COLUNA DE OPINIÃO

As verdadeiras faces da Utopia no mundo real

 

Artigo de opinião de: Sharbat Albas*

 

O filme “Vingadores: Guerra Infinita”, do gênero ficção científica, mostra a narrativa de um supervilão da Marvel que, através das joias do infinito (pedras capazes de mudar a realidade e alterar o tempo), consegue dizimar metade da população do mundo em um estalar de dedos, para que o planeta fosse capaz de comportar toda a sua população. Em analogia, as utopias existentes demonstram que o significado dessa palavra pode ter dois lados, o positivo e o negativo. Logo, o filme antecedente traz reflexões sobre o extremo da utopia para tornar o mundo um lugar feliz ou um ideal genocida.

         Sob esse viés, o movimento anti-apartheid se deve à participação essencial de um homem negro chamado Nelson Mandela; ele foi o pioneiro a lutar contra a segregação racial existente a África entre 1948 e 1994. Além disso, o Apartheid foi um regime político implantado na África pelos brancos com o objetivo de separar as raças. Por isso, Mandela, com sua perseverança em acreditar num mundo magnífico para os negros, inspirou e implantou a utopia de forma positiva para promover a igualdade na África.

         Outro acontecimento relevante a essa discussão foi o Nazismo, um movimento político e social carregado de ideias nacionalistas e extremistas na Alemanha, comandado por Adolf Hitler, que acreditava que os judeus e outros povos eram raças inferiores e, por isso, tinham que ser todos mortos. Com isso, milhares deles morreram e, holocaustos de forma cruel e desumana, queimados, envenenados. Diante disso, Hitler, por meio de suas idealizações, causou a maior atrocidade em busca de um país perfeito para sua raça ariana.

         Portanto, com base nos exemplos anteriores de utopias positiva e negativa, percebemos que a utopia tem várias faces e pode ser empregada de diversas formas, sendo por vezes indispensável, por vezes, nociva. Assim, a conclusão é que as utopias precisam ser executadas de forma ponderada, porque quando colocadas em prática, não existe certo e errado. Desse modo, elas só não podem acontecer de forma a causar danos às vidas das pessoas.

 

*Sharbat Albas, @shar_shxr, é aluna do IFSP Ilha Solteira, tem 18 anos e está cursando o 3º ano do Técnico em Desenho de Construção Civil Integrado ao Ensino Médio.

As Vantagens de Ser Invisível


Resenha de: Matheus Sthephano Kupkovski Miranda*

 

Queridos leitores, para esta resenha, fiz uma escolha específica, que tem uma ligação importante com o Setembro Dourado. Este mês é dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio e à promoção da saúde mental. Escolhi assistir ao filme “As Vantagens de Ser Invisível” porque acho que sua história nos dá uma oportunidade valiosa para refletir sobre os desafios emocionais que muitos de nós enfrentamos na vida, especialmente os jovens. É importante explorar como a solidão, a depressão e o apoio emocional são temas que aparecem neste filme e como isso se relaciona com a importante campanha do Setembo Amarelo.

O filme ‘’As Vantagens de Ser Invisível’’ dirigido sutilmente por Stephen Chbosky, é uma uma adaptação cinematográfica do romance escrito por Chbosky em 1999 e aborda temas delicados como a solidão, o isolamento social, a depressão e o impacto profundo que esses problemas podem ter na vida de um adolescente. Embora o filme não trate diretamente do tema do suicídio, ele aborda questões emocionais e psicológicas que estão intimamente  ligadas ao Setembro Amarelo, que é um mês de conscientização sobre a prevenção do  suicídio.

O personagem principal, Charlie, interpretado por Logan Lerman, enfrenta uma série de desafios emocionais e psicológicos ao longo da trama. Ele se sente invisível, marginalizado e tem que lidar com traumas não resolvidos de seu passado. Este sentimento de invisibilidade e desconexão é algo com que muitos jovens se identificam, tornando o filme uma plataforma importante para discutir questões de saúde mental e solidão.

A história também enfatiza a importância da conexão humana e do apoio emocional. A amizade que Charlie forma com Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller) é uma parte vital do filme, provando que relacionamentos reais podem ajudar a curar e a lidar com desafios emocionais.

“As Vantagens de Ser Invisível” oferece, portanto, uma oportunidade para refletir sobre a importância de estarmos conscientes dos sinais de sofrimento emocional nos nossos amigos, familiares e colegas e de como podemos desempenhar um papel vital no apoio e na compreensão dessas pessoas que estão passando por momentos difíceis. Em última análise, o filme nos lembra que mesmo quando nos sentimos invisíveis ou isolados, existem pessoas dispostas a nos ajudar a enfrentar nossos demônios interiores, e isso pode fazer a diferença no combate à depressão e à solidão.


*Matheus Sthephano Kupkovski Miranda, @mathkup, é aluno do IFSP Ilha Solteira, tem 17 anos e está cursando o 3º ano do Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio.