1ª ETAPA: SOZINHO SOU FRACO
1º passo "Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas"; 2º passo: "Passamos a acreditar que um Poder superior a nós poderia devolver-nos a sanidade"; 3º passo: "Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que o concebíamos"
CINCO REUNIÕES
2ª ETAPA: VOU ACEITAR OS MEUS ERROS
4º passo: "Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos"
QUATRO REUNIÕES
3ª ETAPA: PEDIR A DEUS PERDÃO E AJUDA
5º Passo: "Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano a natureza exata de nossas faltas"; 6º passo: "Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter"; 7º passo: "Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições".
QUATRO REUNIÕES.
4ª ETAPA: VOU ME ABRIR COM ALGUÉM
complementando o 5º passo: " Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano a natureza de nossas faltas".
QUATRO REUNIÕES.
5ª ETAPA:-REPARAR OS DANOS
8º Passo: "Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados";
9º Passo: "Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem".
QUATRO REUNIÕES.
6ª ETAPA: EVITAR AS OCASIÕES
10º Passo: "Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente."
11º Passo: "Procuramos, por meio da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós e forças para realizá-la.
QUATRO REUNIÕES.
7ª ETAPA:VOU AJUDAR OS DEPENDENTES QUÍMICOS
12º Passo: "Tenho experimentado um despertar espiritual graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos outros, e praticar estes princípios em todas as nossas atividades!
QUATRO REUNIÕES
8ª ETAPA: CELEBRAÇÃO
Para encerramento deste círculo de reuniões.
1 Pe 5,8: “Sede sóbrios e vigilantes””
(subsídios para as reuniões dos grupos de apoio da pastoral da sobriedade)
A sobriedade foi concretizada como pastoral na 36ª Assembléia Geral da CNBB, em Itaici, abril de 1998. Consiste na prevenção das drogas, na recuperação dos que são dependentes químicos, na dos que fizeram ou fazem uso de drogas ocasionalmente, no acompanhamento de seus pais e familiares e na manutenção da sobriedade dos que já se recuperaram, tendo em vista que o ser humano sempre pode mudar de vida, mas tem muita dificuldade para tal.
Nossos agentes paroquiais deverão participar das reuniões mensais de revisão e formação nos grupos preparados para isso, de sua (arqui) diocese.
O método deste livrinho é simples: temos oito etapas, em que os doze passos do AA (Alcoólicos Anônimos) estão inseridos.
Cada etapa contém material para quatro reuniões (a primeira etapa tem cinco).
Essas etapas todas duram, portanto, cerca de oito meses, tempo suficiente para que a pessoa deixe o uso das drogas. O livrinho, entretanto, pode também ser lido individualmente.
As frentes de trabalho são três:
1ª- prevenção, mediante palestras, encontros e visitas domiciliares e escolares;
2ª recuperação em liberdade, para os que ainda não são dependentes, mas se utilizam ocasionalmente das drogas;
3ª recuperação em abrigo temporário (cuja duração depende de abrigo para abrigo, geralmente de 4 meses a 1 ano).
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo:
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
Meu Deus, concede-me a serenidade de aceitar as coisas que não posso mudar, a CORAGEM de mudar as coisas que posso e a SABEDORIA de perceber a diferença, vivendo UM DIA de cada vez, apreciando UM MOMENTO de cada vez, aceitando os revezes como caminho para a PAZ, percebendo como Jesus fez, este mundo perverso como ele é e não como eu gostaria que fosse, CONFIANDO que endireitarás as coisas e eu me entregar à tua vontade, para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz contigo para sempre, na outra vida. AMÉM.
1º Passo: “Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.”
2º Passo: “Passamos a acreditar que um Poder superior a nós poderia devolver-nos a sanidade”
3º Passo: “Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que o concebíamos”.
4º PASSO: “Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos”.
5º PASSO:- "Admitimos perante Deus, perante a nós mesmos e perante outro ser humano a natureza exata de faltas."
6º PASSO- "Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter."
7º PASSO- "Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições".
8º PASSO: "Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados".
9º PASSO: "Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem".
10º PASSO: "Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.”
11º PASSO: "Procuramos, por meio da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós e forças para realizá-la”.
12º PASSO: “Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos outros e praticar estes princípios em todas as nossas atividades”.
(textos de Maximiliano e Pe. Justino)
Inicialmente agradeço o contato, e a possibilidade de podermos conversar e trocar algumas idéias, sobretudo se redunde em algo que possa melhorar as condições de vida das populações indígenas rionegrinas.
Aponto alguns pontos que considero importantes serem destacados.
1) Minhas reflexões de pesquisa foram elaboradas a partir de investigações realizadas em comunidades, fora da sede de São Gabriel da Cachoeira;
2) É possível, pelo menos nestes locais, identificar padrões de consumo que aos olhos ocidentais podem parecer dependência ao álcool, mas que ao olhar mais atento não seria de fato;
3) Os modos atuais dos indígenas consumirem bebidas alcoólicas, pelo menos nos locais que investiguei relacionam-se ao uma espécie de bricolagem entre modos antigos e novos de consumo. Valores antigos são re-significados contemporaneamente, e novos valores são lidos a partir do olhar da tradição.
4) Embora não tenha feito pesquisa em São Gabriel, é possível inferir que a realidade sócio-sanitária é distinta daquelas encontradas nos locais em que investiguei, havendo evidências indiretas que na sede municipal a questão dos problemas relacionados ao uso de álcool podem se configurar em um importante problema de saúde pública, que necessita de abordagem múltiplas do setor público, privado, das organizações não governamentais...
5) A maior parte dos autores que propõe estratégias para o enfrentamento de problemas relacionados ao uso de álcool por populações indígenas enfatizam a importância de realizar ações que impactem nas condições de vida e que fortaleçam a capacidade dos próprios indígenas de enfrentarem seus problemas de saúde;
6) Não há consenso na literatura médica sanitária a respeito da eficácia das estratégias de internações como medidas eficazes para a dependência ao álcool, não sendo esta estratégia oficialmente proposta pelas políticas públicas de saúde no Brasil, que optam pelos Centros de Atenção Psicossocial para álcool e drogas (os chamamos de CAPS-AD);
7) Deve-se sempre ponderar a respeito dos riscos que pode haver em uma iniciativa de criar um serviço de internação para dependência, sobretudo a patologização/medicalização de problemas que se enraízam na sociedade e na história de contato dos povos indígenas;
8) Estratégias para o enfrentamento de problemas relacionados ao uso de álcool devem se articular e coexistir. Em outras palavras, ao se propor um serviço de internação destinado a casos graves, paralelamente deve-se prever ações que possam lidar em outros níveis de atenção, como na promoção da saúde, prevenção de doença, aconselhamento para casos de risco, tratamento para casos não-graves. Se estas estratégias não forem postas em prática de forma concomitante há o forte risco de todos os casos, drenarem para o único serviço disponível, o que dificulta seu funcionamento, e pode criar a equivocada representação que a internação é a única modalidade de intervenção, o que pode dificultar futuros investimentos na atenção básica;
9) Todo e qualquer iniciativa sanitária junto aos povos indígenas deveria passar por um processo de profunda e necessária discussão com suas próprias lideranças, para evitar os graves riscos relacionados ao etnocentrismo;
10) Faz-se necessário que se busquem estratégias para o enfrentamento de problemas relacionados ao uso de álcool na região.
Espero ter colaborado, e mantenho-me aberto para conversas e trocas de idéias.
Atenciosamente,
Maximiliano
VAMOS AJUDAR QUEM QUER VIVER!
Amigo e amiga, em nossas famílias temos pessoas que são doentes-alcoólatras. São pessoas que bebem demais. Ficam loucas quando bebem. Não têm domínio sobre a bebida. Essas pessoas precisam ser ajudadas. Sozinhas elas não vão conseguir parar de beber, elas vão morrer. Os familiares de alguém que bebe demais não conseguem viver bem, ficam doentes, preocupados. Através deste folheto quero ajudá-lo na compreensão da gravidade da doença do alcoolismo.
Pe. Justino Sarmento Rezende (se quiser mais informações, peça-nos o e-mail do Pe. Justino)
Alcoolismo: predisposição genética
O alcoolismo é uma doença. Algumas pessoas já nascem com predisposição genética ao alcoolismo, já nascem alcoólatras, mas não bêbadas. 1) Uma pessoa com predisposição se tornará dependente do álcool somente quando começar a ingerir bebida alcoólica. 2) Existem alcoólatras que nunca ingeriram bebida alcoólica e estes nunca se tornarão dependentes do álcool, doentes-alcoólatras.
2 Alcoolismo: doença progressiva, incurável e fatal
1) Alcoolismo é doença progressiva: o doente-alcoólatra começou bebendo pouco. Com o passar do tempo é que ele foi bebendo mais e mais. No estágio avançando bebe todo dia e toda hora. Toda vez que bebe quer ficar bêbado. Não consegue mais parar de beber, é dependente do álcool.
2) Alcoolismo é doença incurável: o alcoolismo não tem cura, mas pode ser estacionada. Se o doente-alcoólatra continuar bebendo cada dia ele vai piorar, vai criar muitos problemas para ele e para quem vive com ele.
3) Alcoolismo é doença fatal: se o doente-alcoólatra continuar bebendo, antecipará sua morte: cirrose hepática, cadeia, cemitério, hospício, assassinato, afogamento etc. O alcoolismo é uma doença que não tem pena, ela leva à morte.
3 Alcoolismo é uma doença que afeta o físico da pessoa
O alcoolismo é uma doença física. O corpo do doente-alcoólatra precisa do álcool. Ele sente grande compulsão, isto é, o corpo dele grita pedindo álcool. Ele fica com vontade louca e incontrolável para beber. Ele faz qualquer coisa para conseguir bebida. O álcool no corpo causa uma falsa alegria, realização... Porém, ao parar de beber o corpo passa muito mal: ressaca, indisposição para alimentação, dores de cabeça, tonturas, tremedeiras, dores de estômago, diarreias, ânsia de vômitos; insônias, sonolências, cansaço, fracasso, fraqueza, olhos avermelhados, marcas de ferimentos... Para não sentir isso ele quer beber continuamente, fica anestesiado.
4 Alcoolismo é uma doença que afeta mente da pessoa
O alcoolismo é uma doença mental. A mente alcoólica é maior inimigo do doente-alcoólatra. Ele vive pensando no álcool, isto é, tem obsessão pelo álcool. Perde a vontade de trabalhar, estudar; perde a motivação pra viver bem; não quer fazer coisas boas; é desatento, distraído, vai ficando louco; inquieto, perde memória; não se lembra do que falou; não organiza as ideias; só pensa em beber. Ele se torna escravo da mente alcoólica. Só pensa na garrafa de bebida, amigos de bebida, no bar, ficar bêbado... Esses pensamentos o escravizam, o deixa doente.
5 Alcoolismo é uma doença que afeta a parte emocional da pessoa
O alcoolismo é uma doença emocional (espiritual). Quem bebe demais é dominado pela insegurança, medo, ansiedade, revolta, raiva, agressividade, vergonha, culpa, auto piedade, autocondenação, irritabilidade, hipersensibilidade; torna-se uma pessoa mentirosa; acusadora; seu arrependimento é passageiro; faz promessas de parar de beber, mas não cumpre a promessa; sofre apagamentos [não lembra o que falou ontem; sofre gozação dos outros [pé inchado; corotinho, 61, 51; perde seu próprio nome].
6 Alcoolismo é uma doença que prejudica a personalidade de uma pessoa
1) O alcoolismo é uma doença de negação: a pessoa que bebe demais nunca admite que está bebendo demais. Nega que está causando problemas para ele para os outros. A família, também nega que ela está bebendo demais. Torna-se mentiroso, manipulador, interesseiro, destrói a moral, perde atitudes positivas, é briguento, ciumento, avarento etc.
2) O alcoolismo é uma doença que causa transtorno mental e comportamental: quem bebe demais, cada vez mais vai criando sérios problemas com seu modo de pensar, perde a memória, não consegue mais pensar positivamente sobre sua vida e a vida dos outros; não consegue trabalhar, perde emprego, perde confiança do patrão, da família... Faz muitas besteiras, torna-se agressivo com os outros, é humilhado, apanha dos outros, rouba e vende as coisas da casa. Perde a qualidade de vida. Fica louco. Começa ter visões [delirium tremens] de monstros, gente que querem lhe matar etc. Se continuar bebendo vai piorar.
7 Alcoolismo é uma doença que afeta toda família
O alcoolismo é uma doença da família. Quando alguém da família bebe demais quem sofre mais são seus familiares. Eles sofrem sem beber. Sofrem dores sem anestesia. A pessoa que bebe demais não sente as dores de seus familiares, está anestesiado pelo álcool, com suas bebedeiras. Os familiares, sim, ficam doentes. As dores principais da família são doenças emocionais: vergonha, gozação dos outros, acusações, piadinhas. Exemplo: quando um presidente de uma associação ou comunidade bebe demais todos os seus membros sofrem; quando um político bebe demais todos os cidadãos do município sofrem de vergonha, etc.
8 Existe solução para quem quer parar de beber!
O alcoolismo como toda doença é tratável. O doente-alcoólatra deve dar o primeiro passo. O doente-alcoólatra que quer parar de sofrer deve admitir que ele é um ser humano derrotado pelo álcool, é um ser perdedor, que perdeu o controle e domínio sobre sua vida. Somente a partir dessa admissão e aceitação é que ele vai parar de beber. Enquanto ele achar que pode beber, que tem domínio sobre a bebida, ele não vai parar de beber. Somente quando ele se sentir derrotado começará estender a mão pedindo ajuda e acreditar num Poder Superior ao álcool que lhe devolverá saúde física, mental e emocional (espiritual). A recuperação começa com uma firme decisão de parar de beber.
10- Caminho de tratamento e recuperação
A recuperação começa com a decisão de parar de beber. Quando ele mesmo está decidido a parar de beber está decidindo para viver melhor: Se ele parar de beber porque a mulher quer largar, que os filhos não querem mais saber, que o patrão o quer mandar embora do trabalho... ele pode conseguir parar por um pouco de tempo, mas não vai conseguir se manter sóbrio por muito tempo. A decisão de parar de beber tem que ser uma decisão pessoal. O caminho de recuperação é longo, vai durar vida toda. Assim começa o tratamento e recuperação:
1) Evitar o primeiro gole. Para o alcoólatra o 1º gole é fatal. Se ele consegue evitar 1º gole ele já está ganhando a vida.
2) Viver o plano das 24 horas. O doente-alcoólatra quando estava bebendo e vivia bêbado vivia fazendo promessas: nunca mais vou beber etc. Como alcoólatra em recuperação, deve aprender outra filosofia de vida, outra espiritualidade. Deve vencer sua doença um dia de cada vez. Sua espiritualidade o leva a dizer: “Só por hoje não vou tomar o primeiro gole”. A partir da honesta e coerente vivência muitos alcoólatras recuperaram sua sobriedade, dignidade, serenidade; reconstruíram suas histórias e reconquistaram os bens materiais.
3) O alcoólatra em recuperação não deve ingerir nenhum tipo de álcool, quantidade nenhuma e em nenhuma ocasião. Nenhum alcoólatra em recuperação pode se enganar achando que está recuperado e tomar um gole.
11 -A recuperação é progressiva...
A recuperação do alcoólatra-em-recuperação (aquele que parou de beber) é progressiva. Vejamos:
1) Recuperação do seu físico: com quarenta dias sem beber um doente-alcoólatra já melhora. Desaparecem dores de cabeça, tremedeiras, dores de estômago, ânsias de vômitos, já começa a se alimentar bem; dorme melhor, já se sente forte. Mas não pode achar que já está bom e já está curado. Pensar assim é um engano muito grande, perigoso e fatal.
2) Recuperação da sua mente: é bem demorada, uma boa recuperação pode levar de seis (6) meses a um (1) ano. Com esse período ele começa criar novas motivações para sua vida, trabalho, lazer, convivência social. Concentra-se para estudos, torna-se atencioso. Diminuem suas inquietações, sua ansiedade. Recobra sua memória. Cria novas amizades. Adquire força para prevenção de recaídas.
3) Recuperação emocional (espiritual): leva bastante tempo, pois é a parte mais sensível da pessoa. A recuperação dessa parte não depende somente do alcoólatra em recuperação, depende de outras pessoas. No início a sua recuperação é vista com desconfiança pelos seus familiares e amigos. O alcoólatra-em-recuperação deve criar consciência que ele está trabalhando pelo seu próprio bem. Ele mesmo deve ir ganhando sua confiança, segurança. Deve superar o medo, raiva, culpa... Pouco a pouco, começará a viver bem. Vai trabalhar e voltar para casa. Traz o dinheiro para casa. Compra as coisas que a família precisa. Conquista amizades de quem não bebe. Evita visitar os lugares que frequentava na época de suas bebedeiras. No início é bom evitar sair para festas. Não criar motivos para sair de casa. Com o tempo é que sua família, irmãos, filhos, esposa vão depositar confiança nele.
12 -Como e onde fazer a recuperação
A recuperação que não exige muito custo é a participação de grupos de auto-ajuda. São eles:
1) Grupo de A.A. – Alcoólicos Anônimos. É grupo específico para os alcoólatras-em-recuperação, ou seja, de quem parou de beber. Nesse grupo os alcoólatras-em-recuperação (ex-bebedores) se reúnem para partilhar suas vidas de sofrimentos, partilham alegrias de sobriedade, partilham as novas conquistas após parar de beber. Contam como a vida está melhorando. Acolhem novas pessoas que querem parar de beber. Rezam. Estudam. Fazem confraternizações por cada etapa de sobriedade dos membros do grupo. Eles vivem uma espiritualidade própria, constroem sua dignidade, alegria, serenidade, sobriedade. Aqueles que frequentam e permanecem no grupo progridem bem na sua recuperação. No início da recuperação é necessário participar muitas vezes.
2) Grupo de AL-ANON. Como eu descrevi acima, o alcoolismo é uma doença da família, por isso, os familiares do alcoólatra também possuem grupo de auto-ajuda. Chama-se Al-Anon. Geralmente esse grupo funciona paralelo ao grupo de A.A. (Alcoólicos Anônimos). Funciona em outra sala. Ali os parentes e amigos de alcoólatras compartilham sua experiência, força e esperança a fim de solucionar o problema do alcoolismo, que têm em comum. Esse grupo presta serviço a familiares e amigos de pessoas doentes do álcool. Desse grupo pode participar qualquer pessoa cuja vida foi ou está sendo afetada pelo alcoolismo: familiares imediatos, parentes, amigos, colegas, empregados etc. Sozinho é difícil ajudar o doente-alcoólatra. O AL-ANON ensina aos participantes atitudes positivas.
3) Em muitos lugares existe também grupos específicos para os filhos de alcoólatras. Ali os filhos sofridos de alcoólatras partilham suas dificuldades, alegrias e esperanças. Partilham como conseguir superar em suas vidas as consequências negativas que o alcoolismo de seus pais gerou em suas vidas.
Finalmente, para quem tiver possibilidade e condições é importante passar por centros de tratamentos específicos: Comunidades, Fazenda Esperança, etc. Hoje em dia existem inúmeros centros de tratamento de alcoolismo e outras dependências.
Pe. Justino Sarmento Rezende
“A adolescência é a época das paixões, da impulsividade, da sexualidade, do comportamento de risco”.
Dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas informam que 40% das crianças brasileiras com idade entre 10 e 12 anos já consumiram bebidas alcoólicas e 10 % dos jovens de 12 a 17 anos podem ser classificados como dependentes de álcool.
A publicidade de bebida destilada – cachaça, uísque, vodca – obedece à restrição de horários, regulados pela lei 9.294/1996. Entre 6h e 21h é vetada a publicidade de destilados, embora muitas rádios burlem a proibição. A cerveja, que responde por 70% de todo álcool ingerido no Brasil, é livre de regulamentação. E é por ela que muitos jovens ingressam na dependência química (2).
Conhecidas como drinking games, as brincadeiras que estimulam o consumo excessivo de álcool hoje são os principais atrativos das festas com público entre 18 e 24 anos que ocupam locais como Fosfobox, em Copacabana; Espaço Franklin, no Centro; Espaço Rampa, em Botafogo; além do Odisseia e do Espaço Acústica. A despeito da música ou do público, o chamariz são os jogos que envolvem bebida, seja como mote ou
O estudo mais recente sobre o consumo de álcool por este público específico foi divulgado em 2010 pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
Segundo o “I Levantamento nacional sobre o uso do álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 capitais brasileiras”, 86,2% dos universitários já usaram álcool em algum momento da vida, sendo que 79,2% experimentaram antes dos 18 anos, e 54% antes dos 16 anos. A pesquisa concluiu que a faixa etária de 18 a 24 anos é a que mais consome álcool no país. São eles, também, os que mais praticam o que especialistas chamam de binge drinking: o consumo pesado episódico, classificado como cinco doses numa noite para homens e quatro mulheres. Entre os homens, 29,2% já são bebedores de médio e alto risco; entre mulheres, - Quanto mais precoce o abuso do álcool, maiores as chances de desenvolver dependência – diz a psicoterapeuta Ivone Ponczek, diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Uerj.
Para ela, os drinking games banalizam os riscos do alcoolismo: “O álcool demora a se instalar como dependência, por isso os indícios não são identificados imediatamente. O organismo jovem é mais sensível, metaboliza o álcool de maneira mais lenta. É importante tirar o cunho moralista do debate, todos tomam um porre um dia. Mas essa forma de lidar com bebida pode ser destrutiva, pois o limite entre o lúdico e o perigoso fica diluído. Sem falar nos problemas relacionados, como acidentes de trânsito, atos de violência, abuso sexual etc”. (3).
Em sete meses, quase três mil menores detidos. Média foi de 14 detenções por dia no Rio de Janeiro, segundo estatística do Instituto de Segurança Pública. Parcela dos Jovens entre 18 a 25; 5,3 milhões que não estudam, estão procurando emprego.
Essa juventude perdida (quase a população da Dinamarca), vai fazer falta para um crescimento sustentado, advertiu Paulo Levy, economista do Diante dessa triste calamidade, de um futuro neurálgico e de uma sociedade perniciosa, brada o conselho do Papa Bento XVI: “As frustrações presentes não devem levar-vos a buscar refúgio em mundo paralelo, como por exemplo, o mundo das drogas de todo tipo ou o mundo triste da pornografia”.
De modo admirável e cheio de ternura o Papa afirma aos jovens:
“Ocupais um lugar privilegiado no meu coração e na Igreja inteira, porque a Igreja é sempre jovem. A Igreja confia em vós; conta convosco. Sedes jovens na Igreja. Sede jovens com a Igreja. A Igreja precisa do vosso entusiasmo e criatividade” (5).
Que o Ano da Fé venha restaurar os ideais de São José Calasanz que se dedicou com espírito de apóstolo à instrução dos meninos e dos jovens. Esse grande santo padroeiro de todas as escolas populares cristãs espalhadas pelo mundo inteiro e fundador da Congregação dos Clérigos Regulares das Pias Escolas, vinculados não só pelos votos de pobreza, castidades e obediência, mas também por quarto voto, que os compromete com a educação dos jovens.
Cada cristão vivendo de fato e de verdade o Ano da Fé, poder fazer acontecimentos maravilhosos em prol da nossa juventude.
Acreditamos na direção do Espírito Santo. Somos seus instrumentos para sermos usados conforme a sua divina criatividade.
Que os jovens vejam os cristãos movidos pelos dons do Espírito Santo e para que eles sigam esse exemplo e jamais queiram o álcool. Sejam os jovens movidos pela Água do Espírito Santo e pelo Sangue de Jesus
Pe. Inácio José do Vale
Sociólogo em Ciência da Religião
Professor de História da Igreja
Instituto Teológico Bento XVI
E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com
(1) O Globo – Saúde, 21/10/2012, p.52.
(2) O Globo, 29/03/2012, p.6.
(3) Revista – O Globo, 21/10/2012, pp. 30 e 34.
(4) O Globo, 15/09/2012, p.18.
(5) L’osservatore Romano, 22/09/2012, p.9.
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo:
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
1º Passo: “Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.”
2º Passo: “Passamos a acreditar que um Poder superior a nós poderia devolver-nos a sanidade”
3º Passo: “Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que o concebíamos”.
1ª REUNIÃO:
a) RESPONDA:-
1- O que você faz com facilidade e o que você faz com dificuldade?
2- Tem sentido criticarmos as pessoas que fazem mal aquilo que fazemos bem? Por quê?
b)- REFLITA:
Há muitas coisas na vida que temos dificuldade em fazer bem. Nascemos, às vezes, com certas tendências que nos prejudicam muito e nos levam a fazer coisas más. É que essas tendências, muitas vezes, não foram corrigidas por nossa família e pelo ambiente em que crescemos. Ninguém gosta de admitir as próprias fraquezas. Entretanto, deixar de admiti-las não vai ajudar em nada! Um cego, por exemplo, não fica enxergando só porque não admite que é cego!
Admitir que somos fracos e nada podemos é caminhar bastante na direção da solução para os nossos problemas. Se você caiu ou está caindo nas drogas, admita isso! Admita que você é fraco e precisa de ajuda! A frase que muitos dizem: “posso sair disso sozinho na hora em que eu quiser,” é mais furada que peneira! Ninguém pára de usar drogas com facilidade e sem ajuda. Acredite nisso! Diga assim: “Sou fraco e impotente diante das drogas. Ela domina a minha vida, mas quero auxílio para sair dessa!
c)- LEIA: Romanos 7,18; Salmo 6,7-8; Deuteronômio 30,29-20. 1 Coríntios 8,2; Marcos 4,35-41; João 15,1-2; 2 Coríntios 12,9-10; Provérbios 28,26.
2ª REUNIÃO
a) RESPONDA:
1- Quando é que Deus nos ajuda?
2- Ele tem poder para nos ajudar?
b) REFLITA:
Deus nos ajuda muito. Na verdade, Ele é como um reservatório de água, mas cheio de graças. Se a nossa torneira está ligada nele, recebemos as graças. Basta pedir. Se não pedirmos, Ele respeitará nossa liberdade e não mexerá com a nossa vida. Às vezes o cano em que está ligada a torneira está entupido. Nesta comparação, são os vícios, os pecados, as drogas. Precisamos reconhecer que o cano está entupido e limpá-lo, afastando de nossa vida todo o mal.
Deus pode nos livrar das drogas e de todo o mal, mas isso depende de nós, não dele. Quando pedimos, Ele age. Ele atende. O problema é justamente quando não reconhecemos que somos fraco, que somos pecadores, que estamos precisando de ajuda. Se dissermos que não precisamos de ajuda, Deus não pode nos ajudar, porque respeita a nossa liberdade. Deus só entra quando pedimos, como diz Apoc 3,20: “ Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”.
c)- LEIA: Filipenses 2,13; Mateus 14,29-32; Mateus 17,20; Marcos 9,23-24; 2 Coríntios 1,9-10 e 3,4-5; Romanos 8,38-39; João 3,16-17;
3ª REUNIÃO
a)- RESPONDA:
Por que há pessoas que parecem nunca sofrer, nunca ter problema algum?
b) REFLITA:
Todas as pessoas têm suas fraquezas, seus defeitos. Acontece que nem todos os defeitos levam a vícios externos, como o vício das drogas. Há pessoas que até chegam a cometer suicídio, sem nunca mostrarem no quê eram infelizes. Essas pessoas faziam-se de fortes e nunca admitiram a outras que eram fracas e infelizes. Preferiram matar-se do que admitir suas fraquezas, talvez seus vícios escondidos, ou ainda seus desejos inconfessáveis. Mostraram, desistindo da vida, que não tinham esperança alguma de melhorar de vida ou sair da situação em que se encontravam. É preciso admitir as próprias fraquezas e pedir a Deus que nos ajude. Ele tem o poder para nos renovar, nos fazer pessoas novinhas outra vez.
Todas as pessoas têm problemas, apesar de não o demonstrarem. Podem vocês crerem nisso. Não tenham medo de admitir seus problemas, suas maldades, seus vícios, seus defeitos! Deus consegue ouvir tudo.
LEIA – 1ª Carta de João 1, 5 até cap. 2,6
4ª REUNIÃO
a) RESPONDA:
1- Há pessoas sóbrias que foram viciadas antes? Você conhece alguém?
2- Você acha que essas pessoas saíram do vício por suas próprias forças? Por que?
b) REFLITA:
Não há pessoa alguma que tenha melhorado sem que Deus tenha ajudado. Mesmo na história temos muitos santos que antes eram pecadores. Santo Agostinho, por exemplo, quando se converteu, tinha uma amante e um filho. Ele deixou a amante, mas continuou a ajudá-la até que ela se cuidasse sozinha, e ficou com o filho, Adeodato, que morreu ao entrar na adolescência. Esse santo foi bispo e doutor da Igreja. Outro santo que era viciado em vinho e demais bebidas alcoólicas era o Irmão Carlos de Foucauld. Ele ficava tão bêbado e era tão melindroso, que mandou colocar um degrau a mais em sua carruagem de luxo (ele era muito rico), para não ter trabalho de levantar muito o pé e, quando bêbado, para não cair.
Converteu-se, deixou a amante que tinha (“Mimi”), e a bebida. Deixou sua riqueza para a irmã de sangue e foi viver quase sem nada no deserto do Saara (Tamanraset e Assekren), compartilhando sua vida com o povo Tuaregue, uma tribo do deserto que até hoje é uma das mais atrasadas do mundo!
Ele morreu assassinado por um jovem tuaregue de 16 anos, em 01/12/1916, com 58 anos de idade, após uma vida de pobreza e dedicação aos outros (se quiser, veja a história e os escritos dele neste site, na secção “Jesus Cáritas”.
São Dimas, que morreu ao lado de Jesus na cruz, entregou-se completamente a Ele e mudou sua vida ali, na hora de sua morte. E Jesus lhe disse: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23,43). Ora, Dimas havia sido ladrão e talvez assassino a vida toda!
LEIA – Lucas 15,11-32
5ª REUNIÃO
a) RESPONDA:
1- De quem é a culpa pelos jovens que se drogam?
2- Você foi obrigado (a) a cometer os erros que cometeu? Era impossível agir de outro modo?
b) REFLITA:
Um dos problemas dos que usam droga é sempre culpar alguém pelo vício que contraiu. Por pior que seja o ambiente em que vivemos, quase ninguém é obrigado a viciar-se. Pode haver caos em que a pessoa foi obrigada por outra a usar drogas, mas são casos raros. Na maioria das vezes, o viciado começou porque quis.
A sociedade é culpada, eu sou culpado, o governo é culpado, você é culpado (a), todos temos um pouco de culpa nisso, por ficarmos muitas e muitas vezes de braços cruzados. Ma a culpa maior é, realmente, de quem começou a usar essa ou aquela droga, muitas vezes até por brincadeira, outras vezes para fugir de algum problema, ou por outra causa qualquer.
Se você é um dos que se viciaram em drogas, lembre-se de que não entrou nisso sozinho, pois alguém lhe ofereceu a droga, e também não vai conseguir sair disso sozinho, sem ajuda. Nós vamos ajudá-lo, com a força e a graça de Deus. Sozinhos somos fraco, mas com Ele, com a nossa oração, podemos tudo.
c)- LEIA:- Provérbios 3,5-6; Mt 11,28-30; Salmo 51 (50); João 8,1-11.
ORAÇÃO DA SOBRIEDADE
Meu Deus, concede-me a serenidade de aceitar as coisas que não posso mudar, a CORAGEM de mudar as coisas que posso e a SABEDORIA de perceber a diferença, vivendo UM DIA de cada vez, apreciando UM MOMENTO de cada vez, aceitando os revezes como caminho para a PAZ, percebendo como Jesus fez, este mundo perverso como ele é e não como eu gostaria que fosse, CONFIANDO que endireitarás as coisas e eu me entregar à tua vontade, para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz contigo para sempre, na outra vida. AMÉM.
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo:
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
(2ª ETAPA: 4 REUNIÕES)
VOU ACEITAR OS MEUS ERROS E DEFEITOS E PROCURAR ESCREVÊ-LOS NUM CADERNO.
4º PASSO: FIZEMOS UM MINUCIOSO E DESTEMIDO INVENTÁRIO MORAL DE NÓS MESMOS.
1ª REUNIÃO DA 2ª ETAPA E 4º PASSO
a) RESPONDA:
1- Você mente muito? Por quê?
2- Você mentiu ou falou a verdade quando respondeu a primeira pergunta? Por quê?
3- Quais são as vantagens e desvantagens de se falar a verdade e a mentira?
b) REFLITA:
Pessoas que usam drogas, incluindo os alcoólatras, mentem muito, Mentem tanto que acabam acreditando nas próprias mentiras. Diz João 8,32: “ A verdade vos libertará”. Sempre falar a verdade traz muitas vantagens, porque as pessoas passam a acreditar em nós, e sempre estamos de bem com a vida. A verdade sempre nos satisfaz, mesmo que traga algumas consequências desagradáveis para nós no sentido material. Falar a verdade é o único modo de alguém deixar as drogas. Com a mentira, isso nunca será possível. As desvantagens da mentira são o medo, a insegurança, a dupla personalidade (=ter duas caras), em que precisamos usar “máscaras” ou sempre inventar uma mentira nova para consertar a mentira antiga. Falando mentiras, os outros nunca poderão ajudá-lo, pois o “você” que eles conhecem não existe: é um “você” falso! Os pais e as mães muitas vezes são culpados do vício de mentir que os filhos adquirem. É quando eles castigam, por exemplo, quando o filho fala a verdade sobre um erro que cometeu ou pedem para falar a alguém que os chama: “diga que não estou”. Castigar um filho por ter falado a verdade, é o mesmo que pedir para que ele sempre minta.
c) LEIA: Lamentações 3,40; Marcos 14.66-72; Gálatas 6,3-5; Salmo 138 (139) 1Cor 6,12-20.
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo:
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
5º PASSO:- " Admitimos perante Deus, perante a nós mesmos e perante outro ser humano a natureza exata de faltas."
6º PASSO- "Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter."
7º PASSO- "Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições".
1ª REUNIÃO DA 3ª ETAPA, 5º, 6º E 7º PASSOS
a) RESPONDA:
1- Pedir perdão é um ato de força ou de fraqueza? Por quê?
2- Perdoar seria o mesmo que deixar para lá, não exigir satisfação do mal cometido?
b) REFLITA:-
Pedir perdão é um ato de coragem e de força. Só pede perdão quem percebeu que, se continuar no erro, vai prejudicar-se pelo resto da vida. Há um problema: Deus perdoa, mas resta a satisfação pelos erros cometidos, ou seja: você pediu perdão, quer recomeçar a vida, mas precisa colar os cacos dos corações que você quebrou. Assim se dá em sua casa e com as pessoas com quem você viveu: elas sofreram muito com as suas idiotices e agora ficaram desconfiadas. Vai demorar um bom tempo para que elas acreditem em você novamente. Muitos jovens, depois que se recuperaram em casas de recuperação, vão morar com amigos, sozinhos ou com outras pessoas que nem são da família. Um dos motivos é que seus pais não mais acreditam neles e a vida nova transforma-se num verdadeiro inferno se continuarem lá.
É como um pai que vê o filho começando a andar, mas fica atrás, temendo que a qualquer momento ele se esborrache no chão. Ele vê o filho querendo andar, mas fica de braços estendidos, pronto para ampará-lo, caso ele vacile. É assim que a gente se sente em relação aos recuperados: vê-se que eles tentam uma vida nova, mas percebe-se a fragilidade de sua nova opção.
c- LEIA:- Tiago 5,16; 4,7-8;Jeremias 14,20; 1João 1,8-9; Salmo 32(31),3-5.
2ª REUNIÃO DA 3ª ETAPA, 5º,6º E 7º PASSOS
a-RESPONDA:-
1-Qual é a única coisa que você pensa ao chegar em casa após trabalhar o dia todo e estar com lama no corpo todo e suado?
2- Pedir perdão a Deus é o mesmo que se purificar da sujeira que cometemos na vida. Por quê?
b- REFLITA:-
Tomar um banho. Estou certo de que essa foi a responta à primeira pergunta. E é a verdade. Um bom banho nos refresca muito. Como é gostoso ficar outra vez limpinho e vestir uma roupa cheirosa! Como a gente se sente bem! Pois pedir perdão a Deus traz a mesma sensação de limpeza, de estar com roupa nova. A purificação trazida pelo perdão pode ser sentida em todo o corpo, e não só na alma. Na bíblia vemos muito a ideia do perdão dado por Deus. É uma realidade incontestável que pedir perdão a deus renova o nosso ser e nos apronta para uma vida nova. Diz S. João, em sua primeira carta: "Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para perdoá-los" (1João 1,9).
c- LEIA:- Provérbios 28,13; Apocalipse 3,17-19
3ª REUNIÃO DA 3ª ETAPA, 5º, 6º E 7º PASSOS.
a- RESPONDA:
1- Quais são os dois pecados que não têm perdão?
2- O inferno existe porque nem todos são perdoados. Por que nem todos são perdoados?
b- REFLITA
Achar que não faz nenhum pecado ou achar que é tão pecador que não tem perdão, são os dois pecados que não têm perdão. Quanto ao primeiro, é simples: nós somos pecadores. Se negarmos isso, além de estarmos mentindo, não vamos dar a Deus a oportunidade de nos perdoar, pois NUNCA VAMOS PEDIR PERDÃO DE ALGO QUE ACHAMOS QUE NÃO FIZEMOS! Isso é como aqueles alcoólatras que juram que são sóbrios e que não têm o vício da bebida. Quanto ao segundo pecado, achar que não tem perdão é coisa muito grave, pois a pessoa nunca vai pedir perdão, por achar que é tão pecadora que não vai ser perdoada. É duvidar da misericórdia de Deus. Se quisermos ser perdoados por Deus, temos que confiar nele, pedir perdão e ter a certeza de que seremos perdoados. Antes, é claro, temos que ter na consciência que somos pecadores e saber quais erros e pecados cometemos. Confesse a Deus não só o problema das drogas, mas todos os demais erros e desacertos de sua vida! A única maneira de não sermos perdoados É NUNCA PEDIR PERDÃO!
c- LEIA: Tiago 4,4-10; 1 JOÃO 1,8-2,2 (capítulo 1, versículo 8 até o capítulo 2, versículo 2).
4ª REUNIÃO DA 3ª ETAPA, 5, 6º E 7º PASSOS.
a- RESPONDA:-
1- É preciso estar arrependido para ser perdoado por Deus?
2- Qual é a diferença entre "arrepender-se " e "propor não mais pecar"?
b)-REFLITA:
Por incrível que pareça, para ser perdoado por Deus não é necessário sentir o arrependimento pelo que se fez, mas sim PROPOR nunca mais cometer aqueles erros. Nem sempre conseguimos nos arrepender. O arrependimento é um dom de Deus, que sentiremos com o tempo, se seguirmos seus caminhos. Por exemplo, o casal de noivos que fala ao padre que estão mantendo relações sexuais, mas quem comungar. O padre lhes lembra que teriam de para com as relações. O casal conversa entre si e resolve parar até o casamento. O padre absolve os dois e os libera para a comunhão. Não se pode falar aí de um arrependimento, mas apenas de um propósito de não mais pecar. Os dois noivos não só não estão arrependidos, como até vão casar-se para, entre outros motivos, poderem continuar a manter relações sexuais, mas de um modo correto, sem pecado.
Outro exemplo: um garoto rouba uma fruta do quintal do vizinho e é admoestado pela mãe, que lhe explica ser aquilo uma coisa errada. Ele até pode fazer o propósito de nunca mais fazer aquilo, mas duvido que esteja arrependido de ter comido a tal fruta.
No caso dos dependentes químicos, isso é bem verdadeiro. Pode ser que o fulano esteja arrependido de ter feito mal a esta ou àquela pessoa, mas muitas vezes não se sente arrependido de ter usado a droga, que lhe deu um certo prazer. Não faz mal. Enquanto o arrependimento não vem, peça perdão a Deus, propondo nunca mais usar drogas, por mais agradável que isso possa parecer.
c- LEIA:- João 8,1-11.
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo:)
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
QUARTA ETAPA: VOU CONTAR A ALGUÉM OS MEUS ERROS, DEFEITOS E FALHAS
5º PASSO: "Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano a natureza exata de nossas faltas."
1ª REUNIÃO DA 4ª ETAPA E 5º PASSO
a- RESPONDA:
1- Você costuma conversar com algum colega, com algum amigo sobre si mesmo?
2- Nessas confidências você costuma contar tudo? Conta a verdade ou às vezes mente? Esconde algumas coisas? Por quê?
b- REFLITA:
Tenho visto muitas pessoas que nunca se confessaram com padre algum na vida, contares todos os seus podres abertamente em bares e lugares públicos, principalmente quando estão meio bêbados. Também entre amigos isso é comum, mas geralmente há muitas mentiras nos desabafos: o cara que está se abrindo coloca as coisas de tal maneira que não fique mal visado pelo outro. O resultado é que ele sai da conversa insatisfeito por ter enfeitado toda a história ou por ter mentido. Um dos motivos é a falta de confiança no outro. Com a mentirinha, mesmo que ele conte a outros o problema, não vai se sair muito mal, ou seja, o que ouviu o desabafo não vai poder julgá-lo mal. Mas também não vai ajudar em nada a resolver um problema adulterado pela mentira. Todos deveriam ter um amigo em que pudessem confiar plenamente, para contar tudo o que lhes vai pela alma. Contar um problema a um amigo já é vencer a metade dele. Os que são muito fechados são os que mais sofrem de depressão, úlceras, problemas mentais, esquizofrenias, etc.
c- LEIA: Eclesiástico 6,5-17; Provérbios 18,24; 19,4; 27,10; João 15,14-15.
2ª REUNIÃO DA 4ª ETAPA E 5º PASSO
a- RESPONDA:
1- Os pais sempre aceitam que os filhos falem a verdade? Por quê? Você sempre pode falar sem problemas a verdade em sua casa?
b- REFLITA:
Falar a verdade é o segredo para se ver livre de muitos problemas, principalmente das drogas. Em muitos lares, os filhos que falam a verdade, entretanto, são castigados e os que mentem são premiados. Isso prejudica de tal forma a criança, que a torna cada vez mais difícil de recuperação, ou seja, vai sempre mentir para safar-se de seus problemas.
Os pais devem dar liberdade aos filhos para que sempre digam a verdade. Havendo o conhecimento verdadeiro dos fatos, os pais poderão administrar melhor os problemas e conduzi-los a uma solução. Se, pelo contrário, castigam os que falam a verdade, seus filhos só lhes contarão mentiras e, quando os pais percebem, seus "santos filhinhos" já estão afundados nas drogas ou em outros vícios até o pescoço! Exija sempre a verdade em sua casa! Amigo, se você gosta de mentir, comece a falar a verdade, embora talvez isso lhe seja difícil. Quando lhe perguntarem algo sobre o que você não pode falar, diga à pessoa a verdade, ou seja: "eu não quero (ou não posso) falar sobre esse assunto". É a melhor coisa a fazer!
c- LEIA Efésios 4,25; Provérbios 13,5; 28,13; Tiago 5,16
3ª REUNIÃO DA 4ª ETAPA E 5º PASSO
a- RESPONDA:
1- Na sua opinião, por que as pessoas cometem suicídio?
b- REFLITA:
As pessoas cometem suicídio por várias causas. Algumas são estas: ou ficaram loucas, ou eram quietas demais e não confiavam em ninguém, ou eram vaidosas e orgulhosas demais para pedirem ajuda reconhecer os problemas e contá-los a alguém, ou não viam saída para suas vidas.
Sempre há uma saída, por pior que seja o problema. Quando a pessoa se fecha em si mesma e não conversa com ninguém sobre os próprios problemas, estes tendem a aumentar e parecerem maiores do que realmente são. Partilhar com outro seu problema já é resolvê-lo em parte. Certa vez, conversando com um aluno meu do Senai, numa tarde de sábado, depois do bailinho da tarde, numa cidadezinha do interior, percebi que ele tinha muitos problemas, apesar de nunca ter demonstrado isso, e que estava para tirar a própria vida. Ele conseguiu chorar, desabafar e me mostrou uma pequena garrucha de dois canos, com que pretendia se matar.
Após a conversa, que demorou umas duas horas, desistiu da ideia, continuou sua vida, casou-se, teve filhos e só morreu 18 anos depois, com 35 anos, de uma doença natural. Nem sua esposa nem seus filhos ficaram sabendo dessa história.
Não podemos ser vaidosos, orgulhosos. Temos que partilhar nossa vida e nossos problemas com alguém!
4ª REUNIÃO DA 4ª ETAPA E 5º PASSO
a- RESPONDA:
1- Por que temos vergonha de nossos erros?
2- Por que nos libertamos ao contar a alguém os pecados e os erros?
b- REFLITA:
Temos vergonha de nossos erros até diante de nós mesmos. É difícil admitir que erramos e achamos sempre uma desculpa para atenuar a nossa ação. Se nos julgássemos com toda a profundeza com que julgamos os outros, já estaríamos livres muito tempo antes.
Reconhecer-se pecador é um sentimento que aborrece a nossa vaidade. Nunca queremos ficar por baixo: sempre queremos estar por cima. E quando não há jeito de fugir da acusação de nosso delito, procuramos atenuá-lo, deixá-lo menos feio. Reconhecer o próprio erro diante de outro ser humano pode ser reconhecer-se fraco e pecador, mas já é um ato que nos liberta MESMO e nos ajuda a admitir a própria culpa sem rodeios nem mascaramentos. É preciso lembrarmos que Deus já conhece e com detalhes as nossas culpas! Ao falarmos, portanto, em voz alta os nossos pecados a uma outra pessoa, libertamos o nosso corpo e a nossa mente do poder do pecado quando ele está escondido, e paramos de nos condenar a nós mesmos. Temos medo de que o outro nos rejeite e nos desaprove, mas se contarmos à pessoa certa, isso não acontecerá.
Caso você esteja numa casa de recuperação, o coordenador lhe dará as devidas instruções de como fazer isso. Se você está em liberdade, procure um padre que possa ouvi-lo, mesmo que não seja dentro do sacramento da confissão. Ou então, procure uma pessoa que seja mais velha e experiente do que você. Mas atenção! É bom procura alguém que esteja ao menos um pouco por dentro dos problemas das drogas, mesmo que seja um padre. Há pessoas excelentes, mas que às vezes não entendem nada do assunto. Uma pessoa que já usou droga mas há muito tempo não usa, ou seja, está vencendo o problema, pode ser ideal para ouvir sua confidência. Escolha com cuidado e tenha coragem! Você vai libertar-se!
c- LEIA: João 20,22-23; Tiago ,5,16; Mateus 16,19; 18,21.23-35.
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo):
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
QUINTA ETAPA: VOU REPARAR OS DANOS QUE FIZ.
8º PASSO: "Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados".
9º PASSO:" Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem".
1ª REUNIÃO DA 5ª ETAPA, 8º E 9º PASSOS
a- RESPONDA:
1- o que você entende por "prejudicar alguém" o "causar danos aos outros?"
2- Há danos que nunca poderão ser reparados?
b-REFLITA:
Neste passo você vai fazer uma lista de todas as pessoas que você prejudicou e tentar reparar os danos causados. Prejudicar alguém é mais do que fazer alguém gastar dinheiro conosco, é mais do que dar prejuízo material. Há modos de ferir as pessoas por dentro de tal forma que a "cicatriz" deixada nunca mais vai sair.
Há pais, por exemplo, que prejudicam os filhos de tal meneira pelos maus exemplos ou pelo modo errado de educá-los, que psiquiatra algum poderá curar.
Desse modo, prejudicar os outros é não só ter dado prejuízos materiais, mas também morais. O problema é que o prejuízo moral é muito mais difícil de se anular do que o material. Por exemplo: como um jovem poderá reparar a Aids que deixou numa jovem, ou vice-versa? Dando dinheiro para que ela se trate? Não há como!
c- LEIA: 1 Samuel 12,3-5; Lucas 19,8-10; 6,36-38.
2ª REUNIÃO DA 5ª ETAPA, 8º E 9º PASSOS.
a- RESPONDA:
Como fazer para remediar os danos que não pudermos reparar?
b- REFLITA:
Se você mudar de vida e começar a ajudar os outros com amor, isso vai reparar até os danos irreparáveis. A satisfação de ver que a pessoa mudou para o rumo certo, que a pessoa recomeçou uma nova vida, é incrível!
Você até pode não perceber, mas as pessoas torcem para que você consiga melhorar, sair do vício. É claro que sempre a gente vai encontrar pessoas negativistas, que só pensam em prejudicar os outros, mas não são muitas. Aliás, essas pessoas estão sempre se dando mal na vida.
Muitos jovens que conseguem deixar as drogas, quando saem da casa de recuperação até pensam em pagar os prejuízos causados, mas se esquecem de um que sempre os amou, que os perdoou, e que gostaria de tê-los a seu lado: Deus! É incrível como se esquecem tão logo dos grandes momentos de espiritualidade que tiveram na casa de recuperação, das celebrações de que participaram, de tantas palavras ouvidas e ditas. Simplesmente continuam a viver a vida, até chegam a deixar as drogas, mas não procuram mais a Igreja: se esquecem de agradecer e louvar a Deus. Essa é uma das maiores tristezas!
Foi dito, no primeiro passo, que só com Deus podemos deixar os vícios. Os jovens que se esquecerem de Deus, dificilmente vão aguentar muito tempo sem o uso das drogas. Essa é uma grande tristeza para nós, que tanto torcemos por eles.
c- LEIA: Lucas 17,11-19.
3ª REUNIÃO DA 5ª ETAPA, 8º E 9º PASSOS.
a- RESPONDA:-
1- Partilhar com os outros o que se tem e reparar os danos causados, isso não vai fazer falta para nós?
2- Como recomeçar a vida, se temos de reparar os danos cometidos aos outros?
b- REFLITA:
É uma grande ilusão de muita gente achar que sendo pão-duro vai melhorar a própria vida. Isso não está correto! A coisa funciona deste jeito: quando a pessoa ajuda os outros, devolve o dinheiro que pegou, repara os danos cometidos, partilha o que tem, sempre vai ter a ajuda de Deus em tudo: no trabalho, na saúde, nas amizades, na família, etc. Sempre estará bem, sempre terá força, nunca lhe faltará qualquer coisa.
Quando, por outro lado, a pessoa é pão-dura, egoísta, mesquinha, tem medo de ajudar os outros não repara os danos cometidos, engana os outros, não partilha o que tem, essa pessoa vai ser colocada de lado por Deus, ou seja: vai ter que se virar sozinha, sem a ajuda dele. Não se trata, como se pode pensar, de um castigo de Deus. Ele nunca nos castiga. O que acontece é que a pessoa não vai ser ajudada por Deus. Vai ter que conseguir fazer tudo sozinha. E acaba "se lascando".
Entretanto, veja bem: Jesus nunca prometeu que daria riquezas a ninguém, e pode até mesmo permitir doenças e contrariedades! O que Ele faz é nunca deixar que as pessoas que o seguem e praticam o amor cristão fiquem sozinhas: sempre terão o seu auxílio.
c- LEIA: Atos 4,32-35; Mateus 25,31-46.
4ª REUNIÃO DA 5ª ETAPA, 8º E 9º PASSOS.
a- RESPONDA:
Muitas das pessoas que foram prejudicadas por nós, também nos prejudicaram. Devemos reparar os danos também a elas?
b- REFLITA:
Sim, devemos. Nunca tenha ódio de ninguém. Jesus diz, no Sermão da Montanha: "Amem os seus inimigos. Se seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer. Se tiver sede, dê-lhe de beber." Precisamos endireitar as coisas, mesmo em relação aos que não nos "topam". É claro que devemos ter em mente o nono passo, que alerta para algumas coisas que não vamos poder reparar. O que se refere ao nosso antigo relacionamento das drogas (traficantes, amigos da ativa, etc), por exemplo, está fora de cogitação em relação à reparação.
No Sermão da Montanha, Jesus também nos diz para fazermos aos outros o que gostaríamos que nos fizessem. Em relação a Deus, por exemplo, estamos sempre querendo que Ele nos perdoe. Segundo esse ensinamento de Jesus, precisamos fazer como queremos que Ele nos faça, ou seja, se queremos que Ele nos ame e perdoe, devemos também amar a quem nos ofendeu! A chuva cai tanto na plantação dos bons como na plantação dos maus. É claro que Ele quer que todos sejam bons, mas espera pacientemente que todos se convertam e o reconheçam como Deus, Salvador e Amigo.
Para concluir, podemos dizer que quase nada pode ser empecilho para que não reparemos os males cometidos, a não ser, como diz o nono passo, "Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem". É o caso do nosso antigo relacionamento da "ativa", que devemos abandonar completamente, mesmo deixando de reparar. Ou seja: não podemos alimentar coisas erradas do passado.
Agora, meu amigo, se você ainda não começou, comece a fazer a lista de todos aqueles que você prejudicou de todos os danos causados às pessoas, de todos os que se saíram mal com as drogas que você usou, ou as atitudes erradas que você tomou!
c- LEIA: Mateus 5,23-24.43-48; 1João 4,19-20; 1Pedro 4,8-10; Ezequiel 35,15-16; Romanos 12,17-18; 13,8
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo):
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
SEXTA ETAPA-VOU EVITAR AS OCASIÕES PARA NÃO CAIR MAIS!
10º PASSO: "Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.”
11º PASSO: "Procuramos, por meio da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós e forças para realizá-la”.
1ªREUNIÃO DA 6ª ETAPA, 10º E 11º PASSOS.
a-RESPONDA:-
1-Quando a construção de uma casa termina, terminam também os gastos com ela? Por quê?
2- O que acontece com um carro se nunca se fizer nele as revisões?
b- REFLITA:
As respostas acima estão bem evidentes: mesmo depois que a casa estiver pronta, vamos continuar a gastar dinheiro em sua manutenção. Casa que não recebe manutenção fica em ruínas muito depressa. A mesma coisa se dá com o carro ou com qualquer coisa, como as estradas, por exemplo: sem as revisões, o carro não funciona; sem as manutenções, as estradas viram peneiras cheias de buracos.
Se bem que essas perguntas tenham respostas prontas e óbvias, parece que não é bem assim quando se trata de pessoas: elas acham que não precisam nenhuma manutenção! Vão vivendo ao léu, sem compromissos, sem revisão de vida, sem vigilância: acabam como a construção, como o carro ou como a estrada que não têm manutenção: vão virar cacos. E viram mesmo!
Nós precisamos muita manutenção para não cair nos vícios ou no pecado novamente! Essa manutenção fica mais fácil se continuarmos a praticar essas oito etapas que estamos vendo neste livrinho, e nunca, nunca mesmo abandonarmos a oração.
c-LEIA: Efésios 4,25-28; Tiago 1,23-25
2ª REUNIÃO DA 6ª ETAPA, 10º E 11º PASSOS.
a- RESPONDA:
1- A oração é só para velhos? Por quê?
2- Podemos comparar a oração com o alimento que tomamos diariamente? Por quê?
b- REFLITA:
Sem a oração ninguém vive. É preciso que você se habitue com ela. É ela que lhe vai dar forças para vencer as quedas, os pecados, e para não recair Usar ou não a oração para vencer as tentações e os problemas é como usar ou não uma alavanca ou uma roldana para levantar um peso. Sozinho, com as mãos, você precisa malhar muito para conseguir um físico forte para conseguir levantar um carro, por exemplo. Uma pessoa que nunca malhou, físico despreparado, levanta o carro com apenas uma das mãos, girando a manivela do macaco, que funciona como uma alavanca e roldana ao mesmo tempo.
Rezar é como usar o macaco. Não rezar é como tentar levantar o carro com as próprias forças. Escolha o seu modo!
A oração é o nosso alimento. Sem ele, morremos de fome. Sem a oração, ficamos fracos e não conseguimos fazer muita coisa.
c- LEIA: Romanos 12,12; Lucas 6,12: Mateus 6,7-14
3ª REUNIÃO DA 6ª ETAPA, 10º E 11º PASSOS.
a-RESPONDA:
1- Como é rezar? Que tipo de oração devemos fazer?
2- Quanto tempo rezar?
b-REFLITA:
Uma hora de oração diária é um tempo bom. Rezar é conversar com Deus. Quando você conversa com alguma pessoa, você tanto fala como escuta. Com Deus também é assim: quando você está rezando orações escritas ou que você inventa na hora, você é que está falando. Quando você, em silêncio, lê a bíblia ou fica contemplando a natureza e pensando em Deus, aí é Ele quem está falando.
Se uma pessoa começar a rezar hoje apenas 10 minutos, e aumentar dez SEGUNDOS por dia de oração, daqui a um ano estará rezando 01 hora diariamente. Dez segundos (segundos, eu não disse minutos) a mais por dia é muito?
Quanto ao tipo de oração: se você for católico, reze o terço, o rosário, os salmos. Pode também comprar um livrinho com orações. No nosso site há uma secção com várias orações que você pode usar. Se você for de outra religião, reze os salmos da sua bíblia! Eles são excelentes!
Aprenda também a fazer orações espontâneas, de sua própria cabeça. É como conversar com um amigo: você não fica lendo para ele o que gostaria de falar-lhe, mas fala o que possui no coração naquele momento, não é?
c- LEIA: Mateus 6,5-14; Isaías 1,10-20.
4ª REUNIÃO DA 6ª ETAPA, 10º E 11º PASSOS.
a- RESPONDA:
1- Qual é a semelhança que há entre a revisão de vida e o exame de consciência
2- Como isso e a oração podem nos ajudar a perseverar na sobriedade?
b- REFLITA:
Tanto a revisão de vida como o exame de consciência são exercícios que fazemos à luz da graça divina, para lembrarmos nossos pecados e controlarmos os passos que estamos dando em nossa vida.
O exame de consciência, nós o fazemos sozinhos. Pensamos, diante de Deus, no que o ofendemos, no que ofendemos aos outros. A revisão de vida é a etapa seguinte, ou seja, quando vamos conversar com o padre ou com outro amigo sobre como anda a nossa vida. Vamos conversar sobre as nossas atitudes, se estamos caindo na mentira, ou no sexo desenfreado, ou nas bebidas, se estamos reparando ou não os danos cometidos anteriormente, se estamos ou não rezando se estamos lendo a bíblia, se estamos indo à missa ou ao culto etc.
O exame de consciência, a revisão de vida e a oração, vão nos garantir uma sobriedade pelo resto de nossa vida, na base do “só por hoje”. São como que armas de defesa que usamos para continuar sóbrios.
E olhe que não é só você que precisa usar isso! Todos precisamos agir desse modo, mesmo os que não são dependentes químicos. Todos precisamos da revisão de vida e da oração para vencermos nossos problemas, más tendências, e não caírem no erro e no pecado.
Os santos da Igreja Católica, em vida, sempre fizeram uso da oração, do exame de consciência e da revisão de vida para sobreviverem na santidade, no amor a Deus e ao próximo. Muitos faziam isso por escrito, em obras magníficas da literatura cristã, ou em diários.
Lembro ainda que todos estamos sujeitos a cair no erro. Até quem fala com vocês e os ajuda! Se não cairmos nas drogas, podemos talvez cair na soberba, na violência, ou noutro qualquer. Se cairmos, entretanto, não devemos ficar caídos, mas logo nos levantarmos, sem desânimo. Jesus está sempre pronto a nos aceitar de volta, se somos sinceros.
c-LEIA: 2Coríntios 13,5-9; Provérbios 4,20-27; Provérbios 1,8-19
Esquema para as reuniões (apenas sugestão. Pode ser mudado de acordo com a necessidade do grupo):
1- acolhida (conhecimento dos nomes, profissão, residência);
2- oração inicial – escolher alguma deste site, na secção “orações”;
3- leitura e conversa sobre a pergunta do dia;
4- leitura do trecho explicativo e do trecho bíblico;
5- depoimentos e considerações finais
6- avisos;
7- oração da sobriedade e despedida (vide a seguir)
8- atendimento individual, se for necessário;
12º Passo: "Tenho experimentado um despertar espiritual graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos outros, e praticar estes princípios em todas as nossas atividades!
a- RESPONDA:
“Um bom exemplo vale mais do que mil palavras” - Comente essa frase.
b- REFLITA:
Há muitas pessoas que falam muito, mas não fazem nada, ou, pior ainda, falam coisas lindas mas só fazem besteiras. Isso é muito comum nas famílias onde os pais não só não praticam, mas não movem um só dedo demonstrando pelo menos um remoto desejo de praticar as inúmeras coisas que dizem aos filhos, como por exemplo não fumar nem beber.
Assim é o amor, o perdão, a misericórdia. Se falamos tanto no amor, por que não o praticarmos? Se falamos tanto no perdão, por que sentimos tanta dificuldade em perdoar?
Um jovem, por exemplo, que procura um grupo de apoio, não busca um lugar para ser julgado, condenado, pisado, mas vem buscar nosso apoio, nossas orientações. Em primeiro lugar, devemos acolhê-lo, recebê-lo, mostrar que ali ele vai sentir-se bem. Muitas pessoas sabem exatamente o caminho que devem seguir, mas querem como que um companheiro de caminhada, um guia. Não conseguem seguir o caminho que percebem ser o correto. É aí que o bom exemplo entra, favorecendo sua decisão: “Se ele consegue, eu também conseguirei”.
Os rapazes que passam por casas de recuperação idôneas, saem de lá procurando algum lugar digno para ficarem, em que não vão ser impelidos ao vício por causa do mau exemplo. Muitas vezes nem voltam às famílias, porque são centros de mau exemplo. Também pelo fato que na família, muitas vezes, são constantemente cobrados. Ninguém aguenta ser cobrado a todo momento de uma coisa que sabe que deve fazer,mas não tem forças o suficiente para executar.
Com o nosso bom exemplo, muitos terão coragem de recomeçar a vida!
c- LEIA: Filipenses 4,8-9; Lucas 8,16-18; 1 Pe 2,21.
2ª REUNIÃO DA 7ª ETAPA, 12º PASSO
a- RESPONDA:
Por que as pessoas desistem de muitas coisas que fazem ou não conseguem ficar por mais de algumas horas num determinado lugar?
b- REFLITA:
Há várias respostas para essa pergunta, mas acho que uma das principais coisas que nos prendem a um lugar, ou que nos dá ânimo para continuar um trabalho, é a motivação, é ter um determinado objetivo pela frente.
O que me levou a lembrar-me disso foi algo que me aconteceu quando estava escrevendo este texto isolado num pequeno chalé da Ilha Comprida. Descansando um pouco de escrever, ao caminhar pela praia, percebi que á muito tempo não ficava sozinho por tantos dias assim. Eu achava que não ia aguentar e nem ia conseguir terminar de escrever este livrinho, mas aí percebi que tinha um objetivo pela frente, além de descansar um pouco dos trabalhos paroquiais e pastorais: o objetivo de escrever estas páginas. Foi isso que me deu ânimo de continuar neste chalé sozinho.
Você, que está saindo das drogas e conseguiu uma boa caminhada, coloque um (ou mais) objetivo em sua frente. Lute não só por você, mas também por outros, para livrá-los das drogas e do alcoolismo.
Na vida sacerdotal vi também que são os objetivos que nos levam a ter coragem de viver numa periferia brava como a que muitos padres vivem, Na sua vida, além dos objetivos comuns de estudar para participar melhor da sociedade, trabalhar para ter um sustento e construir o mundo, casar-se para ter um a família, coloque também o objetivo de ser sempre sóbrio e levar, pelo bom exemplo, outros a serem sóbrios também. Se você está conseguindo, os outros também vão conseguir!
c- LEIA: Filipenses 3,7-21.
3ª REUNIÃO DA 7ª ETAPA, 12º PASSO
a- RESPONDA:
1- “Um amigo bom e fiel vale mais que um tesouro” (Eclesiástico 6,14). Você concorda com isso? Por quê?
2- O que significa para você uma verdadeira amizade?
b- REFLITA:
A amizade, para ser verdadeira, tem que ser sincera, tem que saber perdoar, tem que saber a hora certa da cobrança ou de oferecer o ombro para que o outro possa chorar. Entre dois amigos não deve haver máscaras: os dois devem ser confidentes um do outro. Não deve haver coisas erradas. Dois amigos que usem drogas juntos, por exemplo, estão prejudicando sua amizade e ela deixa de ser verdadeira. Dois amigos verdadeiros não devem ter receio um do outro e não devem ter preconceitos.
A esse propósito, li num livro de D. Valfredo Tepe que a gente tem tanto medo do que as pessoas possam dizer de nossas amizades, que nos tornamos um poço de individualismo e secura afetiva.
Todos nós precisamos dos amigos para todas as horas, mas principalmente para as horas de crise. Quem conseguir encontrar um amigo verdadeiro, segure-o! Amizade verdadeira é artigo raro nestes tempos de desconfiança e de preconceitos.
“Ai de quem está só, porque, se cair, não terá ninguém para o levantar” (Eclesiastes 4,10).
c- LEIA: Provérbios 18,24; Eclesiástico 6,5-17.
4ª REUNIÃO DA 7ª ETAPA, 12º PASSO.
a- RESPONDA:
Como um jovem recuperado pode ajudar os outros jovens a evitar ou a deixar as drogas ou o alcoolismo?
b- REFLITA:
O texto base da Campanha da Fraternidade de 2001 dá as seguintes sugestões:
1- Proporcionar meios para que o dependente possa encontrar um sentido positivo na vida;
2- Prevenir não é só ir contra as drogas, mas favorecer tudo o que, por si só, se oponha à droga, ao alcoolismo, aos vícios em geral, além de fornecer informações, formação e apoio (esportes, vida saudável, grupos de jovens, teatrinhos, encontros, cartazes, liturgia etc);
3- Procurar trabalho e ajudar os outros a o encontrarem;
4- Incentivar o estudo;
5- Participar da Pastoral da Sobriedade da própria paróquia ou, se ainda não houver, criar um grupo de ajuda mútua;
6- Tentar formar uma “Casa de Acolhida” com o cuidado para não virar “boca de fumo”;
7- Estar em contato com alguma casa de recuperação;
8- E, como sempre, pelo bom exemplo, não recaindo nem nas drogas nem nas atitudes erradas (todos os atos que possam prejudicar os outros ou fazê-los de bobos).
c- LEIA: Lucas 8,16-18; Eclesiástico 4,9-11; Gálatas 6,1; 2 Timóteo 4,2.
(usem a criatividade para este encontro. Aqui eu apenas dou uma sugestão de como pode ser feito).
Uma mesa, uma toalha, uma bíblia, uma vela, imagem de Nossa Senhora ou de algum santo, o crucifixo, um pãozinho ou um pedaço de pão. O dirigente pode ser um padre, um pastor ou um leigo autorizado para isso. Se a maioria não for da religião católica, pode-se deixar a mesa sem a imagem, mas nunca sem pelo menos uma cruz, mesmo que seja sem a imagem de Jesus.
CANTO:- Folha a parte.
DIRIGENTE:- Iniciemos esta celebração em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
TODOS: Amém!
D- Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos nós.
T- Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
D- Estamos reunidos aqui, hoje, para agradecer a Deus por todas as graças que nos tem proporcionado, pedir perdão de todos os nossos pecados e implorar-lhe que nos fortaleça, para que sempre sejamos sóbrios e vigilantes.
(Se houver graduação: Rezemos hoje também pelo nosso irmão N, que hoje está terminando o seu período de recuperação e seu estudo e vivência dos 12 passos, para que continue na sobriedade o restante de sua vida. Que seja feliz, viva no amor e na paz consigo mesmo e com todos os demais).
T- AMÉM!
D- Oremos:
Senhor nosso Deus, que tudo criastes por nosso amor e vistes que tudo era bom, ajudai-nos a viver sobriamente nesta vida, a fim de que, dando e recebendo o amor verdadeiro de vós e dos outros, possamos viver concretamente como vossa imagem e semelhança. Isto vos pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina na unidade do Espírito Santo.
T- AMÉM!
D-Vamos agora ler um trecho do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, capítulo 7, versículos 36 a 50 (ou o Evangelho do dia).
T- (CANTO DE ACLAMAÇÃO)
D- (Após a leitura). PALAVRA DA SALVAÇÃO!
T- GLÓRIA A VÓS, SENHOR!
D- (breve comentário. Se for um leigo, não se esqueça de não falar mal de ninguém, não mencione nenhum nome, não critique nem condene ninguém, não seja agressivo, não diga “você tem que fazer isto ou aquilo”, mas sempre “nós temos que fazer isto ou aquilo.”, que fale pouco, que mostre que o amor e a confiança podem realizar milagres, que a acolhida é muito necessária para qualquer recuperação, que a família do adicto precisa mudar e acreditar na mudança dele).
D- (após o comentário ou a homilia) - Vamos agora pedir perdão a Deus de todos os nossos pecados:
T- CONFESSO A DEUS TODO PODEROSO, E A VÓS, IRMÃOS E IRMÃS, QUE PEQUEI MUITAS VEZES POR PENSAMENTOS E PALAVRAS, ATOS E OMISSÕES, POR MINHA CULPA, MINHA TÃO GRANDE CULPA, E PEÇO À VIRGEM MARIA, AOS ANJOS E AOS SANTOS E A VÓS, IRMÃOS E IRMÃS, QUE ROGUEIS POR MIM A DEUS NOSSO SENHOR.
D-Senhor, tende piedade de nós!
T- TENDE PIEDADE DE NÓS!
D- Cristo, tende piedade de nós!
T – CRISTO, TENDE PIEDADE DE NÓS!
D-Senhor, tende piedade de nós!
T- TENDE PIEDADE DE NÓS!
D- (se for um padre) - Deus todo poderoso e também todo misericordioso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna!
T- AMÉM!
D- (se for um leigo) – Repitam comigo: Deus todo poderoso/ tenha compaixão de nós/ perdoe os nossos pecados/ e nos conduza à vida eterna.
D- Agora coloquemos em comum nossas orações para que Deus, nos ouvindo, possa acompanhar sempre os nossos passos.
1- Pelo Papa, pelos bispos, sacerdotes, diáconos e leigos, pelos pastores e dirigentes das Igrejas.
T-SENHOR, ESCUTAI A NOSSA PRECE!
2- Para que nós sigamos sempre o caminho do amor e do perdão indicados por Jesus Cristo, rezemos ao Senhor.
T- SENHOR, ESCUTAI A NOSSA PRECE!
3- (Orações espontâneas da comunidade pelos familiares, pela pessoa que está se graduando etc.)
D- Senhor, ouvi nossas orações. Concedei-nos as graças necessárias para permanecermos sempre na vossa santa amizade, por Cristo, nosso Senhor.
T- AMÉM!
D- Terminemos esses pedidos todos, rezando a oração que o próprio Jesus nos ensinou:
T- PAI NOSSO...
D- Agora vamos nos saudar uns aos outros em Cristo: Que a paz do Senhor esteja sempre com todos nós! (todos se saúdam com o abraço da paz).
D- (pega o pão. Se for diácono ou padre o abençoa. Se não for, simplesmente diz:) - Este pedaço de pão que vamos partilhar representa a nossa comunhão – união entre nós e com Cristo, o nosso desejo de servir a Deus ajudando-nos uns aos outros. (Todos comem um pedacinho de pão).
SE HOUVER GRADUAÇÃO:
D- Agora vamos fazer a cerimônia de graduação do nosso amigo N. (Entrega ao rapaz um símbolo da entidade, seja uma imagem do santo protetor, uma flâmula ou outro objeto conhecido). N (diz o nome da pessoa), você decidiu ressuscitar do vício para uma vida nova. Receba simbolicamente este objeto (ou esta imagem), a fim de que seu propósito de servir a Deus e ao próximo no amor, no respeito e na dedicação, seja abençoado por Deus, e você siga sempre o nosso lema que é o de ser sóbrio só por hoje e assim por toda a sua vida.
O Adicto = Prometo lutar contra todas as minhas más tendências, de todo o meu coração, buscando sempre a ajuda de Deus e a dos meus irmãos e irmãs em Cristo. Agradeço a Deus e a todos os que me ajudam e peço a Ele que me dê forças para cumprir este propósito. Só por hoje e sempre!
T- DEUS CONCEDA A VOCÊ FORÇAS PARA CONTINUAR A SUA RECUPERAÇÃO E CONCEDA A NÓS DEDICAÇÃO, PACIÊNCIA E CARIDADE PARA AJUDÁ-LO, E A TODOS OS QUE BUSCAREM AJUDA. AMÉM.
(Aqui podem ser dados testemunhos e depoimentos dos presentes).
CANTO FINAL
D- Abençoe-nos o Deus Todo Poderoso (se for leigo, faz o sinal da Cruz sobre si mesmo, dizendo:) Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Vamos todos em paz, que o Senhor nos acompanhe.