Passeio de Moto ao Interior Alentejano
2022 04
Como já tem sido habitual, na altura da Primavera optamos sempre por fazer uma visita até a um dos lugares mais emblemáticos (na nossa opinião) do país….
O interior Alentejano…
Este ano não foi exceção e cedo saímos, adequadamente equipados para o frio e para a chuva, sendo que Almourol seria o nosso ponto de partida.
Até Almourol nada há para contar exceto uma chuvada, muito fria, que apareceu quando estávamos a passar por perto da serra da Lousã.
Almourol é um lugar mítico e sempre um destino obrigatório para quem segue para o Alentejo.
O castelo, que foi erguido num afloramento de granito, numa pequena ilha, outrora serviu para controlar o comércio.
Depois de uma sandes para enganar o estômago, seguimos pela N118 onde, uns quilómetros à frente, apanhamos a mítica estrada N2.
Seguimos pela N2 até ponte de Sor e depois pela N369 em direção a Alter do Chão.
Em Alter fizemos uma paragem na Coudelaria, pois fazia uns anos que não parávamos por lá.
Foi uma agradável surpresa.
A qualidade do espaço elevou-se de forma muito substancial, certamente parte relacionado com o investimento feito pelo Vila Galé.
Recomendamos…..
Em alter do Chão passámos, em dia da feira de São Matheus, que deu um encanto suplementar ao passeio.
De Alter do Chão apanhamos a N245 e por uma das estradas que mais gostamos de fazer, seguimos até Sousel onde ficou definido que seria a primeira dormida deste passeio.
Mas como nem só de “Rolar Pelo Asfalto” vive o homem, decidimos ir até Estremoz alimentar os cavaleiros.
Depois de uma visita pelo local onde podemos admirar alguns locais emblemáticos (ex: Museu Berardo) parámos na Mercearia Gadanha.
Não podíamos ter escolhido melhor.
O espaço é extremamente agradável, bem decorado e com uma gastronomia digna de grande registo.
Seguimos a sugestão de quem sabe e resolvemos partilhar vários pratos que chegaram à mesa.
Começamos em grande estilo e os croquetes de borrego com maionese de alho assado, assim como a codorniz frita com um molho do chefe, deu o mote para o que seria um jantar dos Deuses.
Para prato principal a escolha recaiu no mil-folhas de bacalhau que mereceu um forte destaque havendo ainda folhado de perdiz e bochechinhas de porco preto.
Como não podia deixar de ser, na sobremesa esteve presente as farófias crocantes e o mil folhas de frutos vermelhos que, para quem não gosta de queijo, não é indicado.
Excelente degustação…….
Recomendamos. Excelente espaço, excelente comida e muita simpatia à mistura, ou seja, nota máxima.
No que diz respeito ao preço, é correspondente à qualidade dos alimentos….
Depois de um descanso merecido, no segundo dia fomos à procura dos campos floridos, típicos do Alentejo.
A evolução dos tempos deu origem a que os campos repletos de flores, fossem em menor número pois, com o cultivo de regadio, onde o trigo, as amendoeiras e os pessegueiros merecem um grande destaque, apoderaram-se da paisagem.
Saímos de Sousel pela estrada que nos leva a Estremoz e pela R381 seguimos até Redondo.
De Redondo optámos por seguir pela M1144 onde fomos A Rolar Pelo Asfalto pela M521 que nos levou até à Vidigueira.
Na Vidigueira seguimos tranquilamente até à Adega do Quetzal ande tínhamos uma mesa marcada no restaurante.
Estávamos expectantes sobre o que nos esperaria no meio do nada, mas a qualidade do almoço foi elevada. Deixamos também nota máxima para este local.
Chegámos relativamente cedo à Quinta dos Holandeses e aproveitámos para ver uma exposição de arte que estava a acontecer naquele espaço.
Temos de reconhecer que a nossa capacidade intelectual não conseguiu absorver a mensagem que o artista nos tentou transmitir (uma mensagem de elevada complexidade)….
A exposição era a “Thru The Mirror” de Özgür Kar, Martha Colburn, Joyce Pensato e Catherine Biocca, que fazem uso da linguagem visual de desenhos animados para revelar verdades sombrias sobre nós mesmos.
Fica o registo e algumas fotos para que possa tirar as V conclusões.
Mas o importante do local, para além da excelente paisagem, foi o Magré de Pato com arroz de cogumelos, o polvo com bata doce e o cachaço de borrego.
A repetir um dia, quando andarmos por aquelas zonas.
O nível da confeção foi elevado.
Seguimos caminho em direção a Beja onde o transito era mais que muito para uma cidade alentejana.
Descobrimos depois que o “nosso” Marcelo, que está em todo o lado, andava pela zona e que foi ver as vaquinhas à Ovibeja.
Antes de chegar a Beja não podíamos deixar de passar pelo tão afamado e “parado” aeroporto onde tudo estava literalmente às moscas.
Enfim…gorduras de um país rico……
Seguindo pela IP2 fomos descendo até à Herdade da Malhadinha Nova.
Espaço interessante mas apenas para uma visita….os preços são proibitivos.
O vinho e o azeite têm uma excelente qualidade, degustámos.
Neste espaço, para os amantes de 2 rodas….o stress da chegada é elevado pois o pavimento está cheio de pedras solta ….que é ótimo para dar um “bom malho” a baixa velocidade.
Da Malhadinha Rolámos Pelo Asfalto até Albernoa e de Albernoa para Santa Vitória que é a adega que fica no complexo do Vila Galé.
A paisagem é fantástica mas as flores de outrora deram lugar a largos campos de trigo.
O trigo alentejano está em alta....dá para ver e sentir.
E porque o tempo estava a passar de forma rápida…seguimos em direção ao Agro Turismo do Roxo que previamente tínhamos escolhido para pernoitar.
O lugar surpreendeu muito, pela positiva.
Um local onde o tempo parece não ter fim, acompanhado por uma simpatia de todos os que connosco se cruzaram.
Mais uma excelente opção e mais uma excelente escolha.
O único ponto menos positivo foi o facto de não ter restaurante contudo, como estamos no Alentejo, o pão, as azeitonas e os enchidos têm um destaque especial….
Durante o passeio (e como já sabíamos dessa limitação) fomos abastecendo, comprando uma coisa ali, outra acolá ….. um vinho aqui e outro além…. e assim se construiu um bom menu de degustação.
Tivemos sorte com a qualidade do que fomos adquirindo
Um belo repasto num local extremamente simpático e muito tranquilo que também mereceu, de nossa parte …nota 10.
A repetir…e…pela quantidade de amendoeiras que vimos, março poderá ser uma opção a considerar.
Depois de termos descansado a mente e o corpo demos início ao nosso regresso.
Pela N2, depois de passarmos Ervidel, seguimos até Alcáçovas
Excelente troço da N2…uma paisagem deslumbrante a fazer jus ao melhor do Alentejo.
De Alcáçovas seguimos até Santa Susana que é um lugar “riquinho” em beleza arquitetónica…tudo minimalista (tipicamente alentejano) e tudo pintado de azul e branco.
E porque tínhamos, infelizmente, de pensar no regresso, seguimos até Vendas Novas para comer umas bifadas e umas empadas de galinha…..
Escolhemos as “Bifanas & Companhia…..muito bom
Recomenda-se.
O único ponto menos positivo está relacionado com o tempo de espera.
Depois de abastecidos, demos comer aos cavalos e rolamos pelo asfalto, sem grande história, até Braga.
Excelente passeio …. A repetir um dia
Aqui está um pequeno video para registo
E foi assim mais um passeio de Mototurismo por estradas de Portugal
Boas curvas e até breve.