O rock como forma de expressão política

Gustavo Sacon Fernandes Pinheiro é aluno da 3a série do Ensino Médio


O rock, desde o seu surgimento nas décadas de 1950 e 1960, evoluiu não apenas como um gênero musical, mas também como uma poderosa forma de expressão política e social. Inicialmente, o rock'n'roll era predominantemente associado à rebeldia juvenil e à quebra de normas determinantes, refletindo as mudanças culturais da época. Contudo, foi nos anos 1960 que o rock assumiu um papel mais explícito como manifestação política.

Durante a década de 1960, um período marcado por transformações sociais e movimentos de protesto, o rock tornou-se uma trilha sonora para as vozes dissidentes. Artistas como Bob Dylan foram pioneiros ao incorporar mensagens de protesto em suas letras, abordando questões como os direitos civis, a guerra do Vietnã e a busca por mudanças sociais. 

O rock, um estilo musical que passou por diversas décadas, se tornou o estilo mais influente de todos os tempos. Porém, sua influência ultrapassa a esfera musical, sendo atingida também a esfera política. 

No começo, o rock and roll foi recebido com uma mistura de emoções e reações diversas, tanto positivas quanto negativas. O gênero foi visto nos primeiros anos após sua emergência gerar controvérsia e críticas: o rock and roll, com sua energia, batida animada e letras muitas vezes sensuais, provocou polêmicas e críticas de muitos setores conservadores da sociedade. Muitos o viam como uma ameaça à moralidade e aos valores tradicionais. As letras, consideradas ousadas ou subversivas, e as performances provocativas de artistas como Elvis Presley foram frequentemente alvo de reprovação e censura.

O estilo musical acaba tomando uma forma de crítica, expressão e uma maneira de reunir os ouvintes a uma causa importante, fortemente politizada e com o principal objetivo de transformação política, uma militância a partir da música e seus elementos, fazendo a propaganda política por meio das letras e mensagens que as músicas e os álbuns das bandas carregam, fugindo da comercialização de uma música-produto que apenas serviria de entretenimento.

Os diversos problemas sociais e econômicos do século 20 acabaram por gerar diversos tipos de manifestações políticas vindas do povo. Por mais que tenha existido a era punk nos anos 70, o Rock até então era majoritariamente usado como uma forma de entretenimento, o engajamento em movimentos sociais não era o objetivo da maioria das bandas. Tudo isso muda nos anos 90, quando as letras das músicas frequentemente exploram temas de desilusão, alienação, angústia emocional e conflitos pessoais. Isso reflete as preocupações da geração que cresceram durante um período de mudanças rápidas e incertezas sociais. 

O estilo musical acaba tomando uma forma de crítica, expressão e uma maneira de reunir os ouvintes a uma causa importante, fortemente politizada e com o principal objetivo de transformação política, uma militância a partir da música e seus elementos, fazendo a propaganda política por meio das letras e mensagens que as músicas e os álbuns das bandas carregam, fugindo da comercialização de uma música-produto que apenas serviria de entretenimento.

O Rage Against the Machine, uma banda que transcende os limites da música, deixou uma marca indelével na cultura e na política. Formada em 1991, em Los Angeles, composta por Zack de la Rocha (vocal), Tom Morello (guitarra), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria), apresenta som distintivo, uma fusão de rock, metal, hip-hop e punk e desafiou as convenções musicais da época, criando uma sonoridade única que define o gênero do rap metal.

A influência musical do Rage Against the Machine é inegável. Seu álbum de estreia autointitulado, lançado em 1992, é totalmente considerado um clássico do rock alternativo. O uso inovador de guitarras pesadas, riffs poderosos e batidas de bateria contagiantes se tornou uma força inovadora na cena musical. A guitarra de Tom Morello, em particular, se destacou por suas técnicas únicas e efeitos sonoros que eram realmente revolucionários.

Mas o Rage Against the Machine é muito mais do que apenas uma banda com um som único. Seus integrantes são conhecidos por suas letras politicamente conscientes e ativismo incansável. Suas músicas abordavam questões de desigualdade, injustiça social, direitos humanos e imperialismo.

O rock se tornou uma forma de voz extremamente importante e eficiente para fins políticos de conscientização. A banda Rage Against The Machine é o maior exemplo de como o rock pode ser usado como forma de expressão política, usando o microfone, guitarra baixo e bateria como grandes alto falantes. O rock é complexo e mostra como tudo sofre metamorfose de acordo com as mudanças da sociedade.