Marketing Ambiental

Marketing Ambiental, também chamado Marketing Verde ou ainda Marketing Ecológico é a comercialização de produtos que se presume serem ambientalmente seguros.[1] Assim, o Marketing Ambiental incorpora uma ampla gama de atividades, incluindo a modificação de produtos, mudanças no processo de produção, alterações de embalagens, bem como a modificação da publicidade. Ainda assim, definir o Marketing Ambiental não é uma tarefa simples, onde se cruzam vários significados e alguns contradizem-se. Um exemplo disso está na existência de variadas definições sociais, ambientais e de comércio varejista ligados a este termo.[1]

Marketing Verde, Ambiental e "Eco" fazem parte das abordagens de Marketing que não só reorientam, ajustam ou melhoram o pensamento em marketing e as práticas existentes, mas visam contestar as abordagens e fornecer uma perspectiva substancialmente diferente. Em mais detalhes o Marketing Verde, Ambiental e "Eco" pertencem ao grupo de abordagens que procuram suprir a falta de ajuste entre o Marketing como é praticado atualmente e as realidades ecológicas e sociais do ambiente mais amplo de Marketing.[2]

As implicações legais dos anúncios de marketing exigem cautela. Alegações enganosas ou exageradas podem levar a desafios regulatórios ou de natureza civil. Nos EUA, a Federal Trade Commission fornece algumas orientações sobre os anúncios de marketing ambiental.[3] Esta Comissão deverá fazer uma revisão geral desta orientação, e as normas legais que ele contém, ainda em 2011.[4]

História

O termo Marketing Verde entrou em destaque no final de 1980 e início de 1990.[5] A American Marketing Association (AMA) realizou o primeiro seminário sobre "Marketing Ecológico" em 1975.[6] O procedimentos deste encontro resultaram em uma dos primeiros livros sobre Marketing Verde intitulado "Ecological Marketing".[7]

books.google.com

Os Relatórios da Corporate Social Responsibility (CSR) começaram com o vendedor de sorvete Ben & Jerry, onde o relatório financeiro foi completado por uma ampla visão sobre o impacto ambiental da empresa. Em 1987, um documento elaborado pela World Commission on Environment and Development definiu desenvolvimento sustentável como encontro "às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades", este se tornou conhecido como Relatório Brundtland, e foi mais um passo para o pensamento generalizado sobre a sustentabilidade na atividade cotidiana. Dois marcos tangíveis para a onda de um Marketing Verde veio na forma de livros publicados, sendo que ambos foram chamados de Marketing Verde. Eles estavam por Ken Peattie (1992) no Reino Unido e por Jacquelyn Ottman (1993) nos Estados Unidos da América.[8]

De acordo com Jacquelyn Ottman (autora de "The New Rules of Green Marketing: Strategies, Tools, and Inspiration for Sustainable Branding", Greenleaf Publishing[9] e Berrett-Koehler Publishers, Fevereiro de 2011), do ponto de vista organizacional, as considerações ambientais devem ser integrados em todos os aspectos do Marketing - desenvolvimento de novos produtos, de comunicação e todos os pontos entre eles.[10] A natureza holística do Marketing Verde também sugere que, além de fornecedores e varejistas novos interessados ​​se alistem, incluindo educadores, membros da comunidade, órgãos governamentais e organizações não governamentais. Questões ambientais devem ser equilibradas com as necessidades do cliente primário.[11]

A última década mostrou que o poder de aproveitamento do consumidor para efetuar a mudança ambiental é algo muito mais fácil de ser dito do que feito. O chamado movimento do "consumidor verde" nos EUA e outros países tem se esforçado para atingir certa massa crítica e permanecer na vanguarda das mentes dos compradores.[12] Embora as pesquisas de opinião pública tomadas desde o final dos anos 1980 têm mostrado consistentemente que uma porcentagem significativa dos consumidores nos EUA e em outros países professam uma forte disposição a favor de produtos e empresas ambientalmente conscientes, os esforços dos consumidores de fazê-lo na vida real permanecem imprecisos.[1] Um dos desafios do Marketing Verde é a carência de normas ou consenso público sobre o que constitui algo definível como "verde", segundo Joel Makower, um escritor no campo do Marketing Verde.[13] Em essência, não há uma definição "do quão bom é bom o suficiente" quando se trata de um produto ou empresa que faz o Marketing Verde. Esta falta de consenso por parte dos consumidores, dos comerciantes, dos ativistas, dos reguladores e pessoas influentes, diminuiu o crescimento de produtos verdes, afirma Makower, porque as empresas são muitas vezes relutantes em promover os seus atributos verdes, e os consumidores são muitas vezes céticos sobre os anúncios.[13][14]

Apesar destes desafios, o Marketing Verde continuou a ganhar adeptos, particularmente à luz da crescente preocupação global sobre a mudança climática. Esta preocupação tem levado mais empresas a anunciar seu compromisso de reduzir seus impactos no clima, e o efeito que está tendo sobre os seus produtos e serviços.[15][16]

Estrutura

Marketing Ecológico

O Marketing Ecológico foi baseado na ideia de que a proteção ambiental e a conservação dos recursos podem ser melhor desenvolvidos através de menos regulação pelo setor público e de mais atuação de empresas no setor privado. Essa ideia, por sua vez, é baseada na premissa de que o consumidor ecologicamente engajado é um segmento legítimo de mercado, mas em grande parte não utilizado - o que é identificável, acessível e mensurável.[17] Na década de 1970 a importância de um pequeno número de questões ambientais, como o uso de petróleo ou a poluição de uma estreita faixa de indústrias (por exemplo, a indústria de automóveis e a de produtos químicos) foi enquadrado como algo que era relevante para engenheiros, advogados e profissionais da área de Marketing dentro das empresas.[2]

Originalmente proposta na primeira conferência de Marketing Ecológico da American Marketing Association em 1975,[18] a ideia era compatível com a tendência anti-regulatória daquele período nos EUA. Constatou-se o apoio na conferência de 1979, em que foi percebido que o governo e as empresas devem garantir um maior equilíbrio na divisão da responsabilidade pela gestão de externalidades sociais negativas.[19]

Marketing Ambiental / Verde

Infelizmente, a maioria das pessoas acredita que o Marketing Ecológico (Verde) refere-se unicamente à promoção ou publicidade de produtos com características ambientais. Termos como "livre de fosfato", reciclável, "amigável ao ozônio", recarregável, e "amigo do ambiente" são algumas das coisas que os consumidores mais frequentemente associam com o Marketing Verde.[NOTA 1] Embora esses termos são palavras permanentes em Marketing Verde, em geral, o Marketing Verde é um conceito muito mais amplo, que pode ser aplicado a bens de consumo, bens industriais e até mesmo serviços. Assim, o Marketing Verde incorpora uma ampla gama de atividades, incluindo a modificação do produto, alterações do processo de produção, mudanças de embalagem, bem como a modificação da própria publicidade. Marketing Verde entrou em destaque no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, mas foi tema de discussão anterior. A American Marketing Association (AMA) realizou o primeiro seminário sobre "Marketing Ecológico" em 1975.[18] O procedimentos deste encontro resultaram em um dos primeiros livros sobre Marketing Verde intitulado "Marketing Ecológico". De acordo com Dainora Grundey e Rodica Milena Zaharia, Marketing Ambiental ou Verde consiste em todas as atividades destinadas a gerar e facilitar quaisquer trocas destinados a satisfazer as necessidades ou desejos humanas, de modo que a satisfação dessas necessidades e desejos ocorre, com o mínimo impacto nocivo sobre o ambiente natural.[20]

Mercado de redução de gases de efeito estufa

O emergente mercado de redução de gases de efeito estufa (os "créditos de carbono") pode, potencialmente, catalisar projetos com importância ambiental local, econômicos e de com benefícios para a qualidade de vida. o mecanismo do Protocolo de Quioto de Desenvolvimento Limpo (MDL, de Clean Development Mechanism), por exemplo, permite a negociação entre as nações industriais e em desenvolvimento, fornecendo um quadro que pode resultar em fluxos de capital para atividades de desenvolvimento ambientalmente benéficas. Embora os Estados Unidos não esteja participando do Protocolo de Kyoto, vários programas dos EUA permitem transações semelhantes numa base voluntária e regulamentar.[1]

Enquanto o comércio internacional de créditos de carbono referentes aos gás de efeito estufa [21] é uma promessa de reduções substanciais como fonte de novos financiamentos para o desenvolvimento sustentável, este mercado pode ser em grande parte inacessível para muitos pequenos projetos, comunidades remotas e menos localidades desenvolvidas. Para facilitar a participação e ampliar os benefícios, várias barreiras precisam ser superadas, incluindo: a falta de consciência de mercado entre as partes interessadas e potenciais participantes; regras de participação um pouco complicadas e especializadas e a necessidade de mecanismos de participação simplificada para pequenos projetos, sem o qual os custos de transação podem sobrepujar os benefícios financeiros da participação. Se as barreiras são tratadas de forma adequada, a negociação dos créditos de carbono/gases de efeito estufa pode desempenhar um importante papel de apoio as atividades que beneficiam a vida das pessoas e do ambiente.[1]

greenearthwr.com

Popularidade e eficácia

Debate em curso

A popularidade e a eficácia de tal abordagem de Marketing é muito debatida. Os defensores afirmam que os recursos ambientais estão realmente crescendo em número - a etiqueta Energy Star, por exemplo, agora aparece em 11.000 empresas diferentes[22], modelos em 38 categorias de produtos, desde máquinas de lavar roupa e lâmpadas de prédios e residências. No entanto, apesar do crescimento no número de produtos "verdes", o Marketing Verde está em declínio como o principal argumento de venda para os produtos.[23] Por outro lado, o Green Gauge de Roper [NOTA 2] mostra que uma alta porcentagem de consumidores (42%) sentem que produtos ambientais não funcionam tão bem como os convencionais.[24][25] Este é um legado infeliz da década de 1970, quando chuveiros de pouca vazão (sputtered) e detergentes naturais deixaram as roupas sujas. Mesmo com a possibilidade de escolha, todos os mais "verdes" dos clientes vão optar por detergentes sintéticos baseados em preços atrativos. Novos relatórios, no entanto, mostram uma tendência crescente para produtos "verdes".[26]

Confusão

Um desafio dos profissionais de Marketing Verde - antigos e novos - é a probabilidade que enfrente-se de que na medida que produtos verdes e suas mensagens se tornem mais comuns surja confusão no mercado. "Os consumidores realmente não entendem muito sobre essas questões, e há uma grande confusão lá fora", afirma Jacquelyn Ottman (fundadora da J.Ottman Consulting e autora de "Green Marketing: Opportunity for Innovation." - Marketing Verde: Oportunidade de Inovação).[26] Os profissionais de Marketing, por vezes, aproveitam essa confusão, e propositadamente fazerem afirmações "verdes" falsas ou exageradas, afirma. Críticos se referem a essa prática como "green washing" (lavagem verde).[27][28][29]

Greenwashing

O termo "greenwashing" (aproximadamente "lavagem verde") refere-se a todas as indústrias que adotam atos externamente "verdes" com um propósito subjacente para aumentar os lucros. O objectivo primordial do greenwashing é proporcionar aos consumidores a sensação de que a organização está tomando as medidas necessárias para gerir responsavelmente a sua pegada ecológica. Na realidade, a empresa pode estar fazendo muito pouco do que é ambientalmente benéfico.[30] O termo greenwashing foi usado pela primeira vez pelo ambientalista Jay Westerveld quando contestou a prática do ramo de hotéis de colocar avisos nos quartos que pediam a seus hóspedes para reutilizar as toalhas para "salvar o meio ambiente ". Westerveld observou que havia pouca coisa que sugerisse que os hoteleiros estavam interessados ​​em reduzir os seus impactos ambientais, e que o seu interesse em lavar menos toalhas parecia ser motivado por uma preocupação em reduzir seus custos, em vez de beneficiar o meio ambiente. Desde então greenwashing tornou-se uma característica central dos debates sobre as comunicações de Marketing e sustentabilidade, com "prêmios" para campanhas greenwashing, estabelecidos e numerosos, leis e conselhos desenvolvidos na tentativa de reduzí-las ou controlá-las.[2]

longtermthinking.net

Estatísticas

De acordo com a pesquisadora de mercado Mintel, cerca de 12% da população dos EUA pode ser identificada como verdadeiros "verdes", os consumidores que procuram e compram regularmente os chamados produtos "verdes". Outros 68% podem ser classificados como "verdes light", os consumidores que compram produtos "verdes" às vezes.[26][31] "O que diretores de Marketing estão sempre à procura de pontos de contato é com os consumidores, e este é apenas um grande, grande, grande ponto de contato que não está sendo servido", diz o diretor de pesquisa da Mintel, David Lockwood. "Todos os executivos de empresas com que falamos estão extremamente convencidos de que são capazes de fazer algum tipo de argumento forte sobre o meio ambiente funcionarão até a suas metas finais".[26]

Mercado-alvo

Em 1989, 67% dos estadunidenses afirmaram que estavam dispostos a pagar 5-10% a mais por produtos ecologicamente compatíveis.[32] Em 1991, os indivíduos com consciência ambiental estavam dispostos a pagar entre 15-20% mais por produtos verdes.[33] Em 1993, Myburgh-Louw eO'Shaughnessy realizou uma pesquisa pelo correio dos consumidores do sexo feminino no Reino Unido para investigar suas percepções dos reclames ambientais na embalagem de detergentes para roupa.[34] Eles descobriram que 79% de sua amostra concordou em pagar até 40% a mais num produto que era idêntico em todos os aspectos de sua própria marca e que tinha sido provado ser "verde". Um desafio importante para os profissionais de Marketing é identificar quais os consumidores que estão dispostos a pagar mais por produtos ecologicamente corretos. É evidente que um melhor conhecimento do perfil deste segmento de consumidores seria extremamente útil. Esforços para identificar os consumidores ambientalmente amigáveis pode ser rastreado até ao início dos anos 1970 [35], assim como Anderson e Cunningham [36], foram os pioneiros no estudo do perfil dos consumidores socialmente responsáveis. No geral, os resultados combinados retratam uma pessoa altamente consciente socialmente, predominantemente do sexo feminino, pré-meia idade, com um alto nível de educação (tendo concluído o ensino médio) e de nível socioeconômico acima da média.[37]

www.celsias.com

Analises de como os consumidores respondem aos reclames ambientais contidos em mensagens promocionais atribuídas à respeitada marca "verde" e uma roupa de lazer comum tem sido feitas, com variações dos tipos de reclames.[38] Pesquisas similares tem sido realizadas mesmo para mercados relativamente pobres (orientados, a princípio, pelo preço) em países tais como Índia.[39]

LOHAS

LOHAS significa Lifestyles of Health and Sustainability (Estilos de Vida de Saúde e Sustentabilidade) e descreve um mercado integrado e de rápido crescimento parabens e serviços que atraem os consumidores cujo senso de responsabilidade ambiental e social influencia suas decisões de compra. O Natural Marketing Institute’s (NMI, Instituto de Marketing Natural) estima o mercado consumidor de produtos e serviços LOHAS dos EUA em US$ 209 bilhões, com vendas em todos os segmentos de consumo.[40]

ecofriend.com

Os cinco segmentos classificados como LOHAS como definido pelo NMI incluem:

    • LOHAS: Administradores do ambiente ativos dedicados à saúde pessoal e planetária. Estes são os maiores compradores de produtos "verdes" e socialmente responsáveis ​​e os adaptados ao contexto "verde" iniciais, que influenciam fortemente os outros.

    • Naturalites: Motivado principalmente por considerações de saúde pessoal. Tendem a comprar mais produtos de consumo LOHAS versus itens duráveis.

    • Drifters: Embora suas intenções possam ser boas, Drifters (aproximadamente "navegantes à deriva") acompanham as tendências quando é fácil e acessível. Eles estão bastante envolvidos em comportamentos de compra "verde".

    • Convencionais: pragmatistas que adotam comportamento LOHAS quando eles acreditam que podem fazer a diferença, mas são principalmente focados em serem muito cuidadosos com seus recursos e fazendo a coisa "certa", porque irão economizar dinheiro.

    • Indiferentes: ou desconhecem ou não se preocupam com o meio ambiente e questões sociais, principalmente porque eles não tem a disponibilidade de tempo ou os meios - estes consumidores são amplamente focados em apenas "consumir".

A distribuição dos diferentes tipos de LOHAS (clique na imagem para ampliá-la).[40]

O Mix de Marketing Verde

Um modelo de um mix de Marketing Verde deve, é claro, conter todos os "4 Ps":

  • Produto: Um produtor deve oferecer produtos ecológicos, que não só não devem contaminar o meio ambiente, mas devem protegê-lo e até mesmo eliminar danos ambientais existentes.

  • Preço: Os preços para produtos "verdes" podem ser um pouco maior do que as alternativas convencionais. Mas grupos-alvo como, por exemplo, os consumidores LOHAS estão dispostos a pagar mais por produtos com tais características.

    • Praça: A logística de distribuição é de importância crucial; o foco principal é na embalagem ecológica. A comercialização de produtos locais e sazonais por exemplo, vegetais de fazendas regionais são mais fáceis de ser aceitos como mercado "verde" do que os produtos importados.

    • Promoção: A comunicação com o mercado deve colocar pressão sobre os aspectos ambientais, por exemplo, que a empresa possui um certificado CP ou ISO 14000. Isto pode ser divulgado para melhorar a imagem de uma empresa. Além disso, o fato de que uma empresa gasta recursos com proteção ambiental deve ser anunciado. Terceiro, patrocinar a conservação do ambiente natural é também muito importante. E por último mas não menos importante, produtos ecológicos provavelmente exigirão promoções especiais de vendas.

Em seu livro "Sustainability Marketing", Belz e Peattie vão um passo além em termos de Marketing, mas não apenas no "verde" operacional. Eles transformam os "4 Ps" para os "4 Cs". Os "4 Cs" do - soluções do cliente, custo do cliente, comunicação e conveniência tomam o ponto de vista do cliente (e não do produtor).[2]

    • Soluções para o cliente: Essas soluções vão além da venda de produtos físicos e apresentar soluções para os problemas do cliente. Elas implicam conhecer os clientes e suas necessidades e assim oferecer produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades levando em conta aspectos sociais e ambientais.

    • Custo do cliente: O custo do cliente não inclui apenas o preço que um comprador tem de pagar por um produto ou serviço, também considera os custos psicológicos, sociais e ambientais da obtenção, utilização e eliminação de um produto.

    • Comunicação: a comunicação "verde" vai além da promoção, que é uma forma de persuasão e de uma comunicação de mão única do vendedor ao comprador. A comunicação é um processo de diálogo interativo em que esta troca de informações é essencial para construir a confiança e credibilidade.

    • Conveniência: Significa que os clientes querem utilizar os produtos e serviços que atendam suas necessidades e que sejam fáceis e convenientes de acessar e usar.

Atividades típicas de Marketing Verde.[20]

Eco-selos

A crença de um indivíduo que uma alegação ambiental carece de honestidade pode ter um efeito negativo sobre suaa atitude em relação a uma marca. Se, por outro lado, o consumidor concede credibilidade à alegação, o indivíduo vai se comportar mais respeitoso com o meio ambiente. O problema em estender essa credibilidade a uma marca é que os consumidores interessados ​​em produtos ecológicos geralmente são céticos de anúncios comerciais. Este ceticismo é devido a vários fatores como a falta de linguagem, a ausência de conhecimento científico necessário para interpretar o significado da publicidade e, em particular, as falsidades o exagero de algumas técnicas de publicidade. Para resolver este problema, organizações independentes podem optar por garantias de mensagens sobre os benefícios ambientais das marcas com os sistemas de rotulagem ambiental patrocinados por organizações independentes. Esta prática tenta diminuir preconceitos percebidos em informação ambiental, promovendo a normalização da informação com o objectivo de melhorar a confiança na avaliação dos benefícios ambientais dos produtos, os quais devem afetar positivamente a intenção de compra.[41]

Visão geral dos diferentes tipos de eco-selos usados ​​para indicar credibilidade ao consumidor

(clique na imagem para ampliá-la).[42]

Avaliação do Ciclo de Vida

Durante o final dos anos 1980 a introdução de novos instrumentos como a Avaliação ou Análise do Ciclo de Vida (ACV) foram desenvolvidos, permitindo considerações ecológicas serem introduzidas nas decisões de Marketing.[2]

O modelo de avaliação do ciclo de vida procura identificar os principais tipos de impacto ambiental durante todo o ciclo de vida de um produto. O ACV foi desenvolvido de acordo com a ISO 14040. O principal objetivo do ACV é definir o perfil energético e ambiental dos produtos acabados. As razões para usar ACV surgiram da necessidade de ter um processo de contabilidade precisa e de destacar as melhorias que poderiam ser usadas ​​para aumentar a eficiência ambiental, energética e econômico e eficácia global dos processos. Além disso, o objetivo foi quantificar as vantagens ambientais decorrentes do uso de matéria-prima reciclada.[43]

Exemplo de ACV

O ACV é usado por exemplo no setor da construção civil. Os edifícios são responsáveis ​​hoje por 40% do consumo mundial de energia. As emissões de carbono resultantes são substancialmente superiores aquela do setor de transportes. Novos edifícios usando mais energia do que o seria necessário estão sendo construídos a cada dia, e milhões de edifícios ineficientes de hoje vão permanecer de pé pelo menos até 2050. Portanto é necessário começar a reduzir-se o consumo de energia em edifícios novos e nos já existentes, a fim de reduzir a sua pegada de carbono do planeta relacionada à energia. O crescente interesse, espaço e atenção no setor de arquitetura estão direcionados para as questões ambientais de acordo com os princípios da construção verde. Materiais de origem mineral, vegetal ou animal como perlita, vermiculita, lã de rocha, lã de vidro, cortiça, fibras vegetais (algodão, linho, cânhamo, coco), fibra de celulose, madeira e lã de ovelha podem ser usados para a produção de painéis de isolamento.[43]

Estudos de caso em Marketing Verde ("Green Cases")

A lâmpada Marathon da Phillips

A primeira iniciativa da Philips Lighting em Marketing de uma lâmpada fluorescente compacta (LFC, [NOTA 3]) de formato bulbo foi a Earth Light, um modelo que custava US$ 15 versus 75 centavos de US$ das lâmpadas incandescentes de bulbo convencionais.[23] O produto tinha dificuldade para "decolar" fora de seu nicho de "verdes radicais". A empresa relançou o produto com Marathon [NOTA 4], destacando o seu novo posicionamento de "vida super longa" e promessa de economia de 26 dólares em custos de energia durante sua vida útil de cinco anos, ou seja, focando-se num mercado voltado para custos/preço.[23]

Serviços de compartilhamento de veículos

Serviços de compartilhamento de veículos abordam as soluções de longo prazo às necessidades dos consumidores para a economia de combustível e menos "engarrafamentos" e as dificuldades de estacionamento, complementando com os benefícios ambientais de mais espaços abertos e redução de emissão gases de efeito estufa.[44] Podem ser entendidos um sistema de time-sharing (compartilhamento de imóveis) para carros. Consumidores que rodem menos de 11 a 12 mil quilômetros por ano, e não necessitem de um carro para o trabalho podem economizar milhares de dólares anualmente, unindo um dos muitos serviços surgindo nos EUA, incluindo Zipcar (na Costa Leste), I-GO Car (em Chicago), Flex Car (estado de Washington) e Hour Car ("Twin Cities", Minneapolis–Saint Paul, em Minnesota).[45][46][47]

www.trendbird.biz

Setor de produtos eletrônicos

O setor de produtos de consumo eletrônicos oferece espaço para usar-se o Marketing Verde para atrair novos clientes. Um exemplo disso é então promessa da Hewlett-Packard (HP) de reduzir o seu uso global de energia em 20% até o ano de 2010.[48] Para conseguir essa redução aos níveis de 2005, a HP anunciou planos de entregar produtos energeticamente eficientes e instituir serviços e práticas operacionais de eficiência energética em suas instalações em todo o mundo.

www.hp.com

A HP expandiu em 2011 seu portfólio de soluções "ecológicas", visando economizar 1 bilhão de kWh até 2011 através de uma variedade de estratégias de projeto de produtos, com o anúncio de acréscimos ao seu programa HP Eco Solutions, incluindo novos produtos, serviços e operações, assim como metas ambientais em toda a empresa. De acordo com um relatório recente da Consumer Electronics Association (CEA), nos quais produtos eletroeletrônicos e computadores responderiam por 15% do consumo de energia doméstico. Considerando que a família média dos EUA passou a deter mais de 27 dispositivos eletrônicos de consumo e este valor está em crescimento, esperando-se que nos próximos 3 a 5 anos este percentual irá aumentar para mais de 20%, igualando-se ao consumo de energia utilizada para aquecimento ou iluminação.[49]

Produtos e serviços

Agora, empresas estão oferecendo alternativas mais "eco-amigáveis" para seus clientes. Produtos reciclados, por exemplo, são uma das alternativas mais populares que podem beneficiar o meio ambiente. Esses benefícios incluem a silvicultura sustentável, ar limpo, eficiência energética, conservação de água, e escritórios saudáveis. Um exemplo é o negócio de e-commerce e escritórios da empresa Shoplet, fornecedora de material de escritório que oferece uma ferramenta web que permite que você substitua itens semelhantes no seu carrinho de compras com produtos mais ecológicos.[50] A empresa tem crescido constantemente, atingindo vendas demais de US $ 100 milhões em 2009.[51]

expertclick.com

Introdução de GNV em Nova Delhi

Nova Delhi, capital da Índia, estava sendo poluída em um ritmo muito rápido até o Supremo Tribunal da Índia forçar uma mudança para combustíveis alternativos. Em 2002, foi emitida uma diretiva para adotar-se completamente gás natural veicular (GNV) em todos os sistemas de transporte público para reduzir-se a poluição.[52][53]

thehindu.com

A oportunidade de ganhar dinheiro com a venda de créditos de carbono, a crescente consciência ambiental e a novidade de ônibus abastecidos com gás natural pode ter levado cerca de 14 cidades a ordenar o uso de centenas de veículos GNV, aproveitando-se de um regime de financiamento único oferecido pela administração central. As cidades que fizeram pedidos para ônibus GNV incluem também Visakhapatnam, Indore, Ujjain, Thane, Navi Mumbai, Pune, Pimpri Chinchwad, Agartala, Tripura, Agra, Kanpur e Lucknow, de acordo com o secretário de desenvolvimento urbano M. Ramachandran.[54]

www.livemint.com

Notas

NOTA 1

O Marketing Ambiental utiliza-se de palavras que são sempre associadas aos produtos e serviços para os quais desenvolve-se, que podem ser lembrados pelo acróstico V.E.R.B.O.:

    • Verde

    • Ecológico

    • Reciclável

    • Biodegradável

    • Orgânico

NOTA 2

GfK Roper Green Gauge® Global ("medidor verde global" da Roper), estudo que fornece aos comerciantes globais uma visão profunda sobre tendências de consumo "verde", atitudes e comportamentos em 25 países, apontando o Green Consumer Insight (aproximadamente "discernimento ou conciência do consumidor"), sobre questões desde as mudanças climáticas até a conservação. - www.gfkamerica.com

NOTA 3

Para mais informações sobre lâmpadas fluorescentes compactas: en.wikipedia.org

Para amostras deste tipo de lâmpadas, recomendamos:www.illuminer.com.br

NOTA 4

Philips Marathon® Energy Saver Dimmable: www.nam.lighting.philips.com

Referências

[1] "Green Trade & Development" - Green Markets International, Inc.

[2] Belz F., Peattie K.(2009): Sustainability Marketing: A Global Perspective. John Wiley & Sons

[3] Environmental Claims". Federal Trade Commission. 2008-11-17.

[4] The Age of Persuasion (January 8, 2010). "Season 5: It's Not Easy Being Green: Green Marketing". CBC Radio.

[5] Dodds, John (May 21, 2007). "Green Marketing 101"

[6] Curtin, Emily (2006-09-14). "Lower East Side Green Market"

[7] Karl E., Henion; Thomas C. Kinnear (January 1976). "Ecological Marketing". Ecological Marketing. American Marketing Association. pp. 168. ISBN 0877570760, ISBN 9780877570769.

[8] Jacquelyn A. Ottman;"Green Marketing: Challenges & Opportunities for the New Marketing Age"; Ntc Pub Group; 1st edition (January 1, 1993); ISBN-10: 0844232505 - ISBN-13: 978-0844232508

[9] "Greenleaf publishing bookshop".

[10] "Green Marketing".

[11] Paula Oliveira; GREEN IS NOW: MORE THAN ANOTHER FASHIONABLE MOVEMENT - www.interbrand.com

[12] Dodds, John (August 11, 2006). "Geek Marketing 101"

[13] LANCE SHIELDS; Green Marketing in the Age of Twitter, Green Fatigue & Bright Greens; McGill MBA Japan Independent Study

[14] V. ARAVIND K. M. UDAY RAJ; Marketing Strategies for Green Business for Sustainable Future - www.oppapers.com

[15] Mendleson, Nicola; Michael Jay Polonsky (1995). "Using strategic alliances to develop credible green marketing". Journal of Consumer Marketing (MCB UP Ltd) 12 (2): 4–18.doi:10.1108/07363769510084867

[16] McDaniel, Stephen W.; David H. Rylander (1993). "Strategic green marketing". Journal of Consumer Marketing (MCB UP Ltd)10 (3): 4–10. doi:10.1108/07363769310041929

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[18] Henion, K.E. and Kinnear, T.C. (1976): Ecological Marketing. American Marketing Association, Chicago.

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[23] Ottman, Jacquelyn A., Edwin R. Stafford, and Cathy L. Hartman (2006), “Avoiding Green Marketing Myopia: Ways to Improve Consumer Appeal for Environmentally Preferable Products,” Environment, 48 (June), 22-36 - Abstract - Versão em PDF

[24] "'Green' Sales Pitch Isn't Moving Many Products". Wall Street Journal. March 6, 2007.

[25] Jacquelyn Ottman; Debunking the Green Consumer Myth - www.njcat.org

[26] Hanas, Jim (June 8, 2007). "Environmental Awareness Has Not Only Tipped in the Media -- It's Hit Corporate Boardrooms

[27] The Age of Persuasion (January 8, 2011). "Season 5: It's Not Easy Being Green: Green Marketing". CBC Radio. Retrieved 8 January 2011.

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Ligações externas