No passado dia 15 de Setembro realizou-se a inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Tábua
Na sua primeira visita ao concelho na qualidade de mais alto magistrado da Nação, Aníbal Cavaco Silva, presidiu a cerimónia de inauguração, estando ainda presentes a Secretária de Estado da saúde, Drª Cármen Pignatelli, Exm. Senhor Governador Civil de Coimbra, Dr. Henrique Fernandes, Presidente da Câmara Municipal de Tábua, Engenheiro Francisco Ivo Portela entre outros convidados ilustres.
O Presidente da República no seu discurso, ouvido por mais de um milhar de pessoas, nomeadamente os membros dos ranchos, filarmónicas, fanfarras e bombeiros do concelho, salientou a importância deste tipo de unidades para a nossa sociedade, ‘’Esta unidade é um bom exemplo daquilo que a sociedade civil pode fazer para cuidar e prestar atenção de forma humana aos idosos da nossa sociedade’’.
O Presidente da Câmara de Tábua, Engenheiro Francisco Ivo Portela no seu discurso, apelou à Secretária de Estado da saúde, Drª Cármen Pignatelli, que esteve presente na cerimónia, para que seja instalada no concelho uma ambulância SIV (Suporte Imediato de Vida). Mostrou mesmo disponibilidade para que o Município colabore financeiramente nesta opção. Recorde-se que o Centro de Saúde de Tábua é um dos que no distrito de Coimbra está na “lista negra” do Ministério da Saúde para ficar sem urgências no período nocturno. Salientando que este “é um problema que nos preocupa e não podemos ser empurrados para situações adversas”.
Congratulou a direcção da Santa Casa da Misericórdia de Tábua, pela “missão corajosa, de grande responsabilidade financeira e social, que era quase impossível de levar a cabo, tal o volume financeiro da obra e a escassez de recursos”.
Por fim, o Capitão Ferreira Marques, Provedor da Santa Casa da Misericórdia referiu que depois do encerramento, o edifício do antigo hospital, foi-se degradando e tiveram lugar várias tentativas para reactivar o espaço, mas só em 2005 a Misericórdia de Tábua decidiu avançar para a criação de um hospital de cuidados continuados, realçou ainda que a inauguração do antigo hospital e agora a sua reactivação, como unidade de cuidados continuados, são dois momentos que “representam várias gerações, vários modelos, mas que acima de tudo traduzem outras exigências, outras respostas, no âmbito da saúde”. A remodelação total do antigo edifício custou cerca de cinco milhões de euros, tendo sido comparticipado em 500 mil euros pelo programa Saúde XXI. A infra-estrutura, com dez mil metros quadrados de área e três pisos, tem 72 camas, com 12 suites, repartidas por quatro unidades: convalescença, reabilitação, longa duração e cuidados paliativos. A Médio prazo possuirá ainda um lar de idosos e as valências de fisioterapia, reabilitação e hidroterapia com ginásio, SPA e piscina interior. Poderão ainda vir a existir consultas externas em várias especialidades.
A cerimónia encerrou com um almoço nos jardins do Hospital.