Quando ocupamos aquela terra, paramos de morrer...

Entendendo nossa proposta

O Movimento Sem Terra está rumando ao seu aniversário de 40 anos (1984-2024). Uma história de lutas, conquistas e resistência ativa em solo brasileiro. Já são quase quatro décadas de construção de nosso movimento e isso só foi possível pela ousadia histórica de lutar pela democratização da terra e por Reforma Agrária. Nesse percurso, a Educação é uma das áreas prioritárias de atuação do MST que, desde a sua origem, desenvolveu processos educativos visando à elevação cultural, ampliação de conhecimentos e saberes dos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra.

O MST ao analisar o seu percurso histórico na luta pela terra e a situação da questão agrária brasileira, foi percebendo a partir da realidade concreta que Reforma Agrária clássica enquanto um projeto para o país já não era mais viável dado às novas configurações do capitalismo na agricultura a reestruturação do espaço agrário a partir de década de 1990, com o avanço do agronegócio. Com isso, o MST projeta e traz para o debate nacional a Reforma Agrária Popular como um projeto estratégico e popular para o campo brasileiro e a sociedade em geral, onde se pauta por uma nova matriz de produção e organização social no campo, com produção de alimentos saudáveis, educação, cultural, saúde e outros tantos direitos.

Com objetivo de compreender o lugar e o papel da Educação na luta e construção da Reforma Agrária Popular é que o Coletivo Nacional de Educação do MST criou o presente Grupo de Estudo "Reforma Agrária Popular e Educação”.

O que queremos?

a) Dar continuidade ao processo de formação dos educadores e das educadoras do MST, aportando subsídios teórico-práticos em vista a ampliar os conhecimentos acerca de temas e questões fundamentais do projeto educativo do MST;

b) Aprofundar a compreensão das categorias básicas de constituição da Pedagogia do Movimento Sem Terra e de nossa concepção de educação;

c) Compreender o lugar e o papel da educação no processo de luta e construção da Reforma Agrária Popular. Reflexões que permitam aprender a relação da educação com as dimensões da Reforma Agrária Popular (vinculação com a agroecologia, a cooperação, as lutas sociais, a relação com outras organizações de trabalhadores e enfrentamento as distintas formas de violência aos seres humanos);

d) Potencializar a unidade política, ideológica e organizativa do trabalho com educação do MST.

Como faremos?

O grupo de estudo está programado para ocorrer quinzenalmente, de agosto a novembro, em sete encontros temáticos com duração de 2 horas cada. A cada encontro contaremos com assessorias de educadores/as com acumulo teórico-político sobre o tema. Será organizada uma bibliografia referência para leitura prévia.

A dinâmica de cada encontro constitui na exposição do/a assessor que terá de 40 minutos a 1 hora e em seguida será aberto aos participantes para que possam agregar reflexões ou mesmo formular questões que ajudem na compreensão do tema em debate.

Cronograma

Temas de Estudo

Objetivando uma visão geral e uma melhor compreensão acerca da Reforma Agrária Popular e sua conexão com a questão da Educação, organizamos nosso "Grupo de Estudos" a partir de seis grandes temas. Cada tema terá sua página exclusiva e, nela, estará a apresentação do que tratará cada um dos 6 assuntos escolhidos.

1. Educação e Reforma Agrária Popular: Acesse página aqui

2. Trabalho e Educação em Marx – referências históricas: Acesse página aqui

3. Agroecologia e Educação: Acesse página aqui

4. Pedagogia do MST: Acesse página aqui

5. Cultura, artes e linguagens artísticas na formação humana: Acesse página aqui

6. Lutas antipatriarcais e antirracistas, projeto societário e educação: Acesse página aqui

7. Hegemonia e Educação. Assessoria: Roberto Leher (UFRJ) - Acesse página aqui