Feminismo, antirracismo e luta de classes
Grupo de Estudos "Feminismo, antirracismo e luta de classes"
"o Covid e o covarde tem sido igualmente letais"
Entenda a nossa proposta!
Neste momento em que estamos vivendo crises profundas e de caráter global, é fundamental demandar conhecimento e inspiração à classe trabalhadora organizada, para que esta possa continuar a construção das alternativas necessárias no pavimentar do caminho rumo ao Socialismo. E não é necessário comentar a centralidade que a discussão sobre o Feminismo e o antirracismo têm, na construção desse universo combativo às atitudes tóxicas, fascistas e desrespeitosas, própria dos ambientes em que o capitalismo perde terreno e, por isso, tenta se impor com mais intensidade.
Diante disso, desenvolve-se esta proposta, para que as teorias feministas e do antirracismo possam ser debatidas e enveredadas aos processos concretos da luta de classes, nos quais esses mesmos temas e teorias foram forjados.
Por isso, este Grupo de Estudos oferecerá ao conjunto das pessoas de luta, sem distinção de gênero, a oportunidade aprofundar seus conhecimentos teóricos sobre a reprodução patriarcal e racial da sociedade brasileira com o foco na luta das mulheres, do povo negro e do camponês contra esses sistema, como um instrumento de luta contra a ordem patriarcal opressora, misógina e racista, que, por ora se impõe com toda a sua força entre nós.
Como abordaremos o assunto?
Como forma de motivar o estudo e o acesso à literatura sobre feminismo, antirracismo e luta de classes, organizaremos, aqui no site, os textos dos oito encontros planejados, os quais trarão um panorama sobre o machismo, o racismo, o patriarcado, a violência contra as mulheres e contra várias etnias do país, e assim entender a nossa sociedade sob o prisma de luta desses grupos oprimidos. Afinal, esses grupos tem de deixar de ser massacrados e enterrados pelo sistema vigente, passando a ser o condutor do enfrentamento de gargalos que não permitem a promoção da igualdade entre todos, independente de gênero, raça, credo e classe.
Para além da disposição do material de leitura no site, nossa proposta metodológica prevê ainda que encontros virtuais assessorados - com a duração de 30 a 40 minutos - aconteçam, para que o assessor possa debater o conteúdo com os cursistas que, previamente separados em pequenos grupos, também participarão dos encontros, expondo de maneira sucinta o que aprendeu com a leitura.
Onde queremos chegar?
A partir das categorias marxistas, estudaremos as contribuições do feminismo para a luta de classe na América Latina e Brasil.
Qual o programa temático?
Estudaremos 4 temas e, para cada tema, teremos duas videoaulas. Assim:
PRIMEIRA TEMÁTICA: FEMINISMO E MARXISMO
Encontro I: Pensamento Marxista, Feminismo e Patriarcado
Tentando entender os princípios fundantes do feminismo marxista, passaremos pelas contribuições de Marx, Engels e Lenin para o estudo do patriarcado na luta de classes. Assim, o feminismo e a organização das mulheres da classe trabalhadora, alinhadas a essa forma de pensar, também serão temas desenvolvidos. Expoentes como Eleanor Marx, Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo, Alexandra Kollontain, Nadejda Krupskaia e Emma Goldman, sobre o feminismo socialista, serão visitadas nesse encontro.
Encontro II: A Mulher na História do Movimento Socialista no Brasil
Nesse segundo encontro, o tema será visitado de maneira histórica. Dessa forma, exploraremos aqui: a mulher na história do Movimento Socialista no Brasil; as mulheres Anarquistas na luta de classes no início do século XX; as mulheres Comunistas na Luta de classes no Brasil (1922-1964); as mulheres na luta pelo socialismo no período da Ditadura Civil Militar de 1964; escritos de mulheres sobre temas que envolvem o feminismo na trajetória da luta socialista no Brasil.
SEGUNDA TEMÁTICA: VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E CAPITALISMO
Encontro III - A relação entre a acumulação primitiva de capital e a violência contra as mulheres
Nesse encontro vamos examinar os impactos sobre as condições materiais das mulheres durante as reestruturações econômicas do capitalismo e as divisões existentes entre as próprias mulheres para pensar como a violência de gênero é continuamente exercida no capitalismo. Assim, para entender a “feminização da pobreza” e os múltiplos ataques contra as mulheres, ainda mais evidentes durante a pandemia, vamos procurar entender como essas divisões foram criadas e como são reproduzidas.
Também vamos nos aproximar da análise de Silvia Federici sobre o papel fundamental que a violência e a opressão das mulheres teve na consolidação do modo de produção capitalista, evidenciando o papel da reprodução da força de trabalho desempenhado pelas mulheres. Analisaremos como essa opressão é acentuada nos momentos de crise econômica e como não é possível dissociar a libertação das mulheres da luta contra o capitalismo.
Encontro IV: Violência contra as Mulheres e Violência doméstica
Apresentar a trajetória pessoal, política e acadêmica de Heleieth Saffioti, demonstrando sua construção acadêmica acerca da violência contra as mulheres na sociedade de classes. Além disso, mostrar como a autora conceituou esta relação e como suas análises transbordaram para o enfrentamento da violência doméstica.
TERCEIRA TEMÁTICA: FEMINISMO E A QUESTÃO RACIAL NO BRASIL.
Encontro V: Patriarcado e Racismo no Brasil
Pensar a relação entre o patriarcado e o racismo na formação social brasileira e do processo histórico na América marcado pela escravização de pessoas negras e da diáspora Africana.
Encontro VI: Lutas e organização das mulheres negras
Refletir sobre as lutas das mulheres negras no enfrentamento à exploração, ao racismo e à discriminação de gênero no Brasil contemporâneo.
QUARTA TEMÁTICA - FEMINISMO CAMPONÊS E POPULAR
Encontro VII: Resgate histórico do feminismo camponês e popular na Via campesina, feminismo comunitário, bem viver, debate da CLOC e via campesina.
Neste encontro vamos percorrer o caminho da construção do Feminismo Camponês Popular observando as principais expressões do neoliberalismo no momento histórico em que foi gestado e seus impactos na vida das populações do Campo, especialmente na vida das mulheres.
Do mesmo modo, compreender as formulações estratégicas e táticas forjadas no processo de enfrentamento ao modelo neoliberal debatidas articuladas num projeto comum por meio da CLOC e da via campesina, apreendendo suas expressões no feminismo comunitário e do bem viver.
Encontro VIII: Debate estratégico e desafios do feminismo camponês e popular no Brasil.
Neste encontro vamos aprofundar o debate estratégico do feminismo camponês popular, trazendo as elaborações mais recentes, tendo em vista o aprofundamento do neoliberalismo, as consequências para as populações no campo. Com o enfoque na realidade brasileira, debateremos os desafios do feminismo camponês popular, e da estratégia democrático popular, na qual Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra se insere neste momento histórico de aprofundamento das crises políticas, econômica, sanitária e ambiental.
Cronograma dos encontros
Encontro I - 18 de junho 2020
Encontro II - 02 de julho 2020
Encontro III - 16 de julho 2020
Encontro IV - 30 de julho 2020
Encontro V - 13 de agosto 2020
Encontro VI - 27 de agosto 2020
Encontro VII - 10 de setembro 2020
Encontro VIII - 24 de setembro 2020
Tópicos de Estudo
1 - PRIMEIRA TEMÁTICA - FEMINISMO E MARXISMO: clique aqui
2 - SEGUNDA TEMÁTICA - VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E CAPITALISMO: clique aqui
3 - TERCEIRA TEMÁTICA: FEMINISMO E A QUESTÃO RACIAL NO BRASIL: clique aqui
4 - QUARTA TEMÁTICA - FEMINISMO CAMPONÊS E POPULAR: clique aqui
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