Ementa dos módulos

Ementas dos Temas a serem debatidos

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Aula I. 16/06 – 15:30 as 17:30

Tema: Reforma ou revolução? (Rosa Gomes)

“(...) as crises aparecem como meios de acender e atiçar o fogo do desenvolvimento capitalista"

(...)

“Se a democracia se tornou parcialmente supérflua e em parte um obstáculo para a burguesia, inversamente, para a classe trabalhadora, ela é necessária e indispensável.”

Rosa Luxemburgo, Reforma social ou revolução?, 1899.

Texto:

  • Reforma social ou revolução? – pag. 35 a 64;

Ementa:

Apresentação do contexto histórico e político de Rosa Luxemburgo à época da escrita do texto Reforma social ou revolução? e questões do texto a serem debatidas, como a relação entre a compreensão econômica do capitalismo e a prática política a ser adotada pelo socialismo.

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Aula II. 30/06 – 15:30 as 17:30

Tema: Espontaneidade ou organização? (Diana Assunção)

“(...) os erros cometidos por um movimento operário verdadeiramente revolucionário são, do ponto de vista histórico, infinitamente mais fecundos e valiosos que a infalibilidade do melhor ‘comitê central’.”

Rosa Luxemburgo, Questões de organização da social-democracia russa, 1904.

Textos:

  • Questões de organização da social democracia russa – pag. 65 a 76;

  • Greves de massas, partido e sindicatos – pag. 77 a 100;

Ementa:

Na aula abordaremos o artigo “Questões de organização da social democracia russa” que foi escrito por Rosa em 1904 em polêmica com as concepções de partido de Lenin. É uma resposta ao artigo de Lenin “Um passo à frente, dois passos atrás” também de 1904. Partindo das posições de Rosa Luxemburgo contra a corrente revisionista do marxismo na social-democracia alemã e levando em conta os prelúdios da experiência de 1905 na Rússia vamos analisar os debates sobre espontaneidade e organização em Rosa Luxemburgo e Lenin.

Também abordaremos o artigo “Greve de massas, partido e sindicatos” escrito em 1906 onde inicia seus debates com Karl Kautsky sobre o papel da greve política de massas contra a orientação eleitoralista da social-democracia que de fundo expressava uma concepção reformista que não conduziria o partido à tomada do poder. Essa análise é agora a partir da experiência de 1905 e também era uma forma que Rosa via de levar as lições do 1905 russo para outros países. Vamos analisar a posição de Rosa sobre a burocracia tanto nos sindicatos quanto a burocratização do Partido Social-Democrata Alemão.

Ambas obras delineiam bastante o pensamento de Rosa Luxemburgo e ajudam a ter uma visão sobre suas posições políticas e debates, levando em conta que até o fim de sua vida ela mesma foi chegando a novas conclusões.

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Aula III. 14/07 – 15:30 as 17:30

Tema: Revolução Russa e Revolução Alemã (Isabel Loureiro)

“Só a revolução mundial do proletariado pode (...) dar a todos pão e trabalho, pôr fim ao dilaceramento recíproco entre os povos, dar à humanidade maltratada paz, liberdade e uma verdadeira civilização.”

Rosa Luxemburgo, O que quer a Liga Spartakus?, 1918.

Textos:

  • A Revolução Russa – pag. 151 a 172

  • O que quer a Liga Spartakus? – pag. 179 a 190

  • Nosso programa e a situação política – pag. 191 a 215

Ementa:

Por meio da análise dos textos sugeridos veremos qual é a posição de Rosa Luxemburgo em relação à Revolução Russa e à Revolução de 1918-19 na Alemanha, e, nessa medida, qual a sua concepção de socialismo e de democracia.

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Aula IV. 28/07 – 15:30 as 17:30

Tema: Atualidade da obra econômica de Rosa Luxemburgo e a crítica do progresso (Hernán Ouviña )

“O capitalismo é a primeira forma econômica (...) que tende a estender-se a todo o globo terrestre e a eliminar todas as outras formas econômica, não tolerando nenhuma outra a seu lado.”

Rosa Luxemburgo, A acumulação do capital, 1913

Textos:

  • Introdução à economia política.

  • A acumulação do capital – pag. 113 a 124

Ementa:

Em Construção/aguardando o envio;

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Aula V. 11/08 – 15:30 as 17:30

Tema: Rosa Luxemburgo e o feminismo (Adelaide Gonçalves)

“A emancipação política das mulheres teria que fazer soprar um forte vento fresco inclusive na vida política e espiritual [da social-democracia], que eliminasse o fedor da hipócrita vida familiar atual que, de modo inequívoco, permeia também os membros de nosso partido, tanto trabalhadores como dirigentes”

Rosa Luxemburgo, Uma questão tática, 1902.

Textos:

  • Direito de voto das mulheres e luta de classes – pag. 101 a 112;

  • A proletária de 1914

Ementa:

Em O sufrágio das mulheres e a luta de classes, de 1912, e em A Proletária, de 1914, vamos pensar a atualidade dos argumentos teóricos e políticos de Rosa Luxemburgo e o vigor de sua exortação à luta pela libertação do gênero das mulheres. Ao lado dos citados textos indicamos, da recolha de sua vasta correspondência, a leitura de determinados excertos de cartas trocadas entre Rosa e Clara Zetkin, entre Rosa e Sonia Liebknecht, com acento nas passagens sobre a secção das mulheres na imprensa do grupo Spartacus, por exemplo. Como também breves excertos da correspondência enfeixada no volume Camarada e Amante. Recomendamos ainda a apreciação de uma biografia de Rosa, por Kate Evans, sublinhando ali a Rosa feminista, mulher livre, insubmissa, leitora apaixonada e sua disposição plena à vida, ao prazer.

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Aula VI. 25/08 – 15:30 às 17:30

Tema: A arte da vida: muitas Rosas em uma (Isabel Loureiro)

“ (...) ‘assim’ é a vida desde sempre, tudo faz parte dela: sofrimento e separação e saudade. Temos de aceitá-la com tudo isso e achar tudo belo e bom.”

Carta de Rosa Luxemburgo a Sonia Liebknecht, 19 de abril de 1917.

Textos:

  • Cartas – pag. 219 a 236

Ementa:

A partir das biografias escritas por mulheres, começando com sua amiga Louise Kautsky (1929), passando por outra amiga, Henriette Roland Holst-van der Schalk (1937), militante do socialismo holandês, e chegando em Elżbieta Ettinger (1986) e Annelies Laschitza (1996), meu objetivo é fazer um esboço da personalidade de Rosa Luxemburgo para além da militância política. Veremos as várias facetas da nossa personagem. Jornalista, professora, botânica, pintora e “crítica de literatura” amadora, Rosa mostra sua rica personalidade no trânsito pelas várias esferas da cultura. Sua correspondência dá testemunho dessa diversidade, além de revelar de que modo ela se relacionava com amigos e amores.