A Revolução Industrial
Em meados do século XVIII, teve inicio na Inglaterra a Revolução Industrial, que consistiu num conjunto de mudanças tecnológicas profundas na economia, prolongando-se pelo século XIX. A maquina foi suplantando o trabalho humano, e uma nova relação entre trabalho e capital se impôs.
O grande desenvolvimento da industria provocou profundas transformações na vida do homem, nas relações entre as nações e na estrutura das sociedades.
Muitas cidades surgiram com a industria. Nelas, as fabricas concentravam centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.
Os operários viviam em condições miseráveis. Homens, mulheres e ate crianças iniciavam a jornada diária muito cedo e trabalhavam de 14 a 16 horas por dia. Dentro das fabricas, havia muita umidade e poeira, e o barulho era ensurdecedor. Mulheres e crianças trabalhavam o mesmo numero de horas e recebiam um salário bem mais baixo do que o dos homens.
As condições subumanas em que vivia o trabalhador levaram-no a contrair muitas doenças: tuberculose, varizes, ulcera, problemas de coluna, etc.
Os trabalhadores que sofriam acidentes eram sumariamente demitidos, e não havia nenhuma lei que os protegesse.
As condições de trabalho e os abusos que sofriam levaram os trabalhadores a lutar pela conquista de seus direitos.
A Inglaterra e a Primeira Revolução Industrial
O primeiro pai a ter condições favoráveis de investir na utilização da máquina foi a Inglaterra. Por isso, liderou a primeira Revolução Industrial. Entre essas condições, podemos citar:
Acumulo de capital provenientes da expansão marítimo-comercial e das praticas mercantilistas adotadas pela Inglaterra.
Supremacia Marítima;
Reservas minerais – havia abundancia de jazidas de carvão e de ferro no solo inglês;
Produção capitalista da terra – o acumulo de capitais viabilizou os investimentos na área rural;
Ampliação dos empréstimos a juros – com a criação do Banco da Inglaterra, em 1694;
Crescimento populacional e grande êxodo rural – o que possibilitou uma grande oferta de trabalhadores;
Revolução Gloriosa - que transformou o Parlamento britânico num efetivo órgão dirigente do Estado.
Todos esses elementos foram decisivos para a industrialização inglesa. O inicio do desenvolvimento da tecnologia de maquinário revolucionou o modo de produção.
O grande consumo de tecidos de lã e de algodão estimulou a criação de máquina de fiar de Arkright, do tear mecânico de Cartwright, do descaroçador de algodão de Eli Whitney, e deu origem as primeiras fabricas inglesas de fiação e tecelagem.
Outras invenções fizeram parte da Revolução Industrial inglesa, entre elas: a maquina a vapor de James Watt, a Locomotiva a vapor de George Stephenson, o barco a vapor de Robert Fulton.
A Sociedade Industrial
A produção em larga escala, mediante a utilização de meios mecânicos, exigiu a concentração de trabalhadores em grandes unidades de produção, as fabricas, onde eles realizavam um trabalho dirigido e em conjunto.
Na fabrica, consagrou-se e aperfeiçoou-se o principio de divisão de trabalho: cada trabalhador realizava apenas uma parte do processo de produção, na qual se especializava.
O sistema fabril arruinou a pequena oficina artesanal, tão característica do modo de produção feudal. A maioria dessas oficinas, onde o operário fazia seu trabalho manual com as próprias ferramentas e num horário e ritmo de trabalho que ele mesmo determinava, não pode agüentar a concorrência imposta pelos novos métodos fabris.
Os artesãos viram-se obrigados a abandonar suas oficinas e a procurar trabalho nas fabricas, convertendo-se em operários assalariados.
Com a Revolução Industrial, dois grupos sociais se definiram: a burguesia industrial e o operário, também chamado de proletariado.
A Expansão Industrial: A Segunda Fase da Industria
Por volta de 1830, a França e a Bélgica iniciaram a sua industrialização, utilizando o vapor como principal fonte energética e o ferro como material industrial básico. Esses dois países e a Inglaterra estavam centrados na industria têxtil.
Após 1860, a industria instalou-se em outras regiões, como os Estados alemães, o norte da Itália, a Rússia, os Estados Unidos, o Japão e a Holanda.
A partir dessa época, começaram a ocorrer grandes inovações técnicas. O aço e os sintéticos foram utilizados como material industrial básico, e as principais fontes de energia eram a eletricidade e o petróleo.
Os setores industriais também se multiplicaram com o surgimento das industrias siderúrgicas, petroquímica, automobilística e eletroeletrônica.
No século XIX, o petróleo e a eletricidade substituíram o vapor, enquanto o aço substituiu o ferro. A industria siderúrgica suplantou o setor têxtil.
A Consolidação do Capitalismo
A ideologia burguesa, o liberalismo, fortaleceu-se e foi responsável por reformas que tiraram a economia do controle do Estado.
O sistema econômico capitalista consolidou-se. Esse sistema caracteriza-se por acumulo de capital, propriedade privada, obtenção de lucro e trabalho assalariado.
A concentração de capital estimulou a livre concorrência das empresas capitalistas. As mais ricas foram absorvendo as mais fracas.
Os grandes grupos financeiros aliaram-se para monopolizar o mercado consumidor.
A concentração de capitais nas mãos da burguesia acentuou a exploração do operariado urbano. Com a segunda fase da Revolução Industrial, ocorreu progressiva diminuição da jornada de trabalho, bem como a regulamentação do trabalho feminino e infantil. Nesse período, os trabalhadores começaram a se organizar em sindicatos e surgiu à primeira Organização Internacional dos Trabalhadores, com o objetivo de unificar a luta operaria.
O que foi a Revolução Industrial?
Como passaram a viver os operários a partir da Revolução Industrial?
Como os trabalhadores reagiram as péssimas condições de trabalho no começo da Revolução Industrial?
Explique como surgiu a fabrica e como se organizou o trabalho dentro dela.
Como o sistema fabril arruinou a pequena industria?
Quais os países se industrializaram após a Inglaterra, no século XIX?
Quais as inovações se destacaram na industria a partir do século XIX?
O que caracteriza o sistema econômico do capitalismo?
Qual foi a ideologia da burguesia industrial?
O que mudou para os trabalhadores na segunda fase da Revolução Industrial?
SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO
OBJETIVO: COMPREENDER O PROCESSO QUE LEVOU AS MUDANÇAS SOCIAIS DURANTE O PERÍODO MODERNO, A PARTIR DO RENASCIMENTO. DESENVOLVER A HABILIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGEM.
TEMPO: 90 MINUTOS
RENASCIMENTO
O que foi o Renascimento?
Renascimento foi considerado um importante movimento artístico, cultural, econômico, político e científico, que ocorreu durante a Idade Média para a Moderna, na Itália do século XIV a XVII e se estendeu por toda a Europa.
O Renascimento gerou consequências marcantes em toda a sociedade, pois mudou totalmente a vida medieval e deu início a Idade Moderna.
O surgimento das novas cidades na Itália, como Veneza e Roma, fizeram com que o desenvolvimento comercial no Mediterrâneo crescesse de modo a originar uma rica burguesia mercantil. Esta focava principalmente na arte, com o apoio de príncipes e papas.
O que foi o Renascimento Cultural?
O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras. A burguesia ficava cada dia mais poderosa.
Principalmente os empresários de lã, seda e peles, se tornaram os principais protagonistas na política e na economia e foram responsáveis pela formação de um novo mercado de arte e cultura juntamente com alguns príncipes e papas.
O Renascimento foi, ao mesmo tempo, um período histórico e um movimento cultural, intelectual e artístico surgido na Itália, entre os séculos XIV e XVII, que atingiu seu ápice no século XVI.
Renascimento Científico
O Renascimento também foi marcado por importantes descobertas científicas, especialmente nos campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia.
O polonês Nicolau Copérnico negou a antiga teoria geocêntrica, que afirmava que a Terra seria o centro do universo. Copérnico não somente contestou essa teoria como também afirmou que a Terra seria simplesmente um planeta que gira em torno do Sol.
Galileu Galilei se destacou ao descobrir os anéis de Saturno, as manchas solares, e os satélites de Júpiter. Galileu não conseguiu provar todas as suas ideias, embora elas tenham sido louvadas pelos maiores estudiosos da época, que eram padres astrônomos e físicos.
Principais Características do Renascimento
· Antropocentrismo: acreditam que o homem é o centro de todo o universo e que é a suprema criação de Deus;
· Individualismo: o seu surgimento se originou da necessidade do homem conhecer a si mesmo, a prioridade eram os prazeres e concepções individuais;
· Experimentalismo: o conhecimento precisa ser demonstrado por meio de experiências científicas;
· Racionalismo: a razão era considerada o único caminho para alcançar o verdadeiro conhecimento e tudo poderia ser explicado pela razão e ciência.
O Renascimento originou grandes autores literários, como:
· Dante Alighieri, com o poema “Divina Comédia”;
· Maquiavel com a obra “O príncipe”;
· Shakespeare com “Romeu e Julieta”;
· Miguel de Cervantes com “Dom Quixote”;
· Luís de Camões com o poema “Os Lusíadas”.
Os artistas plásticos mais conhecidos no Renascimento foram:
· Leonardo da Vinci;
· Rafael Sanzio;
· Michelangelo.
1) Em que país surgiu o renascimento? Quais motivos levaram a isso?
2) Qual classe impulsionou o renascimento? Por quê?
3) O que foi o renascimento cultural?
4) O que foi o renascimento científico?
5) Quais as características do período do renascimento?
6) Explique o que é antropocentrismo.
7) Explique o que é racionalismo.
8) Quem foi galileu Galilei? Qual sua principal teoria?
9) Cite os principais artistas do renascimento.
10) Qual cultura antiga os renascentistas iam buscar inspiração?
RENASCIMENTO
(Recuperação)
O Renascimento foi um movimento histórico ocorrido inicialmente na Itália e depois pela Europa, entre os séculos XV e XVI. Caracterizou-se pela crítica aos valores medievais e pela revalorização da Antiguidade Clássica (greco-romana).
Surgido durante a baixa idade média, onde a cultura medieval estava em declínio; foi um movimento resultante das mudanças que ocorriam a partir da expansão comercial e urbana da Europa. O berço do Renascimento foi à Itália por três motivos:
O intenso comércio com o Oriente, através do mar Mediterrâneo, o qual levou ao enriquecimento e a ascensão de uma nova classe social -a burguesia comercial. Essa burguesia passou a ter novos hábitos de consumo e a partir daí a praticar o que viria a ser chamado de Mecenato: o patrocínio de artistas (pintores, escultores e arquitetos) e até de cientistas, procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o prestígio pessoal;
A vinda de sábios bizantinos para a Itália após a conquista de Constantinopla pelos turcos Otomanos;
A presença, em solo italiano, da antiguidade clássica
Aspectos da Renascença:
O renascimento não foi um movimento popular; foi um movimento da elite enriquecida pelo comércio. Essa elite tinha uma nova mentalidade, não estando presa ao teocentrismo, ou seja, possuía uma nova visão da vida e de valores. Não eram anti-religiosos nem ateus, mas também não eram tão carolas.
Podemos apontar as seguintes causas do renascimento:
A retomada do comércio,
O enfraquecimento da nobreza feudal durante as cruzadas,
O surgimento e ascensão da burguesia,
O contato com o comércio do Oriente,
A vinda dos sábios bizantinos e o passado clássico da península italiana
As principais características do Renascimento foram:
· O antropocentrismo: o homem é o centro de tudo; antes, predominava o teocentrismo.
· O mercantilismo (capitalismo comercial): a riqueza estava nos lucros e nos negócios; antes, a riqueza estava na posse da terra, obtida através da guerra.
· O naturalismo, acentuando o papel da natureza; antes, predominava a espiritualidade;
· O individualismo, valorizando o talento e o trabalho, meios pelos quais se pode enriquecer; antes, isso era quase impossível devido ao modelo estamental medieval.
· O humanismo, defendendo o resgate da cultura clássica, aliada a uma nova visão do mundo, valorizando o progresso, buscando revolucionar o mundo através da educação, ciência, pesquisa, etc.
Outra contribuição importante foi à invenção da imprensa de tipos móveis, criada por Gutenberg, tornando mais fácil a reprodução de livros. No Renascimento desenvolveram-se as artes plásticas, a literatura e os fundamentos da ciência moderna.
Artes Plásticas:
Diferente da idade média, onde só havia temas religiosos, as obras renascentistas caracterizavam-se pelos temas da época (naturalismo), temas clássicos (greco-romano) e também pelos temas religiosos.
Os estilos desenvolvidos levaram a uma divisão da Renascença em três períodos:
· O Trecento (século XIV) - destaque para a pintura de Giotto (1276/1336) que muito influenciou os demais pintores;
· O Quatrocento (século XV) - período de atuação dos Médicis, que financiaram os artistas. Lourenço de Médici foi o grande mecenas da época. Destaques para Botticelli (1444/1510) e Leonardo da Vinci (1452/1519).
· O Cinquecento (século XVI) - O grande mecenas do período foi o papa Júlio II, responsável pelo início das da nova basílica de São Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decoração a cargo do pintor Rafael Sânzio e do escultor Michelangelo.
Literatura:
Deixou de ser direcionada apenas para temas religiosos, passando a tratar de diversos assuntos, até mesmo aqueles que criticavam a Igreja. Graças à imprensa, os livros ficaram mais acessíveis, facilitando a divulgação de novas idéias.
Três grandes autores do século XIV:
Dante Alighieri (1265/1321), autor de A Divina Comédia, uma crítica à concepção religiosa; Francesco Petrarca, com a obra África e Giovanni Boccaccio que escreveu Decamerão.
PRINCIPAIS NOMES:
ITÁLIA:
· Maquiavel, fundador da ciência política com sua obra O Príncipe, cuja tese central considera que os fins justificam os meios. Contribuiu para o fortalecimento do poder real e lançou os fundamentos do Estado Moderno.
· Campanella, que relatou a miséria italiana no livro A Cidade do Sol.
FRANÇA:
· Rabelais, que escreveu Gargântua e Pantagruel;
· Montaigne, que foi o autor de Ensaios.
HOLANDA:
· Erasmo de Roterdã, considerado o "príncipe dos humanistas" que satirizou e criticou a sociedade da época. Sua obra-prima é O Elogio da Loucura.
INGLATERRA:
· Thomas Morus, que escreveu Utopia.
· Shakespeare, autor de magníficos textos teatrais (Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo, etc.)
ESPANHA:
· Miguel de Cervantes, com o clássico Dom Quixote de la Mancha.
PORTUGAL:
· Camões, que exaltou as viagens portuguesas na sua obra Os Lusíadas.
Ciência Moderna:
O renascimento contribuiu para o avanço da ciência moderna, da pesquisa e da experimentação, permitindo novos inventos e aperfeiçoamentos tecnológicos. Uma das grandes contribuições foi o da expansão marítima, através do avanço da tecnologia naval.
Principais nomes do renascimento:
· Nicolau Copérnico: demonstrou que o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) em oposição ao geocentrismo (a Terra era o centro).
· Kepler -confirmou as teorias de Copérnico e elaborou uma série de enunciados referentes à mecânica celeste.
· Galileu Galilei - inaugurador da ciência moderna e aprofundou as idéias de Copérnico, pressionado pela Igreja negou as suas idéias.
1 – Explique porque a Itália é considerada o Berço do Renascimento.
2 – Quais foram as principais causas do Renascimento?
3 – O Renascimento surgiu depois ou durante a idade média? Comente.
4 - Quais foram as principais características do Renascimento?
5 – O renascimento foi um tipo de revolução cultural? Comente.
6 – O renascimento foi um movimento elitizado? Comente.
7- Comente a respeito da importância do legado renascentista
PROF. SERGIO ALENCAR
A Formação das Monarquias Nacionais (2 ANO )
Entre os séculos XI e XV, os monarcas empreendiam lutas com o apoio da burguesia para vencerem os opositores internos (a nobreza, que tinha a posse das terras) e os externos (as outras nações em formação).
Cada vez mais os monarcas passaram a contar com o apoio da burguesia, a classe dos comerciantes, para financiar a formação de exércitos reais, submeter à nobreza, limitar a ação da Igreja Católica e fortalecer o poder real, que se tornava cada vez mais centralizado.
Para a burguesia, interessava a centralização política, porque ela desejava a unificação da moeda, dos pesos e medidas, dos tributos e das Leis, para melhor desenvolver o comercio.
França: Felipe IV consolidou o poder, mas foi nos séculos XIV e XV que o poder monárquico se consolidou, com a Guerra dos Cem Anos.
Inglaterra: João sem Terra, em 1225, ao assinar a Magna Carta, comprometeu-se a respeitar os direitos dos nobres, da Igreja e evitar os abusos de administração e da justiça, não estabelecendo a criação de impostos sem o prévio consentimento dos seus vassalos. A Guerra dos Cem Anos também foi responsável pela centralização política nesse país.
Espanha: A Guerra da Reconquista (luta empreendida pelos cristãos contra os mulçumanos, para expulsá-los da península Ibérica) levou a formação de reinos cristãos, entre eles, Castela e Aragão, os quais se uniram no século XV, levando a centralização do poder e a formação da Espanha.
Portugal: A formação da monarquia portuguesa esta ligada a Guerra da Reconquista, quando Henrique de Borgonha recebeu o comando Portucalense, que se tornou independente do reino de Castela, em 1139, tormando-se um reino que prosperou até 1383, expandindo-se e consolidando-se politicamente, o que resultou na Revolução de Avis (1383-1385) momento crucial na centralização política portuguesa.
Guerra dos Cem Anos
A mais longa guerra medieval (1337 a 1453), cujo palco foi à França invadida pela Inglaterra.
O fator gerador foi à disputa entre essas duas nações pela região de Flandres, que possuía uma significativa produção de tecidos de lã.
O pretexto para a guerra foi o problema da sucessão ao trono francês: como os descendentes do monarca francês morreram sem deixar descendentes, o rei da Inglaterra reclamou o trono para si, o que provocou a rejeição dos franceses. Por isso, a nobreza francesa declarou guerra à Inglaterra.
Foi na guerra dos Cem Anos que se destacou Joana D’arc, uma mulher que se dizia envida por Deus para libertar a França. Ela chegou a comandar um exercito e obteve importante vitória contra os ingleses, mas acabou presa e morreu queimada na fogueira, acusada de bruxaria.
Durante a Guerra dos Cem Anos ocorreu a Peste Negra (surto de peste bubônica, que dizimou boa parte da população européia) e as Jacquerias (revoltas camponesas).
Em 1453, terminou a guerra, cujos resultados foram crise na agricultura, fortalecimento do poder real, reforço do exercito nacional e formação do sentimento nacional. Concomitante a esses acontecimentos, os turcos otomanos tomaram Constantinopla, sede do Império Bizantino.
A Guerra das Duas Rosas
Após o termino da Guerra dos Cem Anos, a situação econômica da Inglaterra era muito difícil. A perda de territórios na França e a paralisação do comércio com Flandres enfraqueceram ainda mais a nobreza.
Ao mesmo tempo, ocorreu um disputa pela sucessão ao trono inglês entre a família Lancaster (ligada ao feudalismo), que tinha como símbolo uma rosa branca, e a família York (ligada aos interesses mercantis), cujo símbolo era uma rosa vermelha.
Em 1485, Henrique Tudor, descendente dos Lancaster, tornava-se rei da Inglaterra com o titulo de Henrique VII.
O que foi a Guerra da Reconquista?
Quais países foram envolvidos na Guerra dos Cem Anos?
Qual movimento econômico que gerou a Guerra dos Cem anos?
Como ficou a situação econômica da Inglaterra após a Guerra dos Cem Anos?
Como se chamou a guerra entre as famílias Lancaster e York pela sucessão do trono inglês, no século XV?
PROF. SERGIO ALENCAR
AULA DO DIA 05/05
ANOTAÇÕES IMPORTANTES - FAÇAM NO CADERNO
Formação dos Estados Absolutistas Europeus- Comparar diferentes pontos de vista sobre situações de natureza histórico-cultural, identificando os pressupostos de cada interpretação e analisando a validade dos argumentos utilizados
TEMA- BAIXA IDADE MÉDIA E A CRISE DO FEUDALISMO.
COMO ESSE TEMA JÁ FOI TRABALHADO EM SALA DE AULA VAMOS UTILIZAR COMO REVISÃO.
● DIVISÃO DA IDADE MÉDIA:
ALTA IDADE MÉDIA (SÉCULO V ATÉ O SÉCULO X): FEUDALISMO DE SUA FORMA PLENA
BAIXA IDADE MÉDIA( SÉCULO X ATÉ SÉCULO XV): MUDANÇAS DE PENSAMENTO E DECLÍNIO DO PENSAMENTO FEUDAL
● FEUDALISMO: VEM DE FEUDO, É UMA ESTRUTURA POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA. É UMA CARACTERÍSTICAS EUROPEIA. VAI TER CARACTERÍSTICAS DIFERENTE EM CADA REGIÃO
● FEUDALISMO TEVE INÍCIO COM AS INVASÕES BÁRBARAS AO IMPÉRIO ROMANO.
● BÁRBAROS ERAM OS POVOS QUE NÃO FALAVAM LATIM E NÃO VIVIAM NO TERRITÓRIO ROMANO.
COM AS INVASÕES OS POVOS BÁRBAROS, OS ROMANOS FOGEM PARA O CAMPO- ÊXODO URBANO
● COLONATO: DIVISÃO DE TERRA ENTRE COLONOS QUE PAGAM COM TRABALHO E PRODUTOS
● COMITATUS: BENEFÍCIO DE TERRA PARA CAVALEIROS EM TROCA DE LEALDADE
OS DOIS SISTEMAS, UM ROMANO E OUTRO GERMÂNICO, DERAM ORIGEM ÀS RELAÇÕES DE SERVIDÃO E SUSERANIA E VASSALAGEM
● O PODER POLÍTICO NA IDADE MÉDIA ERA FRAGMENTADO
DIVIDIDO ENTRE NOBRES
● CARACTERÍSTICAS GERAIS DO FEUDALISMO:
PODER FRAGMENTADO
SOCIEDADE ESTAMENTAL
MUNDO RURAL( A POPULAÇÃO VIVE NO CAMPO)
ECONOMIA NATURAL ( NÃO BUSCA O LUCRO- SUBSISTÊNCIA)
RELAÇÕES COMERCIAL BASEADA NA TROCA- COMÉRCIO POUCO DESENVOLVIDO
MÃO DE OBRA SERVIL
FORTE RELIGIOSIDADE
● SOCIEDADE DIVIDA EM TRÊ ESTAMENTOS - NÃO HÁ TROCA DE CLASSE SOCIAL
CLERO- REZAM
NOBREZA- LUTAN
CAMPONESES- TRABALHAM
● NÃO PRODUZ EXCEDENTES - PRODUZ O NECESSÁRIO E NÃO HÁ COMÉRCIO
A IGREJA CONDENA O LUCRO E EMPRÉSTIMO A JUROS- CONSIDERANDO PECADO
● IGREJA CATÓLICA: PRINCIPAL INSTITUIÇÃO POLÍTICA, ARTÍSTICA E SOCIAL
BAIXA IDADE MÉDIA
● CRUZADAS- GUERRA RELIGIOSA ENTRE CATÓLICOS E MUÇULMANOS PELO PODER DE JERUSALÉM
AS CRUZADAS ENFRAQUECEM O SISTEMA FEUDAL- POIS GIRAM EM TORNO DOS REIS ( QUE ESTAVAM ENFRAQUECIDOS DURANTE A IDADE MÉDIA)
● ROTAS DAS CRUZADAS SÃO AS MESMAS PARA O COMÉRCIO
OS EUROPEUS ENTRAM EM CONTATO COM PRODUTOS QUE ERAM RAROS NA EUROPA ( ESPECIARIAS) - REAQUECIMENTO DO COMÉRCIO.
● MELHORA NA AGRICULTURA: ARADO DE FERRO, PLANO TRIENAL DE TERRAS AGRÍCOLAS. ARADO PUXADO A BOI, MOINHOS DE VENTO
CONSEQUÊNCIA : AUMENTO DA POPULAÇÃO.
● O AUMENTO POPULACIONAL LEVOU A GRANDE MIGRAÇÃO DO CAMPO PARA AS PEQUENAS CIDADES. AS FEIRAS COMERCIAIS TAMBÉM FIZERAM O CRESCIMENTO DAS CIDADES
● SURGIMENTO DA BURGUESIA: QUEM VIVIAM NOS BURGOS E VIVIAM DO COMÉRCIO.
● SÉCULO XIV
PERÍODO CONTURBADO:
❖ PESTE NEGRA: DOENÇA ORIENTAL CAUSADA PELO RATO MATOU ⅓ DA POPULAÇÃO EUROPÉIA
❖ GUERRA DO CEM ANOS: CONFLITO ENTRE FRANÇA E INGLATERRA, PELO TRONO FRANCÊS E A REGIÃO DE FLANDER ( CENTRO COMERCIAL).
PERSONAGEM IMPORTANTE JOANA D’ARC. VITÓRIA FRANCESA
❖ REVOLTAS CAMPONESAS ( JACKRRIES) : COBRANÇAS DE NOBRES QUE NÃO LEVAM EM CONTA AS MUDANÇAS POPULACIONAIS DE GUERRA E PESTE.
❖ GUERRA DAS DUAS ROSA: GUERRA ENTRE AS FAMÍLIAS NOBRES INGLESAS PELO PODER DA INGLATERRA QUE FORMOU A MONARQUIA INGLESA
● O FIM DA IDADE LEVA A GÊNESE DO CAPITALISMO E A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS
1) Quais são os períodos de divisão da Idade Média?
2) Por que a partir do século IX os feudos começaram a entrar em declínio?
3) O que era o plantio agrícola de organização trienal?
4) Qual a relação na melhora da agricultura e o fim dos feudos?
5) O que foram as Cruzadas?
6) Por que as Cruzadas receberam esse nome?
7) As cruzadas tiveram ganhos religiosos? Expliquei
8) O que foi a Peste Negra? Como ela era transmitida?
9) Oque foi a guerra dos cem anos? Explique sua importância para o período
10) Explique:
A) Corporações de ofício:
B) Guildas:
12) Quem eram os burgueses?
13) O que eram os Burgos?
Prezado(a) Aluno(a),
Por gentileza, sempre que realizar uma atividade e enviar para o seu respectivo professor, é obrigatório o seguintes dados abaixo;
Nome:
Turma:
Nº:
Aula para o 2º anos - D e E do centro de mídia SP do dia 11/05/20
Professor: Sérgio R. Alencar
Durante o século XIV ocorreu o Renascimento Cultural e Artístico nas cidades italianas, movimento inspirado na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
A Europa no século XI passou pelo chamado renascimento comercial e urbano, fato que levou a grandes transformações sociais e urbanas. A partir do século XII, as cidades italianas, principalmente, iniciaram um lento e prolongado processo de transformações culturais. No século XIII ocorreu uma alteração na intuição e sensibilidade artística, fruto de uma revalorização cultural da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). Nesse período, valorizou-se o racionalismo (capacidade de reflexão do ser humano), o espírito crítico e o naturalismo (valorização da natureza). O renascimento cultural e artístico, ocorrido no século XVI, aconteceu primeiramente nas cidades italianas; posteriormente, o movimento alcançou várias partes do continente europeu.
O Renascimento modificou as formas de produção das artes. Na Idade Média valorizavam-se obras religiosas, geralmente abordadas em um plano (reto). Nas artes (pinturas e esculturas), os artistas do Renascimento basearam-se na observação do mundo e nos princípios matemáticos e racionais como: harmonia, equilíbrio e perspectiva (fundo). Os principais artistas renascentistas italianos foram:
· Leonardo da Vinci (1452-1519), não foi somente representante das artes plásticas (pintor e escultor), mas também estudou música, arquitetura, engenharia, foi inventor e filósofo. Suas obras de arte baseavam-se nas pinturas científicas a partir de minuciosas observações da natureza – essa abordagem científica está presente nas seguintes obras: “Última Ceia” (Santa Ceia) e “A Gioconda” (ou Monalisa).
· Michelangelo Buonarroti (1475-1564) Considerado o maior escultor renascentista italiano, Michelangelo praticou também a pintura e a arquitetura. Suas pinturas divergiram da grande maioria dos pintores renascentistas (temas da natureza), pois se pautou em temas religiosos, tanto que sua maior obra de arte foi à pintura na abóbada (forma arqueada de arquitetura) da Capela Sistina. Nela, o artista retratou a história bíblica do Gênesis e o JuízoFinal.
· Rafael Sanzio (1483-1520). Suas obras se destacaram pela pintura de diversas madonas (pinturas que representaram a mãe de Jesus) e quase todas as suas obras decoram atualmente salas do Vaticano (estado pontifício católico).
Arquitetura destacou-s:
· Fillipo Brunelleschi (1377-1446). Suas principais obras foram o projeto da cúpula da Catedral de Santa Maria del Friore e o Palácio de Pitti, ambos em Florença.
· Donato Bramante (1444-1514). Sua principal realização arquitetônica foi o plano para a reconstrução da Catedral de São Pedro no Vaticano. Nesse projeto, Bramante
concebeu um edifício de planta no formato de uma cruz grega com uma grande cúpula sobre o cruzeiro. Com a morte do arquiteto, as obras tiveram uma modificação do plano inicial.
1-) O renascimento cultural e artístico do século XVI teve grandes nomes da pintura entre os seus protagonistas. Assinale a alternativa que indica o artista renascentista italiano que ficou conhecido como o Pintor das Madonas.
a) Leonardo da Vinci
b) Rafael Sanzio
c) Giordano Bruno
d) Michelangelo
2-) Sobre as principais características técnicas de produção artística, nas quais se basearam os pintores e escultores renascentistas para a produção de suas obras, assinale a alternativa incorreta:
a) princípios matemáticos e racionais;
b) o antropocentrismo;
c) o plano reto e motivos religiosos; ou
d) a adoção da perspectiva.
3-) (FCBH-MG) O homem é o modelo do mundo. A experiência é a mestra das coisas. (Leonardo da Vinci)
Com relação ao Renascimento artístico, literário e científico, elementos típicos de transição do feudalismo ao capitalismo, podem ser feitos as seguintes afirmativas, exceto:
a) Os humanistas tiveram um papel extremamente importante na difusão das idéias renascentistas.
b) A reflexão sobre problemas humanos levou o homem renascentista à análise de sua própria individualidade, num esforço de autoconhecimento.
c) A visão de mundo político-religiosa medieval continuava a ser o elemento fundamental para a compreensão do homem e do mundo.
d) A riqueza proveniente do comércio financiou artistas, cientistas, arquitetos, que passaram a ser contratados para dar forma às novas realidades sociais.
e) O racionalismo passou a ser a pedra de toque da mentalidade renascentista, estimulando o nascimento da ciência moderna.
Prezado(a) Aluno(a),
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Duvidas enviar no seguinte e-mail: prof.sergioralencar@hotmail.com
INSERIDO EM : 03-06-20
REFORMA PROTESTANTE E CONTRARREFORMA
MUDANÇAS RELIGIOSAS NO SÉCULO XVI
DURANTE O SÉCULO XVI A IGREJA CATÓLICA ERA UMA INSTITUIÇÃO MUITO IMPORTANTE, PODEROSA E MUITO RICA. MAIS RICA E PODEROSA DO OCIDENTE
GRANDE INFLUÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL, OS PAPAS COROAVAM REIS PARA DEMONSTRAR ESTA ACIMA ATÉ DO REI
DURANTE A IDADE MÉDIA TINHA UM MONOPÓLIO DA FÉ
CONTUDO, A PARTIR DO SÉCULO XVI ALGUNS GRUPOS COMEÇARAM A FICAR INSATISFEITO COM O PODER DA IGREJA
● REIS: ACREDITAVAM QUE A IGREJA LUCRAVA SOBRE OS IMPOSTOS DO REINO
● BURGUESIA: A IGREJA CONDENAVA O LUCRO, CONSIDERANDO UM PECADO
● OS CRISTÃOS: ALGUNS CRISTÃO CRITICAVAM AS PRÁTICAS ABUSIVAS DE IGREJA COM OS CRISTÃOS
OS CRISTÃOS CRITICARAM AS INDULGÊNCIAS , QUE ERAM CARTAS DE PERDÃO AOS PECADOS EM TROCAS DE DINHEIRO. E A VENDA DE RELÍQUIAS SAGRADAS, COMO OSSOS DE SANTOS, CABELOS DE NOSSA SENHORA E ETC. OS CRISTÃOS CRITICARAM ESSAS RELAÇÕES COMERCIAIS
O DINHEIRO RECOLHIDO IAM PARA OS PADRES E NÃO PARA AS OBRAS DA IGREJA
MUITOS PADRES NÃO TINHAM CONHECIMENTO RELIGIOSO, COMPRAVAM CARGOS ECLESIÁSTICOS E NÃO TINHAM COMPROMISSO COM FÉ.
AS BÍBLIAS NÃO ERAM TRADUZIDAS, ERAM ESCRITAS EM LATIM. SOMENTE OS PADRES TINHAM ESSE CONHECIMENTO
OS PRIMEIROS REFORMADORES ERAM CONSIDERADOS HEREGES, FORAM INCLUSIVE CONDENADOS A FOGUEIRAS
GRANDES REFORMADORES
● LUTERANISMO
● CALVINISMO
● ANGLICANISMO
LUTERANISMO
MARTINHO LUTERO ERA UM MONGE CATÓLICO, ESTAVA IRRITADO COM A PRATICAS DE INDULGÊNCIAS, QUE ESTAVA BANALIZADAS
PARA EXPOR SUA CRÍTICA ELE ESCREVEU 95 TESES, COLANDO NA PORTA DA IGREJA DE WITTENBERG NA ALEMANHA.
LUTERO QUERIA QUE OS FIÉIS COMPREENDESSEM QUE O PERDÃO VIRIA POR OUTROS MEIOS E NÃO DO COMÉRCIO DO PERDÃO.
VIRIA PELAS BOAS OBRAS, PELA FÉ E PELO ARREPENDIMENTO SINCERO
FOI EXCOMUNGADO PELA IGREJA E CRIOU UMA RELIGIÃO CRISTÃ NOVA. O LUTERANISMO.
CALVINISMO
CRIADA POR JOÃO CALVINO QUE ERA UM IMPORTANTE HOMEM DA POLÍTICA DA SUÍÇA
SUA RELIGIÃO ERA SEMELHANTE A DE LUTERO.
PARA CALVINO QUEM SERIA SALVO, JÁ ERAM ESCOLHIDO POR DEUS ANTES MESMO DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO. NEM TODOS TERIAM O DIREITO A SALVAÇÃO ( PRINCÍPIO DE PREDESTINAÇÃO)
O CALVINISMO NÃO CONDENAVA O LUCRO, NEM O EMPRÉSTIMO A JUROS. PORÉM DIZIA QUE A OSTENTAÇÃO E LUXO ERAM PECADOS. SEU DISCURSO ATRAIU MUITO BURGUESES.
ANGLICANISMO
CRIADO NA INGLATERRA PELO REI HENRIQUE VII QUE BRIGOU COM A IGREJA POR QUERER SE DIVORCIAR DA ESPOSA , CATARINA DE ARAGÃO, E SE CASAR COM A AMANTE, ANA BOLENA.
HENRIQUE XVIII TINHA UM INTERESSE PESSOAL COM A REFORMA E NÃO RELIGIOSO. POR ISSO O ANGLICANISMO MANTEVE DOUTRINAS SEMELHANTES A DO CATOLICISMO. SOMENTE PERMITINDO O FIM DO CASAMENTO.
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INSERIDO EM: 04-06-20
Aula para o 2º anos - D e E do centro de mídia SP do dia 18/05/20
Reforma Protestante
Durante a passagem do mundo medieval para a Idade Moderna, o conjunto de transformações nas relações de poder é de importante destaque para a compreensão das chamadas Reformas Protestantes. Ou seja, as Reformas Protestantes podem ser interpretadas como uma expressão das contradições da passagem do feudalismo para o capitalismo.
Em toda Idade Média, o grau de intervenção da Igreja era de grande abrangência. O grande número de terras em posse da Igreja concedia uma forte influência sobre as questões políticas e econômicas das monarquias e reinos da época. Além disso, as novas atividades vinculadas à burguesia, principalmente no que se refere à prática da usura (cobrança de juros sobre empréstimo), eram consideradas de natureza pecaminosa.
Sob outro aspecto, a grande prosperidade material da Igreja veio acompanhada de uma verdadeira crise de valores e princípios. O comércio de relíquias sagradas, a venda de títulos eclesiásticos e indulgências eram algumas das negociatas praticadas pelos representantes do clero. Além disso, várias denúncias sobre a quebra do celibato e a existência de prostíbulos para clérigos questionavam a hegemonia da Igreja.
No Renascimento, as críticas à Igreja se manifestavam em diversos meios. As obras de Erasmo de Roterdã, Thomas Morus, John Wyclif e João Huss continham severas críticas aos problemas anteriormente apontados. Dessa forma, a transformações que se seguiam na Idade Moderna trouxeram à tona a criação de instituições religiosas com uma diferente base doutrinária cristã. Entre essas novas instituições podemos destacar o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo como exemplos das novas religiões protestantes surgidas no século XVI.
Luteranismo
Considerada a primeira religião fundada durante as Reformas Protestantes, o Luteranismo foi uma religião criada em meio às questões sociopolíticas do Sacro Império Germânico. Ainda arraigado aos entraves do feudalismo, o Sacro-Império contava com um conjunto de principados que tinham mais de um terço de suas terras dominados pela Igreja Católica.
Tolhidos pelo poder de decisão dos clérigos, a relação entre a nobreza e a Santa Igreja já se mostrava abalada mesmo antes de chegarmos ao surgimento das polêmicas levantadas pelas ideias do padre e professor Martinho Lutero. Durante seus estudos, Lutero começou a criticar pontos vitais da doutrina católica. No ano de 1517, ele censurou a venda de indulgências e outras práticas da Igreja na obra As 95 Teses. Escrita em alemão, a obra ganhou popularidade e chegou ao conhecimento dos clérigos católicos.
Repudiando as idéias de Lutero, o papa Leão X, em 1520, redigiu uma carta condenando sua obra e exigindo a retratação do monge, ameaçando-o de excomunhão. Em 1521, sob ordens do imperador Carlos V, Lutero foi convocado a negar suas idéias num encontro chamado Dieta de Worms. Durante o encontro Lutero reafirmou suas crenças e foi considerado herege. Mesmo com a oposição da Igreja, setores da nobreza alemã resolveram proteger Martinho Lutero.
Durante esse período, Lutero se dedicou a traduzir do latim para o alemão e publicar a chamada Confissão de Augsburgo. Essa última publicação continha as bases da doutrina luterana que, entre outros pontos, defendia a salvação pela fé, a livre interpretação do texto bíblico, a negação do celibato e da adoração à imagens, a realização de cultos em língua nacional e a subordinação da Igreja ao Estado.
A nova religião, mesmo contendo pontos que favoreciam o poder nobiliárquico, também foi responsável pela incitação de uma série de revoltas populares contra a ordem estabelecida. Nesse período, várias terras foram invadidas e igrejas foram saqueadas pelos alemães. Condenando os movimentos insurgentes, Lutero apoiou as forças senhoriais que reprimiram o movimento.
Somente em 1555, com a assinatura da Paz de Augsburgo, os conflitos sociais e religiosos cessaram de vez. No tratado estabelecido, os príncipes alemães teriam o direito de adotar livremente qualquer tipo de orientação religiosa para si e seus súditos.
Anglicanismo
Na Inglaterra percebemos um movimento reformista bastante peculiar. Desde meados do século XIV, o teólogo John Wyclif realizou duras críticas ao poder material da Igreja e fez a tradução da Bíblia para o inglês. Além dele, Thomas Morus também teceu críticas ao papel desempenhado pela Igreja Católica durante o século XVI.
No reinado de Henrique VIII, o Estado tinha controle sobre os cargos religiosos, nomeando padres, bispos e cardeais. Nesse período, as relações entre Henrique VIII e a Igreja chegava ao seu fim quando o papa se negou a anular seu casamento com Catarina de Aragão. Dos cinco filhos que teve com Catarina, apenas uma menina havia sobrevivido.
Preocupado com a linha sucessória de sua dinastia, Henrique VIII desejou casar-se com Ana Bolena, buscando o nascimento de um herdeiro homem. Tendo negada a anulação de seu casamento, Henrique VIII resolveu criar uma nova instituição religiosa e anular os poderes da Igreja Católica na Inglaterra. Em 1534, o parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia que anunciou a criação da Igreja Anglicana.
O anglicanismo preservara os moldes hierárquicos e a adoração aos santos católicos. No que se refere às suas doutrinas, o anglicanismo incorporou alguns princípios calvinistas. Além disso, o poder exercido pela Igreja Anglicana concedeu condições para que o Estado se apropriasse das terras em posse dos clérigos católicos.
A partir dessas novas medidas estabelecidas pelo anglicanismo, o poder de influência da Igreja Católica sobre as questões do governo britânico sofreu uma grande limitação. Por outro lado, as características desta nova igreja cristã incentivaram a ampliação das atividades burguesas na Inglaterra.
Exercicio
1 ) (UFJF) Leia, atentamente, os textos abaixo:
“Erram os pregadores de indulgências quando dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo o pecado e está salvo. (...) É preciso exortar os cristãos a esperar entrar no céu mais pela verdadeira penitência do que por uma ilusória tranquilidade.” - Lutero
“Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades econômicas que o sucesso econômico exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também o chamado de Deus santificando de seu lado o mundo pelo esforço, e sua ação é santa.” - Calvino
In: VICENTINO, Cláudio. História Geral, São Paulo, Scipione, 1997.
a) Identifique o movimento que promoveu a divulgação dessas idéias.
b) aponte duas características desse movimento.
2 ) Leia atentamente os excertos abaixo:
“21. Erram os pregadores de indulgências quando dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo o pecado e que está salvo”.
“27. Enganam-se os homens que dizem que, logo que a moeda é lançada na caixa, a alma voa (do Purgatório)”.
“36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem plena remissão do castigo e do pecado; ela é lhe devida sem indulgências”.
“95. É preciso exortar os cristãos a esperar entrar no céu mais por verdadeira penitência do que por uma ilusória tranqüilidade de espírito.”
Os excertos acima fazem parte de um documento representativo da Reforma Protestante que é:
a. A Confissão de Augsburgo, de Martinho Lutero e Felipe Melanchton.
b. A Instituição da religião cristã, de João Calvino.
c. O Ato de Supremacia, de Henrique VIII.
d. As 95 Teses de Wittenberg, de Martinho Lutero.
3 ) Leia, atentamente, os textos abaixo:
O Ato de Supremacia publicado pelo Parlamento inglês em 1534 transformou o rei em chefe supremo da Igreja. Apesar de seu caráter eminentemente político, Henrique VIII utilizou um argumento pessoal para romper com a Igreja católica e que estava relacionado:
a. A sua tentativa de se divorciar e assim encontrar uma nova esposa que poderia lhe dar um herdeiro masculino.
b. A sua vontade em casar sua filha com um príncipe alemão luterano.
c. Ao seu interesse em anexar as terras do Sacro Império Romano-Germânico.
d. A sua oposição à prática de venda de indulgências por parte da Igreja Católica.
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O Renascimento foi, ao mesmo tempo, um período histórico e um movimento cultural, intelectual e artístico surgido na Itália, entre os séculos XIV e XVII, que atingiu seu ápice no século XVI.
Renascimento Científico
O Renascimento também foi marcado por importantes descobertas científicas, especialmente nos campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia.
O polonês Nicolau Copérnico negou a antiga teoria geocêntrica, que afirmava que a Terra seria o centro do universo. Copérnico não somente contestou essa teoria como também afirmou que a Terra seria simplesmente um planeta que gira em torno do Sol.
Galileu Galilei se destacou ao descobrir os anéis de Saturno, as manchas solares, e os satélites de Júpiter. Galileu não conseguiu provar todas as suas ideias, embora elas tenham sido louvadas pelos maiores estudiosos da época, que eram padres astrônomos e físicos.
Principais Características do Renascimento
· Antropocentrismo: acreditam que o homem é o centro de todo o universo e que é a suprema criação de Deus;
· Individualismo: o seu surgimento se originou da necessidade do homem conhecer a si mesmo, a prioridade eram os prazeres e concepções individuais;
· Experimentalismo: o conhecimento precisa ser demonstrado por meio de experiências científicas;
· Racionalismo: a razão era considerada o único caminho para alcançar o verdadeiro conhecimento e tudo poderia ser explicado pela razão e ciência.
O Renascimento originou grandes autores literários, como:
· Dante Alighieri, com o poema “Divina Comédia”;
· Maquiavel com a obra “O príncipe”;
· Shakespeare com “Romeu e Julieta”;
· Miguel de Cervantes com “Dom Quixote”;
· Luís de Camões com o poema “Os Lusíadas”.
Os artistas plásticos mais conhecidos no Renascimento foram:
· Leonardo da Vinci;
· Rafael Sanzio;
· Michelangelo.
1) Em que país surgiu o renascimento? Quais motivos levaram a isso?
2) Qual classe impulsionou o renascimento? Por quê?
3) O que foi o renascimento cultural?
4) O que foi o renascimento científico?
5) Quais as características do período do renascimento?
6) Explique o que é antropocentrismo.
7) Explique o que é racionalismo.
8) Quem foi galileu Galilei? Qual sua principal teoria?
9) Cite os principais artistas do renascimento.
10) Qual cultura antiga os renascentistas iam buscar inspiração?
RENASCIMENTO
(Recuperação)
O Renascimento foi um movimento histórico ocorrido inicialmente na Itália e depois pela Europa, entre os séculos XV e XVI. Caracterizou-se pela crítica aos valores medievais e pela revalorização da Antiguidade Clássica (greco-romana).
Surgido durante a baixa idade média, onde a cultura medieval estava em declínio; foi um movimento resultante das mudanças que ocorriam a partir da expansão comercial e urbana da Europa. O berço do Renascimento foi à Itália por três motivos:
O intenso comércio com o Oriente, através do mar Mediterrâneo, o qual levou ao enriquecimento e a ascensão de uma nova classe social -a burguesia comercial. Essa burguesia passou a ter novos hábitos de consumo e a partir daí a praticar o que viria a ser chamado de Mecenato: o patrocínio de artistas (pintores, escultores e arquitetos) e até de cientistas, procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o prestígio pessoal;
A vinda de sábios bizantinos para a Itália após a conquista de Constantinopla pelos turcos Otomanos;
A presença, em solo italiano, da antiguidade clássica
Aspectos da Renascença:
O renascimento não foi um movimento popular; foi um movimento da elite enriquecida pelo comércio. Essa elite tinha uma nova mentalidade, não estando presa ao teocentrismo, ou seja, possuía uma nova visão da vida e de valores. Não eram anti-religiosos nem ateus, mas também não eram tão carolas.
Podemos apontar as seguintes causas do renascimento:
A retomada do comércio,
O enfraquecimento da nobreza feudal durante as cruzadas,
O surgimento e ascensão da burguesia,
O contato com o comércio do Oriente,
A vinda dos sábios bizantinos e o passado clássico da península italiana
As principais características do Renascimento foram:
· O antropocentrismo: o homem é o centro de tudo; antes, predominava o teocentrismo.
· O mercantilismo (capitalismo comercial): a riqueza estava nos lucros e nos negócios; antes, a riqueza estava na posse da terra, obtida através da guerra.
· O naturalismo, acentuando o papel da natureza; antes, predominava a espiritualidade;
· O individualismo, valorizando o talento e o trabalho, meios pelos quais se pode enriquecer; antes, isso era quase impossível devido ao modelo estamental medieval.
· O humanismo, defendendo o resgate da cultura clássica, aliada a uma nova visão do mundo, valorizando o progresso, buscando revolucionar o mundo através da educação, ciência, pesquisa, etc.
Outra contribuição importante foi à invenção da imprensa de tipos móveis, criada por Gutenberg, tornando mais fácil a reprodução de livros. No Renascimento desenvolveram-se as artes plásticas, a literatura e os fundamentos da ciência moderna.
Artes Plásticas:
Diferente da idade média, onde só havia temas religiosos, as obras renascentistas caracterizavam-se pelos temas da época (naturalismo), temas clássicos (greco-romano) e também pelos temas religiosos.
Os estilos desenvolvidos levaram a uma divisão da Renascença em três períodos:
· O Trecento (século XIV) - destaque para a pintura de Giotto (1276/1336) que muito influenciou os demais pintores;
· O Quatrocento (século XV) - período de atuação dos Médicis, que financiaram os artistas. Lourenço de Médici foi o grande mecenas da época. Destaques para Botticelli (1444/1510) e Leonardo da Vinci (1452/1519).
· O Cinquecento (século XVI) - O grande mecenas do período foi o papa Júlio II, responsável pelo início das da nova basílica de São Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decoração a cargo do pintor Rafael Sânzio e do escultor Michelangelo.
Literatura:
Deixou de ser direcionada apenas para temas religiosos, passando a tratar de diversos assuntos, até mesmo aqueles que criticavam a Igreja. Graças à imprensa, os livros ficaram mais acessíveis, facilitando a divulgação de novas idéias.
Três grandes autores do século XIV:
Dante Alighieri (1265/1321), autor de A Divina Comédia, uma crítica à concepção religiosa; Francesco Petrarca, com a obra África e Giovanni Boccaccio que escreveu Decamerão.
PRINCIPAIS NOMES:
ITÁLIA:
· Maquiavel, fundador da ciência política com sua obra O Príncipe, cuja tese central considera que os fins justificam os meios. Contribuiu para o fortalecimento do poder real e lançou os fundamentos do Estado Moderno.
· Campanella, que relatou a miséria italiana no livro A Cidade do Sol.
FRANÇA:
· Rabelais, que escreveu Gargântua e Pantagruel;
· Montaigne, que foi o autor de Ensaios.
HOLANDA:
· Erasmo de Roterdã, considerado o "príncipe dos humanistas" que satirizou e criticou a sociedade da época. Sua obra-prima é O Elogio da Loucura.
INGLATERRA:
· Thomas Morus, que escreveu Utopia.
· Shakespeare, autor de magníficos textos teatrais (Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo, etc.)
ESPANHA:
· Miguel de Cervantes, com o clássico Dom Quixote de la Mancha.
PORTUGAL:
· Camões, que exaltou as viagens portuguesas na sua obra Os Lusíadas.
Ciência Moderna:
O renascimento contribuiu para o avanço da ciência moderna, da pesquisa e da experimentação, permitindo novos inventos e aperfeiçoamentos tecnológicos. Uma das grandes contribuições foi o da expansão marítima, através do avanço da tecnologia naval.
Principais nomes do renascimento:
· Nicolau Copérnico: demonstrou que o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) em oposição ao geocentrismo (a Terra era o centro).
· Kepler -confirmou as teorias de Copérnico e elaborou uma série de enunciados referentes à mecânica celeste.
· Galileu Galilei - inaugurador da ciência moderna e aprofundou as idéias de Copérnico, pressionado pela Igreja negou as suas idéias.
1 – Explique porque a Itália é considerada o Berço do Renascimento.
2 – Quais foram as principais causas do Renascimento?
3 – O Renascimento surgiu depois ou durante a idade média? Comente.
4 - Quais foram as principais características do Renascimento?
5 – O renascimento foi um tipo de revolução cultural? Comente.
6 – O renascimento foi um movimento elitizado? Comente.
7- Comente a respeito da importância do legado renascentista
PROF. SERGIO ALENCAR
A Formação das Monarquias Nacionais (2 ANO )
Entre os séculos XI e XV, os monarcas empreendiam lutas com o apoio da burguesia para vencerem os opositores internos (a nobreza, que tinha a posse das terras) e os externos (as outras nações em formação).
Cada vez mais os monarcas passaram a contar com o apoio da burguesia, a classe dos comerciantes, para financiar a formação de exércitos reais, submeter à nobreza, limitar a ação da Igreja Católica e fortalecer o poder real, que se tornava cada vez mais centralizado.
Para a burguesia, interessava a centralização política, porque ela desejava a unificação da moeda, dos pesos e medidas, dos tributos e das Leis, para melhor desenvolver o comercio.
França: Felipe IV consolidou o poder, mas foi nos séculos XIV e XV que o poder monárquico se consolidou, com a Guerra dos Cem Anos.
Inglaterra: João sem Terra, em 1225, ao assinar a Magna Carta, comprometeu-se a respeitar os direitos dos nobres, da Igreja e evitar os abusos de administração e da justiça, não estabelecendo a criação de impostos sem o prévio consentimento dos seus vassalos. A Guerra dos Cem Anos também foi responsável pela centralização política nesse país.
Espanha: A Guerra da Reconquista (luta empreendida pelos cristãos contra os mulçumanos, para expulsá-los da península Ibérica) levou a formação de reinos cristãos, entre eles, Castela e Aragão, os quais se uniram no século XV, levando a centralização do poder e a formação da Espanha.
Portugal: A formação da monarquia portuguesa esta ligada a Guerra da Reconquista, quando Henrique de Borgonha recebeu o comando Portucalense, que se tornou independente do reino de Castela, em 1139, tormando-se um reino que prosperou até 1383, expandindo-se e consolidando-se politicamente, o que resultou na Revolução de Avis (1383-1385) momento crucial na centralização política portuguesa.
Guerra dos Cem Anos
A mais longa guerra medieval (1337 a 1453), cujo palco foi à França invadida pela Inglaterra.
O fator gerador foi à disputa entre essas duas nações pela região de Flandres, que possuía uma significativa produção de tecidos de lã.
O pretexto para a guerra foi o problema da sucessão ao trono francês: como os descendentes do monarca francês morreram sem deixar descendentes, o rei da Inglaterra reclamou o trono para si, o que provocou a rejeição dos franceses. Por isso, a nobreza francesa declarou guerra à Inglaterra.
Foi na guerra dos Cem Anos que se destacou Joana D’arc, uma mulher que se dizia envida por Deus para libertar a França. Ela chegou a comandar um exercito e obteve importante vitória contra os ingleses, mas acabou presa e morreu queimada na fogueira, acusada de bruxaria.
Durante a Guerra dos Cem Anos ocorreu a Peste Negra (surto de peste bubônica, que dizimou boa parte da população européia) e as Jacquerias (revoltas camponesas).
Em 1453, terminou a guerra, cujos resultados foram crise na agricultura, fortalecimento do poder real, reforço do exercito nacional e formação do sentimento nacional. Concomitante a esses acontecimentos, os turcos otomanos tomaram Constantinopla, sede do Império Bizantino.
A Guerra das Duas Rosas
Após o termino da Guerra dos Cem Anos, a situação econômica da Inglaterra era muito difícil. A perda de territórios na França e a paralisação do comércio com Flandres enfraqueceram ainda mais a nobreza.
Ao mesmo tempo, ocorreu um disputa pela sucessão ao trono inglês entre a família Lancaster (ligada ao feudalismo), que tinha como símbolo uma rosa branca, e a família York (ligada aos interesses mercantis), cujo símbolo era uma rosa vermelha.
Em 1485, Henrique Tudor, descendente dos Lancaster, tornava-se rei da Inglaterra com o titulo de Henrique VII.
O que foi a Guerra da Reconquista?
Quais países foram envolvidos na Guerra dos Cem Anos?
Qual movimento econômico que gerou a Guerra dos Cem anos?
Como ficou a situação econômica da Inglaterra após a Guerra dos Cem Anos?
Como se chamou a guerra entre as famílias Lancaster e York pela sucessão do trono inglês, no século XV?
PROF. SERGIO ALENCAR
AULA DO DIA 05/05
ANOTAÇÕES IMPORTANTES - FAÇAM NO CADERNO
Formação dos Estados Absolutistas Europeus- Comparar diferentes pontos de vista sobre situações de natureza histórico-cultural, identificando os pressupostos de cada interpretação e analisando a validade dos argumentos utilizados
TEMA- BAIXA IDADE MÉDIA E A CRISE DO FEUDALISMO.
COMO ESSE TEMA JÁ FOI TRABALHADO EM SALA DE AULA VAMOS UTILIZAR COMO REVISÃO.
● DIVISÃO DA IDADE MÉDIA:
ALTA IDADE MÉDIA (SÉCULO V ATÉ O SÉCULO X): FEUDALISMO DE SUA FORMA PLENA
BAIXA IDADE MÉDIA( SÉCULO X ATÉ SÉCULO XV): MUDANÇAS DE PENSAMENTO E DECLÍNIO DO PENSAMENTO FEUDAL
● FEUDALISMO: VEM DE FEUDO, É UMA ESTRUTURA POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA. É UMA CARACTERÍSTICAS EUROPEIA. VAI TER CARACTERÍSTICAS DIFERENTE EM CADA REGIÃO
● FEUDALISMO TEVE INÍCIO COM AS INVASÕES BÁRBARAS AO IMPÉRIO ROMANO.
● BÁRBAROS ERAM OS POVOS QUE NÃO FALAVAM LATIM E NÃO VIVIAM NO TERRITÓRIO ROMANO.
COM AS INVASÕES OS POVOS BÁRBAROS, OS ROMANOS FOGEM PARA O CAMPO- ÊXODO URBANO
● COLONATO: DIVISÃO DE TERRA ENTRE COLONOS QUE PAGAM COM TRABALHO E PRODUTOS
● COMITATUS: BENEFÍCIO DE TERRA PARA CAVALEIROS EM TROCA DE LEALDADE
OS DOIS SISTEMAS, UM ROMANO E OUTRO GERMÂNICO, DERAM ORIGEM ÀS RELAÇÕES DE SERVIDÃO E SUSERANIA E VASSALAGEM
● O PODER POLÍTICO NA IDADE MÉDIA ERA FRAGMENTADO
DIVIDIDO ENTRE NOBRES
● CARACTERÍSTICAS GERAIS DO FEUDALISMO:
PODER FRAGMENTADO
SOCIEDADE ESTAMENTAL
MUNDO RURAL( A POPULAÇÃO VIVE NO CAMPO)
ECONOMIA NATURAL ( NÃO BUSCA O LUCRO- SUBSISTÊNCIA)
RELAÇÕES COMERCIAL BASEADA NA TROCA- COMÉRCIO POUCO DESENVOLVIDO
MÃO DE OBRA SERVIL
FORTE RELIGIOSIDADE
● SOCIEDADE DIVIDA EM TRÊ ESTAMENTOS - NÃO HÁ TROCA DE CLASSE SOCIAL
CLERO- REZAM
NOBREZA- LUTAN
CAMPONESES- TRABALHAM
● NÃO PRODUZ EXCEDENTES - PRODUZ O NECESSÁRIO E NÃO HÁ COMÉRCIO
A IGREJA CONDENA O LUCRO E EMPRÉSTIMO A JUROS- CONSIDERANDO PECADO
● IGREJA CATÓLICA: PRINCIPAL INSTITUIÇÃO POLÍTICA, ARTÍSTICA E SOCIAL
BAIXA IDADE MÉDIA
● CRUZADAS- GUERRA RELIGIOSA ENTRE CATÓLICOS E MUÇULMANOS PELO PODER DE JERUSALÉM
AS CRUZADAS ENFRAQUECEM O SISTEMA FEUDAL- POIS GIRAM EM TORNO DOS REIS ( QUE ESTAVAM ENFRAQUECIDOS DURANTE A IDADE MÉDIA)
● ROTAS DAS CRUZADAS SÃO AS MESMAS PARA O COMÉRCIO
OS EUROPEUS ENTRAM EM CONTATO COM PRODUTOS QUE ERAM RAROS NA EUROPA ( ESPECIARIAS) - REAQUECIMENTO DO COMÉRCIO.
● MELHORA NA AGRICULTURA: ARADO DE FERRO, PLANO TRIENAL DE TERRAS AGRÍCOLAS. ARADO PUXADO A BOI, MOINHOS DE VENTO
CONSEQUÊNCIA : AUMENTO DA POPULAÇÃO.
● O AUMENTO POPULACIONAL LEVOU A GRANDE MIGRAÇÃO DO CAMPO PARA AS PEQUENAS CIDADES. AS FEIRAS COMERCIAIS TAMBÉM FIZERAM O CRESCIMENTO DAS CIDADES
● SURGIMENTO DA BURGUESIA: QUEM VIVIAM NOS BURGOS E VIVIAM DO COMÉRCIO.
● SÉCULO XIV
PERÍODO CONTURBADO:
❖ PESTE NEGRA: DOENÇA ORIENTAL CAUSADA PELO RATO MATOU ⅓ DA POPULAÇÃO EUROPÉIA
❖ GUERRA DO CEM ANOS: CONFLITO ENTRE FRANÇA E INGLATERRA, PELO TRONO FRANCÊS E A REGIÃO DE FLANDER ( CENTRO COMERCIAL).
PERSONAGEM IMPORTANTE JOANA D’ARC. VITÓRIA FRANCESA
❖ REVOLTAS CAMPONESAS ( JACKRRIES) : COBRANÇAS DE NOBRES QUE NÃO LEVAM EM CONTA AS MUDANÇAS POPULACIONAIS DE GUERRA E PESTE.
❖ GUERRA DAS DUAS ROSA: GUERRA ENTRE AS FAMÍLIAS NOBRES INGLESAS PELO PODER DA INGLATERRA QUE FORMOU A MONARQUIA INGLESA
● O FIM DA IDADE LEVA A GÊNESE DO CAPITALISMO E A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS
1) Quais são os períodos de divisão da Idade Média?
2) Por que a partir do século IX os feudos começaram a entrar em declínio?
3) O que era o plantio agrícola de organização trienal?
4) Qual a relação na melhora da agricultura e o fim dos feudos?
5) O que foram as Cruzadas?
6) Por que as Cruzadas receberam esse nome?
7) As cruzadas tiveram ganhos religiosos? Expliquei
8) O que foi a Peste Negra? Como ela era transmitida?
9) Oque foi a guerra dos cem anos? Explique sua importância para o período
10) Explique:
A) Corporações de ofício:
B) Guildas:
12) Quem eram os burgueses?
13) O que eram os Burgos?
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Professor: Sérgio R. Alencar
Durante o século XIV ocorreu o Renascimento Cultural e Artístico nas cidades italianas, movimento inspirado na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
A Europa no século XI passou pelo chamado renascimento comercial e urbano, fato que levou a grandes transformações sociais e urbanas. A partir do século XII, as cidades italianas, principalmente, iniciaram um lento e prolongado processo de transformações culturais. No século XIII ocorreu uma alteração na intuição e sensibilidade artística, fruto de uma revalorização cultural da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). Nesse período, valorizou-se o racionalismo (capacidade de reflexão do ser humano), o espírito crítico e o naturalismo (valorização da natureza). O renascimento cultural e artístico, ocorrido no século XVI, aconteceu primeiramente nas cidades italianas; posteriormente, o movimento alcançou várias partes do continente europeu.
O Renascimento modificou as formas de produção das artes. Na Idade Média valorizavam-se obras religiosas, geralmente abordadas em um plano (reto). Nas artes (pinturas e esculturas), os artistas do Renascimento basearam-se na observação do mundo e nos princípios matemáticos e racionais como: harmonia, equilíbrio e perspectiva (fundo). Os principais artistas renascentistas italianos foram:
· Leonardo da Vinci (1452-1519), não foi somente representante das artes plásticas (pintor e escultor), mas também estudou música, arquitetura, engenharia, foi inventor e filósofo. Suas obras de arte baseavam-se nas pinturas científicas a partir de minuciosas observações da natureza – essa abordagem científica está presente nas seguintes obras: “Última Ceia” (Santa Ceia) e “A Gioconda” (ou Monalisa).
· Michelangelo Buonarroti (1475-1564) Considerado o maior escultor renascentista italiano, Michelangelo praticou também a pintura e a arquitetura. Suas pinturas divergiram da grande maioria dos pintores renascentistas (temas da natureza), pois se pautou em temas religiosos, tanto que sua maior obra de arte foi à pintura na abóbada (forma arqueada de arquitetura) da Capela Sistina. Nela, o artista retratou a história bíblica do Gênesis e o JuízoFinal.
· Rafael Sanzio (1483-1520). Suas obras se destacaram pela pintura de diversas madonas (pinturas que representaram a mãe de Jesus) e quase todas as suas obras decoram atualmente salas do Vaticano (estado pontifício católico).
Arquitetura destacou-s:
· Fillipo Brunelleschi (1377-1446). Suas principais obras foram o projeto da cúpula da Catedral de Santa Maria del Friore e o Palácio de Pitti, ambos em Florença.
· Donato Bramante (1444-1514). Sua principal realização arquitetônica foi o plano para a reconstrução da Catedral de São Pedro no Vaticano. Nesse projeto, Bramante
concebeu um edifício de planta no formato de uma cruz grega com uma grande cúpula sobre o cruzeiro. Com a morte do arquiteto, as obras tiveram uma modificação do plano inicial.
1-) O renascimento cultural e artístico do século XVI teve grandes nomes da pintura entre os seus protagonistas. Assinale a alternativa que indica o artista renascentista italiano que ficou conhecido como o Pintor das Madonas.
a) Leonardo da Vinci
b) Rafael Sanzio
c) Giordano Bruno
d) Michelangelo
2-) Sobre as principais características técnicas de produção artística, nas quais se basearam os pintores e escultores renascentistas para a produção de suas obras, assinale a alternativa incorreta:
a) princípios matemáticos e racionais;
b) o antropocentrismo;
c) o plano reto e motivos religiosos; ou
d) a adoção da perspectiva.
3-) (FCBH-MG) O homem é o modelo do mundo. A experiência é a mestra das coisas. (Leonardo da Vinci)
Com relação ao Renascimento artístico, literário e científico, elementos típicos de transição do feudalismo ao capitalismo, podem ser feitos as seguintes afirmativas, exceto:
a) Os humanistas tiveram um papel extremamente importante na difusão das idéias renascentistas.
b) A reflexão sobre problemas humanos levou o homem renascentista à análise de sua própria individualidade, num esforço de autoconhecimento.
c) A visão de mundo político-religiosa medieval continuava a ser o elemento fundamental para a compreensão do homem e do mundo.
d) A riqueza proveniente do comércio financiou artistas, cientistas, arquitetos, que passaram a ser contratados para dar forma às novas realidades sociais.
e) O racionalismo passou a ser a pedra de toque da mentalidade renascentista, estimulando o nascimento da ciência moderna.
REFORMA PROTESTANTE E CONTRARREFORMA
MUDANÇAS RELIGIOSAS NO SÉCULO XVI
DURANTE O SÉCULO XVI A IGREJA CATÓLICA ERA UMA INSTITUIÇÃO MUITO IMPORTANTE, PODEROSA E MUITO RICA. MAIS RICA E PODEROSA DO OCIDENTE
GRANDE INFLUÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL, OS PAPAS COROAVAM REIS PARA DEMONSTRAR ESTA ACIMA ATÉ DO REI
DURANTE A IDADE MÉDIA TINHA UM MONOPÓLIO DA FÉ
CONTUDO, A PARTIR DO SÉCULO XVI ALGUNS GRUPOS COMEÇARAM A FICAR INSATISFEITO COM O PODER DA IGREJA
● REIS: ACREDITAVAM QUE A IGREJA LUCRAVA SOBRE OS IMPOSTOS DO REINO
● BURGUESIA: A IGREJA CONDENAVA O LUCRO, CONSIDERANDO UM PECADO
● OS CRISTÃOS: ALGUNS CRISTÃO CRITICAVAM AS PRÁTICAS ABUSIVAS DE IGREJA COM OS CRISTÃOS
OS CRISTÃOS CRITICARAM AS INDULGÊNCIAS , QUE ERAM CARTAS DE PERDÃO AOS PECADOS EM TROCAS DE DINHEIRO. E A VENDA DE RELÍQUIAS SAGRADAS, COMO OSSOS DE SANTOS, CABELOS DE NOSSA SENHORA E ETC. OS CRISTÃOS CRITICARAM ESSAS RELAÇÕES COMERCIAIS
O DINHEIRO RECOLHIDO IAM PARA OS PADRES E NÃO PARA AS OBRAS DA IGREJA
MUITOS PADRES NÃO TINHAM CONHECIMENTO RELIGIOSO, COMPRAVAM CARGOS ECLESIÁSTICOS E NÃO TINHAM COMPROMISSO COM FÉ.
AS BÍBLIAS NÃO ERAM TRADUZIDAS, ERAM ESCRITAS EM LATIM. SOMENTE OS PADRES TINHAM ESSE CONHECIMENTO
OS PRIMEIROS REFORMADORES ERAM CONSIDERADOS HEREGES, FORAM INCLUSIVE CONDENADOS A FOGUEIRAS
GRANDES REFORMADORES
● LUTERANISMO
● CALVINISMO
● ANGLICANISMO
LUTERANISMO
MARTINHO LUTERO ERA UM MONGE CATÓLICO, ESTAVA IRRITADO COM A PRATICAS DE INDULGÊNCIAS, QUE ESTAVA BANALIZADAS
PARA EXPOR SUA CRÍTICA ELE ESCREVEU 95 TESES, COLANDO NA PORTA DA IGREJA DE WITTENBERG NA ALEMANHA.
LUTERO QUERIA QUE OS FIÉIS COMPREENDESSEM QUE O PERDÃO VIRIA POR OUTROS MEIOS E NÃO DO COMÉRCIO DO PERDÃO.
VIRIA PELAS BOAS OBRAS, PELA FÉ E PELO ARREPENDIMENTO SINCERO
FOI EXCOMUNGADO PELA IGREJA E CRIOU UMA RELIGIÃO CRISTÃ NOVA. O LUTERANISMO.
CALVINISMO
CRIADA POR JOÃO CALVINO QUE ERA UM IMPORTANTE HOMEM DA POLÍTICA DA SUÍÇA
SUA RELIGIÃO ERA SEMELHANTE A DE LUTERO.
PARA CALVINO QUEM SERIA SALVO, JÁ ERAM ESCOLHIDO POR DEUS ANTES MESMO DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO. NEM TODOS TERIAM O DIREITO A SALVAÇÃO ( PRINCÍPIO DE PREDESTINAÇÃO)
O CALVINISMO NÃO CONDENAVA O LUCRO, NEM O EMPRÉSTIMO A JUROS. PORÉM DIZIA QUE A OSTENTAÇÃO E LUXO ERAM PECADOS. SEU DISCURSO ATRAIU MUITO BURGUESES.
ANGLICANISMO
CRIADO NA INGLATERRA PELO REI HENRIQUE VII QUE BRIGOU COM A IGREJA POR QUERER SE DIVORCIAR DA ESPOSA , CATARINA DE ARAGÃO, E SE CASAR COM A AMANTE, ANA BOLENA.
HENRIQUE XVIII TINHA UM INTERESSE PESSOAL COM A REFORMA E NÃO RELIGIOSO. POR ISSO O ANGLICANISMO MANTEVE DOUTRINAS SEMELHANTES A DO CATOLICISMO. SOMENTE PERMITINDO O FIM DO CASAMENTO.
Reforma Protestante
Durante a passagem do mundo medieval para a Idade Moderna, o conjunto de transformações nas relações de poder é de importante destaque para a compreensão das chamadas Reformas Protestantes. Ou seja, as Reformas Protestantes podem ser interpretadas como uma expressão das contradições da passagem do feudalismo para o capitalismo.
Em toda Idade Média, o grau de intervenção da Igreja era de grande abrangência. O grande número de terras em posse da Igreja concedia uma forte influência sobre as questões políticas e econômicas das monarquias e reinos da época. Além disso, as novas atividades vinculadas à burguesia, principalmente no que se refere à prática da usura (cobrança de juros sobre empréstimo), eram consideradas de natureza pecaminosa.
Sob outro aspecto, a grande prosperidade material da Igreja veio acompanhada de uma verdadeira crise de valores e princípios. O comércio de relíquias sagradas, a venda de títulos eclesiásticos e indulgências eram algumas das negociatas praticadas pelos representantes do clero. Além disso, várias denúncias sobre a quebra do celibato e a existência de prostíbulos para clérigos questionavam a hegemonia da Igreja.
No Renascimento, as críticas à Igreja se manifestavam em diversos meios. As obras de Erasmo de Roterdã, Thomas Morus, John Wyclif e João Huss continham severas críticas aos problemas anteriormente apontados. Dessa forma, a transformações que se seguiam na Idade Moderna trouxeram à tona a criação de instituições religiosas com uma diferente base doutrinária cristã. Entre essas novas instituições podemos destacar o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo como exemplos das novas religiões protestantes surgidas no século XVI.
Luteranismo
Considerada a primeira religião fundada durante as Reformas Protestantes, o Luteranismo foi uma religião criada em meio às questões sociopolíticas do Sacro Império Germânico. Ainda arraigado aos entraves do feudalismo, o Sacro-Império contava com um conjunto de principados que tinham mais de um terço de suas terras dominados pela Igreja Católica.
Tolhidos pelo poder de decisão dos clérigos, a relação entre a nobreza e a Santa Igreja já se mostrava abalada mesmo antes de chegarmos ao surgimento das polêmicas levantadas pelas ideias do padre e professor Martinho Lutero. Durante seus estudos, Lutero começou a criticar pontos vitais da doutrina católica. No ano de 1517, ele censurou a venda de indulgências e outras práticas da Igreja na obra As 95 Teses. Escrita em alemão, a obra ganhou popularidade e chegou ao conhecimento dos clérigos católicos.
Repudiando as idéias de Lutero, o papa Leão X, em 1520, redigiu uma carta condenando sua obra e exigindo a retratação do monge, ameaçando-o de excomunhão. Em 1521, sob ordens do imperador Carlos V, Lutero foi convocado a negar suas idéias num encontro chamado Dieta de Worms. Durante o encontro Lutero reafirmou suas crenças e foi considerado herege. Mesmo com a oposição da Igreja, setores da nobreza alemã resolveram proteger Martinho Lutero.
Durante esse período, Lutero se dedicou a traduzir do latim para o alemão e publicar a chamada Confissão de Augsburgo. Essa última publicação continha as bases da doutrina luterana que, entre outros pontos, defendia a salvação pela fé, a livre interpretação do texto bíblico, a negação do celibato e da adoração à imagens, a realização de cultos em língua nacional e a subordinação da Igreja ao Estado.
A nova religião, mesmo contendo pontos que favoreciam o poder nobiliárquico, também foi responsável pela incitação de uma série de revoltas populares contra a ordem estabelecida. Nesse período, várias terras foram invadidas e igrejas foram saqueadas pelos alemães. Condenando os movimentos insurgentes, Lutero apoiou as forças senhoriais que reprimiram o movimento.
Somente em 1555, com a assinatura da Paz de Augsburgo, os conflitos sociais e religiosos cessaram de vez. No tratado estabelecido, os príncipes alemães teriam o direito de adotar livremente qualquer tipo de orientação religiosa para si e seus súditos.
Anglicanismo
Na Inglaterra percebemos um movimento reformista bastante peculiar. Desde meados do século XIV, o teólogo John Wyclif realizou duras críticas ao poder material da Igreja e fez a tradução da Bíblia para o inglês. Além dele, Thomas Morus também teceu críticas ao papel desempenhado pela Igreja Católica durante o século XVI.
No reinado de Henrique VIII, o Estado tinha controle sobre os cargos religiosos, nomeando padres, bispos e cardeais. Nesse período, as relações entre Henrique VIII e a Igreja chegava ao seu fim quando o papa se negou a anular seu casamento com Catarina de Aragão. Dos cinco filhos que teve com Catarina, apenas uma menina havia sobrevivido.
Preocupado com a linha sucessória de sua dinastia, Henrique VIII desejou casar-se com Ana Bolena, buscando o nascimento de um herdeiro homem. Tendo negada a anulação de seu casamento, Henrique VIII resolveu criar uma nova instituição religiosa e anular os poderes da Igreja Católica na Inglaterra. Em 1534, o parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia que anunciou a criação da Igreja Anglicana.
O anglicanismo preservara os moldes hierárquicos e a adoração aos santos católicos. No que se refere às suas doutrinas, o anglicanismo incorporou alguns princípios calvinistas. Além disso, o poder exercido pela Igreja Anglicana concedeu condições para que o Estado se apropriasse das terras em posse dos clérigos católicos.
A partir dessas novas medidas estabelecidas pelo anglicanismo, o poder de influência da Igreja Católica sobre as questões do governo britânico sofreu uma grande limitação. Por outro lado, as características desta nova igreja cristã incentivaram a ampliação das atividades burguesas na Inglaterra.
Exercicio
1 ) (UFJF) Leia, atentamente, os textos abaixo:
“Erram os pregadores de indulgências quando dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo o pecado e está salvo. (...) É preciso exortar os cristãos a esperar entrar no céu mais pela verdadeira penitência do que por uma ilusória tranquilidade.” - Lutero
“Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades econômicas que o sucesso econômico exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também o chamado de Deus santificando de seu lado o mundo pelo esforço, e sua ação é santa.” - Calvino
In: VICENTINO, Cláudio. História Geral, São Paulo, Scipione, 1997.
a) Identifique o movimento que promoveu a divulgação dessas idéias.
b) aponte duas características desse movimento.
2 ) Leia atentamente os excertos abaixo:
“21. Erram os pregadores de indulgências quando dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo o pecado e que está salvo”.
“27. Enganam-se os homens que dizem que, logo que a moeda é lançada na caixa, a alma voa (do Purgatório)”.
“36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem plena remissão do castigo e do pecado; ela é lhe devida sem indulgências”.
“95. É preciso exortar os cristãos a esperar entrar no céu mais por verdadeira penitência do que por uma ilusória tranqüilidade de espírito.”
Os excertos acima fazem parte de um documento representativo da Reforma Protestante que é:
a. A Confissão de Augsburgo, de Martinho Lutero e Felipe Melanchton.
b. A Instituição da religião cristã, de João Calvino.
c. O Ato de Supremacia, de Henrique VIII.
d. As 95 Teses de Wittenberg, de Martinho Lutero.
3 ) Leia, atentamente, os textos abaixo:
O Ato de Supremacia publicado pelo Parlamento inglês em 1534 transformou o rei em chefe supremo da Igreja. Apesar de seu caráter eminentemente político, Henrique VIII utilizou um argumento pessoal para romper com a Igreja católica e que estava relacionado:
a. A sua tentativa de se divorciar e assim encontrar uma nova esposa que poderia lhe dar um herdeiro masculino.
b. A sua vontade em casar sua filha com um príncipe alemão luterano.
c. Ao seu interesse em anexar as terras do Sacro Império Romano-Germânico.
d. A sua oposição à prática de venda de indulgências por parte da Igreja Católica.