Em Busca de Património da Humanidade em Espanha

Nesta aventura de Rolar Pelo Asfalto fomos a Espanha em busca de locais considerados, pela comunidade científica, de inigualável e fundamental importância para a humanidade, para além de visitar um local considerado um de Los Pueblos Más Bonitos de España.

Foi um excelente passeio de moto turismo.

Desde 1968 que a "Cidade Monumental de Cáceres" foi declarada o terceiro Conjunto Monumental Europeu e listada como Património da Humanidade em 1986. 

Foi este o nosso primeiro destino.

Saindo de Braga pouco há a contar até à zona de Viseu pois apenas Rolamos Pelo Asfalto com o objetivo de chegar ao início do nosso trajeto.

Em Viseu saímos da A25 e seguimos pela N 231 que posteriormente, pela N339, nos levou à Torre da Serra da Estrela.

A estrada é magnífica tanto ao nível de paisagem como ao nível de asfalto.

Recompostas as baterias no ponto mais alto de Portugal continental com umas belas sandes de presunto, adquiridas no Centro Comercial que tem um cheiro do pior que há, para quem não gosta de queijo, continuámos pela N339 até à Covilhã.

Seguindo pela N18-3 parámos no Sabugal onde se admirou uma das muitas maravilhas que Portugal tem para oferecer…o Castelo das Cinco Quinas.

O Castelo das Cinco Quinas, que é o cognome do Castelo do Sabugal, deve o nome ao formato incomum de sua torre de menagem.

Depois de uma breve visita seguimos durante vinte quilómetros, que é a distância que separa a cidade do Sabugal de uma das Chaves do Reino aquando da Restauração da Independência em 1640. 

Para a visitar, seguimos pela N233-3 e cerca de 20 minutos depois estávamos em Alfaiates.

O Castelo de Alfaiates foi um importante avançado na defesa da fronteira contudo a degradação apoderou-se de tal imponente obra de engenharia. 

A este nível, Portugal merece melhor!!

Mas, a política de preservação do nosso património parece que está a melhorar, pelo menos é algo que está a “olhos vistos” a julgar pela foto que se anexa!

Seguindo pela EM551 fomos a  Rolar Pelo Asfalto até à fronteira perto da Aldeia do Bispo (Sabugal) onde poucos km depois servimos uma refeição aos nossos cavalos com uma diferença de preço de 0,35 euros/litro!!

Pela DSA 370 fomos a Rolar Pelo Asfalto até à EX 109 que nos conduziu a Coria que apresenta um belíssimo castelo cheio de história.

De Coria a Cáceres são 70 km e um pouco de autoestrada , sem custos,  ajudou a reduzir substancialmente o tempo necessário para fazer o percurso se compararmos com as estradas nacionais.

Como referido anteriormente Cáceres foi o nosso destino para este dia e aqui podemos contemplar:

Plaza Mayor

Torre de Bujaco

Ermida da Paz

Ayuntamento

Arco de la Estrella

Catedral de Santa Maria

Iglesia de San Francisco Javier, 

Palacio de los Golfines

Palacio de los Becerra

Plaza de las Veletas

Torre de las Cigüeñas

Museu de Cáceres

A cidade de Cáceres é de facto encantadora e leva-nos na história para uma outra dimensão. 

Aqui ficámos no Extremadura Hotel que disponibiliza uma garagem adequada para os cavalos descansarem tranquilamente. 

No que diz respeito à gastronomia Cáceres tem uma infinidade de opções e escolher não é tarefa fácil.

Por aconselhamento do rececionista do hotel, escolhemos o restaurante La Marocha. 

A opção revelou-se excelente.

Uma carne maturada das vaquinhas que por aqueles vastos pastos pernoitam é algo divinal. 

Depois de visitar Cáceres o 2o dia teve como destino a cidade que foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1985.

É conhecida internacionalmente pelo aqueduto romano, no entanto há ainda a destacar outros pontos de interesse, como descrito mais abaixo 

Falamos se Segóvia que, para lá chegar, há muito para contar.

Cedo saímos do hotel e pela N 521 partimos em direção a Trujillo.

A estrada não é nada de especial contudo levou-nos a um destino encantador.

Trujillo faz parte da rede dos pueblos más bonitos de España e, de facto, é uma cidade magnífica. 

A sua Plaza Mayor é imponente e apresenta um conjunto arquitetónico bem preservado.

Recomenda-se a visita.

Uma vista pelo castelo (antigo alcácer árabe), pela igreja de Santa Maria (século XIII), pela igreja de São Francisco e pela a igreja de São Martinho, torna-se de carácter obrigatório.

Seguimos viagem pela EX 208 que nos levou ao Parque Nacional de Monfragüe que para além da sua beleza natural possui uns magníficos miradouros.

No final do parque Rolamos Pelo Asfalto pela A5 que nos levou à AP 06 onde seguimos até ao nosso destino Segóvia, não sem antes sermos brindados com uma bela chuva torrencial que alterou a temperatura de 34 para 17ºC.

Em Segóvia ficamos no Eurostars Plaza Acueducto que também tem uma garagem e uma vista privilegiada para o Aqueduto. 

Esta cidade tem muito para oferecer e para além do  Aqueduto Romano, podemos ainda destacar: 

Catedral

Alcazar

Casa de Los Picos 

Torreón de Lozoya

Iglesia de San Martín

Plaza Mayor

Também esta é uma cidade de visita obrigatória para quem por estes lados andar.

Classificámos esta cidade como o auge desta viagem....magnífica, soberba e imponente. 

Excelente cidade, excelente a visita!!

No que diz respeito à gastronomia optámos também por pedir os sábios conselhos aos nativos que nos recomendaram o restaurante Assador Maribel.

Mais uma escolha de excelente qualidade o que deu origem a que a nota gastronomia atingisse a pontuação máxima.

Para o repasto optámos por um menu Segoviano em que o leitão é o rei.

Somos apreciadores do nosso leitão mas este (Cochinillo Assado em Horno de Leña)....hummmm....ficámos com dúvidas de qual é o mais interessante!!!

Soberbo e inesquecível!!!

No 3o dia o objetivo era regressar à cidade dos arcebispos e para isso decidimos seguir pela CL 605 em direcção a Coca onde se pode admirar o castelo.

Castelo de Coca é uma fortificação em estilo gótico e mudejar e é considerado Património Histórico de Espanha.

Trata-se de uma obra imponente. 

Seguimos em direção a Tordesilhas e depois de uma paragem em Toro (que é uma cidade interessante), pela N 631 chegámos a Mombuey onde apanhámos a auto estrada e cerca de 2,5 horas depois estávamos em Braga.

No global, foi uma viagem com 1420 km tendo o consumo misto da RT 1250 sido de 4,8 l/100Km.

Fica assim mais um registo de uma viagem magnífica quer ao nível paisagístico, quer ao nível cultural e gastronómico, tal como se constata nas classificações atribuídas.

Até à próxima e boas curvas.

Pode assistir ao vídeo AQUI