17fev a 14mar23
Fotos e vídeos.
Mais fotos.
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Coletânea de vídeos (11m36s) feitos durante a viagem pela Estrada Carretera Austral: https://www.youtube.com/watch?v=qoocEWCDUdU
Instagram do grupo: https://instagram.com/carretera_austral.fev2023?igshid=ZDdkNTZiNTM=
17fev - Brasília - Presidente Prudente - Depois de muito planejamento saímos bem cedo pois tínhamos um compromisso em Presidente Prudente: colocar um baú na
caçamba da Hilux. Sem maiores atropelos chegamos bem a tempo para isso. O endereço fornecido pelo Google Maps estava errado, mas depois de telefonemas chegamos na empresa Box Armazenagem. O proprietário já estava esperando e logo instalamos o baú e nos dirigimos ao Hotel Muchiutt Park, onde parte da turma já tinha chegado um pouco mais cedo. À noite colocamos em dia as conversas e planos para os dias seguintes, claro que junto com umas garrafas de vinho.
18fev - Presidente Prudente - Eldorado - Acordamos cedo e após colocação das telas anti insetos nos carros e algumas fotos, saímos em direção à Argentina. A fila na fronteira estava muito grande e perdemos um tempo considerável, umas 2h, mas aproveitamos para esticar as pernas e alguns já fizeram câmbio. Já na Argentina enquanto uns foram a uma loja de vinhos outros foram até o balão de entrada da cidade de Puerto Iguazú para fazer câmbio. Chegamos à noite no Hotel Che Roga, em Eldorado. As reservas já estavam feitas.18fev, 21h30.
19fev - Eldorado - Chajarí - Nesta cidade quase ficávamos sem hotel adequado, e depois de procurar pela cidade ficamos na Hosteria Prince, a cidade estava cheia devido a um festival de música. No início da noite fizemos uma grande farra na entrada do hotel. Embora o hotel não fosse o que esperávamos o leite no café da manhã, surpreendeu pelo gosto !. Esplêndido !.
20fev - Chajarí - Pehuajo - Ficamos no Hotel Del Solar, depois de uma certa dificuldade para encontrá-lo. Nesta cidade compramos "chips" para celulares, e tomamos algumas cervejas o que se tornou uma rotina de nossas noites. Muitas vezes acompanhadas de vinho. A cidade não foi do agrado de todos, pois apresentava muita sujeira de pássaros. Sem conseguir configurar os "chips" de celulares, esperamos no dia seguinte até abrir uma loja especializada. Fomos bem atendidos e rapidamente os celulares estavam configurados com números argentinos e acesso à Internet. O comércio muito bom e até compras de roupas foram feitas. Nesse trajeto entre as cidades quase ficávamos sem combustível e tivemos que parar e enfrentar fila na cidade de San Jose.
21fev - Pehuajo - Neuquén - Estrada "chata" e deserta sem grandes atrações nem paisagens deslumbrantes, embora alguns tenham lembrado do filme Mad Max e outros tenham visto alguns animais. A parada boa e "obrigatória" é no Hotel Cruce del Desierto onde tem restaurante, loja de conveniência, posto de combustível, etc. A estrada continua sem grandes curiosidades e chegamos ao redor de 21h no Hotel Suizo e logo fomos a um restaurante vizinho para "esfriar a cabeça" e comer alguma coisa. Também uma loja de artesanato vizinha do hotel chamou a atenção.
22fev - Neuquén - Junin de Los Andes - No dia seguinte esperamos a loja abrir para algumas compras e seguimos viagem. A estrada começa a mostrar paisagens mais bonitas o que vai animando o grupo. Passamos na cidade de Piedra del Águila o que lembrou o eclipse ocorrido em 2020. Paramos algumas vezes e fomos até a margem de um lindo lago, para molhar os pés. Chegamos cedo em Junin de Los Andes e passeamos pela cidade. Ficamos no Hotel San Jorge, que embora bom e muito bonito, com boa localização, tinha algumas restrições que perturbaram a gente. Nele, pela Internet, fizemos o seguro Soapex (obrigatório para entrada no Chile).
23fev - Junin de Los Andes - VillaRrica - A estrada continuava bem bonita e a passagem pelo "Paso Mamuil Malal" foi uma bonita amostra do que estava por vir. Muito bonita essa passagem !!. Tentamos hospedagem em Pucon mas resolvemos seguir em direção à VillaRrica. A visão do vulcão VillaRrica foi marcante. Ativo e com uma fumaça saindo e placas na rua indicando que o vulcão estava ativo. Enquanto uns foram a um supermercado outros foram procurar hospedagem e por fim conseguimos com D. Blanca, uma senhora muito simpática, a primeira experiência em "cabañas". Uma casa com todos os utensílios, 3 quartos, garagem, etc. E com ótima localização, perto da orla e em frente ao supermercado. A liberdade proporcionada pelas "cabañas" foi o que fez o grupo gostar. Resolvemos ficar mais um dia. Passeamos bastante a pé e a cidade estava muito movimentada.
24fev, VillaRrica - No dia seguinte voltamos a Pucon para um visita mais completa e uma subida ao vulcão. Uns arriscaram até seguir a pé, além do estacionamento, para uma visão mais próxima do vulcão. A cidade estava em alerta vulcânico, e até sirenes foram ouvidas, mas como os habitantes estavam tranquilos, assim ficamos também.
25 e 26fev - VillaRrica - Puerto Montt- Seguimos viagem e as paisagens forma mudando e ficando mais bonitas !. No caminho paramos para um ótimo passeio em Valdivia onde tinha uma festival de música. Fomos na feira, muito movimentada, e riquíssima em frutos do mar, espetacular, vimos lobos-marinhos quase no centro da cidade, e tentamos achar hospedagem, sem sucesso. Tudo lotado, por causa do festival. Vimos também um pêndulo de Foucault e almoçamos num ótimo restaurante (Perla Negra) com atendimento e comida espetaculares e preços adequados. Ainda no caminho que estava cada vez mais bonito, entramos em Puerto Varas com passeio pela orla do lago e visão incrível do Vulcão Osorno, e é claro que íamos lá. Também tentamos encontrar hospedagem mas de novo sem sucesso. Por ser um dos objetivos ficamos mais um dia em Puerto Montt e passeamos muito inclusive com uma visita ao KM 0 da Carretera Austral. De novo nos hospedamos em uma casa completa de dois pavimentos, onde até lavamos roupas. Também bem próxima a um supermercado. No dia seguinte voltamos a Puerto Varas e fomos ao vulcão Osorno onde o frio e um passeio de teleférico (filmete) foram as maiores atrações !.
27fev - Puerto Montt - El Amarillo - Já deixando de lado a ideia inicial para chegar a Chaitén direto de Puerto Montt (seria viagem de balsa com 41h de duração) resolvemos seguir pela ilha de Chiloé que é bem famosa. Fizemos uma travessia de balsa (±35min) e entramos na ilha, em direção a Castro onde aí sim, teríamos uma balsa com travessia longa: ± 9h. Na balsa tem uma lanchonete e colchões para dormir. Ainda era cedo, almoçamos e andamos um pouco na cidade. Chegamos em Chaitén já no dia 28fev mas com "cabañas" reservadas em El Amarillo e era 00h37 quando desligamos os carros. "Cabañas" com lareira e boas acomodações.
28fev - El Amarillo - Cansados, mais felizes resolvemos fazer uma visita a um parque perto: Parque Pumalin, que tem uma história bem peculiar, e descansar um pouco. Este parque proporcionou belas paisagens, e teste do uso das trações 4X4, controle de descida e outras funcionalidades dos carros. Foram destaques a limpeza e organização do parque.
01mar - El amarillo - Puerto Cisnes - Nesse caminho pegamos os primeiros trechos de "rípio" e tempo chuvoso e frio. A Cuesta de Queulat bem como o parque com o mesmo nome foram grandes destaques !. No trajeto, na cidade de La Junta, um almoço onde comemos uma "cazuela" fez sucesso. Foi reconfortante. Em Puerto Cisnes, cidade sem aparentes atrações ficamos na Hosteria BellaVista. Fizemos algumas compras e como todas as noites, um encontro animado.
02 e 03mar - Puerto Cisnes - Cerro Castillo - Estrada ainda muito bonita mas segundo alguns a Carretera Austral só começa mesmo depois de Coyhaique onde almoçamos num restaurante bem chique. Em Cerro Castillo novamente ficamos em "cabañas" o que já estava agradando a turma. "Cabañas" boas com vista espetacular para o morro Cerro Castillo que dá nome à cidade. O que se via da janela da "cabaña" era inacreditável. Desse jeito ficamos mais um dia. No dia seguinte fizemos uma exploração de carro para chegar o mais próximo possível do morro. Estrada de terra com travessia de rio de degelo (filmete), muito vento e frio. Fomos até o fim da estrada onde um grande rio interrompeu o percurso.
04mar - Cerro Castillo - Puerto Tranquilo - Finalmente chegamos no Lago General Carrera o maior lago do Chile e que também faz parte da Argentina. Ops !. Argentina ?. É, depois de discussões desistimos de seguir até o fim da Carretera na cidade de Villa O´Higgins e começar a volta. Embora estivéssemos a 345km do fim da carretera a logística deste trajeto é complicada. Em Puerto Tranquilo procuramos hospedagem e ficamos talvez no melhor hotel da viagem que embora o valor da diária não incluísse café da manhã, o piso dos apartamentos era aquecido. Com a ajuda da recepcionista do hotel logo conseguimos passeio para a mesma hora que chegamos. Visita às catedrais de mármore (filmete). Que passeio !!!. Botes em águas agitadas, velocidade rápida, com guia, e com paradas maravilhosas !!.
05mar - Puerto Tranquilo - Perito Moreno - Continuamos a circundar o Lago General Carrera por estradas muito bonitas, sem asfalto e após os procedimentos de praxe na fronteira sem muita demora, chegamos cedo em Perito Moreno mesmo depois de uma parada mais demorada em Chile Chico e almoço no El Petisco Patagon (uma das melhores comidas). Ficamos hospedados nas cabañas Rio Fenix. Muito agradável. Ah !. O lago muda de nome e na Argentina passa a se chamar lago Buenos Aires.
06mar - Perito Moreno - Comodoro Rivadavia - Enquanto almoçávamos nesta cidade, tivemos um incidente muito desagradável. Nossos carros foram arrombados, um vidro quebrado em cada carro, e levaram várias mochilas. Foi um grande dissabor. Aí aquela complicação, chama polícia, faz perícia, tira fotos...fomos à delegacia para registrar o boletim de ocorrência...Procura concessionárias para trocar os vidros quebrados, uma canseira. Na concessionária Toyota tinha apenas um vidro do que precisávamos, mas o serviço não foi feito na hora porque já estava em final de expediente. Deixamos marcado para o dia seguinte. A concessionária Ford não tinha o vidro mas indicou uma oficina próxima para a troca. À noite quando tomávamos umas cervejas, observamos que um dos registro do furto estava errado. Tivemos que voltar na delegacia para correção, outro aborrecimento !. Nos hospedamos no Hotel Austral.
07mar - Comodoro Rivadavia - Puerto Madryn - Depois de colocados os vidros continuamos a viagem com parada em Trelew para foto na réplica de dinossauro, e ainda remoendo o roubo. O mirante na entrada de Puerto Madryn melhorou um pouco o ânimo. Procuramos hospedagem e ficamos no Hotel Patagônia. Andamos muito pela orla e comemos no restaurante Náutico Bistrô de Mar. Comida maravilhosa !!. Ainda teve uma grande farra na recepção do hotel. Nesta noite a lua estava esplêndida.
08mar - Puerto Madryn - Santa Rosa - Deixamos Puerto Madryn e passamos ainda em Las Grutas que era outra cidade boa para ver o eclipse de 2020 e depois de procurar um pouco por hotéis, ficamos no Unit Hotel. As estradas já tinham virado rotina enjoada, sem as belezas que tínhamos visto, embora neste trajeto tenha caído uma forte chuva de granizo, mas de curta duração.
09mar- Santa Rosa - Mercedes - Rodamos um bocado aqui e visitamos algumas igrejas muito bonitas !. Ficamos no Hostal del Sol, cuja construção lembrava um pouco o hotel do filme Psicose. Trajeto sem maiores detalhes, só estradas comuns.
10mar - Mercedes - Paso de los Libres - Chegamos umas 18h no Hotel Casino (fora da cidade) e como o dia ainda estava claro fomos tomar banho de piscina e farrear como sempre fazíamos nos finais de dia. Deu para relaxar. O Brasil estava ali pertinho: 6km, por uma outra fronteira.
11mar - Paso de los Libres - Foz do Iguaçu - Depois de novas compras, agora já mais animados e demora razoável na fronteira chegamos umas 20h no Hotel Luz (já conhecido) e saímos quase direto para o bar do Peixe, bem próximo. Era sábado e mesmo sabendo que no dia seguinte, domingo, muitas lojas em Ciudad del Leste estariam fechadas resolvemos ir passear lá assim mesmo. Shoppings funcionando normalmente o que fez a festa da turma.
13mar - Foz do Iguaçu - Pirapozinho - Deixamos a Hilux logo cedo na concessionária Toyota para revisão prevista e porque não ?. Fomos novamente a Ciudad del Leste. Sendo que de manhãzinha o grupo se separou pois parte iria seguir até Cascavel para revisão na Ranger. Pegamos a Hilux no final da manhã e seguimos viagem até Pirapozinho onde nos hospedamos em hotel também já conhecido: Almanara.
14mar - Pirapozinho - Brasília - Trajeto sem maiores observações. Finalmente depois de 11.400km estávamos "em casa".
Obs. Como não chegamos ao fim da Carretrera Austral já ficou "marcada" uma nova viagem, desta vez "ao contrário", do fim ao começo da Carretera Austral.
De Villa O´Higgins até Puerto Montt.
E porque não numa época mais fria para vermos neve e mais gelo ?.
Ainda consta no "planejamento" a ida aos EUA ou México para ver o eclipse total em 08abr24
Conclusão: Vale a pena ?. Vale !. Viagem ruim é aquela que você deixou de fazer. Os registros fotográficos não refletem as belezas que existem.
A parte mais entediante dessa viagem, é o trajeto pela Argentina com estradas intermináveis e retas "infinitas". Sem paisagens marcantes a não ser regiões desérticas e alguns salares em formação. Mesmo assim são paisagens bem diferentes das que estamos acostumados a ver. Algumas cidades grandes quebram um pouco a monotonia. As belezas só melhoram mesmo a partir da cidade de Neuquén e com a proximidade da cordilheira vão ficando cada vez mais bonitas. Já no Chile, entrada pelo Paso Mamuil Malal (Junin de los Andes-Curarrehue) ficam mais bonitas as paisagens, com exceção da Ilha Chiloé onde não vimos muitas atrações. Muitos vulcões, lagos e termas no trajeto também animam. As estradas mesmo as pavimentadas de cascalho, são boas e longos trechos de asfalto são em pista dupla.
O retorno pela Argentina, Paso Jeinimeni (Chile Chico-Los Antiguos) se repete em tédio a não ser pelas curiosidades das pequenas cidades. E muita coisa faltou para visitar.
Em praticamente todos os postos de abastecimento existe loja de conveniência boa, até com almoço rápido. Não tivemos problema de abastecimento (Diesel S10).
As comidas são um capítulo à parte: fartas e saborosas. E jocosamente foi até criado um prato novo: "marisco de pollo (frango)". Eu não tenho a mínima ideia do que seja isso !. Surgiu durante a viagem.
Fomos sempre bem tratados, mesmo com a dificuldade da língua e quando chegávamos agitados com a efusividade natural do brasileiro, e não tivemos problema para troca de dinheiro, mas uma estória teve que ser contada: aqui. O cartão Wise é uma boa alternativa.
A "descoberta" do pisco sour também foi um sucesso.
Figura abaixo com distância aproximada entre os locais que nos hospedamos.