A idéia foi sair de Brasília a partir do Posto C., no dia 28out e voltar ao mesmo ponto no dia 04nov de 2.000 (foto1, foto2 ). Nosso comboio constou de 7 carros sendo o Jipe Toyota Bandeirante azul composto da tripulacao: Ivan, Saulo e Taku.
A saída marcada para às 6:00h do dia 28out00, ocorreu aproximadamente às 7:50h . Depois de abastecidos os carros, saímos em direção a Alto Paraiso (Go), São João da Aliança (Go) via Sobradinho (Df) e Planaltina (Df).
Depois de 11km da entrada para Planaltina (Go) que fica a esquerda da BR, não confundir com a outra Planaltina (Df) que fica à direita, e após o final da pista dupla, dobramos a esquerda, em um trevo e logo depois passamos na divisa DF-GO com chegada a São João da Aliança às 9:40h. Daí para Teresina de Goiás onde fizemos abastecimento às 11:40h. Distância do ponto de partida: 313 km. A saída ocorreu às 12:10, depois de uma parada refrescante, regada a algumas cervejas. A próxima grande parada foi em Campos belos (13:40h) com almoço no restaurante Bom Sabor, ja na saída para Arraias. Horário: 14:45h.
A chegada à Arraias foi às 15:15h, Uma cidade mais ou menos grande com certo apoio caso haja necessidade. Não houve parada maior aqui e chegada a Natividade às 17:30h. Distância do ponto de partida: 664km. Em Natividade, novo abastecimento e preparação para a entrada na estrada de terra em direção à Pindorama do Tocantins, que acontece 22km após Natividade, dobrando-se à direita. Existe placa de sinalização.
A estrada de terra surpreende no início devido a grande quantidade de "costelas" para quem vinha acostumado no conforto do asfalto. Estrada perigosa devido a quantidade de curvas e pequenas pontes de madeira, as vezes em finais de curva, exigindo freadas fortes e atenção. Pequenos riachos alegraram a caravana . A chegada em Pindorama (To) ocorreu à noite, aproximadamente às 19:35h, onde fomos muito bem recebidos pelo Sr. Jales, dono do supermercado PEG PAG Santana. Hospedagem no hotel Dormitôr (?) da dona Sônia. Valor: R$ 5,00 por pessoa incluindo o café da manhã.
À noite choveu muito, o que mostrou quão acertada foi a decisão de dormirmos em Pindorama. Pois como observou-se no dia seguinte a estrada para Ponte Alta do Tocantins (To) é traiçoeira e também com muitas curvas e pontes de madeira e riachos. Por outro lado, alguns trechos permitiram velocidade ao redor de 80km/h. Devido à chuva que caía no início da manhã só saímos de Pindorama às 8:30h. Chegada à Ponte Alta do Tocantins às 10:05h. Até agora temos as seguintes distâncias: : Natividade-Pindorama= 97km, Pindorama-Ponte Alta do Tocantins= 61km, Natividade-Ponte Alta do Tocantins= 158km.
Em Ponte Alta (To) como alguns companheiros mergulharam nas águas refrescantes do rio assim que chegamos, aproveitamos para tomar cervejas, ligar para casa, e comer um delicioso peixe frito com um resto de frango com farofa que nos acompanhava desde Montes Belos (Go) e já almoçamos. A partir de Ponte Alta do Tocantins (To) não mais existe apoio para combustível. Esta era a informação.
Saímos às 12:30 e aí começava o verdadeiro Jalapão tão falado ! Estradas de terra com muito cascalho e infelizmente com pedras grandes o que trazia certo risco para pneus. Rumando sempre à esquerda chegamos ao entroncamento Cachoeira da Velha-Mateiros às 14:30H com saída às 14:50h depois de várias fotos e brincadeiras. Perdemos a Cachoeira Sussuapara . Às 15:35 chegamos a Fazenda Tri-Agro onde é necessário pedir autorização para entrar em direção a Cachoeira da Velha nosso destino final, nesta etapa. Saímos às 16:40h. Depois de um carro atolado no caminho, chegamos às 17:50h no local do acampamento, não sem antes conhecer a parte baixa da cachoeira com uma linda praia. Imediatamente iniciamos a montagem das barracas, sempre com muita alegria regada a cerveja e porque não ? um pouco de cachaça.
No dia 31out, uma terça feira, saímos na direção de volta e chegamos a fazenda Tri-Agro às 8:55h com saída às 9:30h. Eram 10:30h quando chegamos de volta ao entroncamento . Vinte minutos após a saída com ideia de passearmos nas dunas paramos na ponte sobre o Rio Novo para fotos e novo relaxamento. Afinal, dirigir jipes em estradas de terra com atenção constante não é brincadeira. Logo depois da ponte existe uma entradinha à esquerda que permite acesso à uma praia muito agradável. Lá, um dos nossos, animado pelas cervejas e pela beleza do lugar resolveu tentar chegar a outra prainha através de "um atalho" pelo rio. Infelizmente não deu muito certo ......Dizem que o Toyota atravessa cursos d'água muito profundos mas esse parece que foi demais..... With a little help from my friends....ops....com uma pequena ajuda dos amigos o carro foi retirado da água e iniciado o diagnóstico do que aconteceu. De cara observamos que alguns pacotes de pão foram completamente perdidos, ou melhor viraram sopa de pão.
A providência básica foi retirar toda a água que porventura tivesse penetrado no motor do carro. O parafuso do cárter recusou-se a sair, até mesmo com o uso de talhadeira e alicate de pressão, provocando a necessidade da retirada do cárter. Os bicos injetores também foram retirados bem como os faróis auxiliares. Estes, consertados por Alexandre que tinha vindo de Curitiba para esse passeio. O resultado final foi um carro completamente recuperado e segundo alguns, até melhor ! e a decisão de acamparmos ali mesmo. Como na manhã seguinte já partiríamos, resolvemos não armar as barracas, até porque havia uma pequena palhoça próximo ao acampamento. Logo no início da noite começou uma chuva forte que continuou provocando situações "desesperadoras" na procura de um local para dormir. Uns dormiram nos carros, outros tentaram rede e houve até quem "dormisse" sentado, com alguns pingos de chuva perturbando. Pena não termos as fotos.
No dia seguinte, ainda com um pouco de chuva, saímos às 9:35h com destino às dunas. A chegada às dunas é muito bonita, e como todo o Jalapão, só conhecendo para crer.. As dunas merecem um destaque à parte ! Uma beleza, no meio do nada, dunas de areia vermelha com um córrego na base da principal. Horário de chegada : 10:15h. Na travessia do córrego, o Land Rover, num descuido, segundo o motorista , atolou. Foi retirado com ajuda manual e do Toyota Bandeirante. Sim !, o mesmo que havia caído no rio. Muita diversão depois, saímos às 11:50h com destino a Mateiros (To). Aqui uma observação: como havia conosco um nativo, surgiu a sugestão de pegarmos um "atalho" que nos levaria mais rápido e em caminho mais curto à pequena cidade. Até agora, esse "atalho" parece ter sido uma desculpa para entrarmos em mais trilha e mais teste para os jipes. Nesse caminho, um pequeno atoleiro, atrapalhou a passagem de um dos jipes.
13:45h, chegada triunfal em Mateiros onde fomos ao restaurante pedir providências para alimentar 15 famintos. Enquanto isso, uma visita ao supermercado local com novo abastecimento de cervejas, catuaba e outros gêneros de primeira necessidade. Como surpresa, encontramos diesel e gasolina, para venda. Não em posto de abastecimento, mas um morador local os vende. Farta distribuição de confeitos para a criançada foi posta em prática. Volta ao restaurante para almoçarmos. Distância Dunas-Mateiros= 54km sem levar em consideração o "atalho".
Saída para a Cachoeira da Formiga, e no caminho encontramos uma cancela fechando a estrada. Como o fervedouro fica próximo, e havia uma placa indicando, resolvemos seguir a esquerda e achá-lo. Resultado: mesmo com a comunicação via rádio funcionando (precariamente), nos perdemos uns 20km. Voltamos e para nossa surpresa a cancela era parte da estrada e devíamos abri-la para continuarmos a viagem até a Cachoeira da Formiga. Existe uma placa indicando. Distância: 6,4 km. Lá chegando, parte do comboio já estava com suas barracas montadas e alguns companheiros mergulhando nas águas. Na Cachoeira da Formiga ia haver a separação da caravana. Uns queriam conhecer Palmas, outros voltar a Brasília pela Bahia, e outros voltar pelo mesmo caminho. Até porque a Ranger (que vinha rebocando a gaiola) havia ficado em Pindorama (To). Aqui o comboio se separou: 3 carros foram a Bahia, 2 retornaram pelo mesmo caminho e 2 seguiram em frente em direção a S. Felix do Tocantins, Aparecida do Rio Negro e Novo Acordo, e Palmas.
Acampamento montado aproveitamos para colocar em dia a cerveja e os útlimos papos até a separação. Várias fotos com toda a turma foram feitas. O dia seguinte já estava planejado: conhecer o fervedouro. Ah o fervedouro ! Coisa muito difícil de descrever ! Areia líquida ??!! Areia movediça ??!! Você afunda sem afundar e flutua sem flutuar !! Só indo para ver !!! A sensação é indescritível , e partir em direção à São Felix do Tocantins que vai mudar de nome para São Felix do Jalapão e depois em direção à Palmas.
Aproximadamente 14:00h e estávamos saindo do fervedouro. Nesse percurso havia apenas nosso Toyota Bandeirante (foto ) e o jipe Niva de Fernando (foto ), e a estrada continuava a mesma: praticamente uma trilha. Em um dos rios, um de nossos tripulantes, teve que sair para verificar a profundidade.
Chegada em Novo Acordo: 18:55h. Infelizmente não temos fotos da travessia de balsa em Barra do Rio Novo no caminho de Novo Acordo. É importante lembrar que a balsa só funciona até às 18:00h e é gratuita.
Distância Mateiros-Novo Acordo= 274 km. Em Novo Acordo, embora existisse posto de abastecimento, colocamos parte de nosso suprimento de diesel. Na noite de Novo Acordo, hospedagem em hotel, aproveitamos o calor para tomar um sorvete.
Eram 9:35h quando saímos de Novo Acordo rumo a Palmas, e a estrada melhorou um pouco. Mas ainda com "costelas" e alguns buracos maiores. Algumas formações rochosas embelezavam a estrada. São pedras grandes com vários buracos margeando a estrada. Após 45 km passamos em Aparecida do Rio Negro (To) e continuamos nossa viagem. Já próximo a Palmas existe uma das melhores vistas de toda a viagem. Um vale visto de uma altura de aproximadamente 300 mts de penhasco.
Palmas: 11:58h (foto ) .Fim da estrada de terra. Aqui nos separamos de Fernando e seu Niva e Olavo (foto ), pois eles ainda queriam chegar em Goiânia (Go) no mesmo dia. Aproveitamos para conhecer a mais nova capital de estado do Brasil. Saída às 13:40h em direção à Gurupi (To) com chegada às 16:55h onde Saulo (um dos tripulantes), queria encontrar uns amigos. Aqui, colocamos o restante do suprimento de diesel que havíamos comprado em Ponte Alta.
Passeamos um pouco pela cidade e escolhemos como pousada o hotel à beira da estrada. Jantamos um delicioso peixe no restaurante Kateletê. Dia 5.
Finalmente nos preparamos para a viagem de volta, com destino a Natividade (To) via Peixe (To) e a mesma estrada já conhecida. Saída de Gurupi (To): 7:30h. Natividade, com novo abastecimento às 10:23h.
Por fim, chegamos ao ponto de partida às 19:47h e para diminuir o cansaço da viagem, comemos um pastel com caldo de cana e uma tijela de canjica.
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