Aviso Importante: Caso você seja jipeiro (veja qual seu tipo), não acredite de maneira alguma nos BOATOS sobre a criação do SINDZECA !!! Esta informação parte de um grupelho de Zequinhas ainda não cientes de seus direitos e deveres, NÃO, repito, NÃO devendo ser levada a sério. A formação do SINDZECA não passa de sonho de poucos. Afinal, a vida de um Zequinha já tem diversão demais e trabalho de menos. Veja Direitos e Deveres do Zequinha . Página clandestina do SINDZECA, que surgiu de um movimento subterrâneo da obscura associação dos zequinhas.
O Zequinha
Zequinha é ... (segundo personalidades)
A prospecção geometafísica da degradação humanofactóide - Vera Loyola / Pensadora
Um Ser em busca de upgrade social, pretendendo ser navegador ou piloto - Danusa Leão / Escritora
Um Zeca pequeno - Carla Perez / Filósofa
"Zequinha", para quem, ainda não sabe, é aquele singular passageiro do Jeep alheio, felicíssimo por conseguir uma carona e, assim, vivenciar aventuras incríveis, por lugares onde tudo pode acontecer. Santa ingenuidade! A não ser que o banco traseiro esteja entulhado de coisas indispensáveis, tais como Barraca, Comida, Fogareiro, Ferramentas, Galão de água, Isopor abarrotado de Cerveja é claro, etc.
O Zequinha costuma ser um Companheiro até muito bem-vindo, desde que, lógico, siga a risca o Manual de Conduta do bom Zequinha, que se resume mais ou menos em Abrir e Fechar todas as Porteiras que aparecerem pelo caminho, descer do carro para ligar a roda-livre, puxar o cabo do guincho e encontrar um bom ponto de ancoragem, abastecer o Piloto e o Navegador de água, refrigerante e principalmente Cerveja e Comida a vontade, durante a viagem, e nunca, em hipótese alguma, reclamar de nada, deve estar sempre bem humorado. É uma função bastante Nobre, pois tudo o que não seja dirigir e roteirar é de sua inteira responsabilidade, e deve ser cumprida com precisão e Lealdade. Boa Performance e Desempenho numa Incursão OFF-ROAD é primordialmente seu LEMA.
A Grande saida para um Bom e Eficiente "Zequinha", é adquirir um Jipe, e sair de vez dessa vida de Bom e Cumpridor dos deveres de um Zequinha
HISTÓRICO
Atenção !!!
Recentemente, no carnaval de 2008, foram encontradas na Serra das Poções entre as cidades mineiras de Diamantina e Couto de Magalhães, escritas rupestres, em língua desconhecida. Desconfia-se que seja farsi, e que se refira ao ritual do Lava-pés. As escritas foram trazidas para o Departamento de Linguística, Sociologia e Antropologia da universidade e estão sendo estudadas para posterior tradução.
(Clique aqui para ver parte das inscrições.)
Antes do Império Romano já encontramos registros sobre a existência deste elemento estranho: - o Zequinha. Já naquela época eles se proliferavam em todo o mundo pegando carona em animais, em bigas e todo e qualquer veículo que proporcionasse um certo conforto no sentido de não ter que fazer nada, a não ser olhar a paisagem. Os meios de transporte foram evoluindo, tanto em terra firme, quanto em água. Nesta época surgiu o zequinha aquático, também da família dos zequinhozauros caroneirewsky, porém com mais vocação para atividades braçais, pois no mar, fossem em caravelas, jangadas ou barcos vikings, a lei era trabalhar para pegar carona. Esta fase foi muito conturbada nos portos onde se destacaram os Sindicatos dos bizantinos e dos gauleses, que lutavam em vão por uma carona sem trabalho braçal. Tal luta não modificou a situação que permanece até hoje: - ZEQUINHA TEM QUE TRABALHAR!!!
Resumimos neste humilde trabalho Direitos e Deveres os deveres e direitos do Zequinha dos anos 2.000
Esperamos ter contribuído para a devida ordem nas trilhas .
sugestões - tracaominas@ieg.com.br
Texto : Ewerton Alvarenga
"....... Existe toda uma hierarquia para pilotar um Jeep de terceiros. Primeiro tem toda uma escola de formação de Zequinhas, ajudante do navegador e do piloto.
Zequinha é aquele que vai no banco de trás (quando há banco, se não, vai no meio das ferramentas) alcança a bebida, paga o pedágio, cuida da comida, desce para oferecer-se como abridor e fechador de porteiras, nunca fala sem ser solicitado, não se queixa dos saculejos, tampouco opina na navegação.
Ah, e se houver erro de navegação, deve assumir o erro como seu, mesmo sem ter opinado antes. Deve sempre levar o lanche e perguntar, antes da prova ou passeio que tipo de sanduíches o piloto e o navegador gostam.
E quando chega numa roda de jipeiros, deve enumerar as grandes qualidades do seu piloto, duvidando existir piloto igual no mundo.
Uma flanela úmida é sempre bem vinda na mão do Zequinha que deve conservar limpos o Jeep e os assentos do piloto e o do navegador. Sorrir, sempre!!!
Depois de uma temporada como Zequinha, pode ser convidado a navegar para seu piloto, quando da falta do navegador. E depois de duas ou tres vezes navegando, pode manobrar o Jeep do piloto, num posto de gasolina e sugerir a calibragem dos pneus. Ao manobrar a primeira vez, deve elogiar e citar o prazer de dirigir aquele que é o melhor Jeep do mundo do seu piloto.
Após algumas navegadas, pode o piloto oferecer seu Jeep ao então já navegador para que este dirija-o de volta para casa, após uma trilha. Daí, o navegador e ex- Zequinha, pode comprar um Jeep que deve obter a aprovação do seu antigo piloto (jamais um melhor do que o do seu ex-piloto para não haver constrangimento) e virar um piloto de verdade e passar a ter direito a um Zequinha e tudo mais que ele já sabe!!!....."
ORAÇÃO DO ZEQUINHA
Só passearei por esta trilha uma única vez, se não for um bom Zeca.
Assim, todas as boas ações que eu possa praticar e todas as gentilezas que eu possa dispensar ao meu piloto, devo aproveitar qualquer momento para fazê-lo.
Não devo adiá-las nem esquecer-me delas.
Fazer mais do que é preciso e nunca menos do que convém.
Ser o primeiro onde o trabalho é muito e a tarefa é dura.
Que no "Jeep" hoje não falte o necessário, pois não voltarei a passear por esta trilha, se não tiver sido um bom Zeca!
PENSAMENTO UNIVERSAL DO ZECA
"Um Zequinha otimista sempre diz que a chuva resultará em lama"
Zequinha
Direitos & Deveres
CARGO: ZEQUINHA
DURAÇÃO: Paciência do Piloto ou falha no cumprimento do disposto no Manual do Zequinha.
DEVERES:
Obedecer as ordens do piloto
Ser voluntário para pagar a conta no posto de gasolina;
Providenciar comida e bebida para o piloto;
Encher o galão com água;
Dar opinião apenas quando for questionado;
Não tocar em nenhuma tecla/botão do painel, exceto com autorização do piloto;
Em caso de atolamento, providenciar cintas e cabos para o reboque, bem como
prendê-los no jeep;
Em caso de roda livre manual, acioná-la quando necessário;
Pagar a taxa de inscrição da trilha para o piloto;
Quando estiver entre os jipeiros, elogiar a perícia e ousadia do seu piloto, bem como
o estilo do jeep;
Se houver travessia de rios, entrar e verificar a profundidade;
Arrumar e organizar uma maleta com ferramentas e outra com roupas limpas, toalha,
sabonete, tênis limpo e desodorante, apenas para uso do Piloto;
Ao chegar em casa lavar cuidadosamente o jeep;
Não tocar no PX, salvo ordem do piloto;
Ir ao posto mais próximo e pagar para lubrificar o jeep; encher o tanque, verificar o radiador e completar o óleo
Pode tirar apenas uma foto, desde de que nela apareçam o jeep e o piloto;
É sempre voluntário para abrir trilhas com picaretas, pás e facões, bem como abrir
e fechar todas as porteiras, sem que o piloto necessite se desgastar com estas ordens;
Se houver churrasco no fim da trilha, providenciar rapidamente espetinhos para o piloto;
É vetado ao zequinha sentar no banco do piloto;
E finalmente quando ele perceber que o piloto está entediado com a trilha, deve se
oferecer com um largo sorriso no rosto, para ser amarrado no quebra-matos do
jipe. Desta forma, o jipeiro poderá entrar seguidamente em espinheiros só
para ver o Zequinha gritar e com isso quebrar um pouco o seu tédio.
DIREITOS:
Não há nenhum direito significativo. Observação importante: Logo após a publicação do texto acima, surgiu uma tabela incluindo também os direitos do Zequinha. Veja abaixo.
Caros pilotos sugiro que estas normas sejam amplamente divulgadas, evitando desta forma
ter que mandar o Zequinha executar tarefas tão simples.
PRIMEIRO ENSAIO
DIREITOS DO ZEQUINHA
(colaboração de Valéria)
01 - NO PERCURSO, VER MUITOS SÓIS E O ESPLENDOR PRATEADO DE MUITAS LUAS.
02 - NO ESFORÇO DA CONQUISTA PELA LUTA, RECEBER A ALEGRIA E PALAVRAS QUE CONFORTAM.
03 - APRENDER A GUIAR-SE PELOS CAMINHOS DO MUNDO, VOAR COMO UM SER ALADO PLANANDO NOS HORIZONTES. TUDO COM MUITA ARTE E CIÊNCIA.
04 - NA FALTA DE RESISTÊNCIA FÍSICA, TEIMAR, REJEITAR E INSISTIR.
05 - NOSTALGIA PELA RELVA, DIANTE DOS VALES E DOS CAMPOS DE VERDURA BELA.
06 - RESPIRAR O AR, VIVER DE PERFUMES, OUVIR O MURMÚRIO DAS FOLHAS.
07 - AVENTURAR-SE NAS ÁGUAS MANSÍSSIMAS DOS RIOS E LAGOS.
08 - SER COMO O VENTO <CAPAZ DE SOPRAR PELO PÂNTANO SEM SE CONTAMINAR>.
09 - FAZER PARTE DA SOCIEDADE MAIS NOBRE E ESTÁVEL <DOS HOMENS DE BEM UNIDOS PELA AMIZADE>.
10 - REPETIR AS MESMAS HISTÓRIAS QUE FICARAM NO PAINEL DAS LEMBRANÇAS...
Manual de Procedimento do Zequinha para aproximação e superação de porteiras:
1) Ainda com a viatura em movimento, abrir a porta, observando se não há nenhum obstáculo com que ela possa se chocar. Não vá estragar a viatura!!!!.
Clique aqui para verificar o procedimento correto "ao vivo".
2) Descer do carro enquanto ele freia. Nunca antes (Zequinhas de pé quebrado são sacrificados no local, pelo limpa-trilha) nem depois (ninguém vai esperar o carro parar para descer).
3) Fechar a porta da viatura bem fechada. Bater a porta fortemente é tolerado relativamente bem pela tripulação se isso vier acompanhado de todo o empenho por parte do Zequinha. Portas deixadas abertas que se chocam contra o batente da porteira ou outro obstáculo costumam ser causa de atropelamento do Zequinha. Nesse caso, executado pelo próprio piloto com concordância do Navegador, que dá as orientações necessárias.
4) Correr para a porteira com toda sua velocidade e jamais:
a) correr para o lado da dobradiça da porteira;
b) atrapalhar-se com o fecho ou com os arames farpados.
5) Abrir e manter aberta a porteira enquanto o veículo a transpõe;
6) Fechar a porteira rapidamente (nunca ficar do lado errado);
7) Correr para a viatura com todo o empenho, pisar no estribo e já começar a gritar para o piloto "Vai, vai!!"
8) Acreditar que o piloto "vai, vai" mesmo. Por isso, segurar-se firme no que puder enquanto ainda do lado de fora de viatura.
9) Abrir a porta e entrar na viatura, portanto, são ações secundárias. O bom Zequinha deve observar antes se obstáculos não impedirão a abertura da porta.
10) Entrar na viatura, fechar a porta sem bater;
11) Atar-se ao cinto de segurança imediatamente (uma penalização por Zequinhas sem cinto costuma encerrar sua carreira e a eventual amizade, que porventura haja, com os demais membros da tripulação).
12) Ficar em absoluto silêncio. Piloto e navegador terão mais o que fazer do que ouvir seus relatos sobre como a porteira estava pesada ou o tipo de tramela que tinha. Nada disso interessa. Lembre-se, cada um com seus problemas. Por isso, Zequinhas, cuidem-se. Seus dias de passageiro estão contados.
Decio Pedroso
Zequinhas:
Geladeira de isopor de 20 litros - em torno de R$10,00
Rolo de "silver Tape" para aumentar a resistência da geladeira - R$6,00
Extensor (elástico) de moto - R$1,20 cada
Uma dúzia de "latinhas", daquelas que não dão dor de cabeça - R$12,00
Garrafa de água mineral de 1,5l - R$1,00
Sanduba de queijo com presunto e manteiga - em média R$0,60 cada
Frutas secas (uma boa para se alimentar bem) - em média R$1,50 o pacote
Jipeiro iniciante:
Niva barato em estado "encara-trilha" (com segurança) - R$5.000,00
Jogo de correias (uma para trocar e outra de reserva) - R$14,00
Óleos (freio, motor, caixas e diferenciais) - R$50,00
Pneu Garra (excelente para a lama) - R$80,00 cada
Câmara de ar (6.50x16) - R$14,00 cada
Tow Bar - de R$150,00 a R$250,00
E agora ?
Bom, pedir uma carona no jipe de alguém, ou seja, ir de "zequinha" pode ser bem animado, além de ser um ótimo estágio para quem quer começar. Mas cuidado! Você pode gostar tanto da coisa a ponto de se tornar um zequinha profissional.
Vamos lá! Para garantir seu lugar a bordo, arranje um isopor (se você quiser, pode ser um Igloo, neste caso, procure um que tenha alças, dobradiça na tampa e fecho). Coloque a alça que o acompanha e enrole-o com fita "Silver Tape" (aquela prateada que faz milagres). A intenção é reforçar toda a estrutura para que agüente melhor o tranco. Com a fita, você também pode fazer uma espécie de dobradiça para a tampa, usando um cinto velho ou velcro como fecho. Assim ela não fica voando pelo jipe, deixando que o gelo do isopor se derreta e seu precioso conteúdo fique quente. Um desastre!
O segundo passo é encher o isopor com gelo. Coloque uma dúzia de latinhas, uma três garrafas de água mineral das grandes e alguns sandubas caprichados. Outros "belisquetes" serão sempre bem-vindos. Pronto! Só não se esqueça de prender bem o isopor com um extensor, afinal, a pior coisa que pode acontecer no caso do jipe tombar, é um objeto voador acertando a cabeça de alguém. Agora, se além disso tudo você ainda souber fotografar (filmar, então, nem se fala), pode ter certeza, a galera vai disputar sua presença nas trilhas.
Mas não esqueça! Além do serviço de bordo, um zequinha tem que estar preparado para qualquer coisa. Desde abrir porteiras (e fechá-las, é claro!) e empurrar o jipe quando atolado a escutar o mau-humor do piloto e ainda fazer graça. Portanto, preguiça, nem pensar! Disposição, camaradagem e alto-astral são requisitos fundamentais.
Por outro lado, ser um zequinha tem suas vantagens. Você nunca vai se aporrinhar de tanto esperar pelo jipe, que foi só fazer um "pequeno" conserto naquele mecânico "amigo". Como também não vai conhecer a ira dos seus vizinhos, só porque você entupiu o ralo da garagem, enquanto tentava tirar um pouco da lama que sobrou da trilha.
Por sorte, ou melhor, por obra e graça Divina, resta uma graninha em sua conta bancária. Mas o quê comprar? Alguns sugerem para você passar fome por mais dez anos até conseguir um Land. Outros mais "camaradas", dizem para você ficar com aquele Willys barato, que está parado há vinte anos no sítio de sei-lá-quem. A intenção até que é boa, mas eles se esquecem de dizer que você também vai ter que virar sócio daquela oficina da esquina.
Nenhuma solução boa aparece, até que, do nada, pinta um jipinho. Um Niva, por exemplo. A aparência sugere algumas cirurgias plásticas, o motor até que não ronca mal e o precinho... Hummm, cabe certinho nas suas economias. E o melhor, ainda dá para colocar um jogo de pneus lameiros e tomar aquele chopinho em comemoração.
Vá devagar, comprar um jipe usado requer alguns cuidados! Em primeiro lugar, quando for ver o carro, dê uma olhada no lugar onde ele está estacionado. Se houver um vazamento de óleo, a prova estará no chão. Por outro lado, acredite sempre na regra número um dos jipes, se não está pingando óleo é porque pode estar sem óleo. Portanto, peça para levar o carango num posto e coloque-o num elevador. Confira o nível dos óleos e se tudo está ok. Sabe como é... Se nada está fora do lugar ou quebrado.
O próximo passo... Alguém disse alguma coisa? Ah, você não entende nada de mecânica! Bom, então faça da seguinte formaAbra o capô e dê uma olhada geral. Parafusos e porcas com marcas de esforço indicam que aquilo que você está olhando (digamos que seja o motor) foi mexido várias vezes e pode estar com problemas. O mesmo serve para a parte elétrica. Muitas emendas, fios desencapados e fita isolante para todo lado é pane na certa.
No caso do Niva, você deve dar uma atenção especial à lataria, pois ele é monobloco. Ou seja, massa por todo lado pode ser um péssimo sinal. O que fazer, então? Leve um ímã e encoste onde estiver estranho, principalmente naqueles lugares que se assemelham a uma casca de laranja. Se o ímã não "grudar", a coisa tá feia! Neste caso, o barato vai sair caro.
Outro ponto que merece atenção é o cubo da roda. Calma, é simples! Com o jipe levantado pelo "chassis" (use um elevador que não suspenda o carro pelas rodas), segure uma roda qualquer com uma das mãos em cima e a outra embaixo (12h e 6h, sacou?) e tente mexer para dentro e para fora. Caso você escute um toc-toc, o(s) rolamento(s) do cubo de roda está com folga. A solução vai de um simples ajuste da pré-carga (aperto) dos rolamentos até a troca deles. Não esqueça de verificar as outras rodas.
Agora, chegou a hora de dar uma volta no carango. Preste atenção em todos os barulhos que puder. Dirija com os vidros abertos e, depois, com eles fechados. Barulhos do tipo nhec-nhec geralmente são de buchas de suspensão gastas. Nada complicado! Aproveite também para sentir o carro. Ao pisar no freio, repare se ele aos poucos vai descendo. Em caso positivo, alguma coisa no circuito pode estar vazando. E, pela Lei de Murphy, é sempre a coisa mais carao cilindro-mestre.
Um detalhe que "entrega" muito carro ruim é o estado dos bancos. Quando eles estão surrados e até "afundados" de tanto uso é certo que o carro rodou pacas (mesmo que o hodômetro diga que não). Bancos novos também devem ser olhados com um pouco de desconfiança, pois, se eles estão ali, é bem provável que os originais estivessem em péssimo estado. Mas isso nem sempre é verdade, portanto, uma conferida no volante ajuda. Caso ele esteja lisinho-lisinho, o carro realmente conheceu milhares de quilômetros. Uma coisa é certa, nunca compre um jipe olhando o hodômetro. É furada!
O Niva agora é seu e você está pronto para encarar as trilhas. Pera lá, meu amigo! Uma simples e barata revisão cai muito bem, aliás, essa revisão é ótima para evitar que as caixas caiam pelo meio do caminho. Como fazer, então? Para início de conversa, pode desmarcar aquele final de semana na praia com seu broto! Tudo o que você vai ver é graxa, suor e lágrimas. Lágrimas? Bom, depois de alguns dias de trabalho braçal no "novo" carango, recomeçar a labuta do dia-a-dia é duro!
Tudo preparado? Os vizinhos, mesmo torcendo o nariz, concordaram com a "mechânica" na garagem? E sua gatinha, entendeu a dispensada? Ela não só concordou como até se ofereceu para dar uma forcinha?! Perfeito! Agora é só deixar a bicicleta pronta para "correr atrás" daquela pecinha que sempre falta e mãos à obra. Com ferramentas e beijinhos, parafusos e palavras de apoio, um novo jipe está pronto para nascer.
Todos os parafusos devem ser checados e apertados. O óleo do motor e o das caixas e diferenciais, trocados. A velha e quase arrebentada correia da bomba d'água tem seu lugar certo no lixo. As velas de ignição... Hummm, ainda estão boas, né? Aqueles pneus velhos e carecas podem dar lugar a novos lameiros. Ainda não balanceados, eu imagino. Esta parte fica para o mês que vem, senão, fica apertado para encher o tanque. Agora sim, "tudo" certo!
Quase! Nunca se esqueça que um jipe é como um filho adolescente. Te dá muitas alegrias e "alguma$ decepçõe$". Por isso, guarde, sempre que possível, uma graninha para as eventuais necessidades, refazer um motor de arranque, trocar um filtro de ar ou de gasolina, substituir uma buchinha aqui outra acolá etc. Só não caia na tentação de entrar no cheque especial, por causa daqueles amortecedores Rancho que te indicaram. Para você ter uma idéia, um par de amortecedores pressurizados de boa qualidade (Nakata, por exemplo) está saindo a R$70,00.
E se quebrar na trilha? Você pode ter certeza de uma coisa, isso faz parte da brincadeira, afinal, nenhum jipe é indestrutíve !! No entanto, dois motivos levam um jipe a quebrar numa trilha, falta de manutenção e exageros. Portanto, se você deu uma geral antes de encarar a trilha e está pegando leve, fique tranqüilo. Qualquer coisa, desça do jipe antes de passar por algum obstáculo que você ache difícil. Do lado de fora do carro, as dificuldades são sempre bem mais fáceis de serem transpostas. A propósito, de todos os equipamentos que um jipe pode ter, o tow-bar (barra de reboque escrita de forma chique) é simplesmente fundamental. Com ele, caso seu carango se recuse a voltar para casa andando, é só engatar em outro 4x4 e pronto!
Outra coisa fundamental em trilhas é a técnica, mas ela só é adquirida com o tempo. Portanto, mais uma vez, pegue leve no pé! Na maioria das vezes (90% das situações), tentar passar na grosseria é coisa de quem não tem técnica. Contudo, tem horas que o acelerador precisa falar mais alto. Para saber se essa hora chegou ou não, preste atenção nos outros. Se alguém conseguiu passar tranqüilo, aquele é o jeitinho certo de fazer a coisa.