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Carta que chegou em 28/05/2021
Um Afago Em Tempos de Crise 🌹
ME CONTE O QUE UMA MULHER SEM TERRA TE ENSINOU
As mulheres Sem Terra me ensinaram que luta pela terra é algo primordial que desperta relações sociais umbilicais e as mulheres entendem disso melhor que ninguém. Cada ato o corpo confessa, tudo fica marcado na própria carne, foi isso que eu aprendi.
As mulheres Sem Terra me ensinaram foi a não desistir da luta, que eu sou capaz de fazer o que eu quiser. Me ensinou autodefesa, que possamos nos defender de qualquer situação de vulnerabilidade.
Com as mulheres Sem Terra aprendi que eu poderia ser uma mulher sem uma relação abusiva.
Uma mulher Sem Terra me ensinou que meus filhos não são só meus, são de todas nós.
Dona Cida me ensinou a importância do cuidado com a infância, a beleza das brincadeiras e o direito das crianças terem o espaço delas.
As várias mulheres que trabalharam na ciranda no Encontro Nacional, me ensinaram que é possível ser mãe e cuidar dos filhos das outras mulheres com o mesmo carinho.
Uma mulher Sem Terra me ensinou que eu posso e devo estar lado a lado com os companheiros na luta, seja dia ou noite, seja festa ou trincheira.
Com as mulheres acampadas e assentadas eu aprendi o que sororidade na prática, com uma frase decisiva: você não está sozinha! Nos estamos juntas nessa!
Tenho aprendido em cada momento de convívio com minhas compas do assentamento. Estamos crescendo, uma por uma, na união se libertado das relações abusivas e violentas, cuidando dos filhos uma das outras, tomando as decisões de ter ou não filhos e enfrentando a grilagem de lotes.
Uma mulher Sem Terra me ensinou que eu podia ser bonita como sou, que as coisas que tenho para dizer são importantes, e que juntas seremos resistência.
Aprendi com Salete Strozake que podemos como mulheres no MST, usar vestidos, saias, batom, soltar os cabelos e sermos sérias ao mesmo tempo.
Mercedes me ensinou a ser forte sem me masculinizar.
Uma mulher sem terra me ensinou a acreditar na ciência das ervas para amenizar os males que a opressão nos causa.
Com Dona Lucila, mulher Sem Terra do Assentamento Joao do Vale, aprendi algumas ciências que muita gente reconhece, o valor nutritivo e curativo de algumas plantas, benzimentos com ervas para tirar energia ruim, abrir o barraco, sempre cabe mais gente, disponibilidade para a luta e cuidado.
Uma mulher Sem Terra me ensinou que se a gente não puder dançar não será nossa revolução.
Guê me mostrou que um homem não me define e que não precisava ser triste, louca ou má. Poderia ser o que quisesse, e até tocar tambor.
Mudaram minha vida as mulheres da Amazônica, me ensinaram a rir de mim mesma, aceitar os limites, brincar com o que parece nos fazer infeliz.
Maria Raimunda me ensinou que uma mulher pode ser intransigente e insubmissa.
Ayala me mostrou que a ternura e a firmeza andam lado a lado na luta, e que uma mulher preta Sem Terra pode sim, ser uma liderança política.
As mulheres Sem Terra me ensinaram a enfrentar meus medos.
Eu aprendi com Daurinha a trabalhar com motosserra, roçadeira e trator.
Aprendi com Ana Carina a domar animais e a não ter medo de nada.
Com Silvia eu aprendi que a doçura pode ser firme como uma muralha.
Atiliana me mostrou que somos fortalezas e ao mesmo tempo sentir, usar nosso potencial de humanidade para conosco e também com a outra.
Neném nos ensina como é ser uma mulher forte ousada e irreverente.
Uma mulher Sem Terra me ensinou que meu sangue que se esvai a cada ciclo da lua, é fertilizante natural para fazer brotar a vida.
Uma mulher Sem Terra me ensinou que não podemos deixar de cantar o amor, ou amor desparecerá de nossas vidas.
Com Divina eu aprendi que uma mulher Sem Terra pode fazer poesia.
Uma mulher Sem Terra me ensinou que o alimento preparado com amor e sem veneno nutre mais e melhor do que qualquer coisa dentro de uma embalagem brilhante.
Com Elda aprendi o cultivo da mística Sem Terra.
As mulheres Sem Terra me ensinaram a importância do estudo para construir a Revolução.
Kelli me mostrou que uma mulher Sem Terra pode ser doutora.
As mulheres do coletivo Raízes da Terra me ensinaram que posso me reinventar e resisti apesar das adversidades.
Aprendi com Itelvina que devemos cultivar o espírito Internacionalista.
Com sabia cordura, Dona Delira me ensinou sobre a palavra conjuntura. Ela disse: “nós somos conjuntura”. E assim, ela nos convidava a juntar o desejo de ser realidade, o compromisso com o presente e o necessário desafio de fazê-lo juntxs. CON-JUNTURA que na boca sensata é nós + agora+ bem juntas.
Os fios tecidos na luta nos protegem e nos dão força
Não desistiremos.💃🏿💃🏿🚩
Adriana Novais
Carta que chegou em 24/05/2021
Para Aline Maria Santos!
Ha esta mulher!
Nestes últimos dois dias, pudemos nos aproximar um pouquinho da imensidade de seu amor pela vida, pela luta, pelo estudo, pela natureza e pela família, e o amor ao povo.
Uma jovem mulher com a experiência de uma anciã, com o vigor da juventude. Ela que descobriu os segredos da vida com seus pés, mãos e sabedoria lançadas a incansável luta pela emancipação;
Uma jovem mulher com a simplicidade de uma criança e a força de uma guerreira;
Uma mulher daquelas que lhe faz bem ver a felicidade das pessoas que ama.
Uma mulher vigorosa, que pudemos sentir seus tremores, pela causa humana, por aquelas e aqueles a quem escutavas os gemidos.
Uma mulher que nos provocou o sentimento de ter convivido mesmo sem a conhecer pessoalmente, nos deixando a sensação de que se necessário fosse, ela assumiria a bravura de uma leoa para defender @s suas e seus.
Um tesouro que daríamos tudo para ter podido abraça-la, e aprender mais com ela. Dessa mulher guardaremos toda sua memória, seus ensinamentos, suas bravuras, sua sabedoria e sua busca.
Para Aline Maria Santos, dizemos que neste caminho que fizeste, com certeza caminhamos juntas, e juntas seguiremos, não te afastarás de nós um só instante.
Pois sabemos como você, o valor que vida tem.
Seu retrato marca nosso álbum da vida, da luta, da alegria, da imensidão que ainda temos a desbravar.
A ela todo nosso respeito e admiração!
Rosmeri Witcel
No dia frio de 24 de maio de 2021.
Carta que chegou em 14/05/2021
Entendo agora seu grito Bertoldo meu irmão! Eu também estou berrando!
Eu gosto demais do Brecht, mas só agora entendo a proximidade dos versos de seus avisos óbvios.
Avisos de tempos distintos dos de hoje, porém, com a mesma potência de aviso do que virá!
Em seus versos de alerta, onde cada letra era a proximidade da perda...REAL! Desta, que sentimos no mais profundo de nosso ser agora...
Trazendo para o Brasil: Essa desgraça nacional , que é fruto do descaso com a maioria do povo de nosso país, não é detalhe...
Tenho acompanhando muitos terços, muitos choros, muitos medos...Dói!
Respiro com amor revolucionário e rebelde, que para mim é AMOR...
São gente que eu amo e que está sofrendo , sem saber o que virá...E pode que seja comigo amanhã!
Quando juntaremos as marchas negras com o sufoco camponês? Ambos de sempre!
Quando juntaremos a pesquisa da possível eleição com os choros das mães que perderam seus filhos e filhas? Com o desemprego. Com a fome. Com a vontade de viver?
Quando em nossas pautas de reuniões infinitas sentiremos o sofrer popular de verdade?
Estou cansada da agenda fria! As datas e os encaminhamentos não me abraçam. Não me confortam! Não me dão força para rebelar!
Me desculpem, mas ando mais coração do que fortaleza….
Que esquerda é essa que eu faço parte?
Vivi um tempo na Ilha para saber que não é suficiente o que temos agora! E não me venha com regras de somente unidade! A unidade não dorme na tecnocracia dos calendários frios!
ATENÇÃO! NÃO É DETALHE!
Não se trata do ano que vem! É Já! Agora! À presente! Ahora! Now! Ententem trutas?
Imediato, para quem está mais longe e para nós que estamos perto.
É agora! Já!
E aí?Até quando? O que faremos?
Meu micro círculo, até uns dias atrás estava até que preservado. Hoje não mais. Não mais!
Posso abraçar e chorar junto. Acompanho meus amigos a menudo e com afeto. Mas precisamos mais do que isso!
Luta junta; parte das necessidades dos mais lascados.
J.B. 13/05/2021
Carta que chegou em 06/05/2021
Façamos amor urgentemente...
Não acredito que você está escrevendo sobre isso!
Intimidade não deve se mesclar com questões do coletivo, com política.
Mas não é só sobre um ser, não é sobre mim ou alguém próximo. É sobre amor, fazer amor!
Não dá! Esse assunto é privado.
Eita! não estou de acordo. Fazer amor é assunto de cotidiano e também é fazer política.
O povo em luta faz amor ao dividir o que tem e não somente o que lhe sobra; faz amor quando acolhe um desespero; faz amor quando faz arte; faz amor quando planeja uma marcha ou uma ocupação; faz amor quando ama; faz amor quando se rebela e decide seguir vivo...
Ah! o povo em sobrevivência também faz sexo com ou sem amor! Acho que era isso que te assustou no início da conversa. Só agora entendi. Foi mal! Essa gente, (nós), também faz sexo ruim, faz sexo bom, ou até não faz. Coisas para inserirmos numa próxima prosa, porque é muito importante também. Nossa, eu achando sua prosa conservadora e na verdade era bem pra frente.
Façamos muito amor, U-R-G-E-N-T-E-M-E-N-T-E!
J.B. 05/05/2021
Carta que chegou em 19/04/2021
🧠✨ Não tem mais volta. Ainda bem! 🧠✨
Sinto revolta por não ter te encontrado antes querida Lélia Gonzalez.
Vou dormir com o coração sacudido. E os pensares de ponta cabeça.
Estou feliz, apesar de duras descobertas.
Vida e construção de pensamentos complexos e cotidianos: Mãe preta, Mulata, Mucamba, Améfrica Ladina, Pretuguês, Amefricanidade, Axémunto... SOLIDARIEDADE E ORGANIZAÇÃO! ✊🏿
Porque não te aprendi na escola minha querida e nem nos tantas cursos que fiz na militância?
Você me chegou nos sussurros, nas conversas negras, nas junções de questões existenciais e intelectuais, nos populares sentimentos que são saberes também.
Agora tudo se rasgou, escancarou, não tem volta. Não tem volta, ainda bem!
J.B. 19/04/2021
Carta que chegou em 09/04/2021
Para nossa Ana Leite!
Está preso dentro de nós, o grito de dor, de indignação, de medo, de impotência diante de tanta crueldade em perder alguém tão querida para nós.
Está preso em nossa garganta o nó com a corda que tirou a vida de nossa irmã, camarada, mulher de sonhos e esperanças que foram dilacerados pelo patriarcado.
Com Ana, soubemos inspirar a luta das mulheres, e transpirar a palavra revolução. O que hoje virou lágrimas caídas sobre nossos rostos, a dor que sentimos em nossos peitos, o grito que ainda não saiu por não acreditarmos que te perdemos, há de virar ação em cada bandeira cravada no latifúndio, em cada combate que fizemos ao machismo que nos mutila, nos machuca e nos mata.
Amada Ana, em todos os rincões deste país saberemos desmanchar esse nó que te tirou a vida. Essa corda que hoje está nos impedindo de gritar a dor, vamos arrebenta-la em milhões de pedacinhos. Essas cordas que nos prendem querendo tirar nossa liberdade, serão rompidas por nós! Pois só nós sabemos que nossa liberdade ofende a muitos.
Se pudéssemos apagaríamos o dia de ontem e tantos outros. No lugar deles colocaríamos canções de liberdades, de rebeldias. Dançaríamos sob as nuvens, sob o mar, e sob o nosso chão, e ao som da música acenaríamos livremente para o amanhã.
Sairíamos das paredes, faríamos contornos leves e humanos, transparentes, e carregadas de sentidos, com corpos ternos, com fome de vida, e esqueceríamos a não-vida!
Faremos dessa interrupção do sopro, e do seu pulsar, nosso novo caminho de cuidados das nossas, saberemos fazer desses tombos uma danças, sonhos, pontes, procuras e encontros. Tua ausência causa dor, sua falta virará gritos, nunca silencio, sonharemos os sonhos silenciados em ti nossa Ana! Viva te queremos, viva permanecerá em cada sonho sonhado e desejo desejado!
Com o coração dilacerado – 09 de abril-2021
Rosmeri Witcel
Carta que chegou em 01/04/2021
Por Rosmeri Witcel
Por Salete Campigotto e Lucia Vedovatto
Por Juraci Lima
Por Mulheres Sem Terra da Região Sul
Carta que chegou em 14/11/2020
Coletivo Estadual de Formação de Base - RS
Carta que chegou em 05/11/2020
Cartas que chegaram em 16/10/2020
Assentamento Roseli Nunes: cartas que chegaram entre 14 e 15/10/2020
Assentamento Che Guevara Traipú: cartas que chegaram entre 14 e 15/10/2020
Cartas que chegaram até 13/10/2020
🌻 Origem e porvir andam juntxs.☀️
Por J. B.
Tô achando que cuspir pode ser um caminho para o exercício da sensibilidade.
Vixe, bitolou de vez?
É nada.
Não aceitar nada que não queira.
Cuspa! Se quiser, claro.
Precisamos voltar a abraçar a simplicidade.
Trocar ideias e afetos.
E não engolir nada que nos faz mal. Nada!
Só isso e tudo isso.
Eita transgressão né?
J.B. 17/09/2020.
💫 Pequena invertida nos tempos para quando nos reencontramos . 💫
Por J. B.
Sinto saudade do tocar do sino da Escola Nacional Florestan Fernandes, a nossa ENFF.
Acordar cedo, compartilhar ao abrir os olhos, tomar café quentinho, aprender em bando, misticar, descobrir, estudar.
Buscar meninxs na ciranda, almoçar com vontade, sentir um pouco de inveja dxs que cochilam nas redes...
Eita saudade danada que tenho sentido da Escola dxs Trabalhadorxs, cheia de arte, de gente, de livros, de árvores.
A ENFF é um canto especial, onde podemos coletivamente alimentar a alma, o saber, o corpo e a camaradagem.
E tem mais um encanto na Escola. Vocês sabem qual é? Até quem pensa que não sabe dançar , na ENFF já dançou. Sozinhx, acompanhadx, em grupo e até em pensamento.
Por tudo isso, se tivesse que escolher uma única atividade do MST, assim que voltarmos a nos abraçar, eu gostaria que fosse um grande encontro na ENFF.
Um encontro para cultivar humanidade e ousadia.
Aprender o que não pudemos até agora; retomar práticas de solidariedade; plantar comida e ousadia; planejar rebeldia em conjunto; brincar com as crianças; ficar coladx na mesa do café em dia de pipoca...
Mas, para ser algo bem especial mesmo, precisaríamos dar uma pequena invertida nos tempos.
E matutando muito cheguei na seguinte ideia: DIAS CULTURAIS e NOITES DE REUNIÕES . Mantendo os horários de cafés, almoço e jantar. Dividindo as manhãs e as tarde em processos de aprendizagens artísticas, esportes, rodas de leitura, oficinas de artesanato, costura, culinária...organização dos espaços, confraternizações, autodefesa e ativação do corpo, trabalhos produtivos, etc. E esses processos seriam permeados por todos os temas que antes só sabíamos tratar em reuniões formais.
E para não ser tão abrupta a mudança, manteríamos duas horas ainda de reunião clássica pelas noites. Que certamente não seriam mais iguais. Porque nós estaríamos nos cultivando de maneira distinta e vivendo novas formas de pensar, dialogar, elaborar, planejar e propor.
E cá pra nós, depois de tanto tempo de reuniões internéticas incontáveis e intermináveis, quero mais é gentiar . Ver gente, falar com gente, abraçar gente, sonhar junto com gente, transgredir com gente, ser gente.
E para mim não há melhor lugar para isso tudo acontecer do que na Escola Nacional Florestan Fernandes, ou somente nossa ENFF.
Vai saber se tem mais gente querendo gentiar como eu. Vai saber né? ☺️
J.B. 12/09/2020.
🌵🌻✨ Cafuné 🌵🌻✨
Por J. B.
E nas distâncias de nossas histórias de vida, fomos encontrando costuras nas diferenças.
Da idealização convencional do que significar trilhar caminhos juntos às incertezas do construir em par.
Dias e noites em que minhas palavras infinitas encontram seu escutar atento ou até nem tanto, porém sempre presente.
Nunca questionou meu apreço pela noite en calle e nem meu universo complexo em contraponto à sua aparente calmaria.
Em nossa dança se encontraram alegrias, tristezas, decepção, paixão, vazios, sol, líquido, duas preciosidades e muitas dúvidas...
O que para alguns pode parecer pouco ou passível de reformas convencionais, para mim até agora é real.
É vida, do jeito que é vida é: bagunçada em sua essência; mescladas de sentimentos; cheia de surpresas de diversas ordens; em construção permanente; porém, vivível.
Meu bem, de letra maiúscula, que bailemos enquanto ainda tivermos a terrível e inconstante liberdade de sermos do nosso jeito.
Só isso, e ao mesmo tempo tudo isso, me abraçam de maneira confortável e também inquietante.
J.B 01/09/2020.
🖤🔥🌹 Para quem necessita amar como eu 🖤🔥🌹
J.B.
Na aventura dos dias aprendi a viver a vida inteira, verdadeira e bagunçada.
Regras postas para que caprichosamente as descumpramos.
Afetos boêmios, entendidos, reconstruídos, ou em reconstrução. Nada está tão dado!
Rebeldia em cultivo é possibilidade de ruptura.
Estudo em cultivo é possibilidade de compreensão de mundo.
Militância em cultivo é possibilidade de inversão da ordem.
Gente em cultivo é possibilidade de humanidade.
Humanidade urgente e necessária.
Mas também podemos nos chocar com ares domesticados, brutais, paralisantes e doutrinários. E muito cercano as vezes.
Mas quem necessita amar como eu, junto à outrxs encontra brecha e campina.
Segue, segue e segue.
Vai trombando pares desiguais e se identifica com opostos.
Pois amar pode ser respiro vital, mas pode também ser detalhe. Depende da necessidade!
E pra quem necessita amar como eu fica a dica: amar também pode ser uma preguicinha boa. Que nesses tempos chega a ser transgressão.
Que nada se encaixe e que tudo se aconchegue.
Que amemos para encantar e enfrentar! Sempre! 🖤🔥🌹
Querida Camila, te desejo vida, longa vida. 😘
J.B. 23/08/2020.
🖤🔥✨ Ninguém nos ensinará a lidar com as ausências quando novamente pudermos nos abraçar. ✨🖤🔥
Por J. B.
Entre as tantas notícias e ocorridos terríveis que estamos vivendo cotidianamente, nada é mais brutal que dar adeus a quem amamos, admiramos, escutamos, lemos, convivemos...
Mal costuramos uma ferida e já se abre outra. Até nosso tempo de sofrer foi alterado, acelerado, mercantilizado.
São tempos em que homens determinam que o mundo são das coisas e dos números, e não mais das pessoas.
Se naturaliza uma cultura da morte, onde xs alvos são bem definidos, xs pobres , em sua diversidade: negrxs, indígenas, mulheres, crianças, LGBTs, jovens e idosxs.
Nos é negado o direito à humanidade a tal ponto, que ser rebelde hoje significa lutar incansavelmente para seguirmos vivxs.
Lutar por uma cultura da vida passa a ser vital. Prioridade!
E parece que tudo está se normalizando. Será? Não. Pois não é aceitável o que está posto.
E é duro saber que ninguém nos ensinará a lidar com as ausências quando novamente pudermos nos abraçar.
Precisamos viver os lutos inteiramente, nos revoltar com perdas que poderiam ser evitadas, e aos poucos reaprender a acender as fogueiras.
Escolher os lugares, recolher a lenha, nos juntar em círculo, lembrar de onde viemos e tudo que já trilhamos. Reviver o fogo, extrair das chamas a coragem e não nos deixar abater pela a ideia de que nossas vidas não importam.
Podemos entender a morte como parte de nossa existência, mas isso é diferente de aceitarmos a nossa eliminação física, organizativa e simbólica.
Que sejamos rebeldes para nos mantermos vivxs, que sejamos ousadxs para seguirmos sonhando e que sejamos criativxs em tudo que ainda enfrentaremos.
Em homenagem à todxs camaradas que não poderemos abraçar quando nos encontrarmos outra vez. E toda força aos que neste momento lutam pela vida.
🤝 WONTANARA! 🤝
J.B 04/09/2020.
🤝 Em tempos de dúvidas repare bem quais mãos você segura... 🤝
Por J.B.
Irmã minha sei que andas sempre ao meu lado, mesmo quando meu olhar não te alcança.
Sinto nos momentos mais difíceis seu perfume acalantador.
As vezes, me revolto por sentir que a coragem quer escapulir ao menor descuido.
Tenho sonhos coletivos, amores desafiadores, dúvidas cortantes e indignação pulsante.
Que faço eu irmã minha, com essa mistura de anúncios de rupturas e afagos de conciliação?
Queria você aqui mais presente. Queria não, eu quero.
Queria você aqui virando tudo do avesso, contrariando, transgredindo e incomodando os acomodados.
Venha logo minha irmã REBELDIA. Porque sem ti, essa sua mana ESPERANÇA não encontra sentido nesse caminho complexo e inteiro que se chama LUTA.🌹🔥✊🏿
J.B. 12/08/2020.