Tema: O homem como Ser Ético
1. Definir o termo ética;
2. Diferença entre ética e moral;
3. Quais as grandes questões éticas ao longo da História da Filosofia?
Tema: O homem como Ser Livre
1.O que significa liberdade?
2. A liberdade ao longo da história da Filosofia? Principais filósofos que abordaram o tema liberdade.
Tema: O homem como Ser Autônomo
1.O que significa autonomia?
2.Diferenças entre autonomia e heteronomia?
3. A escolha como critério para a construção da autonomia. Comente.
Habilidades Contempladas na Atividade:
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
Horas/Aulas da Atividade: 02 aulas.
Entrega: Midias Sociais da Unidade Escolar
OBS: 1º) Este conteúdo deverá ser copiado ou o impresso colado no caderno para visto posterior; 2º) Aprofunde o estudo acerca destes temas lendo outras fontes, assistindo documentários e vídeos, etc.
Tema: A liberdade
A liberdade constitui tema que sempre transpassou o ser no decorrer da história, tese que continua influenciando a construção da identidade do sujeito e a relação do homem com a sociedade pós-moderna. O discurso de liberdade e a necessidade de conceituá-la suscitaram o juízo de vários pensadores ao longo da historia ocidental. Nesse sentido, a delimitação do tema desse artigo visa à discussão do conceito de liberdade circunscrito nos pensamentos aristotélico, hegeliano e sartreano. O conceito polissêmico do termo liberdade exerce função ímpar enquanto instrumento de construção da identidade ética, política e ontológica do homem antigo, medieval, moderno e pós-moderno. Aristóteles, Hegel e Sartre foram grandes pensadores que analisaram a variável liberdade para além de sua acepção etimológica, tanto no plano teórico quanto pragmático, estendendo seu conceito para os domínios da ética, política e ontologia, campos que fortemente influenciam a definição de homem na sua historicidade. Embora haja uma grande amplitude temporal (antiguidade, modernidade e pós-modernidade) e espacial (perspectiva grega, alemã e francesa), determinadas obras de Aristóteles e de Hegel e a principal obra de Sartre possibilita uma analogia da evolução, não linear, do conceito de liberdade no espaço-tempo, permitindo definir quais dessas dimensões (política, ontologia e ética) alcançaram primazia e se destacaram nos grandes períodos históricos e considerando as grandes matrizes geográficas que influenciaram a filosofia ocidental. Assim, o objetivo do presente artigo consiste em analisar a problemática dos limites da concepção de liberdade, verificando algumas implicações nos campos da ética, política e ontologia, a partir a perspectiva aristotélica, hegeliana e sartreana. Em Aristóteles, o conceito de liberdade e o seu locus se encontram na interdependência entre a ética e a política, saberes indissociáveis no pensamento antigo. É no exercício da razão, pelo hábito, buscando a ética teleológica, que o homem, um ser racional e político por natureza, encontra a maior virtude, o supremo bem, que a política pode proporciona: a felicidade, residência fixa da liberdade. Para Hegel, a liberdade está na política, no Estado, sociedade política consubstanciada como a síntese da dialética, visto que o Estado se configura como a melhor manifestação do Espírito absoluto, entidade essencialmente ontológica. A própria concepção de ética, no pensamento hegeliano, só encontra realização plena no Estado, materialização, por excelência, do Espírito (Geist) e consciência da razão do seu em si. Ao defender a máxima heideggeriana da precedência da existência sobre a essência, descartando uma essência em nome de uma condição humana, Sartre aponta para uma liberdade que independe da política ou de qualquer determinismo externo. Nesse consenso, a liberdade é uma questão de escolha do ser, questão ética, mas que depende da ontológica, ou seja, da tomada de consciência de si pelo homem e da assunção de sua condição humana.
Referências:
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
AMBRÓSIO, J. M. C.; SANTOS, M. C. O. Estado e liberdade em Hegel. In: SALGADO
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. L. P. Filosofando: Introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
Filme Indicado: Escritores da Liberdade.
Responda
1) Para vc o que significa Liberdade?
2) De acordo com o texto, qual a diferença no pensamento dos filósofos sobre o tema liberdade? (Aristóteles, Hegel e Sartre).
Habilidades Contempladas na Atividade:
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
Horas/Aulas da Atividade: 02 aulas.
Entrega: Midias Sociais da Unidade Escolar
OBS: 1º) Este conteúdo deverá ser copiado ou o impresso colado no caderno para visto posterior; 2º) Aprofunde o estudo acerca destes temas lendo outras fontes, assistindo documentários e vídeos, etc.
Tema: Autonomia - o Homem como ser Autonomo
"Autonomia é servir-se da sua própria razão, e portanto livre" Kant
O que é Autonomia?
É a junção de auto "de si mesmo" mais nomos "lei", ou seja: aquele que tem as suas próprias leis.
Autonomia é um termo do origem grega cujo significado é independência, liberdade ou autosuficiência. O antônimo de autonomia é heteronomia, palavra que indica dependência, submissão ou subordinação.
Em Ciência Política, a autonomia de um governo ou de uma região pressupõe a elaboração de suas próprias leis e regras sem interferência de um governo central nas tomadas de decisões.
Em Filosofia, autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.
Em Educação, a autonomia do estudante revela capacidade de organizar sozinho os seus estudos, sem total dependência do professor, administrando eficazmente o seu tempo de dedicação no aprendizado e escolhendo de forma eficiente as fontes de informação disponíveis. Quando se fala em Ensino e-Learning ou EAD (Ensino à distância) pretende-se que o estudante aplique o conceito de autonomia na educação.
O termo autonomia também se aplica ao tempo de duração do funcionamento de um aparelho sem recorrer à fonte de energia externa. Nos aparelhos eletrônicos que funcionam com baterias, a autonomia significa a duração em horas que funcionará o aparelho sem nova recarga. Por exemplo, a bateria de um celular ou de um computador portátil, pode ter maior ou menor autonomia, de acordo com o tipo de uso dado ao aparelho.
www.significados.com.br/autonomia
Leitura Indicada: autonomia em: http://sofos.wikidot.com/autonomia.
Responda:
1) Defina a palavra Autonomia.
2) Qual a diferença entre autonomia e heteronomia?
3) Apresente alguns exemplos de situações nas quais voce se percebe uma pessoa com autonomia? Justifique sua resposta.
Habilidades Contempladas na Atividade:
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
Horas/Aulas da Atividade: 02 aulas.
Entrega: Mídias Sociais da Unidade Escolar
OBS: 1º) Este conteúdo deverá ser copiado ou o impresso colado no caderno para visto posterior; 2º) Aprofunde o estudo acerca destes temas lendo outras fontes, assistindo documentários e vídeos, etc.
Tema: Introdução à ética.
Ética é o conjunto de valores e princípios que eu e você usamos para decidir as três grandes questões da vida, que são: “Quero – Devo – Posso”
Quais são os princípios que usamos em nossas vidas?
- Existem coisas que eu quero mas não devo;
- Existem coisas que eu devo mas não posso;
- Existem coisas que eu posso mas não quero.
Quando é que você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é o que você pode e é o que você deve. Como se define a ética? Através dos modos, através do exemplo, através de princípios da sociedade, religiosos ou não; através de normatizações… Há vinte anos, num auditório, algumas pessoas fumariam e outras não. Há dez anos haveria uma placa: “É proibido fumar”. Hoje não é mais preciso nenhuma imposição, ninguém fuma por censo comum. Às vezes isso surge como norma. Quando o cinto de segurança passou a ser obrigatório no Brasil, tinha gente que até vestia a camisa do time de futebol Vasco da Gama (que é branca com uma faixa transversal preta) só para enganar o agente da lei, tal a má vontade em obedecer a essa normatização. Hoje, todo mundo entra no carro e automaticamente coloca a faixa, sem nem lembrar da multa. – Isso significa que a ética vai se construindo. Não existe ninguém “sem ética”. O deputado que frauda, rouba, o falso amigo que mente e engana e o patrão que explora seus empregados? Esses têm uma ética contrária à ética da maioria. São “antiéticos”. Mas isso ainda é um tipo (deturpado) de ética. (Ética segundo Mário Sérgio Cortella)
A ética pode ser definida como a “ciência do ethos” e está relacionada ao comportamento humano. A palavra grega ethos na pluralidade de seus conceitos pode também significar o ‘conjunto de hábitos ou costumes fundamentais' de determinadas sociedades. Segundo Scharamm¹ a palavra ethos deu origem aos termos latinos mos , moris, que traduzido é moral.
Conforme nos ensina Lima Vaz: “A ética parte do pressuposto de uma racionalidade imanente ao ethos e sua tarefa como disciplina filosófica consiste essencialmente em explicitar as razões do ethos ou em elucidar a intelegibilidade da práxis ética em suas diversas dimensões e estados” ².
Para muitos autores teria sido Aristóteles o primeiro autor a desenvolver o pensamento sobre a ética³ . Tal pensamento teria surgido da reflexão acerca da diferença entre conhecimento teórico e conhecimento prático e na compreensão de que o saber relacionado às coisas humanas não seria suscetível de demonstração teórica conforme acontece na matemática e na física e que subordinar as ações humanas às leis tão precisas quanto às da ciência seria inviável. Na concepção aristotélica, segundo Silva “ boa ação é aquela própria do indivíduo que possui virtude e deriva de um discernimento acerca das opções práticas, no qual entram muitos fatores, entre os quais, a disposição inata, a educação e a experiência ”.
Porém, foi no início da modernidade, século XVII, que Descartes propôs a razão como teoria para o conhecimento humano, isto é, uma ordem racional mecanicista sem a intervenção dos sentidos, cuja base para fundamentação estava na metafísica. Buscou construir um sistema harmônico em que a razão - realizada no campo das idéias – seria a única responsável pela verificação da verdade e capaz de conhecer a realidade.
O pensamento cartesiano foi refutado por Kant que influenciado por Hume, empirista cético, foi levado a adotar uma postura crítica ante a estreita correlação entre o conhecimento e realidade asseverada pelo racionalismo, tendo por conta disso criticado a metafísica racionalista.
Kant procurou dar fundamento sólido à convicção de que existe no campo transcendental uma ordem superior capaz de satisfazer às exigências morais do ser humano. Tal fundamento estaria na lei ética, autônoma e independente, imune às críticas do campo restrito da ciência. A ética na visão kantiana não necessita dos dados da sensibilidade e que a ‘consciência moral' é um dado tão evidente quanto a ciência de Newton. Trata-se da razão aplicada à prática humana. Indiscutivelmente parece que com o progresso da ciência e com o aprimoramento das técnicas prevaleceu o caráter experimental da razão e do conhecimento e com isso a perda da nitidez da diferença entre teoria e prática, onde a ação humana tornou-se cada vez mais dependente do conhecimento científico e da sua tecnologia 6.
Assim, se antes a ética dependia de uma configuração específica do conhecimento prático entendido como discernimento, passou a simbolizar um derivativo tecnológico da ciência, em que a racionalidade foi se tornando exclusivamente técnica onde a ação humana estaria envergada não mais ao discernimento entre o bem ou mal, justo ou injusto, certo ou errado, mas à administração técnica a partir de parâmetros científicos 7.
Contudo, devido inúmeras barbáries praticadas em nome da ciência nos campos de concentração nazistas na ocasião da segunda guerra mundial com cobaias humanas 8 por médicos e cientistas, surgiram manifestações com o objetivo de resgatar os parâmetros éticos que deveriam ser observados nas práticas científicas.
Nesse sentido foi formulado o Código de Nuremberg, primeiro documento ético internacional contendo preceitos disciplinadores às atividades científicas que requer de seus operadores: o consentimento livre do sujeito na pesquisa, redução de riscos e incômodos, possibilidade de revogação de autorização pelo sujeito, proporcionalidade entre riscos e benefícios, obrigatoriedade de pesquisa prévia em animais etc. Assim, tais preceitos buscaram resgatar alguns referenciais mínimos para um agir ético marcando, portanto, o nascimento da primeira norma de ética aplicada, e também o renascimento de um movimento a que agora se denominou de Bioética, mas que na prática sempre existiu como ética aplicada à vida.
Maria Helena Lino
Mestranda em Saúde Pública com ênfase em Bioética
pela Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ.
Bibliografia:
• Scharamm R. “Bioética pra quê”?, Revista Camiliana da Saúde/Faculdade São Camilo, Brasil, jul-dez.2002, p.15;
• Vaz. H. C. L. Ética e Direito, Edições Loyola, 2002, p. 267;
• Silva. F. L. “A bioética como ética aplicada”. www.eca.usp.br
• Chauí. M. Filosofia, 2ª ed. Ed. Ática.
• https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fi.pinimg.com%2F
Filmes:
- A Lista de Schindler (1993, EUA, direção: Steven Spielberg)
- Central do Brasil (1998, Brasil, direção: Walter Sales Jr)
Responda:
1) O que podemos entender por ética?
2) Na sua opinião, quais as grandes questões que a ética procura responder no mundo de Hoje? Comente.
3) Comente a Charge: