RESSONÂNCIA MAGNÉTICA MULTIPARAMÉTRICA DA PRÓSTATA
TÉCNICA: Sequências de alta resolução ponderadas em T2, difusão e perfusão em aparelho 1,5 Tesla.
INDICAÇÃO:
PSA de _______ ng/ml. Biópsia anterior: SIM / NÃO.
ANÁLISE:
Dimensões da próstata: 8,4 x 7,4 x 6,0 cm. Massa estimada em 190 gramas.
Glândula central: heterogênea a custa de nódulos de provável hiperplasia com maior volume à esquerda. Raros focos hemáticos esparsos.
Insinuação do lobo mediano no assoalho vesical estimada em até 2,2 cm à direita e em até 2,6 cm à esquerda.
Zona periférica: afilada com sinal heterogêneo em T2. Não há lesões expansivas ou com significativa restrição à difusão.
Cápsula prostática: sem abaulamentos ou irregularidades evidentes. Feixes vasculonervosos livres.
Vesículas seminais: simétricas, com morfologia e sinal normais.
Linfonodos: linfonodos ilíacos internos e externos bilaterais, maiores à esquerda, inespecíficos.
Pelve óssea: ausência de lesões ósseas com características suspeitas para lesão secundária.
Bexiga contendo balão de sonda, de paredes aparentemente espessadas.
CONCLUSÃO:
Sinais de hiperplasia prostática benigna.
Baixa probabilidade de neoplasia prostática clinicamente significante (PIRADS 2).
*Adaptado de EUROPEAN UROLOGY 69 (2016) 16–40.
Volumosa lesão expansiva, infiltrativa e ulcerada, envolvendo os pequenos lábios, o grande lábio à direita e o clitóris, e estendendo-se posteriormente infiltrando a prega interglútea, especialmente à direita. Há envolvimento do terço distal da vagina, com extensão até o terço médio, e um amplo contato da lesão com a porção mais distal da uretra. Há ainda extensão da lesão para o canal anal, desde a borda anal até a transição anorretal, com sinais de fístula com a vagina.
Sinais de cistectomia total, com derivação dos ureteres em alça ileal que se exterioriza na fossa ilíaca direita.
Lesões nodulares com realce heterogêneo pelo meio de contraste localizada na pelve, algumas de aspecto confluente, compatíveis com lesões de aspecto secundário / recidivas locais e peritoneais, medindo até cerca de 7,0 cm. Estas lesões infiltram a cúpula vaginal e pelo menos dois segmentos não-contíguos do cólon sigmoide e apresentam ampla base de contato com a parede anterior do reto no plano da reflexão peritoneal.
Linfonodomegalias heterogêneas de aspecto secundário nas cadeias ilíacas internas e externas bilaterais, a maior na cadeia ilíaca externa esquerda medindo cerca de 2,6 x 2,1 cm.
Pequena quantidade de líquido, de aspecto algo loculado na pelve.
Imagem ovalada exofítica junto à borda anal, de aspecto indeterminado ao método e que pode ser mais bem avaliado por exame físico dirigido. Admite como diferenciais por este método as hipóteses de lesão secundária ou alteração inflamatória relacionada à hemorroida.
Acentuado prolapso uterino sem inversão, com o colo do útero atingindo até 11,8 cm abaixo da linha pubococcígea. Associa-se a eversão completa da vagina.
Prolapso focal da parede posterior da bexiga, com o assoalho vesical atingindo até 7,8 cm abaixo da linha pubococcígea, acompanhada de inversão do eixo da uretra. Associa-se tração dos ureteres distais com acotovelamento da sua inserção vesical e consequente dilatação acentuada a montante.
Não há significativo prolapso retal.
Complexo muscular elevador do ânus simétrico e com espessura preservada.
Alça do músculo puborretal íntegra e com espessura habitual.
Volumosa lesão expansiva e infiltrativa distendendo a cavidade endometrial estendendo-se do fundo uterino até o terço inferior vaginal, medindo cerca de 15,0 x 5,5 x 7,5 cm. As paredes vaginais encontram-se difusamente espessadas e irregulares, sobretudo sua parede posterior.
Nota-se acometimento circunferencial do colo uterino com extensão parametrial bilateral. A lesão possui proximidade com o ureter distal esquerdo sem sinais de invasão. Não se observa dilatação do sistema coletor.
Há obliteração do espaço vésico-uterino e infiltração difusa da parede posterolateral esquerda da bexiga.
Mantém contato com o septo retovaginal/parede anterior do reto, sem sinais definitivos de invasão.
Linfonodos/linfonodomegalias heterogêneos nas cadeias ilíacas comum direita, externas e internas bilaterais, medindo até 2,2 x 1,4 cm, secundários.
pacs: 5818161
Trajeto fistuloso com origem às 3/4 h que dista 9 cm da borda anal associado a coleção no espaço entre as fibras circulares e longitudinais do reto (Vol = 1,7 x 3,0 x 1,3 cm = 3,5 cc), a qual apresenta continuação com trajeto fistuloso interesfincteriano que se direciona inferiormente às 6 horas.
Bexiga parcialmente repleta, sem particularidades.
Ausência líquido livre ou linfonodomegalias pélvicas.
Próstata com intensidade de sinal levemente heterogênea, de dimensões preservadas.
Vesículas seminais simétricas, com provável foco de calcificação subcentimétrico à direita.
Não há alterações evolutivas significativas em relação ao estudo de 15/02/2017.
Próstata de dimensões aumentadas e contornos regulares, medindo 5,7 x 4,3 x 4,3 cm. Massa estimada em 55 gramas.
Próstata com alteração difusa de sinal com nódulos de provável hiperplasia na glândula central.
Destaca-se área mal delimitada de restrição à difusão comprometendo difusamente o lobo esquerdo, com extensão para o lobo contralateral e para as vesículas seminais.
A lesão oblitera o ângulo vesicoprostático bilateral, sugestivo de extensão extra-prostática, envolvendo o feixe vasculonervoso bilateral, bem como oblitera o espaço retoprostático esquerdo e apresenta amplo contato com a parede anterior do reto.
Ausência de linfonodomegalias.
Ausência de lesões ósseas pélvicas com características suspeitas para lesão secundária.
Bexiga paredes trabeculadas e conteúdo homogêneo.
CONCLUSÃO:
Lesão prostática sugestiva de lesão primária com sinais de invasão das vesículas seminais e do espaço retoprostático esquerdo (extensão extra-prostática), envolvimento do feixe vasculonervoso bilateral e amplo contato com a parede anterior do reto.
Hiperplasia prostática na glândula central.
Sinais de bexiga de esforço.
Lesão expansiva sólida envolvendo circunferencialmente o colo uterino, com maior componente no lábio anterior, medindo 5,3 x 3,5 x 4,0 cm. A lesão se estende superiormente até o ístmo /porção inferior do corpo uterino. Inferiormente oblitera o fórnice vaginal anterior com hiperrealce da parede vaginal local, provavelmente relacionado a infiltração. Há afilamento difuso com perda do hipossinal normal do estroma cervical, com sinais de envolvimento do paramétrio bilateral. Anteriormente há discreta obliteração do espaço vesico-uterino, sem sinais de invasão da bexiga.
Linfonodos heterogêneos nas cadeias ilíacas externas bilaterais, medindo até 1,6 x 1,1 cm de aspecto secundário.
Ausência de líquido livre na pelve.
Lesão expansiva sólida acometendo o colo uterino, predominando no lábio posterior, exofítica, obliterando os fórnices vaginais anterior e posterior, medindo 9,7 x 7,3 x 7,5 cm. Estende-se inferiormente ao canal vaginal até o terço inferior, que acomete predominantemente as paredes posterior e lateral esquerda. Superiormente limita-se ao colo uterino.
Há sinais de invasão parametrial bilateral, maior à esquerda, mantendo contato com o ureter distal esquerdo, sem dilatação a montante. Apresenta pequeno contato com o músculo isquiocavernoso à esquerda, sem sinais inequívocos de invasão ao presente estudo.
Ausência de linfonodomegalias pélvicas.
Próstata de contornos irregulares e dimensões aumentadas, medindo cerca de 6,2 x 5,0 x 4,8 cm (peso estimado de 77 g).
O parênquima prostático apresenta comprometimento de toda a glândula e alteração difusa do sinal caracterizado por sinal intermediário em T2 e T1, restrição à difusão das moléculas de água e intensa impregnação precoce pelo meio de contraste nas sequências de perfusão. Destaca-se sinais de extensão extra-capsular, com comprometimento dos feixes neurovasculares bilateral, obliteração dos ângulos retoprostáticos e invasão das vesículas seminais e do trígono vesical. O conjunto dos achados é compatível com acometimento primário da próstata.
Linfonodomegalias globosas, com restrição a difusão e impregnação pelo meio de contraste paramagnético acometendo as cadeias obturatórias, mesoretal, ilíacas internas, ilíacas externas, ilíaca comum e para-aórtica, compatível com acometimento secundário.
Bexiga urinária com paredes difusamente espessadas, com sinais de invasão da região do trígono vesical.
Múltiplos focos de baixo sinal em T1 nos ósseos da pelve, suspeitos para acometimento secundário.
Conclusão:
Estadiamento de neoplasia primária prostática com sinais de extensão extra-capsular, acometimento linfonodal e sinais de metástase à distância.
ENDOMETRIOSE RETROCERVICAL, HEMATOSALPINGE E ENDOMETRIOMA
Formação cística no ovário direito que apresenta alto sinal em T1, marcado baixo sinal em T2 e impregnação periférica pelo meio de contraste paramagnético, sem septações internas, medindo cerca de 2,6 x 2,3 x 2,4 cm, compatível com endometrioma.
Há formação alongada na região anexial esquerda compatível com hematoslapinge. Espessamento da região retrocervical uterina na topografia do tórus determinando medianização dos ovários. Parede anterior do reto de aspecto preservado. Ausência de líquido livre.
Opinião:Extenso processo aderencial na pelve envolvendo ambos os ovários e a tuba esquerda compatível com endometriose profunda infiltrativa.
Glândula central difusamente heterogênea, com padrão nodular característico, destacando-se área nodular de limites parcialmente definidos localizadas no aspecto anterior esquerdo da base prostáticas que apresenta baixo sinal em T2 e restrição à difusão das moléculas de água, medindo cerca de 1,4 cm.
Zona periférica com sinal discretamente heterogêneo, com discretas áreas periféricas de baixo sinal.
Conclusão:
Área nodular de alteração de sinal na zona de transição do terço médio anterior esquerda, com restrição à difusão, PI-RADS 4.
Zona periférica com sinal difusamente heterogêneo, destacando-se lesão nodular com baixo sinal em T2 e restrição à difusão das moléculas de água, localizada na região apical esquerda com envolvimento do lado contralateral medindo cerca de 1,5 cm. Há amplo contato com a cápsula e sinais de envolvimento do feixe vásculo-nervoso deste lado.
Bexiga pouco repleta, sem particularidades.
Utero em AVF, de dimensões (8,2 x 4,0 x 5,4 cm, volume de 85 cm³) e contornos preservados. Miométrio com sinal habitual. Cicatriz de cesárea na parede anterior. Anatomia zonal preservada.
Endométrio com sinal homogêneo, e espessura de cerca de 1,0cm.
Colo uterino com anel fibroso íntegro, com cistos de retenção (Naboth), sem evidências de lesões expansivas sólidas.
Formação cística com conteúdo hiperproteico na parede do fórnice vaginal posterior medindo 0,5cm.
Regiões paracervicais e retrouterina livres.
Porções distais dos ureteres sem dilatação.
Ovários de dimensões normais e morfologia preservada. Volume OD = 7,0 cm³; Volume OE = 4,5 cm³
Ausência de linfonodomegalias pélvicas.
Pequena quantidade de líquido livre na pelve.
Lesão heterogênea localizada no flanco direito, de provável origem ovariana, com componente predominantemente gorduroso, medindo 8,7 x 8,0 x 7,6 cm (volume = 276 cm³), promovendo deslocamento medial do cólon ascendente. Há pequena quantidade de líquido adjacente. Este aspecto de imagem é compatível com neoplasia de linhagem germinativa (teratoma maduro).
- Área nodular não circunscrita de moderado hipossinal em T2 na zona periférica posterolateral do terço médio e ápice prostático à direita, medindo cerca de 0,8 cm (deve representar a lesão índex biopsiada). Há abaulamento e irregularidade dos contornos adjacente à lesão, sugerindo extensão extraprostática
Análise:
Bexiga urinária com repleção parcial, de paredes espessadas e trabeculadas.
Próstata de contornos lobulados, medindo 3,9 x 3,5 x 4,4 cm. Peso estimado em 35 g.
Glândula central heterogênea, com padrão nodular característico.
Zona periférica com sinal heterogêneo, observando-se focos de hipersinal em T1, compatíveis com conteúdo hemático secundário a biópsia prévia. Destacam-se as seguintes lesões:
- 1: Lesão nodular com baixo sinal em T2 e marcada restrição à difusão, localizada na zona periférica da base até o ápice, acometendo a região posterolateral direita, medindo 1,8 cm, de aspecto suspeito para lesão primária. Apresenta amplo contato (1,1 cm) com abaulamento irregular da cápsula prostática e invasão do feixe vasculonervoso direito.
- 2: Lesão em cunha, com baixo sinal em T2 e sem restrição à difusão das moléculas de água ou realce evidente nas fases pós contraste, localizada na zona periférica posterolateral esquerda, medindo 0,8 cm.
Linfonodos proeminentes nas cadeias ilíacas internas, externas, comuns, mais evidentes à direita, medindo até 1,6 cm, suspeitas para acometimento secundário.
Ausência de líquido livre na cavidade pélvica.
Lesão nodular no ilíaco direito, com realce ao meio de contraste, medindo 1,1 cm, suspeito para acometimento secundário, em correspondência a área de captação na cintilografia realizada dia 23/01/2020.
CONCLUSÃO:
Estadiamento de lesão prostática com sinais de extensão extraglandular.
Linfonodos pélvicos suspeito para acometimento secundário.
Lesão no ilíaco direito suspeita para acometimento secundário.