Pâncreas com forma preservada e sinal normal. Formações císticas envolvendo o ducto pancreático principal e ductos secundário na cabeça e no processo uncinado, medindo em conjunto cerca de 5,2 cm, compatível com lesão intraductal produtora de mucina (IPMN). No componente cístico anterior a veia cava inferior, observam-se ao menos três pequenas projeções sólidas de até 0,5 cm. Há dilatação do ducto principal à montante com calibre de até 1,3 cm.
Formação nodular na periferia do segmento hepático IV, sugestiva de lesão cística com componente hemorrágico / espesso, medindo 2,0 cm, estável em relação ao estudo tomográfico de xx/xx/xx. A lesão tem características mais comumente observadas em cistos ciliados hepáticos (ciliated hepatic foregut cyst) e, menos provavelmente, lesão cística mucinosa do fígado.
Fístula perianal com orifício mucoso às 06 h e distando cerca de 2,0 cm da borda anal, com curto componente ascendente no plano interesfincterino e outro componente posterior transesfincteriano que se estende bilateralmente a ambas as fossas isquioanais em formato de "U", com trajetos assim pormenorizados:
- à direita com maior distensão líquida e processo inflamatório, notando-se ramificação do trajeto e exteriorização à pele em dois pontos na prega interglútea;
- à esquerda também há ramificação do trajeto com exteriorização à pele em dois pontos na prega interglútea.
Sinais de pancreatectomia parcial central (colo/corpo). Anastomose pancreatojejunal de aspecto preservado, notando-se mínima proeminência do ducto pancreático principal na porção corpocaudal e discreta alteração de sinal do pâncreas na superfície cruenta, mais provavelmente fibrocicatricial. Restante do parênquima pancreático remanescente com contornos e sinal normais.
Ducto do setor posterior direito drena no ducto hepático comum (variação anatômica) em plano imediatamente superior à inserção do ducto cístico.
Acentuado espessamento parietal circunferencial do corpo da vesícula biliar que se estende como massa heterogênea para os segmentos centrais do fígado (IV, V e VIII). Apresenta contato com o ramo portal direito, ramo para os segmentos anteriores do lobo direito e mediais do lobo esquerdo, e com a artéria hepática direita, além de determinar afilamento (compressivo/infiltrativo) da via biliar no plano da bifurcação dos ductos hepáticos, com dilatação da via biliar à montante. Notam-se, ainda, outras lesões nodulares esparsas pelo lobo direito, medindo até 1,3 cm, compatíveis com acometimento secundário. Esse achados são compatíveis com a hipótese de neoplasia primária de vesícula biliar .
Acentuado espessamento parietal circunferencial do corpo da vesícula biliar que se estende como massa heterogênea para os segmentos centrais do fígado (IV, V e VIII). Apresenta contato com o ramo portal direito, ramo para os segmentos anteriores do lobo direito e mediais do lobo esquerdo, e com a artéria hepática direita, além de determinar afilamento (compressivo/infiltrativo) da via biliar no plano da bifurcação dos ductos hepáticos, com dilatação da via biliar à montante. Notam-se, ainda, outras lesões nodulares esparsas pelo lobo direito, medindo até 1,3 cm, compatíveis com acometimento secundário. Esse achados são compatíveis com a hipótese de neoplasia primária de vesícula biliar .
Fígado com sinais de hepatopatia crônica, caracterizados por contornos serrilhados, com sinal difusamente heterogêneo, aumento dos segmentos laterais do lobo esquerdo em detrimento do lobo direito, apresentando múltiplos nódulos de regeneração difusos pelo parênquima hepático.
Destacam-se três lesões sólidas maiores, uma no segmento IVa, medindo 1,8 cm (estável), uma exofítica no segmento VI medindo cerca de 9,5 cm (media 10,5 cm) e a outra na periferia do segmento VII medindo 2,5 cm. Apresentam hipossinal em T2 e hipersinal em T1 e são isovascularizadas, sem lavagem nas fases tardias, com discreta retenção do meio de contraste hepatobiliar, compatíveis com nódulos regenerativos/macro nódulos regenerativos.
Lesão sólida mal delimitada na periferia dos segmentos V e VI, hipervascularizada com realce progressivo, sem retenção do meio de contraste hepatoespecífico, associada a retração capsular, medindo 5,3 cm. Sinas de deposição férrica difusa, destacando-se zona de maior depósito ao redor da lesão. O aspecto desta lesão é inespecífico, podendo representar neoplasia primária de origem biliar. No entanto, no contexto de doença hemolítica crônica (esferocitose), convém considerar a possibilidade de hematopoiese extramedular.
Fístula perianal transesfincteriana complexa com orifício interno localizado às 12h (cerca de 2,0 cm da borda anal). Seu trajeto se ramifica anterior e superiormente em direção ao períneo posteriormente a bolsa testicular e porção anterior da raiz da coxa à direita, atingindo a pele nestes locais. Lateralmente, se estende pelo subcutâneo da porção medial da coxa direita, com sinais de envolvimento dos músculos sartório e ísquiocavernoso deste lado. Posteriormente, se estende pelo subcutâneo da região interglútea direita, atingindo a pele. Em meio a esses trajetos, observa-se cavidade de abscesso com gás (já fistulizado ) , medindo cerca de 1,5 ml.
Há outra fístula de trajeto interesfincteriano às 5h (cerca de 1,0 cm da borda anal), que se estende pelo subcutâneo da região interglútea à esquerda até atingir a pele deste lado.
Pâncreas com atrofia parenquimatosa no corpo e cauda e com sinal sinal reduzido nesses segmentos, associado a dilatação difusa do ducto pancreático principal (calibre de até 0,7 cm) com múltiplos cálculos no seu interior, medindo até cerca de 0,5 cm. Não se observa comunicação do ducto principal com a papila maior ou menor, caracterizáveis ao método. Porção cefálica e do processo uncinado com dimensões e sinal preservados, com ducto de Wirsung de calibre preservado, sem cálculos. O conjunto dos achados sugere a possibilidade de pâncreas divisum / dominância dorsal, com consequente pancreatopatia crônica calculosa da porção dorsal.
Diagnostic Report
Espessamento circunferencial do ducto hepático comum, estendendo-se à confluência dos ductos hepáticos e ao ducto biliar principal esquerdo, amputando-os e determinando moderada dilatação das vias biliares a montante. Esta lesão envolve o infundíbulo da vesícula biliar, o parenquima hepático no lobo esquerdo, bem como o ramo esquerdo da veia porta que está com calibre bastante reduzido. Há ainda amplo plano de contato com o ramo esquerdo da artéria hepática.
Artéria hepática comum ramo da mesentérica superior. A artéria hepática própria e seu ramo direito estão pérvios, com contornos regulares, embora tenha seu trajeto próximo à lesão biliar supracitada.
Tronco da veia porta e seu ramo direito pérvios, com calibre habitual.
Cálculos na via biliar esquerda.
Diagnostic Report
Lesão sólida preenchendo o ducto biliar hepático comum com extensão para ductos segmentares do lobo direito, ducto principal esquerdo e ducto que drena o segmento I, medindo 3,5 cm no maior diâmetro (provável colangiocarcinoma central - Bismuth IV). A lesão determina acentuada dilatação das vias biliares intra-hepáticas que apresentam conteúdo biliar espesso principalmente no lobo hepático direito, além de sinais sugestivos de colangite.
Artéria hepática esquerda acessória ramo da gástrica esquerda, que irriga os segmentos hepáticos II e III, encontra-se pérvia sem sinais de invasão.
Artéria hepática comum origina a artéria que irriga o segmento hepático IV, pérvia, apresentando contato com a lesão, porém sem sinais de invasão.
Artéria hepática direita é ramo da artéria mesentérica superior, pérvia, sem sinais de invasão.
Veia porta e ramo portal esquerdo encontram-se pérvios, sem sinais de invasão.
Ramo portal direito pérvio com irregularidades parietais, apresentando contato com a lesão supracitada.
Diagnostic Report
Espessamento segmentar circunferencial do ducto hepático comum até o plano da confluência dos ductos hepáticos principais, com aparente envolvimento à esquerda e extensão aproximada de 2,8 cm, determinando moderada dilatação das vias biliares. Há contato da lesão com a artéria hepática própria e seus ramos, com tronco da veia porta e ramo portal esquerdo, que se mantém pérvios e com contornos regulares. Não é possível diferenciar ao certo estenose cicatricial de natureza neoplásica, embora esta última seja mais provável.
Artéria hepática esquerda acessória ramo da artéria hepática própria.
Linfonodos no hilo hepático, espaço porto-cava, perigástricos e diafragmático anterior direito com até 2,6 x 0,9 cm.
Diagnostic Report
Irregularidade das vias biliares intra e extra-hepáticas, com áreas intercaladas de dilatação e estenose associadas a espessamento e realce parietais, aspecto compatível com colangite esclerosante primária com sinais de processo inflamatório agudo superajuntado.
Não caracterizamos cálculos biliares.
Vesícula biliar normodistendida, sem cálculos.
Diagnostic Report
Espessamento parietal irregular envolvendo a transição entre o ducto hepático comum o e o aspecto cranial do colédoco, iniciando-se cerca de 0,8 cm da confluência dos hepáticos direito e esquerdo e estendendo-se por 1,4 cm no sentido longitudinal, com realce exuberante pelo contraste, determinando dilatação difusa das vias biliares a montante com distúrbio perfusional do parênquima hepático peribiliar.
Esta região não exibe relação com os ramos vasculares adjacentes.
Apesar de inespecífico, deve-se incluir a possibilidade de processo primário das vias biliares no diagnóstico diferencial. Salienta-se a importância de correlação temporal com a colecistectomia para melhor caracterização.
Derivação biliodigestiva para o lobo hepático esquerdo. Esse lobo apresenta dimensões reduzidas e dilatação das vias biliares intra-hepáticas, bem como alteração do sinal do parênquima e distúrbio perfusional, mais evidentes no segmento IV. Exibe ainda menor retenção do meio de contraste nas fases hepatobiliares, não tendo sido evidenciada a sua excreção até 20 min após a injeção. O conjunto desses achados sugere estenose da derivação biliodigestiva associada a alterações parenquimatosas de aspecto crônico.
Diagnostic Report
Espessamento parietal regular e concêntrico associado a realce nos ductos hepático comum e cístico e colédoco proximal, ocasionando acentuada dilatação das vias biliares intra-hepáticas a montante. Há também certa distensão da vesícula biliar, com espessamento parietal e conteúdo com alto sinal em T1, que provavelmente corresponde à bile espessa. Sinais de ademomiomatose focal fúndica.
Espessamento e realce parietal das vias biliares intrahepáticas no lobo esquerdo, podendo representar colangite.
Fígado com dimensões normais e contornos lobulados. Sistema portal pérvio. Artéria hepática pérvia. Veias hepáticas pérvias.
Pâncreas com perda do padrão acinar e morfologia globosa no corpo e cauda, com alto sinal em T2 e baixo sinal em T1, sugerindo processo inflamatório. Ducto pancreático principal com calibre reduzido neste segmento. Cabeça, colo e processo uncinado preservados.
Baço, rins e adrenais sem alterações.
Diagnostic Report
- Volumosa formação cística de contornos lobulados, bem definidos, com finas septações de permeio, originada no segmento hepático IV, medindo cerca de 20,0 cm, no maior eixo. Tal lesão tem um componente exofítico que desloca o pâncreas e duodeno inferoposteriormente e o estômago inferolateralmente. Tal lesão comprime a confluência dos ductos biliares, com moderada dilatação biliar a montante, bilateralmente. Comprime o tronco da veia porta, desloca e afila os seus ramos direito e esquerdo, bem como as veias hepáticas.
- Lesão cística hepática multisseptada no segmento IV, medindo aproximadamente 16,0 cm. Apresenta componente exofítico, que determina compressão e desvio inferior do duodeno e da cabeça e colo pancreáticos. Comprime o ramo esquerdo, o ramo anterior direito e o tronco da veia porta, que estão muito afilados. Desloca lateroposteriormente a artéria hepática direita e posteromedialmente a artéria hepática esquerda, que permanecem pérvias. O aspecto é compatível com neoplasia cística mucinosa hepática (anteriormente conhecida como cistoadenoma biliar), sendo possível um diagnóstico diferencial mais remoto com hidatidose, caso haja forte correlação clínico-epidemiológica.
Cálculo impactado entre o ducto cístico e o ducto hepático comum, medindo 3,4 cm e que comprime obstrui o ducto hepático comum (2,5 cm abaixo da confluência dos ductos hepáticos principais) e que determina dilatação das vias biliares a montante (síndrome de Mirizzi). Destaca-se falha da parede do ducto cístico com conteudo líquido que se estende para a parede do bulbo duodenal (provável trajeto fistuloso em organização).
Pâncreas com dimensões aumentadas e contornos lobulados a custa de múltiplos cistos de dimensões variáveis que medem até 3,2 cm, sem comunicação com o ducto principal, sugerindo neoplasia cística serosa difusa. Ducto principal mal caracterizado em meio aos cistos (filiforme).