Eutanásia: um tema polêmico

Aluna Larissa Lidiaque (3a série do Ensino Médio)

Na trama “De quem é a vida afinal?”, o personagem principal entra em um dilema entre viver uma vida paralítica ou optar pela morte. O protagonista acaba optando pela utilização da eutanásia. Saindo da ficção e trazendo essa situação para a realidade, pode-se afirmar que a eutanásia é o procedimento em que o indivíduo permite que um profissional da saúde proporcione a ele uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa. Posto isto, é necessário compreender e analisar se a eutanásia é um procedimento legítimo e em quais situações ela deve ser adotada.

A vontade de morrer e o direito de morrer são os dois paradoxos existentes sobre a questão ética da eutanásia. Considerações filosóficas, morais e religiosas negam que o homem deve ter o direito de pôr fim à própria vida, uma vez que a divindade deve ser o único responsável por decidir a quem dar a vida, ou retirá-la. Dessa forma, a eutanásia seria considerada um crime para aqueles que creem em Deus.

Além da questão religiosa, para a medicina existe um culto de idolatria à vida, organizando a fase terminal como uma luta a todo custo contra a morte. Portanto, um médico executar a eutanásia, causaria uma contradição ao seu próprio juramento. Dessa forma, a eutanásia seria o oposto da cura, uma vez que ela proporciona a morte ao invés de tratar a doença.

Conclui-se então que a eutanásia pode ser considerada um crime que viola o juramento médico, além de contrariar a vontade de Deus. A morte é considerada algo muito sério e sagrado para diversas pessoas, portanto antecipa-lá seria algo desrespeitoso. Além disso, o indivíduo que está em situação de vida ou morte pode acabar tomando a decisão impulsivamente e acabar com a própria vida.