Ecoeficiência

O termo eco-eficiência foi cunhado pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Business Council for Sustainable Development, WBCSD), em 1992 a sua publicação "Mudança em Curso". É baseado no conceito de criação de mais bens e serviços ao usar menos recursos e criando menos desperdício e poluição.

A Cúpula da Terra de 1992 (ECO-92) endossou a ecoeficiência como meio para as empresas implementar a Agenda 21 no setor privado, e o termo se tornou sinônimo de uma filosofia de gestão orientada para a sustentabilidade.

Segundo a definição do WBCSD, a ecoeficiência é alcançada mediante a entrega de "bens a preços competitivos e serviços que satisfaçam as necessidades humanas e trazem qualidade de vida, enquanto progressivamente reduzindo impactos ambientais dos bens e intensidade de recursos ao longo de todo ciclo de vida para um nível em pelo menos em linha com capacidade estimada de sustentação pela Terra."

Este conceito descreve uma visão para a produção de bens de valor econômico e serviços, reduzindo os impactos ecológicos da produção. Em outras palavras ecoeficiência significa produzir mais com menos.

De acordo com o WBCSD, os aspectos críticos da ecoeficiência são:[1]

    • A redução do consumo de materiais na produção de bens ou serviços;

    • A redução da intensidade energética de bens ou serviços;

    • A redução da dispersão de materiais tóxicos;

    • Aprimoramento da reciclagem;

    • A máxima utilização de recursos renováveis;

    • A maior durabilidade dos produtos;

    • Aumentar a intensidade de serviços no balanço entre bens e serviços.

A redução do impacto ecológico traduz-se em um aumento na produtividade dos recursos, que por sua vez, pode criar uma vantagem competitiva.

Estratégias que têm sido associados a ecoeficiência incluem os chamados "Fator 4" e "Fator 10", que exigem reduções específicas na utilização de recursos, um "capitalismo natural", que incorpora a ecoeficiência como parte de uma estratégia mais ampla, e o movimento "do berço ao berço", que afirma ir além da ecoeficiência ao abolir a própria ideia de resíduos. De acordo com Boulanger[2], todas as versões da ecoeficiência compartilham quatro características principais:

    • Confiança na inovação tecnológica como a principal solução para a insustentabilidade;

    • Dependência do negócio como o ator principal de transformação. A ênfase é sobre o projeto de novos produtos nas empresas, mudança para novos processos de produção, o investimento em P&D, etc, mais do que na comercialização ou no consumidor, muito menos o cidadão.

    • Confiança nos mercados (se eles estão funcionando bem);

    • "Growthphilia" (aproximadamente, "apreciação pelo crescimento"): não há nada de errado com crescimento como tal. Além disso, com a filosofia "do berço ao berço", o crescimento é propício para a sustentabilidade per se.

Ver Desmaterialização; Ecologia Industrial; Química Verde

Referências

1. Lovins, L. Hunter (2008). Rethinking production; State of the World 2008, p. 34.

2. Boulanger, P.M. (2010) “Three strategies for sustainable consumption”. S.A.P.I.EN.S. 3 (2)

Literatura adicional

Ligações externas