2010Dez

23/12/2010

APOLLO realizará projeto a respeito da fauna e o trânsito

Biólogos vão monitorar atropelamentos de animais silvestres e propor formas para reduzir acidentes

O impacto de estradas e rodovias sobre os animais silvestres, em especial quanto aos atropelamentos, tem sido um tema que vem despertando o interesse de diversos pesquisadores em vários países.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, são duas as causas principais dos atropelamentos de animais silvestres. A primeira se deve ao fato da estrada cortar o ambiente que é utilizado pelos animais, interferindo no deslocamento destes bichos quando se movimentam para buscar comida e água, quando procuram parceiros durante o período de acasalamento ou quando migram. A segunda causa é a existência de grande abundância de comida ao longo das estradas, em grande parte proveniente dos grãos que caem de caminhões, e em parte devido à presença de carcaça de animais mortos que acabam servindo de atrativo para os animais carnívoros, gerando uma sequência de atropelamentos.

Uma terceira causa destes atropelamentos está relacionada à velocidade dos veículos que transitam nas rodovias e à baixa importância dada à conservação da fauna silvestre pela maioria dos condutores.

Na manhã desta quinta (23/12) os biólogos da APOLLO ONG protocolaram junto à APA do Ibirapuitã uma carta manifestando a intenção de realizar o Projeto Piloto "Conservação da Fauna e Educação Ambiental - Estimativa da Perda de Fauna Silvestre por Atropelamentos e Proposição de Medidas Mitigadoras", com a finalidade de obter dados sobre a mortalidade de animais silvestres causada por atropelamentos ao longo da BR 158, entre Rosário e Livramento, e no trecho da BR 293 que atravessa a Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã. Além de obter informações sobre quantos são e quais são as espécies de animais vítimas de atropelamentos nestes trechos, os biólogos da APOLLO pretendem propor medidas de prevenção de acidentes, bem como realizar campanhas de Educação para o Trânsito.

Fonte: Escritório da APA do Ibirapuitã/ICMBio/MMA

21/12/2010

Andrea Sá Brito defende Tese de Mestrado sobre a APA

"ENTRE O CORREDOR E A ESTÂNCIA: DINÂMICAS SOCIAIS E PRODUTIVAS NA APA DO RIO IBIRAPUITÃ"

Acontecerá nesta quarta feira (22/12) a defesa da dissertação de Andréa Sá Brito, do Programa de Pós Graduação em Extensão Rural da UFSM. A defesa acontecerá às 14h na Sala 2 do prédio do ensino superior - IFFarroupilha Campus Alegrete e a banca será composta por Marcos Flávio Silva Borba (Embrapa), Marco Antônio Verardi Fialho (UFSM), Fernando Luiz Ferreira de Quadros (UFSM) e Pedro Selvino Neumann (orientador).

"ENTRE O CORREDOR E A ESTÂNCIA: DINÂMICAS SOCIAIS E PRODUTIVAS NA APA DO RIO IBIRAPUITÃ" é um estudo que caracteriza as principais dinâmicas evidenciadas entre os grupos sociais típicos do pampa identificados na APA do Rio Ibirapuitã. Apoiado no método conhecido como Análise e Diagnóstico dos Sistemas Agrários a dissertação identifica as zonas homogêneas no interior da APA, estudando a dinâmica demográfica que segue a lógica das zonas, tendo uma frente composta pelas estâncias, centralizada; e outra frente periférica, onde predomina a lógica familiar aglutinando as moradias e formando os Rincões. Além de caracterizar os diferentes tipos sociais presentes nestas zonas (pecuaristas familiares, assalariados, changueiros, aposentados, quilombolas, comerciantes, ocupantes, agregados, andantes ou teatinos), a dissertação, com base na teoria do valor agregado, faz a analise da capacidade de reprodução econômica e social dos principais sistemas de produção presente na APA. Merece especial menção a caracterização das relações de trabalho, gênero, e com o ambiente bem como as estratégias peculiares de reprodução econômica e social utilizado em determinados sistemas de produção, como é caso do “gado de corredor”, o arrendamento “por cabeça”, as vendas conjuntas, o turismo e o marketing ambiental. Assim, o estudo aponta, diante desse cenário, a necessidade de reconhecer e atuar na mediação entre tais relações, de modo a diminuir as discrepâncias entre os segmentos sociais, e aproveitar o conhecimento tradicional no sentido da conservação dos agroecossistemas e da herança cultural presentes no Bioma Pampa.

Fonte: Dr. Pedro Selvino Neumann ( neumannsp@yahoo.com.br ) - UFSM

09/12/2010

ICMBio recolhe lixo na APA do Ibirapuitã

Atividade focou os cursos d’água na estrada que liga a BR293 ao Passo do Cerrito

Na última terça-feira (07/12) os analistas ambientais do ICMBio realizaram operação de recolhimento de lixo disposto irregularmente junto às sangas e ao Rio Ibirapuitã, no trecho da Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã que vai da BR293 até o Passo do Cerrito. A operação teve como finalidade evitar que estes resíduos acabassem arrastados pelas chuvas para dentro dos cursos d’água da área protegida.

Conflito entre uso religioso e proteção ao meio ambiente

Já na primeira parada os analistas encontram garrafas, velas e papéis dispostos dentro da sanga, resultantes de oferendas de religião africana. O conflito gerado pelo uso da área da APA para fins religiosos, em especial das áreas junto a nascentes e cursos d’água, tem se mostrado um tanto complicado para solucionar. Não foram identificados até agora quais são os centros africanistas que utilizam estes espaços, para que possa ser construída uma solução conjunta, harmonizando o uso religioso e a proteção ambiental.

A gestora da APA esteve em Porto Alegre consultando o Sr Jorge Verardi, presidente da Federação da Religião Afro-Brasileira – AFROBRAS, sobre como foram tratados os conflitos entre religiosos e o Parque de Itapuã, o Morro de Sapucaia e o Rio Guaíba (festa de Nossa Senhora dos Navegantes, com muitas oferendas à Iemanjá). Segundo Verardi, as recomendações aos centros de religiões africanistas são para que não utilizem bandejas e sim folhas de mamona ou mandioca ou bananeira, que derramem as bebidas no solo e levem embora as garrafas, que não deixem forminhas, papel celofane, plásticos e vidros nas oferendas, pois lembra que estas religiões foram trazidas pelos escravos e que eles não utilizavam este tipo de materiais em suas oferendas.

Quanto aos santos e velas, deverá ser regrado um local adequado para sua colocação, evitando que parem dentro da água, poluindo nascentes e cursos d’água, bem como deverá ser obrigatório o recolhimento e o descarte adequado destes materiais. Jorge Verardi informou que após amanhecer o dia estes materiais já podem ser tratados como resíduos e podem ser recolhidos e destinados ao lixo, sem risco de representarem desrespeito à religião.

Neste ponto também foram encontrados diversos metros de uma tira de borracha de uso automotivo abandonada na margem da sanga.

Arroio Sarandizinho

Ao vistoriarem a área junto à ponte do Arroio Sarandizinho os analistas recolheram cerca de 75 litros de lixo. Esta área é utilizada para acampamentos, sendo visualizadas diversas marcas de "churrasqueiras" improvisadas, algumas instaladas encostadas nos troncos das árvores, o que a longo prazo causará a morte destas plantas. Neste local foram encontradas muitas latas de conserva, grande quantidade de sacolas plásticas, fraldas descartáveis usadas e deixadas a menos de 5 metros da beira do arroio, roupas velhas, sapatos usados, garrafas de vidro e garrafas PET, bem como uma pilha que foi estourada dentro de uma das churrasqueiras, contaminando o solo. Praticamente por toda a área há espalhada grande quantidade de papel higiênico usado, demonstrando que os frequentadores destes acampamentos sequer possuem noções mínimas de higiene e saúde.

Passo do Cerrito, Rio Ibirapuitã

Junto à estrada que atravessa o rio Ibirapuitã foram recolhidas embalagens vazias de óleo lubrificante, abandonadas bem próximo às margens do rio. Às margens do rio Ibirapuitã existem diversas áreas utilizadas como acampamento. Infelizmente na área conhecida como Passo do Cerrito todos os locais de acampamento estavam demarcados pelo lixo deixado pelos frequentadores. O maior volume do lixo neste ponto era formado por garrafas PET, as quais foram destampadas, amassadas para ocupar menos espaço, e novamente tampadas, e mesmo assim encheram 2 sacos de lixo de 100 litros. Novamente foram recolhidos sapatos velhos, roupas abandonadas, latas de conserva, muitas garrafas de vidro, potes plásticos, latas de bebidas e sacolinhas plásticas. Também nesta área a grande quantidade de papel higiênico usado espalhado pelos acampamentos chamou a atenção dos técnicos, demonstrando a baixa preocupação dos frequentadores destes locais com noções mínimas de higiene e saúde.

Dúvida: se chegou a embalar as garrafas vazias, por que não levou de volta?

Venenos de Uso Veterinário e Obrigatoriedade da "Logística Reversa"

Ao longo da estrada foram recolhidas embalagens usadas do veneno (inseticida) popularmente conhecido como "Mata-bicheira". Até este ano o regramento que obrigava a devolução das embalagens usadas de produtos perigosos para os comerciantes e fabricantes era uma exclusividade para os produtos agrotóxicos. A partir de 2010, com a publicação da nova lei que define a Política Nacional de Resíduos Sólidos, todos os fabricantes, vendedores e importadores de produtos considerados perigosos à saúde e ao meio ambiente ficam obrigados a estabelecer a "Logística Reversa". Em outras palavras, assim como montam toda a logística de armazenagem e de transporte para fazer o produto chegar até o consumidor, existe a partir de agora a obrigação de montarem a logística para recolhimento junto ao consumidor, armazenagem, transporte e destinação final adequada das embalagens usadas/contaminadas por estes produtos. Cabe aos pecuaristas guardarem as embalagens vazias de produtos veterinários (incluindo vacinas) e devolvê-las aos vendedores, para que estes, por sua vez, devolvam aos fabricantes ou importadores.

Destinação Adequada do Lixo Coletado

O lixo coletado foi separado em sacos distintos e a destinação dada aos resíduos foi a seguinte: garrafas PET e latas de metal foram entregues a um catador de material reciclado, as embalagens vazias de lubrificantes e as pilhas usadas foram entregues a um posto de combustíveis, o restante dos resíduos foi deixado junto com os sacos de lixo que aguardavam o recolhimento da coleta realizada pela prefeitura. A exceção foram as embalagens de "Mata-bicheira" que serão separadas por marca e serão encaminhadas via Correio para o endereço do fabricante, juntamente com ofício comunicando-o sobre a obrigação de que eles estabeleçam a Logística Reversa para este produto, ajudando a evitar futuras contaminações do solo, das águas e das pessoas e animais existentes na APA do Ibirapuitã. Esta é uma medida meramente educativa, pois não cabe ao ICMBio, nem à APA e, menos ainda, ao Governo Federal, pagar pelos custos para a devolução das embalagens vazias ao fabricante.

Então é o ICMBio quem deve coletar o lixo rural na APA?

Definitivamente, não. A responsabilidade sobre o recolhimento e destinação adequada dos resíduos sólidos na zona rural do município (dentro e fora da APA) é compartilhada entre a Prefeitura, os proprietários das terras e moradores da região e os visitantes. Cada um deve fazer a sua parte: cabe aos moradores e proprietários recolher e separar os resíduos gerados pela propriedade e encaminhar para a destinação correta, cabe à administração municipal providenciar formas de facilitar a destinação adequada destes resíduos sólidos gerados na área rural e cabe aos visitantes a responsabilidade de levar de volta para sua cidade todo o material que tiver trazido até a área rural, encaminhando os resíduos para a destinação correta.

O ICMBio

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio é uma autarquia federal ligada ao Ministério do Meio Ambiente. Atualmente é responsável pela gestão de 304 Unidades de Conservação federais (entre elas a APA do Ibirapuitã) e 11 Centros de Pesquisa Especializada. Para saber mais: http://www.icmbio.gov.br

A APA do Ibirapuitã

A Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã é uma unidade de conservação federal da categoria "Uso Sustentável", ou seja, onde é permitida a permanência da população no interior na área protegida e onde é possível o uso de parte dos recursos naturais contidos em seu território. Ela possui cerca de 317.000 hectares distribuídos pelos municípios de Alegrete, Rosário do Sul, Quaraí e Sant’Ana do Livramento e é, hoje, a única área protegida federal localizada no Bioma Pampa. Para saber mais: http://sites.google.com/site/apadoibirapuita

Fonte: Escritório da Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã/ICMBio/MMA

E-mail: apa_ibirapuita@yahoo.com.br

08/12/2010

JAVALI

Governo do Estado edita Portaria regulamentando caça ao Javali no RS

Foi publicada na última sexta-feira (03/12) a Portaria SEAPPA n. 183/2010, a qual regra a caça e o abate dos javalis no Rio Grande do Sul.

A portaria libera a caça no território gaúcho, porém condiciona a caça dentro de Unidades de Conservação à existência prévia de autorização do órgão gestor da área protegida.

Estão sendo tomadas as medidas necessárias para que seja liberada pela presidência do ICMBio a caça no interior da APA do Ibirapuitã, fronteira com o Uruguay.

Acompanhe abaixo o texto da Portaria em sua versão integral:

PORTARIA SEAPPA Nº 183, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2010.

Estabelece medidas de controle ambiental da ocorrência de javali-europeu, "Sus scrofa" e seus híbridos, e dá outras providências.

O Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, no uso das atribuições que lhe confere a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, e,

Considerando as competências do Estado para implementar medidas de controle do javali-europeu, (Sus scrofa) e seus híbridos;

Considerando os prejuízos significativos que estão ocorrendo, causados pelo javali-europeu "Sus scrofa" e seus híbridos, repercutindo negativamente nas questões ambiental, econômica e no agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul;

Considerando as disposições contidas no artigo 37 da Lei n. 9605, de 12 de fevereiro de 1998, descriminalizando o sacrifício de animais silvestres, quando expressamente autorizado pela autoridade competente e realizado com vistas a proteção de lavouras, pomares, rebanhos e meio ambiente;

Considerando que a Convenção de Diversidade Biológica da qual o Brasil é signatário, representada pelo anexo único do Decreto n. 2.519, de 16 de marco de 1998, autoriza que cada parte contratante, na medida do possível, promova a erradicação de espécies exóticas que ameacem os ecossistemas e espécies locais;

Considerando serem o javali-europeu, "Sus scrofa" e seus híbridos, animais exóticos invasores, nocivos às espécies silvestres nativas, ao meio-ambiente, à agricultura, à pecuária e ao meio ambiente, podendo, ainda, implicar em riscos à segurança de seres humanos;

Considerando a existência do javali-europeu, "Sus scrofa" e seus híbridos, em condições de vida livre, em diversas Regiões do Estado do Rio Grande do Sul, principalmente na Região da Serra e na Região Sul;

Considerando as definições previstas pela Instrução Normativa IBAMA nº141/2006 sobre espécies exóticas invasoras, controle de fauna nociva e manejo ambiental,

Considerando a Nota Técnica – CGFAP- Coordenação-Geral de Autorização de Uso e Gestão de Fauna e Recursos Pesqueiros nº /2010 de 19 de agosto de 2010 – do Ministério do Meio Ambiente- MMA e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –IBAMA, e

Considerando o aumento significativo da espécie, em razão, inclusive da revogação da Instrução Normativa n.º 71, de 04/08/2005, que autorizava o controle populacional do javali "Sus scrofa" por meio de captura e abate em todo o Estado do Rio Grande do Sul,

RESOLVE:

Art. 1° - Regulamentar, por meio da captura e do abate e por tempo indeterminado, o controle ambiental da ocorrência de javali-europeu, "Sus scrofa" e seus híbridos, considerados fauna exótica invasora.

Parágrafo Único: Serão considerados passíveis de abate todos os exemplares de "Sus scrofa" em todas as suas formas, linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento com o porco-doméstico, em situação de liberdade.

Art. 2º - Para os efeitos desta Portaria serão utilizadas as seguintes definições:

I - controle ambiental da ocorrência de javali-europeu: ações destinadas à identificação e mapeamento da ocorrência, à captura e/ou ao abate de espécimes de javali-europeu, "Sus scrofa" e seus híbridos, considerados fauna exótica invasora.

II - fauna exótica invasora: animais introduzidos em ecossistema do qual não fazem parte originalmente, mas onde se adaptam e passam a exercer dominância, prejudicando processos naturais e espécies nativas, alem de causar prejuízos de ordem ambiental, econômica e social.

Art. 3º - No intuito de possibilitar o controle ambiental, a ocorrência de espécimes de javali-europeu, "Sus scrofa" e seus híbridos, nos limites da propriedade do produtor rural, deverá ser noticiada

à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, através de suas unidades municipais (Inspetorias Veterinárias e Zootécnicas - IVZs).

Art. 4º - O abate do javali se dará unicamente por meios físicos, sem limite de quantidade, sendo vetado qualquer tipo de controle por outros meios, sobretudo o uso de venenos.

Parágrafo único - O controle de javali não será permitido nas propriedades particulares sem o consentimento expresso ou tácito de seus proprietários.

Art. 5° - Os produtos e subprodutos obtidos através da captura e abate de javalis não poderão ser comercializados ou consumidos em restaurantes, lanchonetes, pensões, bares, hotéis e estabelecimentos similares.

Art. 6º - O abate do javali não será permitido em Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Municipais, salvo quando autorizado pelo órgão responsável pela Unidade.

Art. 7º - Serão consideradas infrações à presente Portaria quaisquer atos contrários a seus dispositivos e ao que dispõe as Leis n° 5.197/67 e Lei n° 9.605/98 , sujeitando-se o infrator às penalidades previstas na legislação pertinente.

Art. 8° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2010

Gilmar Tietböhl Rodrigues,

Secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio

Publicado no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul em 03/12/2010

08/12/2010

A Platéia em Espanhol

Rivera/Uruguai

Primer encuentro de caza de jabalí

Ante la proliferación masiva del jabalí, se están organizando en el país algunas actividades para fomentar la caza de este animal que ya fue declarado plaga nacional y que está causando muchos estragos en plantaciones y criaderos de animales en el campo. El jabalí es un animal omnívoro, generalmente se alimenta de vegetales pero no duda en comer animales.

En Minas de Corrales se desarrolló la primer fiesta de la cacería del chancho jabalí, de la que participaron equipos provenientes de varios lugares, entre ellos el grupo "Los charrúas" representando a Rivera que se quedó con el 3er lugar del concurso. Dialogamos con Álvaro Romera, integrante del grupo «Los Charrúas», quién valoró muy positivamente la actividad puesto que asistió una gran cantidad de público y de competidores. Los representantes de Minas de Corrales se quedaron con el 2do lugar y los de Vichadero con el 1er lugar.

Ganadores

En total participaron 15 grupos, conformados por 10 integrantes cada uno.

Para esta competencia se ponderaron aspectos como el peso del animal cazado, el tamaño y el estilo con que se capturaba al jabalí. Se premió a los ganadores con dinero, medallas y trofeos.

Forestación

En Rivera la actividad forestal hacontribuído en la proliferación de la plaga puesto que en los campos forestados el jabalí encuentra un habitat ideal para la reproducción, alimentación y tranquilidad lo que permite que se reproduzca rápidamente.

Propiedades

La carne de jabalí posee un sabor suave, es magra y baja en colesterol, lo cual hace que sea catalogada como más saludable que la del cerdo común.

En comparación con otros alimentos, la cantidad de grasa y colesterol de la carne de jabalí es muy baja, es una carne firme y fuertemente proteica. Todos estos datos le dan un alto valor nutritivo.

Si, además, se tiene en cuenta que la alimentación que recibe el animal es natural, la proporción de ácidos grasos la vuelve aún más saludable.

Fonte: http://www.aplateia.com.br/