Estrada Real 1 X Eu 0
A ideia era seguir por estradas normais asfaltadas de Brasília até Serro e de lá usar fielmente o caminho velho, da real Estrada Real até Paraty. Mapas (aqui o da Estrada Real, em formato .img para GPS) colocados no GPS e tudo pronto, vamos "simbora" !!.
O trajeto Diamantina - Serro da Estrada Real já era conhecido.
Saída cedo de Brasília e na dúvida sobre qual saída pegar, escolhi a que passa pela asa sul. Estrada cheia mesmo sendo um sábado cedo.
Até Tres Marias viagem tranquila sem sobressaltos. Almoçamos no restaurante Rei do Peixe na margem do Rio São Francisco. Como sempre, comida boa, ambiente agradável embora o calor já começasse a chatear.
No final da tarde, mas ainda claro chegamos na Pousada Serrana em Serro, onde já tínhamos reservas. Deu tempo de sobra para esticar as pernas nas ladeiras de Serro. A pousada é simples com boa localização e café da manhã.
Pronto. No dia seguinte íamos entrar de vez na Estrada Real com sua maior parte em estradas de terra de estado desconhecido, passando por fazendas, mata burros, riachos, etc.
Resolvemos seguir o roteiro disponibilizado neste site.
Saímos umas 8h e com um pequeno desacerto, logo achamos a Estrada Real. O início foi asfalto, para surpresa minha. Sem problemas, melhor porque começa com "cabeça fria". Depois de Alvorada de Minas então começou a parte mais interessante. Muita mata, e visuais belíssimos. Em Conceição do Mato Dentro não deixamos de visitar o "Salão de Pedras". A estrada continuava com subidas e descidas muito íngremes. Curvas fechadas....
A falta de chuvas, poeira, muito calor e manobras no carro foram cobrando seu preço e diminuindo a diversão. Em Ipoema resolvi abandonar em parte, a real Estrada Real e seguir por asfalto.
Na cidade de Bom Jesus do Amparo, segundo consta no roteiro, encontra-se a única estátua do Brasil de Jesus Cristo quando criança. Não deixamos de ver.
Dormimos neste primeiro dia de Estrada Real, em Catas Altas no Pouso N. Sra. do Rosário. É uma residência na qual os proprietários alugam quartos. Banheiro individual e café da manhã bom. Gostamos muito de Catas Altas que tem a maior cervejaria do interior de Minas: La Viola e pessoas acolhedoras. Fomos apresentados aos donos e conhecemos a cerveja Backer (destaque para a Capitão Senra) e o chopp Pub. Também ficamos sabendo de um festival de vinhos e outro de cervejas que acontecem na cidade. O visual muito bonito da Serra do Caraça bem próximo a cidade chamou a atenção. Foi um dia bem proveitoso. Como muitas cidades de Minas esta tem muitas ladeiras, que ajudam a "destravar as pernas" depois de muito tempo dentro de carro.
Próximo a Mariana nos chamou a atenção grande quantidade de minas em exploração. Trânsito um pouco pesado de caminhões. Como já conhecíamos Mariana e Ouro Preto, passamos pelas periferias. Trânsito intenso.
Logo depois de Ouro Branco paramos para ver o que chamam de "A Casa de Tiradentes", indicada por placa na estrada. Uma decepção: umas ruínas sem mais nenhuma informação. Ficou a dúvida: Casa de Tiradentes ????
Como a Estrada Real continuava a nos perseguir (vários marcos na estrada) resolvemos seguir para Tiradentes e depois Caxambu (que eu não conhecia). Almoçamos em Tiradentes, mas infelizmente o restaurante que deixou maravilhosas lembranças em estada anterior estava mudado. Comida mineira tradicional mas sem maiores destaques. O calor continuava muito forte e em nenhuma ocasião tínhamos pegado chuva. Passeamos um bocado na cidade mesmo assim. Continuamos, ocasionalmente cruzando com a Estrada Real.
No final do dia chegamos a Caxambu com uma certa apreensão em relação a hotéis pois não tínhamos reservas. Mas sem problemas conseguimos um hotel para a estadia: Alex Hotel. Localização muito boa, mas o hotel precisa melhorar.
Passeamos muito em Caxambu incluindo um passeio no teleférico.
De lá, decidimos passar a "virada do ano" em Paraty. A viagem continuava tranquila e muito mais visuais belíssimos nas proximidades do Parque Nacional de Itatiaia. Passagem pela Serra da Mantiqueira maravilhosa.
Sempre quis passar pela estrada Lídice - Paraty e neste ano passei tres vezes por lá. Chega, pelo menos temporariamente.
Em Paraty, quase não encontrávamos lugar para ficar. Depois de muitas ligações achamos um "pouso". Casa de família com 4 apartamentos, sem café da manhã.
Muito calor o tempo todo. Também andamos muito em Paraty e aproveitamos os praias. Desta vez fui ainda conhecer o forte Defensor.
Vimos de um local privilegiado os fogos tradicionais no dia 31dez e depois de 2 dias chegava a hora da volta.
Próximo a Belo Horizonte uma chuva muito forte atrasou um pouco a viagem e a mesma coisa, logo que chegamos em Brasilia, sendo que na volta escolhi entrar pela parte norte da cidade.