A riqueza de ir ao encontro do diferente

Professor Alisson Baraúna (Ensino Médio e coordenador da Dimensão Missionária)


Como é bonito falar em diversidade, sobretudo quando estamos em conexão com o sentido mais amplo desse termo. Somos seres plurais compartilhando a mesma casa comum, mas o que isso significa?

O tema transversal da Rede de Educação Missionárias Servas do Espírito Santo, deste ano, nos convida a lançar um novo olhar para o diferente. No livro do Gênesis, Deus faz uma pergunta fundamental a Caim, “onde está o teu irmão?”, essa pergunta ecoa ainda hoje e, desta vez, nos convida a irmos ao encontro do outro.

A cultura do encontro é a porta de acesso a uma experiência sensível e cheia de aprendizados. É no encontro com o diferente que reconheço quem sou e contemplo a beleza da diversidade. É assim também na natureza. Recordo, aqui, o encontro entre o rio e o mar. Uma beleza natural que nos faz perceber, diante das diferenças, o encontro como processo inevitável que exige fluidez e desprendimento. Na convergência das águas, a natureza revela o sentido primordial da vida, pois tudo está interligado!

O tema é fruto da Campanha da Fraternidade deste ano que nos interpela sobre o compromisso com o diálogo com amor e por amor. Nos convida ao ritmo e movimento de uma ciranda, para que todos e todas que vierem, e de onde vierem, recebam acolhimento e amor. Assim, vamos compondo os versos de uma bonita canção que precisa chegar a todos os cantos da Terra, a fim de que a melodia do amor seja ouvida. Numa ciranda, compreendemos a sinfonia do diverso formando um só corpo e o elo que nos une é o respeito. Uma só vibração, na mesma sintonia, revelando ao mundo que a diversidade nos enriquece e o respeito nos une.

Nos valha como recordação a poesia de Lia de Itamaracá: “Essa ciranda não é minha só, ela é de todos nós”. Essa convicção nos indica um caminho a percorrer e nos recorda o quanto cada pessoa é importante nesta jornada.