junto ao trajeto da raiz emergente S2 esquerda, sem características agressivas, podendo corresponder a cisto perirradicular.
MIELOMENINGOCELE
Solução de continuidade dural (0,4cm) associada a coleção líquida (4,6 x 1,5 x 1,9 cm) com comportamento de sinal semelhante ao líquor, localizada na região paravertebral posterior (leito cirúrgico), entre os planos de T12 e L1, caracterizando meningocele. Destaca-se pequena herniação da medula espinhal através da solução de continuidade dural.
ASTROCITOMA
Aumento volumétrico, irregularidade de contornos e tênue elevação difusa do sinal da medula espinhal no plano da transição tóraco-lombar (T11 a L1), notando-se duas áreas de realce nodular pelo contraste localizadas no aspecto posterior do cone medular, uma mais conspícua, localizada no plano de T12-L1 (1,5 x 0,5 x 0,7 cm) e outra com limites imprecisos, localizada na extremidade do cone medular no nível L1-L2 (1,6 x 0,3 x 0,7 cm). Estas lesões podem corresponder a recidiva da lesão.
SCHWANNOMA
Lesão nodular ovalada medindo 1,2 x 0,7 x 0,8 cm, caracterizada por médio sinal na sequência T1, alto sinal em T2 e intenso realce pelo contraste, localizada no interior do saco dural na altura de L5-S1, apresentando íntimo contato com uma das raízes da cauda eqüina (aparentemente a raiz S2 direita). Considerar dentre os diagnósticos diferenciais tumores de bainha neural.
Nódulo ovalado intra-dural no plano de L2, caracterizado por baixo sinal em T1 e alto sinal em T2, com intenso realce pelo gadolínio, medindo 1,9 x 1,8 x 1,0 cm. Este nódulo ocupa predominantemente a região ântero-lateral à direita, deslocando para a esquerda as raízes da cauda eqüina, comprimindo-as. Considerar dentro do diagnóstico diferencial as possibilidades a de um Schwanoma ou de um meningeoma.
Formação nodular sólida, com sinal intermediário em T1 e alto sinal em T2, com realce heterogêneo pós-contraste, medindo cerca de 3,0 x 1,5 x 1,2 cm, com localização intradural e extramedular nos níveis D1 e D2. Tal lesão determina deslocamento e compressão da medula espinhal, que apresenta discreta alteração de sinal e realce (mielopatia) neste segmento.
LINFOMA EPIDURAL
Lesão sólida expansiva, de conteúdo homogêneo, localizada no espaço epidural do canal vertebral ao nível L4-L5. Este tecido oblitera por completo o forame intervertebral e o recesso lateral à direita, onde envolve as raízes nervosas direitas de L4 e L5. Destaca-se também envolvimento circunferencial do saco dural em cerca de 270º, que se encontra deslocado posteriormente e para a esquerda, sem sinais de estenoses significativas. Observam-se outros componentes epidurais menores de localização anterior, na altura de L5 e S1, sem importante compressão sobre o saco dural.
EPENDIMOMA
Lesão expansiva sólida, com pequenos cistos de permeio, intramedular medindo 0,8 x 0,7 x 0,5cm (TV x AP x LL), localizada na porção central da medula, com pequeno componente anterolateral à direita, ao nível do corpo vertebral de C6, determinando leve expansão da medula neste nível. Tal lesão encontra-se estável em relação ao exame nos fornecido de outro serviço, datado de 15/11/12. Associa-se tênue ectasia do canal central da medula à montante. O aspecto não é específico, podendo ser considerado entre as hipóteses diagnósticas a de ependimoma.
SEQUELA EVENTO HEMORRAGICO
Sequela de evento hemorrágico, caracterizado por deposição fusiforme de hemossiderina intra- medular espinhal na altura de T1 e T2, predominantemente cordonal posterior e à esquerda da linha média. Não caracterizamos realce anômalo pelo contraste nesta topografia. Demais segmentos da medula espinhal com morfologia e sinal habituais.
GLIOMA
Lesão expansiva intramedular localizada na altura dos corpos vertebrais de D11 e D12, caracterizada por isossinal em T1, hipersinal T2, sem realce significativo pelo meio de contraste, medindo 2,5 x 0,7 cm. Determina leve ectasia do canal central da medula a montante. O aspecto de imagem é inespecífico, admitindo entre os diferenciais a possibilidade de lesão de natureza glial ou neuroglial.
MIELITE OPTICA
Aumento das alterações de sinal intramedulares, com extensa área contígua de elevação do sinal intramedular associado a efeito tumefativo, estendendo-se da transição bulbo cervical / cervical alta até o plano distal em C4-C5.
Destacam-se focos de realce de permeio, acometendo as regiões laterais da medula espinhal, no plano de C2, um deles de aparecimento recente e outro de dimensões aumentadas em relação ao exame pregresso.
Os achados sugerem progressão e atividade de doença desmielinizante.
NEURIMIELITE OPTICA
Extensa alteração de sinal da medula espinhal, predominando na região central / paramediana bilateral, estendendo-se do plano de D3 a D11, sem realce ao meio de contraste. Associa-se afilamento da medula no plano de D3 a D5.
Pseudolesões na região posterior do canal vertebral no plano D3 e D4, que devem corresponder a artefatos de fluxo liquórico.
MIELITE VIRAL
Lesão alongada no eixo longitudinal, medindo 0,4 x 0,3 x 1,0 cm, localizada na porção lateral esquerda da medula espinhal ao nível de C5, que apresenta tênue impregnação pelo meio de contraste endovenoso. Deve-se considerar no diagnóstico diferencial uma lesão de substrato desmielinizante.
QT INTRATECAL COM DEF VIT B12
Elevação do sinal nas sequências ponderadas em T2 no funículo posterior da medula espinhal (na topografia dos fascículos grácil e cuneiforme), simétrica e bilateral, com extensão de C2 a C7, sem realce pós-contraste.
Deve-se considerar no diagnóstico diferencial deficiência de vitamina B12, correlacionando-se com dados clinicolaboratoriais.
LIPOMATOSE EPIDURAL
Pequena lipomatose epidural no segmento lombar inferior, deformando os contornos do saco dural no plano inferiormente a L5, com pequeno agrupamento das raízes da cauda equina.
TUMOR FORAME CONJUGACAO
Formação nodular heterogênea no forame de conjugação esquerdo em L3-L4, medindo 1,4 x 0,9 x 1,2 cm, admitindo como principal hipótese uma lesão de linhagem neural.
SARCOIDOSE MENÍNGEA
No segmento cervical, nos níveis C2 e C3, nota-se discutível espessamento meníngeo ao redor da medula espinhal. Associa-se espessamento das raízes neurais, mais acentuado no ramo dorsal de C3 à esquerda e, menos evidente, nos ramos ventral e dorsal de C2 à direita e no ramo dorsal de C3 à direita.
Pequenos focos de alteração de sinal da medula espinhal no nível C2, de localização posterior à direita, sem realce pós-contraste associado, de aspecto inespecífico.
CISTO EPIDERMÓIDE
Lesão nodular de aspecto ovalado e contornos bem delimitados, medindo 2,4 x 1,1 x 1,0 cm, situada na altura de C1-C2, apresentando localização intradural e extramedular, causando impressão no contorno ântero-lateral direito da medula espinhal. A lesão não apresenta realce significativo após a injeção venosa de contraste e se caracteriza por tênue hipersinal nas seqüências T1 e forte hipersinal nas seqüências T2 (assemelhando-se ao sinal do líquor). Considerar a possibilidade de um cisto epidermóide dentre os diagnósticos diferenciais.
MENINGEOMA
Lesão nodular intradural e extramedular na altura de C3, apresentando uma ampla base dural ântero-lateral direita, comprimindo a medula espinhal e deslocando-a póstero-lateralmente para a esquerda. Este nódulo mede 1,5 x 1,5 cm e apresenta baixo sinal em T1, alto sinal T2 com intenso realce meio de contraste. Deve-se considerar como principal hipótese diagnóstica a possibilidade de um meningioma.
Lesão expansiva sólida de aspecto nodular apresentando localização intradural / extramedular, situada no plano de T10 (1,3 x 0,8 x 1,0 cm), apresentando amplo contato dural, sendo grosseiramente calcificada e apresentando intensa impregnação heterogênea pelo contraste. A lesão tem localização paramediana esquerda e determina obliteração dos espaços liquóricos, com efeito de massa sobre a medula espinhal, que está deslocada contralateralmente e apresenta tênue elevação de sinal segmentar, sugerindo mielopatia. Também paree haver efeito compressivo sobre as raízes T9 e T10 à esquerda. Não há contigüidade entre a lesão e as estruturas ósseas adjacentes. A análise comparativa com os estudos tomográficos do tórax e abdome (realizados em outros serviço nas datas de 23/04/08 e 13/02/09) demonstra que a lesão permanece com dimensões e características praticamente inalteradas. Tais aspectos permitem considerar dentre as possibilidades diagnósticas uma lesão expansiva de origem meníngea com crescimento lento (lesão tipo meningeoma), dentre outras possibilidades.
PNET
Formação expansiva extradural que alarga o forame de conjugação C5-C6 direito, apresentando componentes no interior do canal vertebral e no trajeto do espaço interescaleno do plexo braquial. No interior do canal vertebral, esta lesão comprime e desloca o saco dural e a medula espinhal para à esquerda, sem evidente mielopatia associada. Apresenta ainda insinuação superior para a porção proximal do forame C4-C5 direito.
Externamente, a lesão é centralizada na raiz C6 direita, que está bastante alargada.
Distalmente, a lesão determina uma elevação do sinal do tronco superior do plexo braquial, assim como das cordas posterior e lateral. Estas estruturas, contudo, permanecem com espessura normal, e não se identificam formações expansivas em seus trajetos.
No conjunto, a lesão mede 6,3 x 1,8 x 1,5 cm. Apresenta elevado sinal em T2 realce pelo via pós-contraste.
Considerar como principal hipótese uma lesão de linhagem neural.
O restante exame não apresenta alterações significativas.
CAVERNOMA
Área nodular intramedular na porção póstero-lateral esquerda da medula espinhal na altura de T3-T4 que mede cerca de 0,6 x 0,4 cm. Caracteriza-se por hipersinal em T2, sem impregnação pelo contraste. Apresenta halo de discreto hipersinal na sequência T1 e marcado hipossinal em T2*, podendo representar produtos de degradação da hemoglobina. Não há sinais de edema circunjacente ou efeito expansivo significativo. O aspecto de imagem é sugestivo de cavernoma.
EPENDIMOMA MIXOPAPILAR?
Extensa lesão expansiva de aspecto infiltrativo e de limites imprecisos, com aparente localização intramedular excêntrica, estendendo-se entre o plano de T6 a L2. A lesão apresenta extenso componente sólido em sua porção inferior (estendendo-se de T10 a L2), caracterizada por médio sinal em T1, alto sinal em T2 e intenso realce heterogêneo pelo contraste, com focos hemorrágicos de permeio, além de cavidade cística alongada em sua porção superior (estendendo-se de T6 a T10), que apresenta realce parietal pelo contraste e pequeno nódulo mural superior.
Associa-se elevação difusa da intensidade de sinal da medula espinhal cérvico-torácica estendendo-se do plano de C3 a T7, inespecífica, compatível com hidrosiringomielia, secundária à lesão expansiva supra-citada.
Conclusão:
Extensa lesão expansiva intramedular na transição tóraco-lombar / cone medular, apresentando extenso componente sólido com focos hemorrágicos de permeio e cavidade cística com nódulo mural vascularizado em sua porção superior. Dentre os diagnósticos diferenciais considerar a possibilidade de um ependimoma mixopapilar.
Hidroseringomielia reacional cranialmente à lesão, até o plano de C3.
TRANSECÇÃO MEDULAR TRAUMATICA + HERNIA + LESAO DURAL
Extensas lesões dos ligamentos longitudinal posterior, interespinhoso e supraespinhoso no nível de D2-D3, associada a pequena listese traumática e material heterogêneo que oblitera o canal vertebral neste nível, podendo corresponder a hérnia discal traumática ou hematoma. Há acentuada alteração de sinal da medula espinhal, que se estende de C7 a D6, com transecção no nível D2-D3.
Hematoma paravertebral anterior no nível D2-D3.
Material hemorrágico intradural, no nível de D12-L1, deslocando as raízes da cauda equina anteriormente.
Acentuado edema da medular óssea das lâminas e processos transversos de D3, relacionado a fraturas, melhor caracterizadas nas TCs prévias.
HEMANGIOBLASTOMA
Volumosa formação hidrossiringomiélica acometendo a medula espinhal nos planos entre T4 a T10. Associa-se imagem nodular sólida bem delimitada, medindo 0,8 x 0,6 cm, apresentando sinal heterogêneo e intenso realce pelo contraste, localizada no aspecto póstero-lateral esquerdo da medula espinhal no plano de T9, determinando abaulamento de seu contorno.
Conclusão:
Volumosa cavidade hidrossiringomiélica associada a nódulo mural que apresenta intenso realce pelo contraste. Dentre as os diagnósticos diferenciais, pode-se considerar a possibilidade de hemangioblastoma.
HERNIA MEDULAR TRANSDURAL
No nível de D5 observa-se alteração morfológica da medula espinhal, que se encontra deslocada anteriormente, em contato com a porção posterior do corpo vertebral de C5 e levemente afilada. O aspecto é compatível com herniação medular transdural, embora não seja possível demonstrar com precisão a falha na dura anterior, mesmo com sequências volumétricas isotrópicas. Associa-se alteração de sinal intrínseca da medula espinhal neste nível, podendo corresponder a mielopatia.
INFARTO MEDULAR
Elevação de sinal alongada da porção ventral da medula espinhal, estendendo-se desde C7 a D7. Nota-se também alteração de sinal na porção dorsal esquerda, localizada no nível de D5 e D6. Considerar como principal possibilidade diagnóstica a possibilidade de lesão isquêmica da medula espinhal.
MIELITE TRANSVERSA
Elevação do sinal da medula espinhal de maneira difusa, mas com predomínio anterior, nos níveis T7 e T8, com intenso realce após a administração do meio de contraste paramagnético, compatível com uma mielopatia, que pode estar relacionada à hipótese clínica de mielite transversa.
Discreta ectasia do canal central no segmento cervical de C5 a C7 e no segmento torácico
Demais segmentos medula espinhal com forma e sinal conservados.
MIELITE TRANSVERSA
Acentuada alteração de sinal da medula espinhal, acometendo predominantemente a porção central, que se estende de T5 ao cone medular, com discreto efeito tumefativo. Associa-se realce difuso nas sequências pós-contraste. Dentre as hipóteses, considerar uma mielite inflamatória (transversa?).
MIELOPATIA HIV
Focos de alteração de sinal difusos na medula espinhal predominando nas regiões posteriores e laterais, compatíveis com mielopatia. Não se associam realces pós-contraste nestas localizações.
MIELOPATIA ISQUEMICA POS OPERATORIA
Tênues focos de elevação de sinal da medula espinhal no plano de T8, T10 e T11, com discreto predomínio anterior e à esquerda, compatível com áreas de mielopatia, podendo estar relacionada a episódio isquêmico (necessária correlação clínica).
PROVAVEL DEGENERACAO WALLERIANA
Discreta redução volumétrica da porção ântero-lateral direita da medula espinhal estendendo-se do plano de D2 a D4 e de D7 a D9, associados a tênues focos de elevação de sinal intramedulares, podendo corresponder a sequelas de mielopatia. Nota-se ainda lesão alongada com intensidade de sinal semelhante ao do líquor, localizada no nível de C7 e T1 (parcialmente e incluída neste estudo), mais bem caracterizada no estudo anexo da coluna cervical.
SIRINGOMIELIA
Lesões alongadas com intensidade de sinal semelhante ao do liquor e sem realce pós-contraste, estendendo-se longitudinalmente pela medula espinhal na sua porção dorsolateral direita (estendendo-se do bulbo ao nível de T1) e na porção dorsolateral esquerda (do bulbo ao nível de C6), compatíveis com cavidades seringomiélicas.
SEQUELA DE MIELITE TUBERCULOSA
Aumento volumétrico e elevação do sinal da medula espinhal em todo o segmento torácico, associada a presença de múltiplas cavidades císticas / hidrossiringomiélicas de permeio, sugerindo quadro de mielopatia, inespecífico (conveniente correlação evolutiva com estudos pregressos – referido dado clínico de mielite granulomatosa). Associa-se aparente espessamento meníngeo posterior, com realce dural e leptomeníngeo em todo o segmento torácico (indicando possível meningite ativa). Não se identificam áreas de realce pelo contraste no interior da medula espinhal.
FISTULA AV
Formação serpiginosa com ausência de sinal nas sequências ponderadas em T1 e T2, de localização predominantemente intradural junto ao aspecto posterior da medula espinhal, com provável origem à esquerda em T6-T7, estendendo-se distalmente, permeando as raízes da cauda equina até ao nível de S1. Estes achados são compatíveis com uma lesão de natureza vascular do tipo fístula arteriovenosa dural ou menos provavelmente malformação arteriovenosa.
Medula espinhal apresentando focos de elevação do sinal no plano T8-T9 lateral à direita e T10-T11, no aspecto lateral direito e póstero-medial esquerdo, inespecíficos, compatíveis com mielopatia.
ESQUISTOSSOMOSE
Área de elevação do sinal com tênue realce pós-contraste nos cordões anteriores da medula espinhal, ao nível de T9 e T10, sem efeito expansivo, compatível com processo inflamatório (mielite) em regressão, que comparativamente ao exame anterior de 17/11/2008, revela redução da extensão do processo, assim com, de seu realce.
FALHA DE FUSAO ARCO ANTERIOR DE C1
Falha de fusão do arco anterior de C1, sem evidências de diástase ou de dissociação atlanto-dental.
FUSAO DE CORPOS VERTEBRAOS E FACETAS ARTICULARES
Fusão parcial entre o a porção posterior dos corpos vertebrais C3 e C4, associada a hipoplasia do disco intervertebral. Também se observa fusão entre as respectivas facetas articulares.
ACONDROPLASIA
Acentuação da lordose.
Deformidade dos corpos vertebrais lombares com redução da altura das regiões anteriores. Nota-se também deformidade dos corpos vertebrais sacrais, que apresentam altura maior do que o diâmetro ântero-posterior.
Discos intervertebrais com alturas preservadas, sem abaulamentos ou protrusões discais significativos.
Pedículos vertebrais constitucionalmente curtos, reduzindo significativamente a amplitude do canal vertebral e dos forames de conjugação correspondentes.
MEDULA PRESA E LIPOMA
Cone medular de implantação baixa, na altura de L5-S1, em íntimo contato com um lipoma intradural, medindo 7,5 cm em seu maior eixo crânio-caudal e 2,2 cm em seu maior eixo transverso. Este lipoma também apresenta componente extradural com infiltração da gordura epidural. Existem algumas septações fibrosas no seu interior. Este aspecto é compatível com síndrome da "medula presa" associado a lipoma de canal.
MEDULA PRESA E LIPOMA
Medula espinhal de implantação baixa, na altura de L5, implantando-se junto à lesão sólida intradural medindo 4,0 x 1,6 cm, de matriz gordurosa com septações fibrosa no interior sem importante realce ao meio de contraste compatível com lipoma. Não há evidência de mielomeningocele, observando-se um espessamento meníngeo na altura de L5 (pós-cirúrgico) .
Alterações pós-cirúrgicas crônicas na musculatura paravertebral.
DISRAFISMO SACRAL ANTERIOR
Deformidade do corpo vertebral S1 caracterizada por disrafismo / fenda óssea óssea anterior em situalção paramediana esquerda, determinando irregularidade do platô superior de S1, com remodelamento secundário do platô inferior de L5, sem desvios significativos da coluna lombo-sacra. Não se observam sinais de meningocele.
AGENESIA SACROCOCCIX
Agenesia sacrococcígea, caracterizando-se apenas até S3, que apresentam morfologia habitual.
Os forames das raízes S1 e S2 são amplos.
ESPINHA BIFIDA COM LIPOMIELOCELE
Disrafismo lombar baixo caracterizado por espinha bífida em L5, associado à massa adiposa (medindo 6,5 x 5,7 x 1,9 cm; L x AP x T) intra-raquiana, no plano de L4 / L5 / S1, insinuando-se ao subcutâneo lombar através da falha óssea dos elementos do arco posterior de L5 e S1.
Destaca-se fixação do cone medular no lipoma supracitado, com implantação baixa no plano de L4, deslocado lateralmente à esquerda. O complexo placódio neural-lipoma permanece aparentemente em topografia intra-canal.
O conjunto de achados é compatível com lipomielocele.
Espessamento do filo terminal.
MUSCULAR
MIONECROSE
Área mal definida de aumento de sinal na musculatura paravertebral à direita estendendo-se aproximadamente dos níveis D12 a L2, com hipocontrastação pelo gadolínio, devendo-se considerar a possibilidade de necrose muscular aguda/subaguda. Restante da musculatura paravertebral sem alterações significativa.