Em 2014, durante o IV congresso nacional do MST, nossa Organização tornou público o Programa Agrário Popular. Pela primeira vez um movimento camponês brasileiro apresentaria para a sociedade uma proposta que conjuga enfrentamento ao latifúndio e a monocultura estrutural da formação fundiária brasileira, com uma matriz tecnológica, biológica e energética que se compromete com a sociedade brasileira com: i) A democratização da terra bem com as condições de permanência nela; ii) Produção de alimentos saudáveis e iii) A conservação dos bens comuns – água, biodiversidade, solo. Com este posicionamento, o MST busca enfrentar diretamente as ações do capitalismo que avança sobre a natureza e territórios, ocasionando a desterritorializante em massa de populações camponesas; as contradições ambientais, mudanças climáticas e envenenamento por agrotóxicos; a padronização e empobrecimento do regime alimentar e a insegurança alimentar e fome em maiores populações. Tais debates assumiram lugar cada vez mais importante na luta de classes e nos projetos populares para os países; Parte importante da nossa prática política está baseada no trabalho e deve responder à função socioambiental da terra, não a interesses pequeno-burgueses. A Escola de Formação Oziel Alves buscará debater como estamos construindo a RAP nos diferentes espaços e quais ações têm tornado realidade esse arrojado projeto para o campo brasileiro. E quais os desafios que a militância e a juventude tem na luta e na construção desse plano, seja de nossa base, seja da sociedade;

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