As tramas do rendar na subversão do render

Autor: Bruno Simon

Coautora; Macuri Peteffi

Coautora: Mônica Restelatto

Coautora: Raquel Alquatti

UCS

 

O presente trabalho tem como objetivo lançar um olhar discursivo para o artesanato, a partir do enunciado da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego, da cidade de Caxias do Sul. Esta proposta é um recorte da pesquisa Artesanato e Turismo: saberes e trocas simbólicas, vinculada ao PPGTUR/UCS - Mestrado em Turismo. Através do dispositivo teórico metodológico da Análise do Discurso de vertente francesa, pensaremos a memória e o esquecimento enquanto um jogo de forças, inscritas em práticas. É neste entremeio que o artesanato cria uma rasura da cena capitalista, entre a resistência e a produção. O enunciado explicita o nó entre a memória e o esquecimento, onde o texto busca um resgate da “autoestima” do artesão. Desloca a responsabilidade daquilo que é subsidiário, dentro da Formação Social, através de um efeito de evidência que culpabiliza o sujeito. Explicita-se um esquecimento do Estado do lugar em que o artesão está inserido. Contudo, lembra-se da responsabilidade de guardar a tradição e de resgatar a história. A história, aqui, relaciona-se na afirmação do lugar da pobreza. Aqui o discurso volta-se à geração de emprego e renda. A renda é uma maneira de ser lembrado, de ficar vivo na memória, de não cair no esquecimento. Com renda pode-se entrelaçar a autoestima. Resistam, mas resistam aqui dentro.