A palavra crise, nos estudos do sistema capitalista, virou figurinha carimbada nos debates e elaborações dos mais pessimistas aos mais otimistas acerca do futuro da nossa sociedade. Na verdade, Não é nenhuma novidade apontar que o sistema capitalismo está em crise. o Velho Marx já apontava em seus textos como a alienação do trabalho e dos meios de produção são ferramentas propulsoras das crises cíclicas do capital. Já autores como Celso Furtado compreenderam o papel das crises mundiais de superprodução como condicionantes de alterações nas dinâmicas interna de acumulação das economias dependentes latino-americanas. No modo de produção capitalista, as crises cíclicas são processos constituintes da reprodução do capital. Desde o início da fase imperialista até os dias atuais existem crises mundializadas. Entretanto, no ano de 2008, o colapso do mercado imobiliário estadunidense lançou ventos numa tormenta econômica que atingiu os principais centros geográficos da reprodução do capital. Não seria mais uma crise conjuntural e sim, a agudização da forma sistêmica e permanente da crise. Uma crise, que nas palavras do filosofo húngaro István Mészáros, seria “estrutural, profunda, e cada vez mais grave”. Tal cenário necessita de mudanças de ordem social e política para responder a questões como o futuro do trabalho, os problemas ambientais, a concentração de renda e riqueza no mundo, o controle transnacional sobre as nações etc. Pensando nisso a Escola de Formação Oziel Alves Pereira convida a todos para pensar a crise do capital, o cenário que a qualifica como “estrutural”, questionar os desdobramentos dessa crise na vida do povo brasileiro e como ela ameaça profundamente o futuro das gerações. Vamos buscar responder juntos: afinal, que crise é essa?

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