Arterial precoce (angiográfica) 15-20 segundos.
Arterial : 20-30 segundos.
Pancreática: 40 segundos.
Portal: 60-80 segundos.
Nefrográfica - Equilibrio: 90-120 segundos
Tardia - 4-5 min (adrenal - 15 min)
Excretora-10 minutos.
Contraste VO:
50mL( telebrix 300 mg/mL - Reliev 280 mg/mL) + 1500mL de água
1 copo de 10 / 10 minutos
Contraste VR
Telebrix 25 mL + 250 mL SF 0,9%
Contraste Cistotomografia
50mL Reliev + 250 mL SF 0,9% (adulto)
25 mL + 125 mL SF 0,9% (criança)
https://www.cap.org/protocols-and-guidelines/cancer-reporting-tools/cancer-protocol-templates
O QUE FALAR NO RELATÓRIO DO COLANGIOCARCINOMA:
Localização e extensão longitudinal da lesão
Tronco e ramos da veia porta (Contato, envolvimento, trombose)
Artérias hepática comum, pró´ria, direita (ramos anterior e posterior) e esquerda (ramos para segemnto IV e Laterais) - variantes anatômicas, contato, envolvimento, irregularidade dos contornos
Extensão parenquimatosa
Atrofia lobar
Volumetria e aspecto do fígado remanescente
Comprometimento linfonodal (tamanho e localização)
Nódulos peritoniais
Metástases
1: Intrahepático:
Grande massa sólida e hipovascularizada centrada nos segmentos IV e V hepáticos e com componente estendendo-se aos segmentos laterais do lobo esquerdo, que determina retração capsular adjacente e mede aproximadamente 15,5 cm no maior eixo. Dentre os diferenciais, deve-se considerar as possibilidadades de lesões secundárias confluentes ou de neoplasia primária hepática (colangiocarcinoma). Caso haja indicação clínica, esta lesão é passível de biópsia percutânea.
2: Extrahepático:
Espessamento parietal do colédoco distal estendendo-se do plano da cabeça pancreática a 1,4cm da confluência do ducto biliar posterior direito com o ducto hepático comum, determinando dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas. Esta lesão tem contato com a confluência da veia renal esquerda na veia cava inferior, deslocando-as posteriormente. Cranialmente, tem proximidade com o tronco da veia porta, sem sinais de invasão.
3-Hilar
Massa sólida infiltrativa, isoatenuante ao parênquima hepático, com mínimo realce tardio pós-contraste, medindo cerca de 2,9 x 2,6 cm, situada na confluência dos ductos hepáticos, amputando-os e determinando dilatação das vias biliares intra-hepáticas. Pequena redução das dimensões do lobo esquerdo. Lobo direito alongado. Espessamento e realce parietal do ducto hepático comum e do cístico a jusante, podendo representar infiltração. Aumento das dimensões da vesícula biliar. Linfonodos portocavais e pré-cavais de até 2,0 cm. O conjunto dos achados é compatível com colangiocarcinoma central.
Espessamento parietal com realce de todo o ducto hepático comum com extensão à implantação do ducto cístico, acometendo a confluência das vias biliares, com maior extensão longitudinal para a direita, inclusive acometendo ductos de segunda ordem, determinando moderada dilatação a montante. Apresenta extensão longitudinal de cerca de 5,5 cm. Este aspecto é suspeito para lesão primária das vias biliares. Há aparente acometimento do parênquima hepático adjacente ao componente no lobo direito. Tronco da veia porta e ramos pérvios, de calibres preservados. Artéria hepática direita com origem precoce, direto do tronco celíaco (variante anatômica), cursando em proximidade com a lesão supracitada. Tronco celíaco, artéria hepática esquerda, artéria mesentérica superior livres.
Tecido mal delimitado entre a cabeça do pâncreas, o duodeno (2a/3a porção) e a veia cava inferior, em contiguidade com coleção retroperitoneal posterior, medindo 3,7 x 2,2 x 2,8 cm, de natureza indeterminada, podendo inclusive representar alteração inflamatória relacionada ao procedimento recente. Não foi caracterizada lesão expansiva de forma inequívoca no plano da papila duodenal à tomografia.
Acentuado espessamento parietal do estômago na transição da pequena curvatura para o antro, notando-se realce ao meio de contraste, sugestivo de lesão primária. Sugere-se correlação com estudo endoscópico.
Lesão infiltrativa parietal, circunferencial e estenosante na região antro pilórica do estômago, acometendo uma extensão de cerca de 9,0 cm, que determina distensão gástrica, compatível com acometimento primário. Tal lesão infiltra a transição cabeça / corpo pancreático determinando dilatação do ducto principal a montante. Linfonodos irregulares perigástricos, medindo até 1,8 cm junto ao ligamento gastrocólico, suspeitos para acomentimento secundário. Outros linfonodos junto ao ligamento gastrocólico e hepatogástrico, menores que 1,0 cm, indeterminados. Artéria esplênica apresentando irregularidades parietais próximo ao corpo pancreático, sugerindo provável acometimento pela lesão.
Espessamento irregular do grande omento no seu aspecto superior, em contato com o cólon transverso, provável "omental cake".
Espessamento parietal do cólon ascendente com densificação dos planos adiposos adjacentes e abscesso que se estende até a parede abdominal do flanco direito direita, por meio de pequeno trajeto fistuloso. Tais alterações podem ser decorrentes de lesão neoplásica ou de diverticulite em forma pseudotumoral.
Sinais de acometimento transmural das paredes do cólon sigmóide com densificação do mesentério e ingurgitamento dos vasos retos adjacentes, destacando-se realce parietal da sua parede. Associa-se coleção com conteúdo líquido e focos gasosos próximo à reflexão peritoneal medindo 6,3 x 3,6 x 2,2 cm (AP x LL x CC), volume estimado de 25mL. Não há dilatação de alças a montante. Há extensão do espessamento parietal mural para o reto, com realce de suas paredes, sem redução significativa da sua luz. Nota-se conteúdo líquido no seu interior, presença de gás na parede no seu terço distal e coleção à esquerda com nível hidroaéreo, apresentando trajeto no subcutâneo ainda sem exteriorização.
Sinais de doença inflamatória com componente fibroestenosante e componente de atividade, apresentando espessamento parietal segmentar do íleo terminal, com hiperrealce mucoso, com extensão de cerca de 4,5 cm a partir da válvula ileocecal. Não se observa dilatação significativa das alças à montante.
Múltiplas lesões sólidas e com realce periférico esparsas por ambos lobos hepáticos, maiores e mais numerosas no lobo direito, onde confluem em grande massa centrada nos segmentos VII e VIII, medindo aproximadamente 15,5 cm no maior eixo, suspeitas para acometimento secundário. Algumas destas lesões deslocam as veias hepáticas, afiladas (pérvias).
Fígado de dimensões normais e contornos regulares, com atenuação preservada. Nódulo com vascularização heterogênea, centro necrótico e com realce parietal, no segmento VIII hepático compatível com acometimento secundário. Tal lesão mede 7,5 cm no maior diâmetro. Linfonodomegalias portocavais, no hilo hepático de aspecto secundário medindo a maior 3,9 cm. Linfonodomegalia inguinal à direita de aspecto secundário medindo 8,7 cm.
1. Lesão traumática da artéria renal esquerda no seu terço proximal, associada a hipocontrastação / lacerações traumáticas renais à esquerda, acometendo predominantemente os dois terços superiores do rim esquerdo, associadas a fino hematoma perirrenal. Não há sinais de lesão do sistema coletor. Há fina artéria renal acessória à esquerda (variação anatômica), nutrindo o terço inferior do rim esquerdo.
2. Afilamento e irregularidade no terço médio de segmento da artéria renal direita, associado a líquido livre adjacente, determinando ausência parcial de contrastação da região posterolateral do rim direito e da asa lateral da adrenal direita, inferindo hipo/avascularização.
3. Volumoso hematoma subcapsular renal direito, de aspecto expansivo, estendendo-se inferiormente pelo retroperitônio até a fossa ilíaca deste lado e medindo cerca de 11,0 x 9,0 x 11,0 cm (AP x LL x CC), com volume estimado de 560,0 cc. Desloca anteriormente o rim direito e a porção cefálica do pâncreas e comprime medialmente a veia cava inferior (pérvia). Destacam-se sinais de avulsão do pedículo vascular renal, com desvascularização total do rim direito além de focos de sangramento ativo no aspecto posterior do hematoma subcapsular (lesão traumática grau IV).
1. Laceração traumática no parênquima hepático, extenso no lobo direito, com sinais de sangramentos ativos intraparenquimatosos (focos de "blush"). Nota-se áreas do parênquima hepático isquêmico e distúrbio perfusional adjacente envolvendo os segmentos V a VIII, medindo no maior diâmetro cerca de 10,0 cm (GRAU IV). Associa-se moderado hematoma perihepático..
Múltiplas lacerações traumáticas esplênicas, associadas a hematoma subcapsular que se estende por mais que 50% da superfície esplênica, bem como densificação da gordura periesplênica e peripancreática, com pequena quantidade de líquido depositada na goteira parietocólica esquerda e adjacente a cúpula diafragmática deste lado. Não há lesão da artéria e veia esplênica.
Espessamento parietal e realce mucoso difuso de longo segmento contínuo do cólon, iniciando-se no ângulo esplênico do cólon transverso e progredindo até o sigmóide, acompanhados por densificação da gordura pericólica e ingurgitamento vascular local, achados compatíveis com colite (inespecífica).
Áreas de retrações esplênicas, sequelas de infartos prévios.
Segmento da transição cólon descendente / sigmóide apresentando-se com discreto hiperrealce e espessamento parietal, além de borramento dos planos adiposos adjacentes. Notam-se pelo menos 3 fístulas deste segmento cólico com alças adjacentes de delgado, com passagem de material fecalóide, além de amplo contato com o ureter esquerdo no plano do cruzamento com os vasos ilíacos. Linfonodos proeminentes adjacentes e no mesentério, com até 1,5 cm. Linfonodomegalias retrocrurais, cardiofrênicas, peripancreáticas e no hilo hepático com até 2,0 cm. Densificação difusa do mesentério, planos adiposos pélvicos e pré-sacrais, com possível espessamento peritoneal associado, incaracterístico.
Fígado de dimensões normais e contornos regulares. Formação hipoatenuante no segmento V, medindo 0,6 cm, de aspecto tomográfico inconclusivo devido às suas reduzidas dimensões.
Aparente lesão sólida hipervascular, localizada no corpo do pâncreas, mantendo contato com o ducto pancreático principal, medindo 1,1 cm. Estruturas vasculares livres. Atrofia e dilatação do ducto pancreático na cauda associada a formações císticas, medindo até 9,2 cm em conjunto, podendo corresponder a cistos de retenção/pseudocistos. Considerar a hipótese de lesão neuroendócrina. Um estudo de medicina nuclear (para avaliação de tumores neuroendócrinos) ou uma ressonância magnética podem trazer mais informações.
Acúmulo líquido com aspecto de coleção em organização adjacente à pequena curvatura gástrica, irregular, associada a densificação dos tecidos adjacentes, medindo cerca de 6,3 x 6,3 x 5,9 cm (volume de 121,7 ml). A coleção mantém amplo contato com a margem de ressecção do pâncreas remanescente (cabeça e processo uncinado), não sendo possível descartar comunicação da coleção com o ducto pancreático principal. Há envolvimento do tronco celíaco e da junção venosa esplenomesentérica, esta última com afilamento focal, sem trombos evidentes. Pequena quantidade de líquido livre abdominal, mais evidente na fáscia pararrenal anterior à esquerda, e na pelve.
Pâncreas apresentando cisto de 2,5 x 2,0 cm na topografia do colo em aparente comunicação com o ducto pancreático principal, que pode estar relacionado a lesão mucinosa papilar intraductal e suas variantes histológicas.
Processo uncinado, cabeça e corpo do pâncreas de dimensões e atenuação preservadas. Não se identifica a cauda do pâncreas. Esse achado pode ser observado em casos de obstrução focal do ducto pancreático principal ou em agenesia parcial do pâncreas dorsal, condição que pode estar relacionada com diabetes (MODY).
Ducto pancreático principal com calibre pr eservado.
Reto e cólons com paredes bastante espessadas, em alguns segmentos com realce mucoso, sugerindo processo inflamatório.
1. Anastomose entérica no hipocôndrio esquerdo, ampla e pérvia. Obstrução em "alça fechada" de longo segmento de alças delgadas no mesogástrio (no plano da bifurcação aórtica), provavelmente determinada por brida/aderência ou hérnia interna, notando-se transições abruptas de calibre ao nível da transição jejunoileal (logo após a anastomose entérica) e também ao nível do ileo terminal. Há sinais de algum grau de sofrimento vascular, caracterizados por espessamento e hiporrealce parietal e densificação dos planos adiposos mesentéricos. Destaca-se também importante afilamento focal da veia mesentérica superior junto à área de estreitamento, pérvia. Artéria mesentérica superior pérvia. Dilatação do estômago e alças jejunais a montante da obstrução. Cólon e ampola retal colabados. Pequena / moderada quantidade de líquido livre, sem coleções organizadas ou pneumoperitônio.
2. Sinais de oclusão / sub-oclusão intestinal caracterizados por distensão difusa de alças delgadas, com formação de nível líquido em alguns segmentos, notando-se dois pontos de afilamento em alça do íleo proximal na fossa ilíaca direita, configurando obstrução em alça fechada. Os segmentos delgados a jusante deste ponto encontram-se colabados e as alças cólicas têm calibre preservado. Destacam-se ainda sinais sugestivos de sofrimento vascular da alça ileal destacada, com afilamento de suas paredes por vezes associado a hiporrealce mucoso além de densificação da gordura mesentérica adjacente e pequena quantidade de líquido livre entre alças no abdome inferior, peri-hepático e na escavação pélvica.
1. Moderada distensão de alças delgadas, algumas delas com conteúdo de estase, caracterizada até segmentos ileais médios / distais na fossa ilíaca esquerda, onde nota-se afilamento gradual de calibre, sem caracterização de pontos de transição abruptos de calibre, estando os segmentos mais distais do íleo colabados. Os achados são sugestivos de quadro suboclusivo.
Atrofia do parênquima com dilatação ductal segmentar da cauda pancreática. A despeito de não serem visibilizadas lesões sólidas no ponto de transição. a possibilidade de lesão expansiva pequena ainda pode ser considerada entre os diagnósticos diferenciais.
Pequena dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas até segmento distal do colédoco. Há aparente conteúdo hiperatenuante em sua luz em contiguidade com a papila que se apresenta proeminente (cálculo?), que poderá ser avaliado com estudo especifico.
Moderada dilatação difusa das vias biliares intra e extra-hepáticas. Hepatocoledoco tem calibre de até 1,9 cm, com afilamento ao nível do segmento distal justapapilar, onde nota-se espessamento e realce parietal circunferencial e também aparente aumento da papila duodenal. O ducto pancreático principal encontra-se de calibre preservado. Os achados favorecem uma alteração relacionada à via biliar ou à papila duodenal (possivelmente neoplásica), em detrimento da hipótese de uma lesão pancreática. Cabe também a possibilidade de coledocolitíase no diferencial. A critério clínico, sugere-se prosseguir investigação, por exemplo com endoscopia digestiva alta com visão lateral e colangiorressonância magnética.
Linfonodos proeminentes retroperitoneais e mesentéricos medindo até 2,0 cm.
Lesão sólida infiltrativa hipovascularizada e mal delimitada no aspecto lateral da cabeça pancreática, medindo 2,5 cm, compatível com neoplasia primária. A lesão amputa o colédoco intrapancreático Determina dilatação acentuada das vias biliares e da vesícula biliar, esta que atinge a fossa ilíaca direita e apresenta alguns cálculos calcificados. Determina também dilatação do ducto pancreático principal (0,4 cm). Restante do pâncreas com atenuação e realce homogêneo. Planos adiposos peripancreáticos conservados. Linfonodo proeminente no hilo hepático medindo 1,5 cm, suspeito para acometimento secundário. Artérias do tronco celíaco, mesentérica superior e gastroduodenal pérvias e sem sinais de invasão. Tronco celíaco sem variações anatômicas. Veias porta, mesentérica superior e esplênica pérvias, de calibre
Fígado de dimensões normais e contornos regulares, com atenuação preservada. Veia porta e veias hepáticas pérvias.Colecistectomia. Massa sólida mal delimitada, acometendo o processo uncinado e a cabeça do pâncreas, com aproximadamente 3,5 cm no seu maior eixo, determinando atrofia do corpo e cauda do pâncreas com dilatação do ducto pancreático principal e moderada dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas, cujo aspecto é usualmente observado em adenocarcinomas pancreáticos. Tal lesão envolve e afila a veia porta e a confluência venosa esplenomesentérica, em uma extensão de aproximadamente 3,0 cm.Como consequência do afilamento da confluência venosa esplenomesentérica, observa-se ectasia da veia esplênica e da veia mesentérica superior.Há ainda contato <180º da lesão com o tronco celíaco no plano da origem da artéria hepática comum. Linfonodo no hilo hepático medindo 2,0 x 0,9 cm, suspeito para acometimento neoplásico secundário.
Volumosa lesão cística intrapancreática, de contornos irregulares, delimitada por cápsula fibrosa, comprometendo praticamente todo parênquima do corpo e, parcialmente, da porção cefálica e da cauda, medindo 16,0 x 9,0 x 10,5 cm (volume estimado em 800 ml). Há espessamento parietal em algumas porções, finos septos de permeio e lobulações inferiores que se insinuam em meio ao parênquima remanescente da cauda. Tal lesão é compatível com necrose pancreática bem delimitada e apresenta as seguintes relações anatômicas:
- Deslocamento anterolateral com compressão do duodeno;
- Amplo contato com as artérias hepática própria e esplênica, que mantém-se pérvias, com calibre preservado.
- Envolve a veia esplênica, com aparente trombose da mesma e da junção esplenomesentérica, resultando em distúrbio perfusional hepático e circulação colateral periesplênica e perigástrica com vasos de moderado calibre, acentuadamente na grande curvatura.
Restante da cauda do pâncreas com dimensões normais e atenuação do parênquima preservada, destacando-se dilatação do ducto pancreático que desemboca na coleção acima descrita (sinais de desconexão ductal).
Coexiste densificação dos planos adiposos peripancreáticos e no espaço pararrenal anterior, com áreas de esteatonecrose de permeio, estendendo-se inferiormente nas goteiras parietocólicas.
Múltiplas linfonodomegalias peripancreáticas, para-aórticas e mesentéricas medindo até 2,5 cm.
Lesão com realce periférico ao meio de contraste no segmento VI, medindo 2,5 cm, compatível com hemangioma.
Reto distendido, com coprostase e densificação dos planos gordurosos adjacentes na sua porção distal.
Fígado de dimensões aumentadas à custa do lobo caudado, que apresenta contornos rombos. Lobos direito e esquerdo de dimensões normais. Distúrbio perfusional arterial transitório periférico, relacionado à trombose crônica da veia porta. Trombose crônica do ramo esquerdo da veia porta (não opacificado).Tronco da veia porta, ramo portal direito e ramo direito para o segmento posterior bastante afilados. Ramo para o segmento anterior direito não opacificado. Circulação colateral no hilo hepático de fino e médio calibre, compatível com transformação cavernomatosa. Varizes de fino calibre perigástricas, periesplênicas e periesofágicas.
Fígado transplantado de dimensões normais, contornos regulares, com atenuação discretamente heterogênea e leve distúrbio perfusional. Foco hipodenso alongado na periferia do segmento VI, provável sítio de biópsia. Anastomose arterial pérvia, com irregularidade na emergência da artéria hepática própria. Anastomoses portal e venosa sem particularidades. Ectasia e realce parietal das vias biliares intra-hepáticas, estendendo-se até o plano da anastomose duodenal, onde se observa formação líquida de cerca de 4 cm bloqueada entre o hilo hepático e a segunda porção duodenal, que admite biloma e menos provavelmente dilatação focal do colédoco pré-anastomótico. Caso haja indicação clínica, um estudo de ressonância magnética com colangiorressonância e contraste hepatoespecífico (primovist) poderá trazer informações adicionais.
Cateter peritoneal inserido pela fossa ilíaca esquerda com extremidade na pelve. Nota-se densificação difusa dos planos adiposos justa-cateteres, com lâminas líquidas de permeio e discreto espessamento dos folhetos peritoneais na fossa ilíaca esquerda, achados que sugerem processo inflamatório (inespecífico), sem coleções organizadas.
Fígado de contornos irregulares, dimensões globalmente reduzidas com proeminência relativa do lobo caudado e segmentos laterais do lobo esquerdo, caracterizando hepatopatia crônica. Apresenta atenuação grosseiramente heterogênea. Múltiplas lesões hipovascularizadas esparsas, medindo até 1,0 cm, indeterminadas (LIRADS 3). Não há lesões hipervascularizadas com fluxo rápido (washout) que sugiram carcinoma hepatocelular. Alguns focos de calcificação / corpos livres calcificados junto à borda hepática inferior. Veia porta afilada, pérvia, porém hipocontrastada em relação ao sistema venoso mesentérico e esplênico, sugerindo fluxo portal hepatofugal. Varizes de grosso calibre no hilo esplênico, retroperitônio e perigástricas, com shunt gastrorrenal/mesenterorrenal. Artéria hepática esquerda (para os segmentos II e III) tem origem precoce, junto à emergência da artéria gastroduodenal. Veias hepáticas afiladas, de difícil caracterização.
Houve discreto aumento das dimensões da lesão expansiva e heterogênea localizada junto a cabeça pancreática, com extensão ao lúmen da segunda e terceira porções duodenais, medindo cerca de 9,3 x 5,9 cm (media 8,0 x 5,0 cm). Destacam-se irregularidades dos contornos da parede anterior da terceira porção duodenal, associadas a densificação e estriações da gordura adjacente, sugerindo a possibilidade de acometimento além da serosa. Há ainda contato menor que 180º com a parede posterior da artéria e veia mesentérica superior, além de amplo contato com tributária jejunal. Determina, ainda, moderada dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas a montante, bem como do ducto pancreático principal (calibre de 0,7 cm) e consequente atrofia parenquimatosa pancreática. Persiste a linfonodomegalia heterogênea sugestiva de acometimento secundário na cadeia interaortocaval, medindo 1,7 x 1,8 cm. Linfonodos proeminentes no hilo hepático e no espaço porto-cava, medindo até 2,4 x 0,8 cm. Artéria hepática direita é ramo da mesentérica superior (variação anatômica).
Fígado com hipertrofia do lobo caudado e segmento lateral do lobo esquerdo, contornos algo lobulados, bordos rombos e parênquima discretamente e difusamente heterogêneo, compatível com hepatopatia crônica.
Trombose crônica da veia porta, com transformação cavernomatosa, observando-se múltiplas colaterais, com varizes de fino e médio calibre no hilo hepático, periportais e peribiliares. Tais colaterais determinam leve dilatação das vias biliares à montante, compatível com colangiopatia portal. Sinais de hipertensão portal, com circulação colateral perigástrica, hilar esplênica, além de varizes periesofágicas de moderado calibre, além de esplenomegalia homogênea.
Pequeno divertículo no fundo gástrico, medindo 2,4 cm.
Sinais de hepatopatia crônica caracterizada por proeminência dos segmentos laterais esquerdos e do lobo caudado e contornos lobulados. Nódulo hipervascularizado com "washout" e pseudocápsula no segmento II, medindo 1,7cm, compatível com carcinoma hepatocelular (LIRADS 5). Tem contato com o ramo portal segmentar, que se mantem pérvio.
Nódulo sólido na adrenal direita, medindo 1,1 cm, incaracterístico.
Ateromatose aortoilíaca. Estenose de cerca de 50% na origem do tronco celíaco, com discreta dilatação pós estenótica.
Realce mais acentuado de área focal no cólon transverso medindo 1,6cm, podendo corresponder a pequena lesão parietal polipoide.
Espessamento difuso com edema da submucosa e aumento do realce mucoso em alças delgadas e cólicas, contendo líquido intraluminal, compatível com enterocolite.
Material com atenuação sugestiva de líquido espesso (15-25 U.H.) preenche a cavidade peritoneal e seus recessos, de aspecto multiloculado. Tem efeito de massa sobre os órgãos parenquimatosos, determinando aspecto bocelado dos seus contornos, notadamente no fígado, bem como no tronco portal. Promove ainda compressão e deslocamento anterior da bexiga. Associa-se espessamento difuso do grande omento e determina o deslocamento das alças entéricas predominantemente para a região central do abdome.
Destaca-se duvidosa imagem arredondada com calcificações periféricas, situada medialmente ao ceco, medindo cerca de 6,5 x 4,2 x 3,2 cm, com conteúdo de atenuação um pouco maior que o restante da cavidade (31 U.H.). O aspecto descrito pode estar relacionado a mucocele do apêndice cecal.
Hérnia inguinal indireta bilateral, com protrusão do material espesso para o canal inguinal e escroto, com espessamento difuso do revestimento parietal peritoneal.
Impressão: Material espesso preenchendo a cavidade peritoneal com aspecto multiloculado, conforme descrito acima. O conjunto dos achados sugere pseudomixoma peritoneal. Destaca-se duvidosa imagem arredondada adjacente ao ceco, que admite a possibilidade de mucocele do apêndice.
Lesão sólida infiltrativa e sub-estenosante no antro gástrico, com extensão aproximada de 7,5 cm, determinando distensão da câmara gástrica a montante e do segmento distal esofágico, compatível com acometimento primário.
Linfonodomegalias heterogêneas, de aspecto secundário, no ligamento hepatogástrico e no hilo hepático, destacando-se a maior no hilo hepático medindo 3,3 cm no maior eixo, que mantém contato com as artérias hepática comum e gastroduodenal (pérvias e de contornos regulares) e também desloca inferiormente o colo do pâncreas, sem sinais definitivos de infiltração.
Nódulos sólidos heterogêneos perigástricos anteriores (junto à lesão do antro gástrico), medindo até 2,3 cm, que podem representar linfonodomegalias ou implantes peritoneais regionais secundários.
Conteúdo mucinoso preenchendo a cavidade peritoneal e seus recessos, de aspecto multiloculado, determinando efeito de massa sobre os órgãos parenquimatosos, deformando seus contornos, notadamente no fígado e baço, bem como no tronco portal. Há ainda compressão e deslocamento anterior da bexiga. Semelhante o espessamento difuso do grande omento, que determina o deslocamento das alças entéricas predominantemente para a região central do abdome, tendo surgido focos de calcificação esparsas, provavelmente representando alterações pós tratamento.
Hérnia inguinal indireta bilateral, com protrusão do material espesso para o canal inguinal e escroto, com espessamento difuso do revestimento parietal peritoneal.
Discretos focos de opacidades em vidro fosco associado a conteúdo em via aérea nos segmentos posteriores de ambos pulmões, que podem corresponder a processo inflamatório/infeccioso de natureza aspirativa.
Extenso hematoma intraparenquimatoso no terço posterior do baço, medindo 6,6 x 6,3 cm e acometendo cerca de 40% do parênquima esplênico, sem focos evidentes de sangramento ativo. Associa-se pequena quantidade de líquido peri-esplênico e no hipogástrio, de aspecto hemático (hemoperitônio).
Sinais de hepatopatia crônica caracterizados por hipertrofia relativa do lobo esquerdo e lobo caudado, contornos lobulados, bordas rombas e atenuação parenquimatosa heterogênea. Destacam-se pequenos nódulos hipervasculares (sem lavagem significativa nas fases tardias )esparsos pelo parênquima hepático medindo até 1,5 cm, indeterminados. Veia porta pérvia com calibre de 1,1 cm. Veias hepáticas e cava inferior afiladas e aparentemente não contrastadas pelo meio de contraste, sugerindo trombose crônica. Veias colaterais calibrosas no hilo esplênico, periesofágicas, retroperitôneo, pélvicas e nas paredes abdominal anterior e lateral direita.
Opinião:
Paciente hepatopata crônico com sinais de hipertensão portal e trombose crônica das veias hepáticas e cava inferior (síndrome de Budd-Chiari). Nódulos hepáticos hipervasculares, indeterminados, que podem corresponder à hiperplasia nodular regenerativa. Não foram caracterizados nódulos hepáticos com características de carcinoma hepatocelular. Manter controle evolutivo.
Fígado com hipertrofia do caudado, contornos ondulados, bordas rombas e atenuação heterogênea, achados indicativos de hepatopatia crônica. Focos hipervascularizados esparsos pelo parênquima, inespecífcios.
Espessamento parietal difuso do retossigmóide com pequenas calcificações / flebólitos parietais e alguns vasos proeminentes, achados já caracterizados como hemangiomatose. Densificação difusa dos planos gordurosos peritoneais.
As imagens da transição toracoabdominal demonstram opacidade irregular na periferia do lobo inferior direito, com opacidades em vidro fosco circunjacentes, provavelmente relacionada a processo inflamatório / infeccioso.
Dilatação das vias biliares intra e extra hepáticas até a porção distal do colédoco, que apresenta redução de calibre com duvidoso espessamento parietal. A papila duodenal tem aumento volumétrico. Sugere-se correlação com colangio-RM.
Massa sólida mal delimitada acometendo o processo uncinado e a cabeça do pâncreas, com aproximadamente 4,5 cm no seu maior eixo, cujo aspecto é usualmente observado em adenocarcinomas pancreáticos. Tal lesão envolve e afila as origens do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior, bem como envolve e trombosa a confluência venosa esplenomesentérica. A extensão posterior dessa massa atinge estruturas do plexo celíaco de maneira mais acentuada à direita. A lesão compromete ainda a terceira porção do duodeno e atinge a veia mesentérica inferior pouco antes do seu óstio na veia esplênica.Atrofia do corpo e cauda do pâncreas com dilatação do ducto pancreático principal. Pequenos cálculos em ectasias de ductos secundários esparsos pelo pâncreas.Como consequência do comprometimento da junção venosa esplenomesentérica, notam-se ingurgitamento de veias cólicas e gastroepiplóicas.
Formação expansiva heterogêneoa, predominantemente sólida, com algumas áreas hipoatenuantes de permeio, localizada na cabeça/colo pancreático, medindo cerca de 9,6 x 6,1 cm, que determina deslocamento anterior do estômago e lateral da segunda porção duodenal. Apresenta amplo contato com a veia mesentérica superior, segmento proximal do tronco da veia porta e artéria gastroduodenal, esta última deslocada anteriormente. Tais estruturas vasculares apresentam-se pérvias, com calibre preservado, sem sinais de comprometimento. O restante do parênquima pancreático apresenta dimensões e atenuação preservadas, sem sinais de atrofia. Ducto pancreático principal de calibre habitual. Os aspectos descritos não são habitualmente encontrados em adenocarcinomas da cabeça pancreática, devendo-se considerar outras possibilidades diagnósticas.
Reto, cólon sigmoide e cólon descendente com discreto espessamento parietal e com perda do padrão habitual de haustrações. A camada submucosa/ muscular no reto e sigmoide está hipoatenuante, possivelmente representando gordura, que sugere cronicidade do acomentimento.
Há discreto realce mucoso na porção distal do cólon transverso e ângulo esplênico e parte do sigmoide e retos superior e medio, que podem estar relacionados a atividade discreta da doença
Sinais de doença inflamatória com componente fibroestenosante e componente de atividade, apresentando espessamento parietal segmentar do íleo terminal, com hiperrealce mucoso, com extensão de cerca de 4,5 cm a partir da válvula ileocecal. Não se observa dilatação significativa das alças a montante.
Lesão expansiva sólida, intraluminal, circunferencial e estenosante no terço proximal do sigmoide, com extensão de cerca de 8,0 á discreta densificação da gordura cranial à lesão, não sendo possível descartar extensão extramural da mesma por este estudo. Notam-se alguns linfonodos regionais, medindo até 1,4 x 1,0 cm.
Há outra lesão de características semelhantes e menores dimensões ou polipo séssil de base larga, na transição sigmoide-descendente, com extensão de cerca de 4,0 cm, também suspeita para neoplasia.
Associa-se acentuada distensão colônica difusa, apresentando áreas de pneumatose intestinal com densificação da gordura mesentérica e acúmulos líquidos perialça, inferindo sofrimento vascular. Há discreta distensão de alças ileais, despropocional à distensão colônica. Logo, deve-se considerar a possibilidade de lesão sigmoídea estenosante com válvula ileocecal competente, determinando obstrução em alça fechada.
Vesícula biliar hiperdistendida (medindo cerca de 13,5 x 5,3 cm), com paredes espessadas, associando-se borramento da gordura perivesicular que se estende à gordura da região paracólida direita e distúrbio perfusional do parênquima hepático adjacente à vesícula biliar. O conjunto dos achados é compatível com colecistite aguda.
Vesícula biliar distendida e com paredes difusamente espessadas, com área de descontinuidade da mucosa na parede fúndica e distúrbio perfusional do parênquima hepático adjacente. Há ainda outras pequenas áreas de descontinuidade da parede na região corporal posterior da vesícula. Os achados sugerem colecistite aguda com sinais de perfuração.
Apêndice cecal distendido, com hiperrealce e espessamento parietal, achados compatíveis com apendicite. Associam-se densificação da gordura adjacente e lâminas líquidas de permeio, sem coleções evidentes, e pequenos linfonodos ileocólicos e mesentéricos, medindo até 1,2 cm. Pequeno segmento do íleo terminal discretamente espessado e distendido, com nível líquido, achado provavelmente reacional.
Apêndice de localização retrocecal e trajeto ascendente, com espessamento e realce parietal, com calibre de até 1,4 cm. Associa-se densificação dos planos gordurosos , bem como dos linfonodos aumentados em número periapendiculares. O conjunto de achados sugere processo inflamatório / infeccioso agudo do apêndice cecal (apendicite aguda).
Apêndice de localização retrocecal e trajeto ascendente, com a ponta localizada na região sub-hepática. Apresenta calibre aumentado (1,5 cm) e realce mucoso difuso, com densificação da gordura mesentérica adjacente e espessamento/realce das reflexão peritoneal adjacente. O conjunto de achados sugere processo inflamatório / infeccioso agudo do apêndice (apendicite aguda).
1. Apêndice cecal distendido e espessado, com realce parietal. Há comunicação do seu lúmen próximo à base com coleção bloqueada na fossa ilíaca direita (volume estimado em 60 mL), em contato com os músculos laterais da parede abdominal, de paredes espessas, com focos gasosos de permeio e contendo pequena imagem calcificada (provável apendicolito). Outro acúmulo líquido loculado na goteira parietocólica direita (volume estimado em 8 mL). Não se observa pneumoperitôneo à distância.
Associam-se densificação dos planos adiposos e espessamento dos folhetos peritoneais adjacentes.
Os achados acima descritos são compatíveis com apendicite perfurada com coleções bloqueadas adjacentes.
Espessamento parietal de algumas alças ileais adjacentes, provavelmente reacional.
Coprostase. Pequena quantidade de conteúdo fecal na ampola retal.
2. Apêndice cecal de calibre aumentado, com espessamento e realce parietal, parcialmente caracterizado, compatível com apendicite aguda. Associa-se pequena lâminas líquidas e densficação dos planos adiposos periapendiculares, coleção pélvica com paredes espessadas, sugestiva de abscesso (com volume estimado em 24ml), espessamento do cólon ascendente de aspecto reacional e densificação dos planos adiposos da pelve. Há ainda pequena quantidade de líquido livre no abdome superior.
Ausência de pneumoperitônio. Linfonodomegalias mesentéricas de aspecto reacional.
Distensão líquida e gasosa das alças delgadas.
Os achados acima descritos são compatíveis com apendicite aguda perfurada com coleções bloqueadas adjacentes.
Imagens da transição toracoabdominal evidenciam derrame pleural laminar bilateral.
Apêndice cecal distendido em toda a sua extensão, com localização retrocecal dirigido à pequena pelve (retroperitoneal?), apresentando conteúdo líquido e paredes discretamente espessadas (até 1,2 cm de diâmetro), contendo apendicolito na sua base de implantação, sem evidente densificação dos planos adiposos adjacentes. Os achados podem sugerir apendicite incipiente caso haja correlação clínica/laboratorial.
Pequena formação nodular com atenuação de gordura na na fossa ilíaca esquerda ( borda antimesentérica do cólon descendente) medindo 1,7 x 0,6 cm, associada a densificação gordurosa dos planos adjacentes, sugestiva de apendagite epiplóica.
Divertículos cólicos esparsos no cólon sigmoide, destacando-se área de espessamento segmentar, associada a edema e densificação dos planos adiposos adjacentes, bem como pequena quantidade de líquido livre, sugerindo processo inflamatório local, que pode corresponder a diverticulite. Não são identificados focos de pneumoperitônio ou coleções.
Grande divertículo com conteúdo fecalóide na face inferior do cólon sigmóide, mantendo amplo contato com a cúpula vesical, que apresenta-se com paredes espessadas, notando-se ainda gás no interior da bexiga, sugerindo fístula colovesical.
Nota-se ainda outro grande divertículo de paredes espessadas na transição entre o cólon descendente e o sigmóide (fossa ilíaca esquerda), com discreta densificação dos planos adiposos adjacentes e espessamento das reflexões peritoneais locais, achado que pode estar relacionado a processo inflamatório agudo (diverticulite), a depender de correlação clínica. Outros pequenos divertículos no cólon descendente e sigmóide, sem sinais inflamatórios evidentes.
Divertículos cólicos esparsos, destacando-se um deles de paredes espessadas no terço médio do sigmoide (hipogástrio), com densificação dos planos adiposos adjacentes, achados compatíveis com diverticulite aguda. Notam-se linfonodos proeminentes e aumentados em número no local, provavelmente reacionais. Não se observam coleções, pneumoperitôneo ou líquido livre intraperitoneal.
Espessamento difuso do funículo espermático direito, associado a densificação da gordura peritoneal adjacente e no interior do canal inguinal homolateral, achados que podem representar processo infeccioso / inflamatório no contexto clínico adequado.
USG
Canal inguinal direito de dimensões aumentadas, apresentando aumenta da ecogenicidade e ecotextura heterogênea, com aumento da vascularização ao estudo Doppler colorido.
Leve aumento do conteúdo líquido em alças delgadas. Cólons apresentando espessamento parietal difuso com aumento do realce mucoso e densificação adiposa adjacente, aspecto compatível com pancolite. Apêndice cecal de aspecto preservado.
- Está mais evidente a densificação dos planos gordurosos adjacentes ao segmento aórtico infra-renal e surgiram coleções mal delimitadas com focos gasosos de permeio nesta topografia, sobretudo à esquerda, onde medem até 3,5 x 2,6 cm. Observam-se ainda linfonodos periaórticos e interaortocavais aumentados em número e proeminentes, medindo até 1,4 x 1,0 cm, provavelmente reacionais.
O conjunto destes achados sugere a possibilidade de processo inflamatório/infeccioso (periaortite).
- Houve aumento do diâmetro máximo do saco aneurismático que reveste a endoprótese, atualmente medindo 5,1 x 4,2 cm (media 4,8 x 4,1 cm).
Demais achados sem alterações significativas, a saber:
Ateromatose aórtica difusa destacando-se placas parietais irregulares no segmento distal da aorta torácica descendente, sugestivas de ulcerações rasas.
Endoprótese auto-expansiva bifurcada na aorta abdominal infrarrenal com extremidade cranial localizada 0,6 cm inferior à emergência da artéria renal esquerda.
Opacificação além da malha metálica da endoprótese no segmento distal da aorta abdominal, com espessura máxima de 0,9 cm, provavelmente relacionada a abaulamento da malha não-metálica, estável. Opacificação do saco aneurismático no aspecto posterolateral direito da prótese, por provável reenchimento por ramos lombares (endoleak do tipo II), estável.
O diâmetro máximo do saco aneurismático que reveste a prótese é de 5,1 x 4,0 cm.
Divertículo espessado no íleo terminal, adjacente à válvula ileocecal, com densificação dos planos adiposos e folhetos peritoneais adjacentes e espessamento do segmento de alça correspondente. Associam-se pequenas bolhas gasosas regionais, com lâminas líquidas de permeio e linfonodos aumentados regionais. Os achados são compatíveis com diverticulite aguda de íleo com microperfuração, sem coleções.
Não há pneumoperitônio livre.
Divertículo irregular na transição do cólon descendente / sigmoide, associado a discreta densificação dos planos mesentéricos adjacentes, podendo representar processo inflamatório / infeccioso. Nota-se pequena quantidade de gás adjacente ao divertículo supracitado, com trajeto ao longo da topografia da veia mesentérica inferior.
Persiste extenso trombo envolvendo a origem e a porção proximal da artéria mesentérica superior, determinando estenose moderada/acentuada, com reenchimento distal do seu tronco principal. Há falhas de enchimento de alguns ramos mais distais (território ileal). No exame atual está mais nítida e mais extensa a hipocontrastação parietal das alças ileais, com aspecto "parético", associada a borramento da gordura mesentérica adjacente com lâminas líquidas de permeio. O conjunto dos achados sugere sofrimento isquêmico agudo de alças intestinais de etiologia tromboembólica. Discreto aumento da quantidade de líquido livre ne pelve.
(AEROPORTIA E SOFRIMENTO DE ALÇA - PACS 2880129): Segmentos de alças delgadas no mesogastro, hipogastro e na fossa ilíaca direita exibindo pneumatose intestinal, alguns destes com discreto espessamento e hiperrealce parietais e outros com realce reduzido e conteúdo de estase. Associa-se gás no trajeto de drenagem venosa de tais alças, incluindo as veias ileocólicas e a veia mesentérica superior, com consequente aeroportia. O conjunto dos achados é compatível com isquemia intestinal aguda. Não são observadas falhas de enchimento nos principais leitos arteriais e venosos mesentéricos, o que permite considerar a etiologia de hipofluxo / instabilidade hemodinâmica como causa possível para o sofrimento vascular intestinal.
Aeroportia com distensão de alças cólicas e de delgado, além de pneumatose de alças jejunais e ileais proximais, sugerindo sofrimento vascular intestinal com isquemia. Não há tromboses ou estenoses nos vasos mesentéricos principais, podendo-se considerar a hipótese de acometimento de microcirculação ou, eventualmente, hipofluxo relacionado a choque / droga vasoativa.
Aorta de trajeto e calibre preservados. Notam-se placas não calcificadas aderidas às paredes da aorta abdominal apresentando contornos irregulares e projetadas para o interior luminal, sugerindo instabilidade. A maior placa encontra-se obstruindo o fluxo na emergência do tronco celíaco, porém havendo fluxo no interior dos terços médio das artérias hepática comum e esplênica, provavelmente por reenchimento via arcada pancreatoduodenal. Nota-se interrupção do fluxo da artéria hepática própria e aumento do seu calibre distal a esse ponto de obstrução, sugerindo a presença de um trombo intraluminal.
Artéria gástrica esquerda com calibre afilado sendo a avaliação de seu fluxo prejudicada.
Vesícula biliar com dimensões no limite superior da normalidade (9,0 x 3,5 cm), com paredes espessadas e com densificação da gordura mesentérica adjacente, sugerindo acometimento inflamatório, provavelmente devido ao acometimento vascular. Não há evidência de cálculos no seu interior. Há moderada dilatação das vias biliares intra-hepáticas.
Obstrução em "alça fechada", com área de estreitamento junto à bifurcação aórtica (possivelmente por brida/aderência ou mesmo hérnia interna), notando-se transições abruptas de calibre ao nível da transição jejunoileal e também no íleo terminal. Alguns segmentos ileais e parte do cólon ascendente apresentam espessamento parietal e redução do realce mucoso, sugerindo algum grau de sofrimento vascular (provavelmente venoso). Há também afilamento focal da veia mesentéria superior junto ao foco de estreitamento, pérvia. Artéria mesentérica superior pérvia. As alças jejunais a montante da obstrução também apresentam-se dilatadas, porém em menor grau, sem nítidos sinais de sofrimento vascular. Moderada quantidade de líquido livre abdominal. Não há coleções organizadas ou pneumoperitônio.
Apêndice cecal de dimensões aumentadas (até 1,2 cm de calibre), com hiperrealce mucoso e obliteração de seus contornos. Associa-se acentuada densificação dos planos adiposos pericecais, notando-se pequena coleção periapendicular com focos gasosos de permeio (volume menor que 15 ml). Há ainda espessamento parietal da válvula ileocecal e do íleo terminal (provavelmente reacional), com moderada distensão de alças delgadas a montante e formação de nível hidroaéreo. Não há sinais tomográficos de sofrimento agudo destas alças distendidas.
O conjunto dos achados é sugestivo de apendicite perfurada, com pequena coleção na fossa ilíaca bloqueada pelas alças adjacentes, com espessamento parietal provavelmente reacional da válvula ileocecal e do íleo terminal, determinando quadro de suboclusão intestinal a montante.
Estômago e duodeno com distensão normal. Distensão difusa e acentuada das alças jejunais, com transição abrupta de calibre em curto segmento jejunal encarcerado no interior de hérnia inguinoescrotal esquerda. Os segmentos delgados a jusante da hérnia apresentam-se colabados. O realce parietal das alças intestinais está preservado, inclusive das alças distendidas. Não há pneumatose intestinal, pneumoperitôneo ou coleções intra-abdominais.
Hérnia inguinoescrotal direita com conteúdo gorduroso e discretamente líquido, sem sinais inflamatórios.
Lesão expansiva sólida, intraluminal, circunferencial e estenosante no terço proximal do sigmoide, com extensão de cerca de 8,0 cm, suspeita para neoplasia primária. Há discreta densificação da gordura cranial à lesão, não sendo possível descartar extensão extramural da mesma por este estudo. Notam-se alguns linfonodos regionais, medindo até 1,4 x 1,0 cm.
Há outra lesão de características semelhantes e menores dimensões ou polipo séssil de base larga, na transição sigmoide-descendente, com extensão de cerca de 4,0 cm, também suspeita para neoplasia.
Associa-se acentuada distensão colônica difusa, apresentando áreas de pneumatose intestinal com densificação da gordura mesentérica e acúmulos líquidos perialça, inferindo sofrimento vascular. Há discreta distensão de alças ileais, despropocional à distensão colônica. Logo, deve-se considerar a possibilidade de lesão sigmoídea estenosante com válvula ileocecal competente, determinando obstrução em alça fechada.
Volumosa hérnia femoral à esquerda contendo gordura e curto segmento de intestino delgado levemente dilatado, com conteúdo de estase e paredes espessadas. Associa-se densificação dos planos gordurosos adjacentes, ingurgitamento dos vasos retos e pequena quantidade de líquido livre no interior do saco herniário. Há também leve distensão de curto segmento de alça delgada a montante da hérnia, com conteúdo de estase. Segmentos ileais a jusante e alças cólicas predominantemente colabadas. O conjunto é compatível com hérnia femoral encarcerada, contendo alça delgada obstruída em "alça fechada" e com algum grau de sofrimento vascular.
Pós-operatório
Manipulação cirúrgica caracterizada por densificação dos planos adiposos da região inguinal e parede abdominal da fossa ilíaca à esquerda, com dreno e focos gasosos nesta topografia, associando-se sinais de enterectomia segmentar. Nota-se, ainda, surgimento de coleção heterogênea na fossa ilíaca esquerda, adjacente à enterorrafia, com lâminas líquidas e focos gasosos de permeio, medindo cerca de 9,3 x 9,3 x 10,1 cm (AP x LL x CC) - volume estimado de 454 cm³.
Surgimento de moderada dilatação de alças delgadas a montante do nível da anastomose entero-entérica, com redução do calibre nesta topografia, sugerindo um quadro suboclusivo. Nota-se retração do cólon e de alças delgadas adjacentes a este ponto, achados que podem estar relacionados à bridas.
Nota-se ainda aspecto retrátil do ceco e válvula íleocecal à parede abdominal anterior do flanco direito.
Surgimento de hérnia femoral contendo gordura e líquido ascítico.
Volumosa hérnia femoral à esquerda contendo gordura e curto segmento de intestino delgado levemente dilatado, com conteúdo de estase e paredes espessadas. Associa-se densificação dos planos gordurosos adjacentes, ingurgitamento dos vasos retos e pequena quantidade de líquido livre no interior do saco herniário. Há também leve distensão de curto segmento de alça delgada a montante da hérnia, com conteúdo de estase. Segmentos ileais a jusante e alças cólicas predominantemente colabadas. O conjunto é compatível com hérnia femoral encarcerada, contendo alça delgada obstruída em "alça fechada" e com algum grau de sofrimento vascular.
Pós-operatório
Manipulação cirúrgica caracterizada por densificação dos planos adiposos da região inguinal e parede abdominal da fossa ilíaca à esquerda, com dreno e focos gasosos nesta topografia, associando-se sinais de enterectomia segmentar. Nota-se, ainda, surgimento de coleção heterogênea na fossa ilíaca esquerda, adjacente à enterorrafia, com lâminas líquidas e focos gasosos de permeio, medindo cerca de 9,3 x 9,3 x 10,1 cm (AP x LL x CC) - volume estimado de 454 cm³.
Surgimento de moderada dilatação de alças delgadas a montante do nível da anastomose entero-entérica, com redução do calibre nesta topografia, sugerindo um quadro suboclusivo. Nota-se retração do cólon e de alças delgadas adjacentes a este ponto, achados que podem estar relacionados à bridas.
Nota-se ainda aspecto retrátil do ceco e válvula íleocecal à parede abdominal anterior do flanco direito.
Surgimento de hérnia femoral contendo gordura e líquido ascítico.
Angulo de Treitz em posição não habitual, deslocado para o hipocondrio direito, onde observa-se inversão da posição dos vasos mesentéricos superiores. Na fossa ilíaca esquerda, notam-se sinais de obstrução intestinal com intussuscepção ileo-cólica, que determina dilatação de alças a montante, sobretudo de delgado, até o nível do estômago. Pequena quantidade de líquido livre abdominal.
Aorta de trajeto e calibre preservados. Notam-se placas não calcificadas aderidas às paredes da aorta abdominal apresentando contornos irregulares e projetadas para o interior luminal, sugerindo instabilidade. A maior placa encontra-se obstruindo o fluxo na emergência do tronco celíaco, porém havendo fluxo no interior dos terços médio das artérias hepática comum e esplênica, provavelmente por reenchimento via arcada pancreatoduodenal. Nota-se interrupção do fluxo da artéria hepática própria e aumento do seu calibre distal a esse ponto de obstrução, sugerindo a presença de um trombo intraluminal.
Artéria gástrica esquerda com calibre afilado sendo a avaliação de seu fluxo prejudicada.
Vesícula biliar com dimensões no limite superior da normalidade (9,0 x 3,5 cm), com paredes espessadas e com densificação da gordura mesentérica adjacente, sugerindo acometimento inflamatório, provavelmente devido ao acometimento vascular. Não há evidência de cálculos no seu interior. Há moderada dilatação das vias biliares intra-hepáticas.
Múltiplos implantes secundários peritoneais e retroperitoneais difusos, alguns com centro hipodenso (podendo representar necrose/liquefação) e o maior medindo 4,2 cm junto ao ventre do músculo psoas à direita no flanco. Destaca-se implante comprimindo a JUP/ureter proximal à direita, com moderada dilatação pielocalicinal a montante.
Outros nódulos de aspecto secundário esparsos pelo subcutâneo toracoabdominal e pelo parênquima de ambas as mamas, medindo até 2,0 cm. Caso haja indicação clínica, alguns destes nódulos são passíveis de biópsia percutânea guiada por ultrassonografia, como por exemplo na região inguinal esquerda (1,9 cm).
Linfonodomegalias heterogêneas retrocrurais (medem até 1,7 cm) e cardiofrênicas (medem até 2,8 cm), compatíveis com acometimento secundário.
Nódulos na cauda pancreática (2,1 cm) e em ambas adrenais, medindo 3,7 cm à direita, compatíveis com acometimento secundário.
Múltiplas lesões líticas com componente de partes moles esparsas pela coluna toracolombar, arcos costais inferiores e ossos da bacia, também compatíveis com acometimento secundário.
Massa heterogênea e com centro hipodenso na pelve/hipogástrio, de aspecto indeterminado neste estudo sem contraste endovenoso, podendo representar o útero de dimensões aumentadas e com conteúdo distendendo a cavidade uterina.
Vesícula biliar distendida (mede cerca de 11,0 x 4,5 cm) e com paredes difusamente espessadas, notando-se densificação difusa dos planos adiposos perivesiculares, com lâminas líquidas de permeio. Os achados sugerem processo inflamatório agudo (colecistite).
Material com atenuação sugestiva de líquido espesso (15-25 U.H.) preenche a cavidade peritoneal e seus recessos, de aspecto multiloculado. Tem efeito de massa sobre os órgãos parenquimatosos, determinando aspecto bocelado dos seus contornos, notadamente no fígado, bem como no tronco portal. Promove ainda compressão e deslocamento anterior da bexiga. Associa-se espessamento difuso do grande omento e determina o deslocamento das alças entéricas predominantemente para a região central do abdome.
Destaca-se duvidosa imagem arredondada com calcificações periféricas, situada medialmente ao ceco, medindo cerca de 6,5 x 4,2 x 3,2 cm, com conteúdo de atenuação um pouco maior que o restante da cavidade (31 U.H.). O aspecto descrito pode estar relacionado a mucocele do apêndice cecal.
Lesão irregular e mal delimitada na região corporal e fúndica da vesícula biliar que parece infiltrar o parênquima hepático no segmento IVb e a parede lateral direita do antro gástrico (de avaliação limitada neste estudo sem contraste endovenoso), suspeita para lesão primária.
Cálculos no interior da vesícula, um deles insinuando-se à luz gástrica, achado que pode representar trajeto fistuloso entre estas duas estruturas.
Notam-se alças delgadas com topografia lateral ao cólon direito associada a afilamento focal e "torção" da mesentérica superior no mesogástrio, pérvia, com ectasia a montante e com circulação colateral mesentérica associada. Não há sinais obstrutivos ou de sofrimento de alça. Há discreta densificação região da gordura mesentérica.
Notam-se alças delgadas com topografia lateral ao cólon direito associada a afilamento focal e "torção" da mesentérica superior no mesogástrio, pérvia, com ectasia a montante e com circulação colateral mesentérica associada. Não há sinais obstrutivos ou de sofrimento de alça. Há discreta densificação região da gordura mesentérica.
Obstrução em "alça fechada", com área de estreitamento junto à bifurcação aórtica (possivelmente por brida/aderência ou mesmo hérnia interna), notando-se transições abruptas de calibre ao nível da transição jejunoileal e também no íleo terminal. Alguns segmentos ileais e parte do cólon ascendente apresentam espessamento parietal e redução do realce mucoso, sugerindo algum grau de sofrimento vascular (provavelmente venoso). Há também afilamento focal da veia mesentéria superior junto ao foco de estreitamento, pérvia. Artéria mesentérica superior pérvia.
Fígado de dimensões normais e contornos regualres. Apresenta distúrbio perfusional difuso no lobo esquerdo, secundário a trombose do ramo esquerdo da veia porta, de aspecto recente. Nota-se aumento da vascularização arterial neste lobo, provavelmente compensatória. Prováveis hemangiomas hepáticos esparsos, o maior medindo 1,3 cm no segmento II (em correlação com a RM de 14/02/2015).
Moderada / acentuada dilatação difusa das vias biliares, até o nível da papila duodenal, sem fatores obstrutivos evidentes ao método. Considerar a possibilidade de processo expansivo da papila duodenal (a critério clínico, uma endoscopia digestiva com visão lateral poderá trazer informações adicionais), cabendo diferencial com coledocolitíase. Ducto hepático posterior direito tem confluência baixa no colédoco, ao nível do platô pancreático (variação anatômica).
Fígado de dimensões normais e contornos regualres. Apresenta distúrbio perfusional difuso no lobo esquerdo, secundário a trombose do ramo esquerdo da veia porta, de aspecto recente. Nota-se aumento da vascularização arterial neste lobo, provavelmente compensatória. Prováveis hemangiomas hepáticos esparsos, o maior medindo 1,3 cm no segmento II (em correlação com a RM de 14/02/2015).
Moderada / acentuada dilatação difusa das vias biliares, até o nível da papila duodenal, sem fatores obstrutivos evidentes ao método. Considerar a possibilidade de processo expansivo da papila duodenal (a critério clínico, uma endoscopia digestiva com visão lateral poderá trazer informações adicionais), cabendo diferencial com coledocolitíase. Ducto hepático posterior direito tem confluência baixa no colédoco, ao nível do platô pancreático (variação anatômica).
Lesão expansiva de caráter infiltrativo, centrada no corpo/fundo da vesícula biliar, de formato irregular, com extenso componente necrótico interno. Apresenta infiltração extensa do parênquima hepático do segmento IV e da gordura abdominal infra-hepática, onde notam-se pequenos implantes satélites. Há também contato com a parede abdominal anterior no hipocôndrio direito e com a flexura hepática do cólon. A lesão mede cerca de 11,0 x 10,0 x 8,5 cm (CC x AP x LL) e é compatível com neoplasia primária da vesícula biliar.
Linfonodomegalias necróticas no hilo hepático e peripancreáticas, medindo até 4,0 cm, que promovem afilamento do tronco da veia porta, pérvio. Outros linfonodos numerosos e proeminentes nas cadeias retroperitoneais e cardiofrênicas, medindo até 1,3 cm, suspeitos para acometimento secundário.
Associa-se moderada quantidade de líquido livre, sobretudo no recesso frênico direito, na goteira parietocólica esquerda e na pelve.
Diminuta hérnia epigástrica com conteúdo gorduroso e provável implante peritoneal no seu interior.
Lesão expansiva volumosa no leito vesicular, medindo 8,0 cm, com extensão direta para os segmentos V e VI do fígado e ângulo hepático do cólon, notando-se ainda múltiplas linfonodomegalias irregulares no hilo hepático, espaço portocava e retropancreática, medindo até 6,0 cm. Tal aspecto é encontrado em neoplasias primárias da vesícula biliar.
As linfonodomegalias supracitadas infiltram a face posterior da cabeça do pâncreas, que se encontra deslocada anteriormente, bem como o colédoco médio/distal determinando acentuada dilatação das vias biliares a montante. Nota-se ainda marcada compressão duodenal por essas linfonodomegalias.
Vesícula biliar hiperdistendida, com paredes espessadas e contendo cálculos calcificados no seu interior, medindo até 5,0 cm. Algumas áreas da sua parede apresentam-se descontínuas e em contato com formações hipoatenuantes no parênquima hepático adjacente nos segmentos IV e V, aspecto que pode representar pequenos abscessos resultantes de perfuração vesicular bloqueada. Associa-se distúrbio perfusional transitório envolvendo os segmentos IV e V hepáticos atribuído a trombose hemática dos ramos portais para estes segmentos, provavelmente reacional ao processo inflamatório. O conjunto dos achados é compatível com processo inflamatório da vesícula biliar com sinais de perfuração para o parênquima hepático. Deve-se considerar também, menos provavelmente, a hipótese de processo neoplásico primário vesicular com extensão hepática.
Moderada dilatação difusa das vias biliares intra e extra-hepáticas, com redução relativamente gradual do calibre ao nível do colédoco distal justapapilar, achado que poderia ser mais bem avaliado por colangiorressonância, a critério clínico (coledocolitíase?). Discreto realce parietal tardio do colédoco justapapilar, sugerindo processo inflamatório local.
Espessamento circunferencial da parede da segunda e terceira porções duodenais, com hiperrealce mucoso e edema da submucosa. Associa-se densificação dos planos gordurosos adjacentes e pequena quantidade de líquido junto ao rebordo inferior do fígado. Espessamento e hiperrealce parietal de algumas estruturas adjacentes, do cólon ascendente, colédoco e infundíbulo da vesícula biliar, de aspecto reacional. Alguns pequenos linfonodos aumentados em número na cadeia mesentérica superior.O conjunto dos achados sugere processo inflamatório duodenal, podendo considerar hipóteses infecciosas ou, eventualmente, úlcera duodenal.
Espessamento parietal e hiper-realce mucoso difuso do duodeno, mais evidente na segunda e terceira porções, associada a densificação dos planos adiposos adjacentes com acúmulos líquidos retroperitoneais, sobretudo peripancreáticos e na goteria paracólica direita. Os achados sugerem processo inflamatório duodenal, de aspecto inespecífico, sugerindo-se complementação com endoscopia digestiva alta. Discreta heterogeneidade do parênquima pancreático circunjacente ao colédoco distal, sem dilatação ductal, cabendo diagnóstico diferencial, mais remoto, com pancreatite cefálica / do sulco pancreatoduodenal (sugere-se correlação com níveis de lipase e amilase). Restante do parênquima pancreático com boa contrastação, sem lesões focais.
Hérnia incisional na parede abdominal anterior na fossa ilíaca direita ipsilateral com insinuação de alças de íleo, vasos e gordura peritoneal. Há sinais de encarceramento caracterizados por focos de pneumatose intestinal, acúmulos líquidos e conteúdo fecalizado no seu interior, destacando-se focos gasosos no trajeto dos vasos no mesentério relacionados aos respectivos segmentos herniados. A hérnia possui colo de 4,4 cm, e o saco herniário mede 12,3 x 8,2 x 13,7 cm (LL x AP x CC). Há ainda ponto de redução abrupta do calibre da alça de íleo que se insinua no saco herniário, apresentando dilatação a montante das alças ileais intra-abdominais com conteúdo fecalizado, bem como afilamento difuso das suas paredes, tênue densificação da gordura e pequena quantidade de líquido livre adjacente. Moderado pneumoperitônio. Alças de jejuno colabadas, com pequeno acúmulo líquido adjacente.
Hérnia incisional na parede abdominal anterior na fossa ilíaca direita com insinuação de alças de íleo, vasos e gordura peritoneal. As alças herniadas encontram-se dilatadas e com conteúdo fecalizado, destacando-se segmento com sinais de pneumatose e aparente descontinuidade de suas paredes, com focos gasosos e líquido livre adjacente. Os achados sugerem que haja sofrimento vascular e perfuração, ainda que tal avaliação seja limitada neste estudo sem contraste endovenoso. Extensos focos gasosos no mesentério das alças herniadas, alguns inclusive podendo estar no interior de ramos venosos. A hérnia possui colo de 4,4 cm, e o saco herniário mede 12,3 x 8,2 x 13,7 cm (LL x AP x CC). As alterações descritas tem efeito obstrutivo, notando-se transição abrupta de calibre da alça que adentra o saco herniário, com dilatação a montante das alças ileais intra-abdominais com conteúdo fecalizado. Coleção hidroaérea intra-abdominal com cerca de 100 ml junto ao aspecto superior do colo herniário. Pequeno líquido livre e moderado/volumoso pneumoperitônio. Alças a jusante da hérnia encontram-se colabadas ou pouco repletas
1- Aumento volumétrico difuso do pâncreas, sobretudo da região caudal, associado a densificação dos planos gordurosos peripancreáticos, estendendo-se ao hipocôndrio esquerdo, à raiz do mesentério e às fáscias pararrenais anteriores, achados sugestivos de pancreatite aguda.
2- Aumento volumétrico difuso do pâncreas, com perda de seus contornos acinares e densificação dos planos adiposos peripancreáticos. Pequena coleção hemática junto a fáscia pararrenal anterior esquerda e cauda do pâncreas, com extensão superior ao espaço esplenorrenal
Pancreatite Crônica / Crônica agudizada:
Pâncreas difusamente afilado com cálculos/calcificações difusas, em maior concentração na cabeça. Nota-se ainda dilatação do ducto pancreático principal (0,5 cm), com pequenos focos gasosos no seu interior e em ductos secundários. Os achados sugerem pancreatite crônica. Destaca-se provável componente de agudização do processo inflamatório na cabeça pancreática, que apresenta aumento volumétrico e densificação dos planos adiposos adjacentes. Há ainda hipocontrastação do parênquima nessa região, que pode representar componente de necrose parenquimatosa. Não há coleções peripancreáticas.
Aumento volumétrico difuso do pâncreas, sobretudo da região caudal, associado a densificação dos planos gordurosos peripancreáticos, estendendo-se ao hipocôndrio esquerdo, à raiz do mesentério e às fáscias pararrenais anteriores, achados sugestivos de pancreatite aguda.
Linfonodos proeminentes peripancreáticos, periaórticos, interaortocavais e no hilo hepáticos, provavelmente reacionais.
Lesão sólida de limites mal definidos, medindo aproximadamente 3,0 cm de localização periampular, provocando dilatação do ducto pancreático principal. Espessamentos das paredes da segunda porção duodenal. Dreno inserido no flanco direito, com trajeto através da loja vesicular, onde nota-se coleção com focos gasosos de permeio.
Sinais de sigmoidectomia com sepultamento do coto retal. Colostomia na fossa ilíaca esquerda, com hérnia paracolostômica.
Sinais de manipulação cirúrgica da parede abdominal, com cicatriz de laparotomia e exteriorização delgada paramediana direita. Observa-se densificação dos planos cutâneos/adiposos superficiais com infiltração de material hemático nos planos subcutâneos adjacentes às áreas manipuladas, por vezes formando acúmulos líquidos com nível, provavelmente sero-hemáticos. Não se observam sinais de sangramento ativo.
de hérnia inguinal.
Sinais de hemicolectomia direita, bem como ressecção de grande parte do intestino delgado, com exteriorização de segmento delgado terminal no quadrante inferior direito do abdome, com formação de conteúdo líquido e hemático ao redor da alça exteriorizada e que se insinua pela porção anterior da cavidade. Clipe cirúrgico na margem medial desta alça exteriorização do delgado.
Sinais de pancreatite aguda necrosante, caracterizada por acentuado aumento volumétrico de todo o pâncreas, com hiporrealce difuso, densificação da gordura peripancreática e espessamento das fáscias pararrenais. Destaca-se necrose/liquefação da maior parte do corpo e cauda pancreáticas, com esteatonecrose e acúmulos líquidos adjacentes no espaço pararrenal anterior, com focos gasosos de permeio, provavelmente infectada. Acúmulo líquido na retrocavidade dos epíplons com nível gasoso, podendo ser considerada a hipótese de fistulização com o o corpo gástrico. As alterações inflamatórias envolvem os vasos esplênicos retropancreáticos, que se mantêm pérvios. Abaula anteriormente o corpo gástrico e se aproxima do ângulo esplênico do cólon, que se encontra espessado reacionalmente. Linfonodos de aspecto reacional peripancreáticos e perigástricos.
Sinais de pancreatite aguda caracterizados por pâncreas de dimensões aumentadas e atenuação difusamente heterogênea, com acentuada densificação dos planos adiposos adjacentes (esteatonecrose), mais notadamente na raiz do mesentério com pequena quantidade de líquido livre acumulada na goteria parietocólica esquerda. Há extensa área hipovascularizada no parênquima pancreático, provável área de necrose, que envolve mais de 50% do órgão acometendo seu colo e o corpo. Associa-se a espessamento parietal reacional do duodeno e do cólon descendente.Discreto afilamento da veia porta e veias mesentérica superior e esplênica na junção esplenomesentérica.
Coleção líquida com focos gasosos de permeio, com maior componente situado posteriormente ao retalho de calota craniana posicionado no subcutâneo da fossa ilíaca direita, com densificação dos tecidos moles superficiais adjacentes, com volume estimado de 200 mL.
Lesão expansiva heterogênea endoluminar na segunda e terceira porções do duodeno com uma extensão de 7,0 cm, atingindo a papila duodenal, o que resulta em dilatação da via biliar e do ducto pancreático a montante.
Formação expansiva hipovascularizada, estendendo-se da papila duodenal até a terceira porção duodenal, medindo 6,4 cm que determina acentuada dilatação das vias biliares, bem como do ducto pancreático principal. Os achados são mais comumente observados em neoplasia de papila/duodenal e, menos provavelmente adenocarcinoma de pâncreas. A lesão tem contato anteriormente com os primeiros ramos jejunais e posteriormente com a aorta.
Linfonodos para-aórticos juntos a veia renal esquerda , medindo até 2,0 cm, suspeitos para acometimento secundário.
Lesão expansiva heterogênea originado-se na primeira alça jejunal e com extenso componente exofítico medindo 10,0 x 9,5 x 9,0 cm. Apresenta contato com o estômago, com o rim esquerdo e com a parede abdominal anterior, sem sinais de infiltração. Comprime parcialmente e desloca para a direita a veia mesentérica inferior. Os achados sugerem neoplasia mesenquimal.
Alteração textural óssea difusa, calcificações de partes moles e parenquimatosas, corpos vertebrais com platôs escleróticos e centro lítico (aspecto em rugger-jersey) e lesões líticas e escleróticas com componente de partes moles e efeito expansivo no púbis direito e nas articulações sacroilíacas (tumores marrons). O conjunto de achados é compatível com osteodistrofia renal.
Estenose da anastomose colorretal, com tecido com densidade de partes moles na região pré-sacral envolvendo todo o reto até o nível da anastomose. Há três fístulas complexas com conteúdo fluido-gasoso que se originam na anastomose, confluentes entre si imediatamente após a sua origem. A primeira, que se origina às 08:00 horas, envolve a vesícula seminal e os espaços periprostáticos à direita, estendendo-se até os músculos puborretal e levantador do ânus deste lado. As outras duas se originam à 01:00 hora e às 05:00 horas, envolvendo o ápice da próstata, a vesícula seminal esquerda, os espaços periprostáticos à esquerda bem como os músculos puborretal, levantador do ânus, obturador interno e isquiocavernoso deste lado.
Fígado de dimensões aumentadas e bordos rombos. Distúrbio perfusional difuso do parênquima hepático (aspecto em "noz moscada"), com sinais de refluxo do meio de contraste para as veias hepáticas, achados sugestivos de hepatopatia congestiva.
Nódulo sólido ovalado no segmento VI/VII, hipervascularizado, com foco central não contrastante na fase arterial e homogeneização em relação ao parênquima hepático nas fases tardias, porém com persistência de foco central de realce. O aspecto é mais comumente observado em casos de hiperplasia nodular focal.
Nódulo sólido hipervascularizado com 4,7 cm, periférica no segmento II hepático com finas traves de menor densidade que se realçam tardiamente. Tal lesão tem componente exofítico, a ponto de exercer compressão sobre o fundo gástrico.
Nódulo sólido na transição entre os segmentos V e VIII, hipervascularizado, com foco central não contrastante na fase arterial e com homogeneização nas fases tardias, medindo 3,7 cm.
Conclusão: Embora a lesão do lobo direito tenha aspecto mais comumente observado em casos de hiperplasia nodular focal, a existência de uma segunda lesão e o dado clínico de exposição a hormônios androgênicos nos leva a considerar a possibilidade de adenoma hepático. Eventualmente um exame de ressonância magnética com meio de contraste hepatoespecífico poderá ser útil.
Fígado de dimensões aumentadas à custa de formação expansiva cística, com múltiplos septos irregulares, alguns deles parcialmente calcificados e algumas áreas nodulares de permeio, originária do IVA, projetando-se para a direita e deslocando o lobo direito hepático. A lesão mede aproximadamente 12,0 x 9,0 x 8,5 cm (LL x AP x CC). O padrão de imagem é sugestivo de neoplasia cística mucinosa hepática.
Volumosa lesão sólida heterogênea e hipervascularizada, com matriz mixóide central, pélvica e perineal à direita, situada acima e abaixo do plano do músculo elevador do ânus, com extensão desde o plano do promontório sacral até a região subcutânea glútea / perineal direita. Mede cerca de 26 x 15 x 9 cm (volume estimado de 1800 cm³). Apresenta às seguintes relações anatômicas:
- Anteriormente: mantém amplo contato com bexiga e com o útero, ambos se mantendo rechaçados anteriormente, superiormente e lateralmente. Também mantém contato com a vagina e com a uretra;
- Lateralmente à esquerda: mantém amplo contato, sem planos de clivagem, com o canal anal, reto e cólon sigmóide;
- Lateralmente à direita: mantém contato com algumas alças ileais;
- Posteriormente: mantém contato com o sacro, sem sinais de invasão.
A irrigação arterial da massa ocorre principalmente pela mesentérica inferior e ilíaca interna direita.
A drenagem venosa da massa ocorre principalmente para as veias mesentérica inferior, ilíaca interna direita e gonadal direita.
Tais achados são compatíveis com neoplasia mesenquimal, devendo-se considerar a possibilidade de angiomixoma agressivo, admitindo diferencial com outras lesões mesenquimais de comportamento local agressivo. Em relação ao exame do dia 19/09/2016 houve discreto crescimento da lesão referida.
Lesões sólidas omentais, peritoneais e junto ao mesocólon transverso distal medindo até 3,3 cm. A maior lesão apresenta contato com o jejuno proximal, o qual tem espessamento parietal. O conjunto de achados é suspeito para acometimento do peritônio, devendo-se considerar processo neoplásico ou inflamatório/infeccioso dentre os diferenciais. Considerar biópsia.
Lesão nos segmentos VII e VIII, localizada inferiormente à área acima descrita e em continuidade com a mesma, apresentando hipervascularização e lavagem rápida ao meio de contraste (washout), medindo 4,7 cm, compatível com carcinoma hepatocelular (LIRADS 5). Trombose de aspecto tumoral no ramo direito da veia porta (LIRADS - TIV).
Pseudocisto adjacente à cauda pancreática com aproximadamente 400 cc de conteúdo hiperdenso, configurando um sangramento recente. Não se demonstrou sangramento ativo durante o exame.
Tal pseudocisto tem amplo contato com a parede posterior do estômago e apresenta extensão superior até atingir o hiato esofágico e a transição esofagogástrica, chegando a ter contiguidade com a artéria gástrica esquerda (da qual se origina a hepática esquerda).
Ingurgitamento e aspecto espiralado de ramos arteriais pancreáticos dorsais, muitos deles junto à parede anterior do pseudocisto.
1- Sinais de atividade de doença inflamatória acometendo toda a moldura cólica e o reto caracterizados por espessamento parietal e realce mucoso difuso, com ingurgitamento vascular adjacente, linfonodos proeminentes regionais e densificação da gordura pericólica.
2- Sinais de doença inflamatória predominantemente ativa e não estenosante, por hiperrealce da camada mucosa, espessamento parietal, ingurgitamento venoso e aumento da gordura mesentérica adjacente, em segmento contínuo do retosigmoide e cólon descendente, com extensão de aproximadamente 30 cm.
Vesícula biliar não caracterizada. Derivação biliodigestiva com areobilia. Leve dilatação difusa das vias bilares, mais evidente no lobo esquerdo. Cálculos esparsos pelas vias biliares intra-hepáticas, principalmente à esquerda, já presentes na RM anterior de 26/12/12.
Coleção irregular com realce periférico envolvendo a margem inferior do lobo hepático esquerdo, aparentemente em comunicação com ramos biliares distais deste lobo, associada a densificação da gordura adjacente. Tal alteração estende-se para a parede abdominal no epigástrio, através da aponeurose, com densificação das partes moles locais, além de apresentar pequeno contato com a parede anterior do antro gástrico. Mede cerca de 6,0 x 5,0 x 6,0 cm (volume aproximado de 94 ml) Os achados sugerem biloma infectado / abscesso, não sendo possível afastar eventual componente neoplásico, sendo necessário controle evolutivo.
Lesão sólida mal delimitada nos segmentos V e VI, heterogênea, discretamente hipervascularizada, com parcial retenção tardia do meio de contraste e que provoca retração capsular, medindo 5,0 cm.
O aspecto tomográfico dessa lesão não é totalmente característico. Como há relato de doença hemolítica crônica (esferocitose), convém considerar a possibilidade de hematopoiese extramedular, reiterando-se que o aspecto tomográfico não é conclusivo. A referida lesão focal hepática é factível de biopsia percutânea guiada por exame de imagem.
Fígado de dimensões aumentadas, apresentando volumosa lesão expansiva de contornos lobulados, que ocupa praticamente todos os segmentos hepáticos, poupando parte dos segmentos II, III, V e VI. Apresenta realce periférico, globuliforme, descontínuo e centrípeto, de padrão compatível com hemangioma hepático. Nota-se o centro hipocontrastante, podendo representar área de hialinização, com algumas calcificações grosseiras de permeio. Mede 23 x 26 x 20 cm.
A lesão determina deslocamento das estruturas adjacentes com elevação da cúpula diafragmática direita, deslocamento para a esquerda do pâncreas e do estômago, este com certo grau de compressão extrínseca na sua porção antropilórica. Engloba as veias hepáticas e os ramos portais dos segmentos superiores do lobo direito e do segmento II do lobo esquerdo.
A porção da lesão que ocupa o lobo esquerdo comprime as estruturas hilares esquerdas, determinando moderada dilatação das vias biliares intra-hepáticas e compressão com deslocamento do ramo portal do segmento III, que encontra-se afilado e com pequena falha de enchimento que pode corresponder a sequela de trombose.
Sinais de pancreatite subaguda com formação de coleção discretamente heterogênea acometendo mais de 50 % do corpo e da cauda pancreática, com extensão para a pelve, compatível com necrose pancreática delimitada ("walled of necrosis"). Tal coleção desloca anteriormente o cólon descendente e sigmóide, medialmente a bexiga, útero e ovário esquerdo e mede 21,0 x 12,3 x 11,2 cm (CC x AP x LL), com volume estimado de 1500 mL. Há compressão sobre o músculo iliopsoas esquerdo, que se apresenta discretamente heterogêneo, notando-se densificação da gordura adjacente a ele e da gordura da raiz da coxa esquerda. Há outra necrose pancreática delimitada ("walled of necrosis") na cabeça e colo pancreáticos, medindo 3,5 x2,1 x 2,5 cm (CC x AP x LL) com volume estimado de 10 mL. Redução das áreas de esteatonecrose e do líquido na retrocavidade dos epíplons, na raiz do mesentério, no mesocólon transverso, no espaço pararrenal anterior esquerdo e na goteira paracólica esquerda.
Fígado de dimensões aumentadas e com sinais de leve deposição de gordura no parênquima. Múltiplos nódulos com sinal semelhante ao do parênquima hepático nas sequências ponderadas em T1, hipervascularizados e com realce persistente pelo meio de contraste compatíveis com adenomas. Os maiores nódulos localizam-se nos segmentos VI e VII medindo14,0 cm, este determinando compressão da veia hepática direita, e nos segmentos II e III, medindo 8,0 cm.
1- Pâncreas com dimensão e atenuação preservadas, com ectasia difusa do ducto pancreático principal (0,7 cm). Algumas dilatações de ductos pancreáticos secundários na cabeça pancreática, o maior medindo 1,4 cm. Pequena vegetação sólida no interior do ducto de Wirsung, medindo 0,4 cm. Ectasia do ducto de Santorini. Tais lesões podem corresponder a neoplasias intraductais produtoras de mucina.
2- Pâncreas com dimensões normais, conservando o padrão acinar dos seus contornos. Formação cística na cauda com 0,6cm, em aparente comunicação com o ducto principal, que se encontra de calibre normal, sugerindo lesão intraductal produtora de mucina.
Tecido retrátil com calcificações grosseiras na raiz do mesentério que determina retração e confluência das alças jejunais e redução luminal da terceira/quarta porção do duodeno. Circulação colateral através de ramos jejunais, ingurgitados.
Lesão sólida infiltrativa de limites imprecisos com aproximadamente 2,0 cm na cauda do pâncreas, com extenso acometimento extrapancreático em planos retroperitoneais adjacentes a ponto de envolver circunferencialmente o tronco celíaco e seus ramos, bem como a origem da artéria mesentérica superior e infiltrar o plexo celíaco. O acometimento extrapancreático é factível de biopsia percutânea com abordagem
Lesão expansiva hipervascularizada de margens lobuladas no segmento IVa e VIII anterior e em contato com as veias hepáticas direita e média em suas origens, medindo 7,5 cm e apresentando conteúdo liquefeito central que se comunica com o acúmulo líquido pouco denso na região subcapsular do lobo direito.
Há outros nódulos/focos hipervascularizados homogêneos esparsos por ambos os lobos hepáticos, o maior no segmento VII, medindo 5,5 cm.
Tais lesões nodulares podem representar múltiplos adenomas hepáticos (em um contexto de paciente sem antecedente oncológico e sem hepatopatia) e o maior deles no segmento IV/VIII com sangramento e ruptura espontânea.
Veias hepáticas e porta pérvias.
1. Massa sólida lobulada hipervascularizada acometendo todo o lobo direito, o segmento IV e parte dos segmentos II e III hepáticos, provocando acentuada retração capsular e deformação do contorno hepático e discreta ectasia das vias biliares a montante. O aspecto tomográfico dessa lesão é usualmente observado em neoplasias malignas, particularmente colangiocarcinomas, cabendo diagnóstico diferencial com tumor combinado carcinoma hepatocelular - colangiocarcinoma.
2. Massa sólida heterogeneamente hipervascularizada, tendo áreas de lavagem ("washout") e áreas de realce tardio, no segmento VII, medindo 5,3 cm. O padrão da lesão, em um contexto de paciente com fator de risco, favorece a possibilidade de um tumor combinado carcinoma hepatocelular - colangiocarcinoma, portanto classificável como LIRADS M.
Tal lesão tem contato com duas veias veias hepáticas direitas e com a veia cava inferior, que se mantém pérvias. Ressalte-se que existe uma terceira veia hepática direita, drenando o setor postero-inferior do lobo direito e que não tem contato com a massa hepática.
Formações císticas envolvendo o mesentério, duodeno, jejuno proximal, cabeça do pâncreas e retroperitônio, achado comumente observado em dilatações linfáticas. Considerar investigação de causas de obstrução linfática. Espessamento com edema do duodeno, jejuno proximal e cólon ascendente, provavelmente relacionado a congestão linfática. Demais segmento intestinais sem particularidades.
Formação cística no colo pancreático medindo 0,7 cm, com aparente comunicação com ducto pancreático principal, que apresenta calibre normal, compatível com ectasia de ducto secundário dentro do espectro das lesões intraductais produtoras de mucina. Restante do parênquima pancreático de aspecto normal.
Duas formações císticas, correspondendo a ectasias de ductos secundários, uma na cabeça do pâncreas medindo 1,2 cm no maior eixo coronal e outra no corpo pancreático medindo 0,6 cm no maior eixo. Tais alterações se enquadram no espectro das lesões intraductais produtoras de mucina, originárias de ductos secundários.
Discreto espessamento do fundo vesical, compatível com adenomiomatose.
Volumosa lesão sólida ulcerada acometendo o reto e, principalmente, o canal anal, medindo aproximadamente 12,2 cm no maior eixo, com grande componente exofítico que se estende à fossa isquiorretal / isquioanal e ao períneo à esquerda, com sinais de infiltração do ventre do músculo obturador interno e o ramo isquiopúbico deste lado, compatível com acometimento primário. Tal lesão mantém ainda amplo contato sem plano de clivagem com a uretra (deslocada para a direita) e com o terço inferior da vagina. Associam-se distensão líquida do terço médio / proximal da vagina e sinais de edema do grande lábio esquerdo.
Nota-se ainda coleção com conteúdo hidroaéreo e volume aproximado de 13,0 ml na fossa isquiorretal esquerda, totalmente envolta por componente sólido da lesão, sugerindo perfuração.
Linfonodomegalias inguinais esquerdas formando conglomerado, com conteúdo liquefeito/necrótico em seu interior, medindo aproximadamente 5,8 x 4,0 cm. Também há linfonodos de aspecto secundário nas cadeias ilíacas externa e interna esquerdas.
Colostomia em alça na fossa ilíaca esquerda. Há pequena herniação de gordura mesentérica no aspecto medial da colostomia, que apresenta-se densificada e com focos gasosos de permeio (hérnia paracolostômica).
Diminutos nódulos peritoneais menores que 1,0 cm junto à parede abdominal anterior no hipocôndrio esquerdo e mesogástrio e na fossa ilíaca direita, que podem representar implantes peritoneais neste contexto.
Fígado de contornos lobulados e bordas rombas, apresentando atrofia relativa dos segmentos periféricos e aumento relativo dos segmentos centrais, sugerindo algum grau de hepatopatia provavelmente relacionada à doença biliar. Distúrbio perfusional peribiliar principalmente nos segmentos laterais do lobo esquerdo.
Moderada dilatação e irregularidades parietais difusas das vias biliares intra-hepáticas, com áreas de afilamento e dilatação sequenciais do calibre, compatíveis com colangiopatia inflamatória crônica.
Irregularidade e áreas de moderada dilatação das vias biliares intra-hepáticas, alternando com pontos de estenose, compatíveis com colangiopatia inflamatória crônica. Destaca-se aparente tecido inflamatório ocupando as vias bilares principais à esquerda (ducto biliar esquerdo de avaliação limitada) e segmento proximal do ducto hepático comum, que apresenta realce parietal, de aspecto semelhante em relação à tomografia computadorizada anterior. Sugere-se controle evolutivo para afastar outras etiologias.
Lesão expansiva e hipervascularizada no jejujo proximal medindo cerca de 3,0cm, já avaliada por estudo endoscópico. Tem componente extrínseco que se estende para a gordura mesentérica, sem sinais de invasão das estruturas adjacentes.
Enchimento precoce e aumento do calibre do ramo direito da veia porta, caracterizando fístula arterioportal.
Focos de gás extraperitoneais associado a densificação da gordura adjacente na topografia do reto médio podendo corresponder a fístula com coleção.
Sinais de pancreatite crônica com redução volumétrica particularmente do corpo e cauda, dilatações ductais e inúmeros cálculos no ducto principal e em ductos secundários. A dilatação do ducto pancreático principal estende-se até o colo pancreático.
Nota-se trajeto fistuloso a partir de ducto na cauda do pâncreas que se estende superiormente até atingir a parede posterior do fundo gástrico, na mesma região em que se nota acentuado espessamento parietal gástrico.
Pâncreas com atrofia parenquimatosa difusa, atenuação heterogênea com múltiplos cálculos calcificados no ducto pancreático principal e em ductos secundários em toda a sua extensão, compatível com pancreatite crônica.
Apêndice cecal de dimensões aumentadas, com conteúdo líquido no interior e calcificação parietal grosseira predominantemente na base; acompanha densificação da gordura mesentérica adjacente e mede aproximadamente 1,8 cm de largura e 7,2 cm de extensão, configurando uma mucocele de causa a ser determinada, lembrando que mucoceles podem ser decorrentes de lesões neoplásicas do apêndice.
Volumosa hérnia da parede abdominal mediana infraumbilical, com colo situado entre os ventres do músculo reto abdominal (6,2 x 6,0 cm) e saco herinário que mede cerca de 27,0 x 11,4 x 18,8 cm (volume estimado em 3009 cc), contendo alças dos cólons direito e transverso e longo segmento de alças delgadas, principalmente ileais, predominantemente colabadas. Notam-se aparentes septações / bridas no interior do saco herniário. Destaca-se segmento dilatado de alça jejunal de aproximadamente 20 cm na região medial do saco herniário com obstrução em dois pontos adjacentes um ao outro, caracterizando obstrução em alça fechada. Tal segmento apresenta distensão líquida e densificação dos planos adiposos adjacentes, com lâminas líquidas, podendo haver algum grau de sofrimento vascular deste segmento dilatado. Associa-se discreta distensão do jejuno a montante.
Sinais de hepatopatia crônica caracterizados por fígado de dimensões aumentadas, bordos rombos e contornos irregulares. O parênquima apresenta-se difusamente heterogêneo com intenso distúrbio perfusional, destacando-se áreas nodulares hipoatenuantes de limites imprecisos, localizadas no segmento IV, VI e VII, medindo até 5,0 cm. Extensa trombose tumoral na veia hepática média , estendendo-se pela veia cava inferior supra-hepática até próxima ao átrio direito, medindo cerca de 5,0 cm. Trombose de parte proximal do ramo portal esquerdo e de todo o ramo direito.Tais tromboses acima descritas apresentam realce ao meio contraste, sugerindo natureza tumoral. O conjunto de achados sugerem infiltração difusa por carcinoma hepatocelular predominantemente no lobo direito com trombose tumoral associada. Artéria hepática esquerda acessória, ramo da artéria gástrica esquerda (variante anatômica).
Lesão cística que acomete o colo e o corpo do pâncreas, constituída por múltiplos microcistos centrais e por cistos maiores periféricos, medindo cerca de 5,5 cm no maior eixo (longitudinal). Não apresenta comunicação evidente com o ducto principal e encontra-se estável em relação ao exame de 03/12/2010. Restante do pâncreas de dimensões e atenuação preservadas, sem dilatação ductal. O aspecto tomográfico é usualmente observado em neoplasias císticas serosas pancreáticas.
Pequeno aumento das dimensões da volumosa formação multicística, na cabeça, processo uncinado e colo pancreático, medindo cerca de 18,0 x 15,5 cm (media 17,5 x 15,0 cm), nos maiores eixos no plano axial, determinando compressão e desvio do duodeno e do colédoco, por vezes mal caracterizados (comprimidos em direção ao hilo hepático), e fazendo compressão e amplo contato com as veias porta e mesentérica superior, com irregularidades parietais inespecíficas na interface com esta última. Comprime ainda o cólon ascendente lateralmente e transverso proximal anteriormente, a veia cava inferior posteriormente e desloca alças de delgado para a esquerda. A lesão é bastante vascularizada, com vasos de grande calibre (arteriais e venosos) em sua superfície.
Massa sólido-cística, predominantemente cística, com numerosas vegetações papilares internas e de contornos regulares, centrada na cabeça pancreática, comprimindo as estruturas adjacentes. Mede 15,1 x 14,8 x 10,8 cm. A lesão comprime e desloca posteriormente o tronco celíaco, as artérias esplênica, hepática comum e hepática, própria, deslocando anterior e lateralmente o duodeno e a artéria pancreatoduodenal. Comprime também a junção venosa esplenomesentérica e as veia esplênica e mesentérica superior, que permanecem pérvia, com formação de exuberante circulação colateral na cabeça pancreática, no território do tronco venoso gastrocólico, perigástrica e no hilo esplênico, com sinais de anastomose esplenorrenal espontânea. Cauda pancreática a montante atrófica. Tais características são mais frequentemente encontradas em tumor de Frantz. Há ainda compressão das veias cava inferior e renal direita e compressão da veia renal esquerda entre a artéria mesentérica superior e a aorta.
Lesão cística de paredes discretamente espessadas, regulares e que se impregnam pelo contraste, com alguns focos de calcificação, localizada na cauda pancreática, medindo 6,0 cm. Embora não patognomônica, diante dos demais achados clínicoradiológicos da paciente, deve-se considerar tratar-se de uma neoplasia cistica neuroendócrina do pâncreas.
Acentuada atrofia parenquimatosa do corpo e cauda do pâncreas com dilatação ductal notando-se conteúdo tubuliforme espontaneamente hiperatenuante ocupando grande parte do ducto pancreático principal no corpo e cauda do pâncreas.
Este conteúdo hiperdenso já era percebido em exames anteriores, o que torna muito pouco provável a possibilidade de ser um conteúdo hemático, pois se assim fora deveria ter mudado de atenuação ao longo do tempo.
Desta forma, deve-se considerar a possibilidade de uma neoplasia intraductal pancreático, particularmente do tipo tubular.
Lesão cística septada localizada na parte anterior da cabeça/colo do pâncreas com componente periférico calcificado, medindo cerca de 2,0 cm. Tal lesão tem contiguidade com o ducto pancreático principal que se apresenta discretamente ectasiado, estável em relação ao exame de 31/10/2012. Seroso x IPMN, sem sinais de pancreatite.
Dilatação das vias biliares desde a porção intra-hepática até o duodeno.Discreta atrofia parenquimatosa difusa do pâncreas, com leve dilatação do ducto pancreático em toda a sua extensão.Sonda digestiva com segmento distal na alça alimentar (eferente).Sinais de gastrectomia parcial com reconstrução à Billroth II. Espessamento parietal difuso do estômago residual, compatível com neoplasia, com acometimento da anastomose da alça aferente, determinando dilatação desse segmento o que resulta na dilatação das vias biliares.
Extensa e volumosa massa / conglomerado linfonodal de aspecto heterogêneo ocupando grande parte do retroperitônio e raiz do mesentério, medindo cerca de 15 cm no eixo axial, envolvendo circunferencialmente o tronco celíaco e seus ramos e as artérias mesentéricas superior e inferior, que se encontram afiladas e pérvias. Há também envolvimento dos vasos do sistema porta, com acentuado afilamento da veia mesentérica superior e seus ramos, assim como redução do calibre do tronco da veia porta e confluência esplenomesentérica, ambos pérvios. Colaterais venosas perigástricas, periesplênicas, no omento maior e mesentério.
As lesões também envolvem circunferencialmente o colédoco distal, determinado moderada dilatação das vias biliares a montante, bem como dilatação da vesícula, sem sinais inflamatórios atuais, além de determinar estenose da terceira porção duodenal, com dilatação a montante do duodeno e câmara gástrica.
Há outras linfonodomegalias com as mesmas características no hilo hepático, ligamento hepatogástrico, mesentério, nas cadeias obturatórias, ilíacas, inguinais, femorais, no hilo esplênico, cardiofrênicas e no mediastino (parcialmente englobadas).
Tais lesões favorecem principalmente a hipótese de doença linfoproliferativa e são acessíveis para biópsia percutânea guiada por ultrassonografia.
Extensa e volumosa massa / conglomerado linfonodal de aspecto heterogêneo, por vezes assumindo aspecto necrótico / liquefeito interno, ocupando grande parte do retroperitônio e do mesentério, medindo cerca de 13 cm no eixo axial. Determina deslocamento anterior do pâncreas e apresenta ampla base de contato com a terceira porção do duodeno, determinando compressão e aparente invasão da parede posterior deste seguimento, com formação de trajeto fistuloso.
Há envolvimento / invasão do terço superior bilateral dos ureteres, determinando moderada dilatação do sistema coletor. Há retardo da contrastação e eliminação do meio de contraste endovenoso, notadamente à direita, indicativo de disfunção renal.
A lesão envolve circunferencialmente a aorta abdominal, tronco celíaco, artéria esplênica, artérias mesentéricas superior e inferior, artérias renais e ilíacas comuns que se encontram afiladas e pérvias. Há também envolvimento circunferencial com trombose da veia cava inferior, da veia renal esquerda, veia gonadal direita, veia mesentérica inferior e veias ilíacas comuns. Há envolvimento da veia renal direita com afilamento de seu calibre porem permanecendo pérvia. Como consequência, nota-se a formação de múltiplas colaterais venosas na parede abdominal, perigástricas, periesplênicas, no omento maior, mesentério e pélvicas, bem como ingurgitamento da veia gonadal esquerda e do sistema ázigo e hemiázigos
A lesão exerce efeito compressivo extrínseco sobre os vasos do sistema porta, determinando afilamento da veia mesentérica superior e seus ramos, assim como deslocamento do tronco da veia porta e confluência esplenomesentérica, todos pérvios.
Tais lesões favorecem principalmente a hipótese de doença linfoproliferativa e são passíveis de biópsia percutânea. Considerar mais remotamente entre os diferenciais a hipótese de processo inflamatório / infeccioso granulomatoso.
Lesão sólida infiltrativa mal delimitada no processo uncinado e na cabeça pancreática, medindo aproximadamente 3,5 cm, compatível com neoplasia primária. A lesão infiltra o colédoco ipancreático, provocando dilatação acentuada das vias biliares e da vesícula biliar.
Medialmente, tal lesão tem uma superfície de contato de aproximadamente 180 graus com a artéria mesentérica superior e envolve parcialmente um ramo jejunal.
Veias porta, mesentérica superior e esplênica livres. Primeiro tronco venoso jejunal com trajeto anterior à artéria mesentérica superior.
Fígado de dimensões normais e contornos regulares, com atenuação heterogênea, apresentando múltiplas lesões nodulares sólidas, hipovasculares, disseminadas pelo parênquima hepático (acometimento secundário).
Veias porta e hepáticas pérvias.Ausência de dilatação das vias biliares.
Lesão sólida infiltrativa e mal delimitada no processo uncinado do pâncreas, medindo cerca de 3,0 cm, compatível com neoplasia primária. A lesão envolve circunferencialmente a artéria e veia mesentérica superiores, determinando discretas irregularidades murais na artéria e trombose / infiltração da veia com formação de colaterais venosas adjacentes.Tal lesão infiltra a terceira porção duodenal. Não há dilatação do ducto pancreático principal. Restante do pâncreas com atenuação e realce preservados. Linfonodos proeminentes no hilo hepático medindo até 1,7 cm, suspeitos para acometimento secundário.
Espessamento parietal do fundo e do corpo gástricos com extensão (infiltração) até o esôfago distal. Na lesão gástrica notam-se calcificações que lembram um aspecto psamomatoso, achado este encontrado em neoplasias mucinosas.
Tal lesão não apresenta plano de clivagem com os pilares diafragmáticos. Existe um contato entre a massa gástrica e o segmento lateral do lobo esquerdo hepático.
A interface da parede posterior gástrica com o pâncreas está preservada.
Fígado de dimensões aumentadas, contornos regulares e bordos rombos, apresentando coleção irregular de paredes espessas e multiseptada, com centro necrótico / liquefeito e realce capsular e dos septos pelo meio de contraste, no lobo hepático direito (principalmente segmentos VII e VI) e determinando extenso distúrbio perfusional hepático. A lesão mede cerca de 12,0 x 11,0 x 10,4 cm e apresenta volume aproximado de 700 mL. O conjunto dos achados é sugestivo de abscesso hepático.
Sinais de shunt portossistêmico caracterizados por não individualização da veia porta, com veias mesentérica superior e esplênica confluindo para formação de vaso único com trajeto extra-hepático que drena diretamente para a veia cava inferior, sugestivo de malformação de abernathy tipo Ib
Rotação de uma alça ileal e do mesentério na região mesogástrica paramediana esquerda (identificada em imagem-chave), posterior à anastomose enteroentérica (achado novo em relação à tomografia de 21/03/2019). Nota-se ainda alças com conteúdo de estase e moderada distensão líquida / gasosa agrupadas preferencialmente na região mesogástrica esquerda, algumas delas com paredes um pouco espessadas, associadas a leve densificação da gordura mesentérica e tênue ingurgitamento vascular regionais. Os achados favorecem a possibilidade de hérnia interna (algum grau de sofrimento de alça pode ser considerado).
Espessamento peritoneal difuso notando-se alças intestinais envoltas e por vezes aderidas à superfície peritoneal, caracterizado um componente de peritonite encapsulante.
Alças delgadas agrupadas no mesogastro, convergindo em direção à parede abdominal anterior, com espessamento do revestimento peritoneal e ingurgitamento venoso mesentérico, relacionados ao antecedente de peritonite decorrente da diálise. As alças encontram-se dilatadas com múltiplos pontos de redução do calibre, prováveis aderências / bridas. O íleo distal encontra-se colabado, sugerindo componente suboclusivo mecânico. Pequena quantidade de líquido entre as alças. Não há coleções ou pneumoperitonio.
Sinais de gastroplastia redutora do tipo bypass gástrico.
Ângulo de Treitz deslocado anterolateralmente para a direita e segmentos de alças ileais localizadas no flanco esquerdo. Associa-se a rotação dos vasos mesentéricos, com densificação da gordura mesentérica e linfonodos proeminentes regionais, e a leve distensão hidroaérea de algumas alças jejunoileais (sem sinais indicativos de sofrimento vascular).
O conjunto dos achados é sugestivo de hérnia interna relacionada à cirurgia bariátrica (Petersen).
Pequena quantidade de líquido livre na cavidade.
Surgiu moderada distensão hidroaérea das alças delgadas, caracterizadas a partir de algumas alças jejunais localizadas na região mesogástrica e se estendendo até alças ileais localizadas no flanco e fossa ilíaca direitos, destacando-se múltiplos pontos de redução de calibre ao longo destes segmentos distendidos, determinados pelas lesões secundárias peritoneais. As alças ileais distais e o íleo terminal apresentam-se hipodistendidas. O aspecto de imagem favorece a possibilidade de quadro suboclusivo intestinal determinado pelo envolvimento das alças delgadas pelo acometimento secundário peritoneal.
Não há pneumoperitôneo.
Colostomia em alça no hipocôndrio / flanco direito. Pequena quantidade de resíduos fecais no cólon direito.
Semelhante a lesão expansiva e estenosante do retossigmoide, compatível sítio neoplásico primário, com extensão aproximada de 15,0 cm e com sinais de infiltração extramural e acometimento do mesossigmoide.
Está menos evidente o espessamento parietal assimétrico do reto médio / baixo, indeterminado.
Houve aumento da voluma ascite, permanecendo semelhantes os sinais de carcinomatose peritoneal, com acentuado espessamento irregular e nodular dos folhetos peritoneais, do mesentério e dos planos omentais, algumas destas lesões peritoneais apresentam componente cístico e calcificações de permeio.
Estáveis as linfonodomegalias retroperitoneais (cadeias para-aórtica, interaortocaval, pericaval) e na raiz do mesentério, algumas delas confluentes, medindo até 4,0 x 2,0 cm (cadeia para-aórtica).